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DOSSIÊ

Helcio Tadeu e Natan Medeiro


Introdução

O ensino que circunda essencialmente aqueles que não possuem


condições favoráveis para aspirarem à escolas particulares é quase
sempre cheio de situações que podem desmotivar o jovem na
busca de sua profissão, ou até apresentar apenas a ele alguns
caminhos como o crime, as drogas e a prostituição para que sejam
sanadas as principais e mais imediatas necessidades de ganhar
dinheiro, ou de ser o famoso “popular”, que para esses se
mostram quase que ininterruptamente. Sabemos que esses
ambientes oferecem muitas dificuldades, mas não devemos
considerar que esse caminho seja apenas de imensas e intérminas
dificuldades, e a seguir apresentaremos tanto as vantagens e
desvantagens com que o ensino chega a esses jovens de classes
mais baixas socioeconomicamentes.
Juventude e formação socioeconômica
Juventude e formação socioeconômica
O ambiente que os cercam

O ambiente que cerca o jovem da classe média hoje, é muito


diferente da que cerca o jovem da classe baixa, pois de um
lado o descrédito pelo qual passa o ensino público em termos
de qualidade e significa, também, que as classes médias baixa
e de baixa renda estão se tornando cada vez mais pobres ao
empenhar seus poucos recursos e cortando outras despesas
para a educação dos seus filhos, nas escolas particulares que,
com raras exceções oferecem, como na maioria das  escolas
públicas, ensino de baixa qualidade, com a ilusão de que,
assim, irão aumentar as chances de garantir o futuro de seus
filhos.
Juventude e formação socioeconômica

As festas, as facilidades e a perspectiva para o futuro desses jovens

De antemão achamo-nos no direito de informar que os jovens de classe média à


classe média alta são os que possuem mais acessos aos bens culturais.
Segundo a pesquisa do jornal folha do Estado realizada essencialmente em Cuiabá, mas
que pode ser referida ao Brasil inteiro, o Cuiabano jovem do sexo masculino com
poder aquisitivo acima da média e com bom grau de escolaridade não tem muito do
que reclamar no que tange à fruição de bens culturais .
A pesquisa revela que 30% dos entrevistados têm de uma a duas horas para o lazer
diário, enquanto que 18,6% tem de duas à três horas de lazer diário porém ainda é
revelado que as classes mais baixas são as que possuem menor tempo livre
enquanto as mais altas possuem maior tempo livre.

58% dos entrevistados não praticam atividades físicas.


A pesquisa é finalizada contando que em ambas as classes sociais o sedentarismo
impera, pouca leitura e pouca atividade cultural, sendo que as classes com rendas
mais altas A, B e C possuem mais acessos à essas atividades e praticam mais
essas atividades ao contrário das classes D e E.
Juventude e formação socioeconômica
O Ensino que Recebem

Boa parte dos jovens de classe média no Brasil, estudaram ou


estudam em escolas particulares, e segundo dados levantados por
um economista da USP, é fato que estes alunos tem grandes
chances de ingressar em uma Universidade Pública. De fato, as
universidades particulares — muito em função do limitado
número de vagas ofertadas pelas instituições públicas e
crescimento das instituições privadas — têm recebido cada vez
mais alunos: cerca de 3,2 milhões ingressaram na rede privada e
1,5 milhão na rede pública. Em 2005, por exemplo, 54% dos
concluintes do Ensino Médio ingressaram em faculdades pagas e
14% em faculdades públicas.
Juventude e formação
socioeconômica
Juventude e formação socioeconômica

O ambiente que os cercam

Nós sabemos, há muito tempo, que a má estrutura


escolar é um imenso obstáculo para o desenvolvimento
do País e, ademais a tudo isso, o Bando Mundial BIRD
nos ajuda a dimensionar cada vez mais o quão grande é
esse obstáculo pelo calculo exposto abaixo:
Calcula-se o PIB de um País e o quanto dos jovens
que deixa de estudar ( 10 % no Brasil ).
Assim subentende-se que a cada desistência do
jovem na escola uma geração inteira ( 40 anos ) existe
com menor contribuição.
Portanto, é sabido que retirando o total do PIB
Nacional a contribuição dos 10% dos jovens
economicamente ativos, perde-se cerca de trezentos
bilhões de reais, equivalente a 16% do PIB Brasileiro.
Porque uma geração com menor conhecimento
resulta numa população economicamente menos ativa e
competitiva, que resulta em menos contribuição e lucro
para o nosso País.
O Próximo tópico se preocupara em expor um ensino que
os jovens dessa classe recebe e o porquê que tantos
jovens como foi relatado na pesquisa anterior param de
estudar antes de concluir o Ensino Médio.
Juventude e formação socioeconômica

As lutas, os sacrifícios e a perspectiva para o futuro desse jovem

O site UOL no mês de Janeiro de 2009 propôs uma pesquisa feita pelo IBGE sobre o quanto e como
são compostas as classes sociais de baixo rendimento mensal ( as pessoas que vivem com até
meio salário mínimo). Assim foi constado que os vivem com até meio salário mínimo não são
poucos – 46% são jovens.

Apenas por estes dados podemos refletir :

•A grande maioria dos jovens trabalha desde tenra idade.


•Recebem salário totalmente desproporcional a qualquer trabalho
assalariado.
•Precisam urgentemente sustentar suas famílias.
•Gasta-se assim quase todo o dinheiro com eles.
•Trabalham usando todas as suas forças e as vezes um pouco mais
nos obstáculos da hierarquia profissional.
Juventude e formação socioeconômica
Diagrama de jovens provenientes de familiares de baixa renda.

Jovens

Trabalho Escola

Cansaço Anormal Agravante de má estrutura


Devido as condições do próprio corpo que não familiar
favorecem estudo e trabalho ao mesmo tempo. Convive com drogas, violências e
desinteresse em adquirir uma vida melhor

Prejudica o seu desempenho


tanto no trabalho como na A maioria chega a decisão de
escola desistência dos estudos
Juventude e formação socioeconômica

O Ensino que recebem

Uma pesquisa realizada pelo projeto Todo pela Como vemos e muitas vezes precisamos
Educação se preocupou em responder o porquê rever, uns para acreditar, outros para que
de tantos jovens fora da escola. tomam providências cabíveis, a baixa
Estimulados a apontar os três maiores problema que qualidade do Ensino não é há muito o fator
encontram nas escolas públicas, onde estudam
a maioria dos que possuem baixa renda, 50% preponderante ruim das escolas, mas nos
de todos os entrevistados afirmam que os reservaremos apenas a esse aspecto,
maiores problemas das escolas são: nessa parte do Dossiê.
Desde há tempos longínquos a escola não
• Falta de segurança e drogas. é um lugar seguro, o que outrora foi, alguns
• Professores desmotivados e mal pagos. dizem que não volta mais, assim, as
• Baixa qualidade do Ensino. violências urbanas e domesticas, as drogas
e os atrativos usados como fugas
espetaculares daqueles que muitas vezes
por falta de novos conhecimentos e
sensações e sentimentos se jogam em
abismos cada vez mais profundos. Não
queremos culpar apenas grupos especiais
mais sabemos de antemão que se fossem
realizados, tanto por parte de alunos e
professores, se entre - ajudando, com
certeza o problema seria muito menor.
Então paremos!... Isso mesmo que você
está pensando.. Paremos, de criticar a
todos, especialmente os governantes
porque já sabemos de antemão que o dever
também é nosso.
Juventude e formação socioeconômica

Os desafios que circundam todos os jovens brasileiros são muitos, tanto entre
aqueles de rendas mais altas e de rendas mais baixas, embora os de renda
mais altas ainda sejam mais favorecidos em muitos aspectos.

•Os indicies do desemprego e emprego são provenientes às regiões do Brasil, sendo que o maior número de
desempregados se encontram no nordeste e o maior número de empregados no sudeste.
•O jovem é expressivamente uma força produtiva urbana contando entre jovens com mais de 16 anos da população
economicamente ativa com 20,8% entre os empregados e 46,4% dos empregados de toda a PEA (População
Economicamente Ativa).
•O dobro do número de desempregados de jovens no Brasil é de regiões mais pobres enquanto que os de menores
números são de regiões mais ricas.
•A Economista Patrícia Lino Costa do Departamento Intersindical de estatísticas e estudos socioeconômicos procura
relatar os porquês de que a família com maior renda tem seus jovens com maior facilidade de ingresso no mercado de
trabalho, ela afirma: “ISSO SE JUSTIFICA PORQUE AQUELES COM MAIOR CONDIÇÃO FINANCEIRA TEM MAIS
ACESSO A INFORMAÇÃO E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. PODEM APRESENTAR UM OU MAIIS CURSOS
DE IDIOMAS PASSAR POR UMA BOA FACULDADE ENTRE OUTRAS VANTAGENS DO GENERO”
Juventude e formação socioeconômica
“Quem consegue perceber que acima de nossas contas bancarias, de status social, de
cultura, somos simplesmente seres humanos, está abrindo uma janela para ver a vida sob outra
perspectiva. Mesmo que estejamos doentes, angustiados, deprimidos, tensos, ansiosos e
encarcerados no território da emoção, nunca deveríamos esquecer d que nada neste mundo
pode tirar a dignidade de um ser humano, único e insubstituível. Toda pessoa que se sente
diminuída, inferiorizada, impactada, esgota a sua motivação de viver, esfacela sua capacidade de
superação e abandona a si mesma na trajetória existencial.”
Augusto Cury

“Se você procura então a alegria e a felicidade do mundo proceda para com os outros como deseja que
os outros procedam para com você. E caminhando cada homem nessa mesma norma, muito
breve estenderemos na terra as glórias do paraíso.”
Chico Xavier.
Juventude e formação socioeconômica

Bibliografia

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