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FACULDADE DE DIREITO
ANDRESSA LIMA
ANGÉLICA LUZ SILVA
DAVI NOVAIS BREZOLIN
GABRIELI SOUZA DE OLIVEIRA
GLEISSON DOS ANJOS CARVALHO
LUANA SILVA SOUZA
LUIS FERNANDO ANDRADE CHAVES
NILTON PRADO NASCIMENTO
TIAGO DE ARRUDA MEIRA
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
2019
ANDRESSA LIMA
ANGÉLICA LUZ SILVA
DAVI NOVAIS BREZOLIN
GABRIELI SOUZA DE OLIVEIRA
GLEISSON DOS ANJOS CARVALHO
LUANA SILVA SOUZA
LUIS FERNANDO ANDRADE CHAVES
NILTON PRADO NASCIMENTO
TIAGO DE ARRUDA MEIRA
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
2019
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇAO.................................................................................................. 03
2 PROBLEMA.......................................................................................................... 03
3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 04
4 OBJETIVOS.......................................................................................................... 05
5 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................... 05
6 METODOLOGIA................................................................................................... 17
7 HIPÓTESES.......................................................................................................... 17
8 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 19
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1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 PESQUISADOR
Andressa Lima; Angélica Luz Silva; Davi Novais Brezolin; Gabrieli Souza De
Oliveira; Gleisson Dos Anjos Carvalho; Luana Silva Souza; Luis Fernando Andrade
Chaves; Nilton Prado Nascimento; Tiago De Arruda Meira.
1.2 ORIENTADOR
1.3 TEMA
Políticas Antidrogas.
2 PROBLEMA
3 JUSTIFICATIVA
a partir disso, implantar uma política que realmente seja eficaz contra as
organizações criminosas e a comercialização ilegal de drogas.
4 OBJETIVOS
4.1 GERAL
4.2 ESPECÍFICOS
5 REFERENCIAL TEÓRICO
No Brasil, a lei que estabelece a política de drogas é uma lei em que foca
estabelecer o fim da comercialização ilegal das drogas, porém ela é uma norma
ineficaz, visto que além de confundir usuário com traficantes ela não ajuda a diminuir
o número dessa comercialização fazendo com que se prendam inúmeras pessoas o
que acaba ocasionando as superlotações nos presídios.
A guerra às drogas pune desproporcionalmente os mais pobres, que têm suas
casas invadidas, seus filhos assassinados e suas vidas ameaçadas pelos dois lados
dessa política insana. A guerra mundial às drogas, patrocinada pelas Nações
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Unidas, pune desproporcionalmente os países mais pobres, que tem o seu território
invadido, os seus cidadãos assassinados e a sua soberania ameaçada.
Resultados da manutenção de uma política antidrogas simples para um
problema complexo são fáceis de avaliar e são visivelmente ruins. O governo tem
permanecido omisso sobre esse tema importante, sobre essa guerra que mata
diariamente em nossas cidades. A guerra às drogas falhou e os números e dados
estatísticos comprovam isso. Jovens primários são condenados a anos de prisão
pelo uso de drogas, condenados a passarem boa parte de suas vidas presos, sem
esperança, sem educação e sem o amparo adequado, pois o governo não faz nada
e nem pensa em mudar a sua política proibicionista.
A punição dos usuários não é e nunca será a solução. O uso da força para
esclarecer a população sobre os efeitos nocivos das drogas e combater o seu uso é
um fracasso e tem fracassado por décadas em vários países pelo mundo. Os
resultados da lei brasileira antidrogas foram notadamente contrários às intenções de
seus formuladores: não há indicação de que mais viciados em drogas procurem
tratamento. O crescimento de 117% do número de supostos traficantes presos
também não parece ter contribuído para o controle da produção, do comércio e do
uso de drogas no Brasil. O que temos hoje são mais usuários sendo condenados
como traficantes, quantidade de drogas circulando continua absurdamente alta, ou
seja, essa política destrói os mais jovens, destrói as famílias e prejudicam o
desenvolver de uma sociedade mais justa.
A repressão, a manipulação e o preconceito não diminuíram o número de
usuários, pelo contrário, só aumentaram e tende a continuar se propagando. Esta
são as consequências da política antidrogas: um efeito contrário à sua finalidade.
A solução de combate às drogas proposta pelo governo, que se baseia em
um argumento falacioso de defesa a saúde pública, em nada é eficaz para o usuário,
que são as vítimas que precisam de ajuda e tratamento, e não de um
encarceramento em presídios degradantes sem nenhuma chance de ressocialização
e que infligem a alma da Constituição ao não assegurar a dignidade da pessoa
humana.
O subterfúgio para a institucionalização da política denominada de
“Antidrogas” é a preservação da saúde pública, definição essa que não ganha
sustentação na prática, visto que apenas no primeiro trimestre de 2019 a cidade de
Rio de Janeiro registrou 434 mortes ligadas a ações policiais, o que em comparação
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se mostra mais que o triplo de mortes registrado nos atentados em Paris no ano de
2015.
A implementação de um modelo repressor contra as drogas mostra sinais
claros de decadência, em relatório divulgado em outubro de 2018 pela International
Drug Policy Consortium (Consórcio Internacional de Políticas Sobre Drogas),
compostas por uma rede de 175 ONG’s, e denominado de Taking Stock: A decade
of drug policy Taking (Balanço: Uma década de política de drogas) demonstra tal
ineficiência, pois dados do relatório apontam aumento de 130% na produção de ópio
de papoula desde 2009 e no aumento de 34% entre 2009 e 2016 no cultivo de folha
da coca. Além de dados relativos ao aumento da produção de substâncias ilícitas, o
relatório aponta ainda cerca de 27 mil mortes extrajudiciais em ofensivas contra as
drogas nas Filipinas apenas em 2016, demonstrando ainda o aumento do
encarceramento em massa por conta da ilicitude das drogas, relatando que a cada 5
detentos no mundo 1 está preso por ofensas relacionadas às drogas. Além disso, a
ONU afirma que em alguns países 80% das mulheres que são detentas são por
envolvimento com tráfico de drogas.
Possuindo a ideia de que a “Guerra as Drogas” não se obteve resultado
desejado desde sua implementação nos EUA (Estados Unidos da América) em
1936, o questionamento é o porquê da sua perpetuação ainda depois da detecção
do seu fracasso. Sobre isso discorre RODRIGUES:
“Se fosse uma empresa, o PCC seria hoje a décima sexta maior do país, à
frente de gigantes como a montadora Volkswagen. Trata-se de um império
corporativo em que os produtos são as drogas ilícitas. Os clientes são
dependentes químicos. Os fornecedores são criminosos paraguaios,
bolivianos e colombianos. Os métodos são o assassinato, a extorsão, a
propina e a lavagem de dinheiro. As áreas de diversificação são os assaltos
a bancos, o roubo de carga e o tráfico de armas. Apenas com a venda de
drogas para o consumo no território nacional, a organização alcança um
faturamento anual da ordem de 20,3 bilhões de reais, sem incluir as receitas
com roubo de cargas e assalto a banco.”
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No Brasil tal medida repressiva não possuiu efeito diverso do que alcançado
por outras nações, que também investem milhões anualmente em políticas
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6 METODOLOGIA
7 HIPÓTESES
Danos devem ser considerados apenas como um elemento de uma estratégia mais
ampla e abarcante de redução de demanda, tem sido negligenciado.
Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD) é o órgão superior
permanente do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (SISNAD). Colocando
de forma bem simplicista, a nossa política de drogas é focada em reduzir a oferta e
reduzir a demanda. O responsável por reduzir a oferta, é o Ministério da Justiça, e
reduzir a demanda, o Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde cria as políticas de tratamento para os usuários de
drogas, que faz o convenio com as unidades terapêuticas, cria estratégias de
redução de danos, que administra o centro de atenção psicossocial, álcool e drogas.
O Ministério da Saúde que controla o SENAD (A Secretaria Nacional de Políticas
Sobre Drogas) que integra, juntamente com outros órgãos das esferas Federal,
Estadual e Municipal, o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (SISNAD),
instituído pela Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
A Organização Mundial da Saúde adotou a seguinte terminologia, no que se
refere a drogas:
Usuário habitual: pessoa que faz uso frequente, porém sem que haja
ruptura afetiva, social ou profissional, nem perda de controle.
8 REFERÊNCIAS
78% das mortes têm relação com o tráfico de drogas, diz secretária de Segurança
do RN. G1 RN, 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-
norte/noticia/78-das-mortes-tem-relacao-com-o-trafico-de-drogas-diz-secretaria-de-
seguranca-do-rn.ghtml>. Acesso em: 15 nov. 2019;
Ataques coordenados aterrorizam Paris e deixam 129 mortos. Folha de São Paulo,
2015. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/11/1706236-
policia-francesa-registra-tiroteio-e-explosao-em-paris.shtml >. Acesso em: 19 nov.
2019;
Conflito na Colômbia deixou 220.000 mortos desde 1958. Veja, 2013. Disponível em:
<https://veja.abril.com.br/mundo/conflito-na-colombia-deixou-220-000-mortos-desde-
1958/>. Acesso em: 15 nov. 2019;
FANTZ, Ashley. The Mexico drug war: Bodies for billions. Disponível em:
<https://edition.cnn.com/2012/01/15/world/mexico-drug-war-essay/index.html>.
Acesso em: 15 nov. 2019;
KAMATA, Fatima. Como tolerância zero a armas e álcool tornou o Japão um dos
países mais seguros do mundo. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/internacional-46723567>. Acesso em: 15 nov.
2019;
21
Narcos México: 5 fatos históricos para entender a nova série do Netflix. BBC Brasil,
2018. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-46329174>. Acesso
em: 15 nov. 2019;
ONU vai à Colômbia acompanhar acordo de paz com as FARC. Exame, 2019.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br/mundo/onu-vai-a-colombia-acompanhar-
acordo-de-paz-com-as-farc/>. Acesso em: 15 nov. 2019;
Pesquisa indica 3,5 milhões de usuários de drogas ilícitas; governo rejeita dados.
Correio Braziliense, 2019. Disponível em:
<https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/04/06/interna-
brasil,747883/pesquisa-indica-3-5-milhoes-de-usuarios-de-drogas-ilicitas-governo-
re.shtml>. Acesso em: 17 nov. 2019;
Polícia solta filho de 'El Chapo' depois que cartel aterroriza cidade mexicana. G1,
2019. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/10/18/policia-solta-
filho-de-el-chapo-depois-que-cartel-aterroriza-cidade-mexicana.ghtml>. Acesso em:
15 nov. 2019;
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VALOIS, Luis Carlos. Direito Penal da Guerra às Drogas. 03. ed. Local: Editora
D’Placido, 2016;
ZACCONE, Orlando. Acionistas do nada: Quem são os traficantes de drogas. 03. ed.
Local: Editora Revan;