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FACULDADE DE DIREITO
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
2019
ANGÉLICA LUZ SILVA
DAVI NOVAIS BREZOLIN
GLEISSON DOS ANJOS CARVALHO
GUILHERME NAPOLI SCHETTINI PINTO
LUANA SILVA SOUZA
LUIS FERNANDO ANDRADE CHAVES
NILTON PRADO NASCIMENTO
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
2019
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇAO.................................................................................................. 03
2 PROBLEMA.......................................................................................................... 03
3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 03
4 OBJETIVOS.......................................................................................................... 04
5 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................ 05
6 METODOLOGIA................................................................................................... 15
7 HIPÓTESE(S)....................................................................................................... 15
8 CRONOGRAMA................................................................................................... 17
9 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 18
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1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 PESQUISADOR
Angélica Luz Silva; Davi Novais Brezolin; Gleisson Dos Anjos Carvalho;
Guilherme Napoli Schettini Pinto; Luana Silva Souza; Luis Fernando Andrade
Chaves; Nilton Prado Nascimento.
1.2 ORIENTADOR
Prof.ª M.ª Luciana Moura Araújo Pontes
1.3 CO-ORIENTADOR
Prof.ª M.ª Isabela Alves Mattos
1.4 TEMA
2 PROBLEMA
Quais são os fatores que perpetuam a violência física das mulheres, o que faz
com que o corpo da mesma continue sendo passível de ser violado pelos parceiros?
3 JUSTIFICATIVA
4
4 OBJETIVOS
4.1 GERAL
4.2 ESPECÍFICOS
• Definir mulher;
• Definir violência;
• Classificar os tipos de violências;
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5 REFERENCIAL TEÓRICO
É arriscado expor um conceito da palavra violência, pois ela pode ter vários
sentidos, tais como: ataque físico, sentido geral de uso da força física, ameaça ou
até mesmo um comportamento ingovernável.
Segundo o dicionário Houaiss, violência é a:
A violência coletiva, que inclui os atos violentos que acontecem nos âmbitos
macro-sociais, políticos e econômicos e caracterizam a dominação de
grupos e do Estado. [...] a violência autoinfligida, subdividida em
comportamentos suicidas, e os autos abusos. No primeiro caso a tipologia
contempla suicídio, ideação suicida e tentativas de suicídio. [...] a violência
interpessoal, subdividida em violência comunitária e violência familiar, que
inclui a violência infligida pelo parceiro íntimo, o abuso infantil e abuso
contra os idosos. Na violência comunitária incluem-se a violência juvenil, os
atos aleatórios de violência, o estupro e o ataque sexual por estranhos, bem
como a violência em grupos institucionais, como escolas, locais de trabalho,
prisões e asilos.
Violência física ocorre quando alguém causa ou tenta causar dano, por
meio de força física, de algum tipo de arma ou instrumento que pode causar
lesões internas: (hemorragias, fraturas), externas (cortes, hematomas,
feridas) [...] Violência sexual é toda a ação na qual uma pessoa, em
situação de poder, obriga uma outra à realização de práticas sexuais contra
a vontade, por meio da força física, da influência psicológica (intimidação,
aliciamento, sedução), ou do uso de armas ou drogas [...]
Negligência é a omissão de responsabilidade, de um ou mais membros da
família, em relação a outro, sobretudo, com aqueles que precisam de ajuda
por questões de idade ou alguma condição específica, permanente ou
temporária [...]
Violência psicológica é toda ação ou omissão que causa ou visa causar
dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui:
ameaças, humilhações, chantagem, cobranças de comportamento,
discriminação, exploração, crítica pelo desempenho sexual, não deixar a
pessoa sair de casa, provocando o isolamento de amigos e familiares, ou
impedir que ela utilize o seu próprio dinheiro. Dentre as modalidades de
violência, é a mais difícil de ser identificada. Apesar de ser bastante
frequente, ela pode levar a pessoa a se sentir desvalorizada, sofrer de
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estatísticos, seja qual for o sexo ou a idade, uma pessoa estará mais sujeita à
violência em casa do que numa rua à noite. (Giddens, 2008, p.196)
Giddens em seus estudos afirma que a violência no seio familiar é
considerada banal devido a múltiplos fatores e aponta as inconstâncias de
sentimentos familiares como sendo uma delas:
[...] esta Corte conclui que o Estado é igualmente responsável pela violação
a integridade pessoal prevista no art. 5.1 da Convenção, em prejuízo dos
familiares de Nelson Carvajal, pelo sofrimento causado por sua morte e pela
situação de impunidade em que se encontra o homicídio, assim como pela
ausência de investigação a ameaças e ao assédio em prejuízo de vários
deles. [Corte IDH. Caso Carvajal Carvajal e outros vs. Colômbia. Mérito,
reparações e custas. Sentença de 13-3-2018. Tradução livre.] [Resumo
oficial http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/resumen_352_esp.pdf]
Art. 7º. São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre
outras:
No artigo 22, incisos I, II, III, alíneas “a, b e c”, IV e V da Lei 11.340/2006, é
dito que identificada a ocorrência de violência doméstica e familiar contra a mulher o
juiz poderá, de imediato, aplicar medidas protetivas de urgência.
[...] em cerca de 40% dos casos, a motivação para o crime ter se originado
de uma ameaça ou mesmo decisão da esposa/companheira em romper a
relação. Em seguida, com números bastantes significativos, aparece o uso
de bebidas alcoólicas, pelo companheiro, como motivador do ato delituoso.
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O fato de que, em 32% dos casos, já ter havido uma ruptura da relação –
temporária ou definitiva – não afastou o perigo da violência. Outro dado
significativo a ser observado é a relação decrescente entre tempo de
relação conjugal e ameaça de atos violentos, ou seja, dentro do universo
dos processos investigados, quanto maior o tempo de relacionamento, os
registros de ameaças e crimes contra essas mulheres foram menores.
mulheres sofrem violência doméstica. Em 85,5% dos casos de violência física contra
mulheres no contexto brasileiro, os agressores são seus parceiros.
A relação entre agressão sexual e a desigualdade de gênero tem sido
repetidamente mostrada na literatura. Países onde o status da mulher é mais baixo,
também são mais altas as taxas de violência contra a mulher, sugerindo que
agressão sexual tem mais a ver com o desequilíbrio de poder entre homens e
mulheres do que com o sexo em si (Krug, Dahlberg, Mercy, Zwi, & Lozano, 2002).
Segundo o levantamento “Violência Contra as Mulheres”, feito pelo instituto
Datafolha, nos dias 4 e 5 de fevereiro de 2019, ouvindo 2.084 pessoas em 130
municípios brasileiros, realizado a pedido do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança
Pública), uma em cada quatro mulheres brasileiras com mais de 16 anos sofreu
agressões nos últimos doze meses. Foi constatado que 27,4% das entrevistadas
disseram ter sofrido alguma violência. Entre as que foram violentadas, 52% não
denunciaram os casos.
[...] a proporção de mulheres foi mais que o dobro em relação aos homens
(63,9% versus 31,0%) e 49,5% tinha idade entre 31 e 59 anos; 18,2%
envolveu filhos como vítimas. Apenas 8,3% das vítimas procuraram por
algum tipo de ajuda em serviços de segurança e 3,7% procuraram por ajuda
em serviços de saúde.
Segundo FONSECA:
A violência pode também ser vista como uma ação que envolve a perda de
autonomia, de forma que as pessoas são privadas de manifestarem sua
vontade, submetendo-se à vontade e ao desejo dos outros. Assim, a
violência passa a ser utilizada como uma maneira de manifestação das
relações de dominação, expressando uma negação da liberdade do outro,
da igualdade, da vida. Essa desigualdade se manifesta como assimetria de
poder, a submissão do mais fraco pelo mais forte traduzindo-se em maus-
tratos (Vecina, 2002).
6 METODOLOGIA
7 HIPÓTESES
8 CRONOGRAMA
9 REFERÊNCIAS
Fonseca, D. H., Ribeiro, C. G., & Leal, N. S. B. (2012). Violência doméstica contra a
mulher: realidades e representações sociais. Psicologia & Sociedade, 24(2), 307-
314. Acessos em 13 abr. 2019
GIANINI, Reinaldo J.; LITVOC, Julio; ELUF NETO, José. Agressão física e classe
social. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 33, n. 2, p. 180-186, abr. 1999 .
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89101999000200010&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 13 abr. 2019.
MELO, Zélia Maria de; SILVA, Diogivânia Maria da; CALDAS, Marcus Túlio.
Violência intrafamiliar: crimes contra a mulher na área metropolitana do Recife.
Psicol. estud., Maringá, v. 14, n. 1, p. 111-119, mar. 2009. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722009000100014&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 13 abr. 2019.
ROSA, Antônio Gomes da et al. A violência conjugal contra a mulher a partir da ótica
do homem autor da violência. Saúde soc., São Paulo, v. 17, n. 3, p. 152-160, set.
2008 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12902008000300015&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 13 abr. 2019.
SILVA, Luciane Lemos da; COELHO, Elza Berger Salema; CAPONI, Sandra Noemi
Cucurullo de. Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência
física doméstica. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 11, n. 21, p. 93-103, Apr. 2007.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
32832007000100009&lng=en&nrm=iso>. Acessos em 12 Abr. 2019.