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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS - FTC

FACULDADE DE DIREITO

ANGÉLICA LUZ SILVA


DAVI NOVAIS BREZOLIN
GLEISSON DOS ANJOS CARVALHO
GUILHERME NAPOLI SCHETTINI PINTO
LUANA SILVA SOUZA
LUIS FERNANDO ANDRADE CHAVES
NILTON PRADO NASCIMENTO

DIREITO AO PRÓPRIO CORPO: OS FATORES QUE


VIOLAM A INTEGRIDADE FÍSICA DA MULHER VÍTIMA DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
2019
ANGÉLICA LUZ SILVA
DAVI NOVAIS BREZOLIN
GLEISSON DOS ANJOS CARVALHO
GUILHERME NAPOLI SCHETTINI PINTO
LUANA SILVA SOUZA
LUIS FERNANDO ANDRADE CHAVES
NILTON PRADO NASCIMENTO

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

Projeto de pesquisa apresentado à


Faculdade de Tecnologia e Ciências, no 2º
Semestre do curso de Direito, turma A,
turno noturno, para fins de avaliação da
Unidade I, da disciplina Projeto Integrador I.

Orientadora Prof.ª Me. Luciana Moura


Araújo Pontes

Co-orientadora Prof.ª Me. Isabela Alves


Mattos

VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
2019
SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇAO.................................................................................................. 03
2 PROBLEMA.......................................................................................................... 03
3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 03
4 OBJETIVOS.......................................................................................................... 04
5 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................ 05
6 METODOLOGIA................................................................................................... 15
7 HIPÓTESE(S)....................................................................................................... 15
8 CRONOGRAMA................................................................................................... 17
9 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 18
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1 IDENTIFICAÇÃO

1.1 PESQUISADOR

Angélica Luz Silva; Davi Novais Brezolin; Gleisson Dos Anjos Carvalho;
Guilherme Napoli Schettini Pinto; Luana Silva Souza; Luis Fernando Andrade
Chaves; Nilton Prado Nascimento.

1.2 ORIENTADOR
Prof.ª M.ª Luciana Moura Araújo Pontes

1.3 CO-ORIENTADOR
Prof.ª M.ª Isabela Alves Mattos

1.4 TEMA

Violência doméstica e familiar contra a mulher.

1.5 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Direito ao próprio corpo: os fatores que violam a integridade física da mulher


vítima de violência doméstica e familiar.

1.6 ÁREA DE ABRANGÊNCIA

Direito Civil; Direito Penal; Direito Constitucional.

2 PROBLEMA

Quais são os fatores que perpetuam a violência física das mulheres, o que faz
com que o corpo da mesma continue sendo passível de ser violado pelos parceiros?

3 JUSTIFICATIVA
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Violência doméstica no Brasil foi reconhecida pelo governo como um


problema nos meados da década de 40, embora tenha começado a agir apenas a
partir de 1985, com a criação da primeira unidade da Delegacia da Mulher no estado
de São Paulo e, posteriormente, com a publicação da Lei Federal n.º 11.340, em 7
de agosto de 2006 (Lei de Prevenção à Violência Doméstica e Familiar Contra a
Mulher), conhecida como Lei Maria da Penha.
Em uma pesquisa realizada pelo Datafolha, encomendada pelo Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, mostra que, no ano de 2016, 503 mulheres foram
vítimas de agressão física a cada hora no país. Isso representa 4,4 milhões de
brasileiras. Mesmo com a implantação de legislações atuais para coibir a violência
doméstica vê-se que o problema persiste e não se resolve por completo. Por esse
motivo, é relevante que se estude os fatores pelos quais essa violência se perpetua
ao longo da história, ainda que tenha havido significativo avanço na legislação
O que impulsionou a realização deste trabalho foi entender que toda e
qualquer agressão contra a mulher viola o direito dela ao próprio corpo
apresentando conceitos, definições e explanações acerca das garantias civis e
constitucionais para que a sociedade compreenda a necessidade de uma mudança
sócio-estrutural que tenha como finalidade pôr fim nos contínuos casos de violação
ao corpo feminino.

4 OBJETIVOS

4.1 GERAL

• Analisar os fatores que violam a integridade física da mulher vítima de


violência doméstica e familiar.

4.2 ESPECÍFICOS

• Definir mulher;
• Definir violência;
• Classificar os tipos de violências;
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• Definir violência doméstica e suas peculiaridades;


• Definir violência familiar e suas peculiaridades;
• Classificar a violência doméstica e familiar segundo a lei;
• Apontar os fatores que corroboram com a violação da integridade física
da mulher vítima de violência doméstica e familiar;

5 REFERENCIAL TEÓRICO

Os conceitos de mulher e homem são construções históricas-culturais que


estão submetidos a constantes adequações com espaço e o tempo.
O sociólogo Anthony Giddens propõe a análise da diferença entre sexo e
gênero. Considerando sexo como sendo as diferenças “anatômicas e fisiológicas
que definem os corpos masculino e feminino”, e que o gênero “diz respeito às
diferenças psicológicas, sociais e culturais entre homens e mulheres. O gênero está
ligado a noções socialmente construídas de masculinidade e feminilidade”.
O sociólogo afirma que gênero “não é necessariamente um produto direto do
sexo biológico de um indivíduo”. Além disso, segundo o sociólogo, “as concepções
de gênero e os papéis de género são, em grande medida, influenciados por fatores
sociais, estando de um modo geral relacionados com questões de poder e posição
social”.
A conceituação de GIDDENS é proposta para superar o determinismo
biológico que sempre foi relacionado com o termo sexo ou diferenciação sexual e
destacar a construção social das identidades de homens e mulheres
SCOTT defende que a criação do conceito gênero foi criada para contrapor-
se a um determinismo biológico nas relações entre o sexo, atribuindo-lhes um
caráter social de forma fundamental. “O gênero enfatizava igualmente o aspecto
relacional das definições normativas da feminidade”.
Analisado as questões de gênero faz se necessário destacar a sua dimensão
como elemento estruturante na constituição de gênero de homens e mulheres:

[...] é fundamental compreender como as dimensões de gênero são


estruturantes na constituição subjetiva de homens e mulheres e na
organização das relações sociais estabelecidas a partir de desigualdades
de poder entre eles. Estas desigualdades se conectam, por sua vez, ao
fenômeno das violências cometidas contra as mulheres. Logo, a abordagem
do conceito de gênero é essencial para compreendermos acerca dessas
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violências, ainda que não limite em si toda a complexidade do fenômeno.


(GUIMARÃES, PEDROZA, 2015, 259)

É arriscado expor um conceito da palavra violência, pois ela pode ter vários
sentidos, tais como: ataque físico, sentido geral de uso da força física, ameaça ou
até mesmo um comportamento ingovernável.
Segundo o dicionário Houaiss, violência é a:

qualidade do que é violento, ação ou efeito de empregar força física ou


intimidação moral. Exercício injusto ou discricionário, ilegal, de força ou de
poder. Constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém para obrigá-
lo a submeter-se a vontade de outrem, coação, cerceamento da justiça e do
direito (2009, p. 1948).

A OMS (Organização Mundial da Saúde) define violência em três tipos, que


apesar de não serem universalmente aceitas, fornecem uma estrutura útil para
compreender os complexos padrões de violência, são elas:

A violência coletiva, que inclui os atos violentos que acontecem nos âmbitos
macro-sociais, políticos e econômicos e caracterizam a dominação de
grupos e do Estado. [...] a violência autoinfligida, subdividida em
comportamentos suicidas, e os autos abusos. No primeiro caso a tipologia
contempla suicídio, ideação suicida e tentativas de suicídio. [...] a violência
interpessoal, subdividida em violência comunitária e violência familiar, que
inclui a violência infligida pelo parceiro íntimo, o abuso infantil e abuso
contra os idosos. Na violência comunitária incluem-se a violência juvenil, os
atos aleatórios de violência, o estupro e o ataque sexual por estranhos, bem
como a violência em grupos institucionais, como escolas, locais de trabalho,
prisões e asilos.

De acordo o Ministério da Saúde e estudiosos da área relativa à violência


pode ser dividida em quatro:

Violência física ocorre quando alguém causa ou tenta causar dano, por
meio de força física, de algum tipo de arma ou instrumento que pode causar
lesões internas: (hemorragias, fraturas), externas (cortes, hematomas,
feridas) [...] Violência sexual é toda a ação na qual uma pessoa, em
situação de poder, obriga uma outra à realização de práticas sexuais contra
a vontade, por meio da força física, da influência psicológica (intimidação,
aliciamento, sedução), ou do uso de armas ou drogas [...]
Negligência é a omissão de responsabilidade, de um ou mais membros da
família, em relação a outro, sobretudo, com aqueles que precisam de ajuda
por questões de idade ou alguma condição específica, permanente ou
temporária [...]
Violência psicológica é toda ação ou omissão que causa ou visa causar
dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui:
ameaças, humilhações, chantagem, cobranças de comportamento,
discriminação, exploração, crítica pelo desempenho sexual, não deixar a
pessoa sair de casa, provocando o isolamento de amigos e familiares, ou
impedir que ela utilize o seu próprio dinheiro. Dentre as modalidades de
violência, é a mais difícil de ser identificada. Apesar de ser bastante
frequente, ela pode levar a pessoa a se sentir desvalorizada, sofrer de
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ansiedade e adoecer com facilidade, situações que se arrastam durante


muito tempo e, se agravadas, podem levar a pessoa a provocar suicídio.

Anderson Schraiber e D’Oliveira caracterizam violência doméstica da seguinte


forma:

[...] atos cometidos por familiares, companheiros ou ex-companheiros que


vivam ou não no mesmo ambiente, podendo ser cometida dentro deste ou
não [...] o termo violência contra mulher no âmbito doméstico, distinguindo
os seguintes elementos: a) o uso da força física ou verbal que prejudica ou
ameaça a vida e o corpo da mulher na integridade física, emocional ou
sexual; b) a coerção como forma de perpetuar a subordinação feminina) que
esse agravo seja produzido pelo parceiro com quem estabelece ou
estabeleceu uma relação íntima.

Visando a compreensão e o significado da violência doméstica SOUTO e


BRAGA puderam identificar em sua pesquisa que “a representação da violência
doméstica por meio de sentimentos de medo e aprisionamento. O medo é atribuído
à sensação de ameaça sobre o perigo da agressão, sendo uma maneira de controle
e intimidação, mantendo a violência em silêncio, sem reação”.
Em trabalho realizado pelo Centro Universitário João Pessoa se determinou a
condição para violência da seguinte forma: a condição de violência é, antes de tudo,
uma questão de violação dos direitos humanos. Pode estar associada a problemas
variados, complexos e de natureza distinta. Também pode estar atrelada a questões
conceituais referentes à distinção entre: poder e coação; vontade consciente e
impulso; determinismo e liberdade.
Segundo Galvão e Andrade “as causas da violência são descritas
principalmente pelo ciúme e jogo de poder. Considerando-se a complexidade do
problema, associada à questão da construção social dos papéis masculinos e
femininos e da desigualdade existente nas relações de gênero”.
Segundo Giddens:

A vida familiar abrange virtualmente toda a gama de experiências


emocionais, pois as relações familiares ou de parentesco fazem parte da
existência de toda a gente. As relações familiares - entre marido e mulher,
pais e filhos, irmãos e irmãs, ou entre parentes mais afastados - podem ser
calorosas e gratificantes. Mas podem igualmente estar impregnadas das
mais pronunciadas tensões que levam as pessoas ao desespero ou as
enchem de um sentimento profundo de ansiedade e culpa. (Giddens, 2008,
p.195-196)

Giddens em seu livro “Sociologia” quebra a ideia do senso comum no qual se


tem um pensamento de que casa é sinônimo de um lugar seguro ao afirmar que a
casa é, de facto, o lugar mais perigoso da sociedade moderna. Em termos
8

estatísticos, seja qual for o sexo ou a idade, uma pessoa estará mais sujeita à
violência em casa do que numa rua à noite. (Giddens, 2008, p.196)
Giddens em seus estudos afirma que a violência no seio familiar é
considerada banal devido a múltiplos fatores e aponta as inconstâncias de
sentimentos familiares como sendo uma delas:

Os laços familiares estão normalmente impregnados de emoções fortes,


que misturam frequentemente amor e ódio. As desavenças que ocorrem no
contexto doméstico podem libertar antagonismos que não seriam sentidos
da mesma forma noutros contextos sociais. O que parece ser um incidente
menor pode precipitar hostilidades em larga escala entre cônjuges ou entre
pais e filhos. Um homem tolerante em relação às excentricidades de
comportamento de outra mulher pode ficar furioso se a sua mulher falar
demais num jantar ou revelar intimidades que ele deseja manter em
segredo. (Giddens, 2008, p.196-197)

Um outro fator apontado, seria o de:

[...] se tolerar e até mesmo aprovar um certo grau de violência no âmbito da


família. Embora a violência familiar socialmente aprovada seja de natureza
relativamente limitada, pode facilmente degenerar em formas mais severas
de agressão. [...] No local de trabalho e em outros lugares públicos é regra
geral que ninguém pode bater em ninguém, por mais ofensiva ou irritante
que a outra pessoa seja. O mesmo não sucede na família. Um grande
número de investigadores mostrou que uma proporção substancial dos
casais acredita que, em determinadas circunstâncias, é legítimo um dos
esposos bater no outro. (Giddens, 2008, p.197)

Faz se destacar que o STF tem como Jurisprudência Internacional acerca de


familiares das vítimas de violações de direitos humanos o entendimento de que
estes possuem o direito à integridade mental e moral, destacado na seguinte
citação:

[...] esta Corte conclui que o Estado é igualmente responsável pela violação
a integridade pessoal prevista no art. 5.1 da Convenção, em prejuízo dos
familiares de Nelson Carvajal, pelo sofrimento causado por sua morte e pela
situação de impunidade em que se encontra o homicídio, assim como pela
ausência de investigação a ameaças e ao assédio em prejuízo de vários
deles. [Corte IDH. Caso Carvajal Carvajal e outros vs. Colômbia. Mérito,
reparações e custas. Sentença de 13-3-2018. Tradução livre.] [Resumo
oficial http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/resumen_352_esp.pdf]

Além disso, no que diz respeito à violação do art. 5 da Convenção, em


detrimento dos familiares das vítimas, o Tribunal recorda que os familiares
das vítimas de certas violações de direitos humanos podem ser, ao mesmo
tempo, vítimas de violações. Sobre essa questão, o Tribunal concluiu que o
direito dos familiares das vítimas à integridade mental e moral pode ser
violado como resultado das circunstâncias particulares das violações
perpetradas contra seus entes queridos e devido às ações subsequentes ou
omissões de autoridades do Estado em relação a esses eventos. [Corte
IDH. Caso The Rochela Massacre vs. Colombia. Mérito, reparações e
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custas. Sentença de 11-5-2007. Tradução livre.] [Ficha


Técnica:http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_163_ing.pdf]

No artigo 5 da lei 11.340, de 7 de Agosto, inciso I, II e III, denominado de Lei


Maria da Penha, fica disposto o que se configura crime de violência doméstica e
familiar contra a mulher:

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar


contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe
cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial:

I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de


convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas;

II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por


indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços
naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou


tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

Segundo o artigo 7º, incisos I, II, III, IV e V, da Lei nº 11.340/2006, a violência


doméstica e familiar têm as seguintes classificações: violência física, sexual,
psicológica, patrimonial e moral:

Art. 7º. São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre
outras:

I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda


sua integridade ou saúde corporal;

II – a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que


lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou
controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante
ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularizarão,
explosão e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe
cause prejuízo a saúde psicológica e à autodeterminação;

III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a


constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade,
que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de
seus direitos sexuais e reprodutivos;

IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que


configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou
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recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas


necessidades;

V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que


configure calúnia, difamação ou injúria.

No artigo 22, incisos I, II, III, alíneas “a, b e c”, IV e V da Lei 11.340/2006, é
dito que identificada a ocorrência de violência doméstica e familiar contra a mulher o
juiz poderá, de imediato, aplicar medidas protetivas de urgência.

Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a


mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao
agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas
de urgência, entre outras:

I – suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação


ao órgão competente, nos termos da Lei 10.826, de 22 de dezembro de
2003;

II – afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

III – proibição de determinadas condutas, entre as quais:


a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas,
fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por
qualquer meio de comunicação;
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a
integridade física e psicológica da ofendida;

IV – restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a


equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

V – prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

A violência relatada por MELO tem seus fundamentos na:


[...]esteira de heranças culturais, dificuldades econômicas e práticas
educacionais que se estabelecem as diferenças de gênero, em que para os
homens obrigatoriamente são delegados a força, o poder e o direito e para
as mulheres a sensibilidade e a fragilidade. Condição que prepara o que
Saffioti e Almeida (1995) designaram violência de gênero, que pode ser
estendida a crianças, adolescentes e mesmo a outros adultos.

O estudo realizado por MELO evidência parceiras ou ex-companheiras como


sendo maior índice da amostra o grau de parentesco das vítimas quanto aos seus
agressores mais presentes, mais de 85%. Além disso, elenca os motivos que
levaram à prática do delito, sendo eles: rompimento de relações, ingestão de bebida
alcoólica, ciúmes, problemas econômicos, problemas mentais:

[...] em cerca de 40% dos casos, a motivação para o crime ter se originado
de uma ameaça ou mesmo decisão da esposa/companheira em romper a
relação. Em seguida, com números bastantes significativos, aparece o uso
de bebidas alcoólicas, pelo companheiro, como motivador do ato delituoso.
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Ciúmes, como categoria isolada e problemas econômicos, entre eles falta


de dinheiro para as despesas domésticas e desemprego, apresentaram a
mesma freqüência de 10,8%. Apenas um processo trazia os problemas
mentais do agressor como justificativa para o ato criminoso, mostrando
claramente estar a motivação associada ao comportamento considerado
‘anormal’.

Em se tratando de rompimento de relações “qualquer que seja a razão do


rompimento da relação, quando a iniciativa é da mulher, isto constitui uma afronta
para ele. Na condição de macho dominador, não pode admitir tal ocorrência,
podendo chegar a extremos de crueldade” (Saffioti, 2002, p. 62).
O estudo de MELO aponta que as agressões ocorriam em sua maior parcela
quando o relacionamento entre agressor e vítima havia terminado, evidenciando
assim que “longos períodos de separação não afastam a ameaça de violência”.
Além desse, a segunda maior ocorrência de agressão se dá em até dois anos de
relacionamento:

O fato de que, em 32% dos casos, já ter havido uma ruptura da relação –
temporária ou definitiva – não afastou o perigo da violência. Outro dado
significativo a ser observado é a relação decrescente entre tempo de
relação conjugal e ameaça de atos violentos, ou seja, dentro do universo
dos processos investigados, quanto maior o tempo de relacionamento, os
registros de ameaças e crimes contra essas mulheres foram menores.

De acordo com o relatório da pesquisa em Covalima, citado por SIMIÃO,


existe uma tendência, entre homens e mulheres, de considerar que os episódios de
repressão sejam normais ou até mesmo justificáveis:

[...] em geral, tanto homens quanto mulheres tendem a considerar certas


formas de agressão como normais e, por conseqüência, não vêem tais
formas de agressão como situação de risco, mas como parte normal de um
relacionamento. (OCAA, 2003, p. 12)

Nesse mesmo estudo realizado por SIMÃO:

[...] as formas geralmente aceitas de agressão estão relacionadas à punição


(física ou não) como modo de castigar um comportamento indevido anterior,
visto como inadequado. As mulheres participantes da pesquisa enfatizaram
que não aceitam uma agressão gratuita, mas a análise do contexto que
gerou a agressão pode resultar na validação do gesto. Nesse sentido,
também as mulheres costumam castigar seus maridos, rasgando suas
roupas ao lavá-las ou propositadamente errando a mão na hora de preparar
uma refeição.

Embora as agressões sejam consideradas pelas vítimas e pelos agressores


como sendo normais e justificáveis, o Código Civil trata os direitos da personalidade
como sendo intransmissíveis e irrenunciáveis: Art. 11. Com exceção dos casos
12

previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis,


não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Ao contrário das agressões não-físicas, que tendem a ser mais tolerada
devido a sua consequência ter efeitos de forma subjetiva, as agressões que violam a
integridade física são mais visíveis e, por isso, tendem a ser menos tolerada por
serem mais facilmente percebidas:

O grau de tolerância para com o que seria uma agressão justificada


costuma estar relacionado a excessos visíveis no corpo. Agressões que
resultem em sangramento ou seqüelas físicas visíveis tendem a ser menos
toleradas. [...] A agressão ao corpo, de certa forma, é mais facilmente
percebida como violência injustificável caso materialize-se em marcas
sensíveis que extrapolam certos limites.

Outro ponto a ser colocado é a de consciência sociocultural, estabelecidas e


adotadas por grande parte da população, de entendimento da violência física como
forma de educar:

[...] o que chamaríamos de violência doméstica não está, portanto, apenas


relacionado à posição das mulheres na estrutura familiar, mas a certas
concepções sobre a punição corporal como forma de educação e à
educação do corpo como um instrumento a serviço da produção de
subjetividades.

“Segundo Ferrari (2002), a necessidade de dominar e controlar o parceiro é a


força principal que alimenta a violência entre casais. Esse autor vê a violência dentro
da família como um fenômeno multicausal que engloba experiência de socialização,
características patológicas, fatores situacionais de estresse e fatores culturais” (apud
ROSA, 2008, p.156).
Como pontuado por Soihet, e citado por MELO:

Mediante as mudanças econômicas, e entrada da mulher no mercado de


trabalho, os homens ficaram desprovidos de poder e de autoridade num
espaço que era seu – no trabalho e na política – e o seu exercício de mando
na esfera privada, ou seja, na casa e sobre a família também foi perdido,
nesse ponto, qualquer ameaça a sua autoridade lhe provoca forte reação,
pois, perdeu os substitutos compensatórios para a sua falta de poder no
espaço mais amplo (...) precipitando soluções extremas de autoridade junto
à família. (Soihet, 2002, p. 372).

Entre os anos de 2000 e 2003, a OMS, em colaboração com outros


organismos internacionais, realizou uma pesquisa de base populacional em 15
capitais ou grandes cidades e regiões de dez países. No Brasil, os dados são
preocupantes: a cada quatro minutos uma mulher é agredida, sendo que 23% das
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mulheres sofrem violência doméstica. Em 85,5% dos casos de violência física contra
mulheres no contexto brasileiro, os agressores são seus parceiros.
A relação entre agressão sexual e a desigualdade de gênero tem sido
repetidamente mostrada na literatura. Países onde o status da mulher é mais baixo,
também são mais altas as taxas de violência contra a mulher, sugerindo que
agressão sexual tem mais a ver com o desequilíbrio de poder entre homens e
mulheres do que com o sexo em si (Krug, Dahlberg, Mercy, Zwi, & Lozano, 2002).
Segundo o levantamento “Violência Contra as Mulheres”, feito pelo instituto
Datafolha, nos dias 4 e 5 de fevereiro de 2019, ouvindo 2.084 pessoas em 130
municípios brasileiros, realizado a pedido do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança
Pública), uma em cada quatro mulheres brasileiras com mais de 16 anos sofreu
agressões nos últimos doze meses. Foi constatado que 27,4% das entrevistadas
disseram ter sofrido alguma violência. Entre as que foram violentadas, 52% não
denunciaram os casos.

Dados do Instituto Datafolha complementam este cenário: uma pesquisa


feita em 2016 no Brasil revelou que [..] 23% das vítimas de violência
doméstica nos últimos 12 meses disseram ter desistido de alguma
oportunidade de emprego para não contrariar o parceiro, o que contribui
assim para ampliar sua dependência financeira em relação ao companheiro.

Citado por ROSA (2008, p.156):

[...] a violência pode ser pensada do ponto de vista de relações de força


expressas enquanto relações de dominação. Nessa ótica, pode-se
especular que as diferenças na sociedade são convertidas em relações de
desigualdade, que são por sua vez convertidas em relações assimétricas de
hierarquia, que implicam em que a vontade de uns seja subordinada a de
outros (Ferrari, 2002). [...] Esse fato relaciona-se à violência de gênero,
manifestada de maneira perversa a partir das relações de poder
historicamente desiguais entre homens e mulheres, sendo o componente
cultural seu sustentáculo e fator de perpetuação. (Carreira e Pandjiarjian,
2003)

Conforme citado por FONSECA, “a associação entre violência doméstica e o


uso de bebidas alcoólicas tem sido observada em pesquisas realizadas em países
como EUA, Reino Unido, Austrália e Suíça. Pesquisas norte-americanas apontam
que em 50% a 70% dos casos de violência entre casais, houve consumo de álcool
pelo marido antes da agressão. Outro estudo nos EUA que analisou chamados
policiais por violência doméstica encontrou 86% de casos em que os agressores
haviam consumido álcool no dia da agressão”. No Brasil, o levantamento domiciliar
mostrou que os agressores estavam embriagados em 52% dos domicílios com
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histórico de violência. Entre os 7.939 domicílios pesquisados, em 2.661 (33,5%) foi


relatado algum tipo de violência, dos quais em 1.361 (17,1%) domicílios os
agressores estavam sob o efeito do álcool no momento da violência”.
Segundo esse mesmo estudo, os casos em que envolve a violação da
integridade física chega a uma frequência de quase 40%:

Os mais frequentes foram de agressão verbal (bronca/discussão 81,8% e


escândalo 70,9%), seguidos de ameaças: de quebrar objetos do domicílio
(38,7%), de agressão física (39,5%) e de agressão com uso de objetos
(27,9%). Também foram considerados como violência relatos de agressões
com uso de armas, abuso sexual e furto de dinheiro e de objetos do
domicílio. Todos os domicílios relataram ocorrência de mais de um tipo de
violência ao mesmo tempo.

Outro dado importante são as características das 1.173 vítimas identificadas


pelo artigo, no qual informa que:

[...] a proporção de mulheres foi mais que o dobro em relação aos homens
(63,9% versus 31,0%) e 49,5% tinha idade entre 31 e 59 anos; 18,2%
envolveu filhos como vítimas. Apenas 8,3% das vítimas procuraram por
algum tipo de ajuda em serviços de segurança e 3,7% procuraram por ajuda
em serviços de saúde.

Segundo FONSECA:

[...] quanto ao período de reincidência da violência, o consumo de álcool


pelo agressor parece aumentar o impacto da violência, suas consequências
para a saúde da família e o prolongamento da violência. A crença de que o
álcool é o responsável pelas agressões diminui a culpa do agressor e
aumenta a tolerância da vítima, podendo favorecer novos episódios.

A mulher situada em um ambiente no qual ela poderá ser agredida a qualquer


momento e por qualquer motivo fútil é traduzida por ROSA, quando diz que:

A violência pode também ser vista como uma ação que envolve a perda de
autonomia, de forma que as pessoas são privadas de manifestarem sua
vontade, submetendo-se à vontade e ao desejo dos outros. Assim, a
violência passa a ser utilizada como uma maneira de manifestação das
relações de dominação, expressando uma negação da liberdade do outro,
da igualdade, da vida. Essa desigualdade se manifesta como assimetria de
poder, a submissão do mais fraco pelo mais forte traduzindo-se em maus-
tratos (Vecina, 2002).

Assim constatado, vê-se com clareza a violação de um dos princípios do


direito ao próprio corpo, no qual revela que ninguém pode ser constrangido à
invasão de seu corpo contra sua vontade.
Segundo Cherpitel e Kosovsky, citado por GIANINI, “o risco aumentado (de
agressão) ocorre também em bebedores moderados ou eventuais, e não somente
15

em bebedores abusivos ou regulares. A explicação largamente aceita e conhecida


para o fenômeno é a ação farmacológica do álcool sobre o sistema nervoso central”.
Há uma prevalência de situações de violência contra a mulher por agressores
embriagados. No entanto, entre as múltiplas vertentes propostas para explicar a
violência, o consumo excessivo do álcool é uma das mais controversas, pois não
existe consenso sobre se essa associação é causal ou se o consumo do álcool é
usado como desculpa pelo comportamento violento. Provavelmente trata-se de uma
relação complexa, que envolve vários outros fatores biológicos, psicológicos e
sociais. (FONSECA, 2009)

6 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do projeto de pesquisa sobre o tema “Direito ao


próprio corpo: os fatores que violam a integridade física da mulher vítima de
violência doméstica e familiar” foi adotada a pesquisa exploratória bibliográfica, com
foco na leitura e compilação de informações publicadas em livros, artigos,
dissertações relacionadas ao tema. Neste contexto, referida pesquisa centrou-se em
um estudo de caso, baseado em uma obra cinematográfica: o filme “Vidas Partidas”
de Marcos Schechtman, a fim de analisar aspectos variados sobre o dia a dia das
mulheres vítimas da violência doméstica e familiar.

7 HIPÓTESES

Tendo a pesquisa analisado os possíveis fatores que violam a integridade


física da mulher vítima de violência doméstica e familiar têm-se as relações
possessivas, as desigualdades de gênero e a presença do álcool como aspectos
predominantes nos casos que constam nos artigos consultados.
Dentre os fatores levantados, percebe-se que há justificativas socialmente
aceitas que tendem a normalizar a violência no ambiente familiar, justificativas essas
consideradas tanto pela vítima quanto pelo agressor. Segundo levantamentos da
ONODC, realizado no ano de 2018, os dados expostos verificaram que não foi feito
avanços concretos para proteger a vida das mulheres mesmo com os significativos
avanços quanto às legislações implementadas para coibir a violência de gênero.
16

Como constatado anteriormente, o fator socioeconômico é característico para


a perpetuação da violência doméstica e familiar, tendo em vista que a necessidade
da vítima a uma segurança financeira torna-a suscetível a tolerar as violações a sua
integridade física. Embora os combates às desigualdades de gêneros tenham se
intensificado nos últimos anos, há um caminho longo a ser percorrido para que
esses traços histórico-culturais sejam superados.
Os costumes enraizados tradicionalmente pela sociedade explicam as
ocorrências nos dias atuais e um dos fatores que culminam para a permanência da
violência doméstica é o uso de bebidas alcoólicas presente em grande parte dos
domicílios familiares brasileiros. As estatísticas apontam que em mais de 53% dos
casos de violências domésticas, os agressores estavam sob efeitos do álcool, fator
encorajador e visto socialmente como uma justificativa pelo comportamento violento.
A cultura é a soma de vários fatores sociais. Ela é formada por valores,
costumes, dogmas que são tradicionalmente adotados e repassados a futuras
gerações de forma inconsciente e voluntária, por não ser imposta por preceitos
normativos. A formulação de leis impositivas que atacam as imperfeições da cultura
é um remédio com efeito de curta duração, mas que sozinho não alcança os seus
objetivos no longo prazo devido ao seu caráter temporal. Todos os processos que
ocasionaram mudanças radicais em uma cultura se deram por pequenas mudanças
ao longo de extensos períodos. A lei penal criada com intuito de educar não obterá
os resultados pretendidos visto que as leis não visam educar, mas somente punir;
basta que uma lei punitiva socialmente desconexa com a cultura deixe de existir
para que os membros da sociedade volte a praticá-la como antes, quando
considerada crime, ou até mesmo com mais frequência e aceitação.
O processo a ser realizado para que diminua a incidência de violações à
integridade física da mulher, vítima de violência doméstica e familiar, não deve se
limitar apenas a criação de leis, bem como devem ser realizado eventos, dentro das
esferas municipais, estaduais e federais, de conscientização para que a sociedade
escolha a cultura que queiram deixar para o futuro. É necessário que condutas
repressivas deixem de ser aceitas de forma inconsciente e normatizadas por todos.
É através de políticas públicas conscientizadoras que se alcançará uma
mudança cultural necessária para coibir os fatores que desencadeiam a violência
doméstica e familiar contra a mulher. Faz-se necessário que a sociedade
17

compreenda os fatores culturais motivadores desta violência para que a mesma,


voluntariamente, faça a devida ruptura aos atos que corrompe o convívio familiar.
O combate de violência doméstica e familiar contra a mulher não pode ser
considerada como apenas uma combate no qual apenas tem-se o Estado como
responsável, faz-se necessário que a sociedade também seja parte dessa luta. A
educação na infância e na adolescência sobre os limites da interação física e sobre
a inviolabilidade do próprio corpo e de terceiro é uma forma consciente de adoção
de valores e costumes. Dessa forma, ao informar que nenhuma agressão à
integridade física é justificável é tratar da cultura como processo humano ativo e que
se molda com o passar dos anos. Tornar uma sociedade consciente das
consequências que a agressão à integridade física afeta no seio familiar é fazê-la
ser atenta a esse problema e vigilante, assim o processo de mudança se torna uma
forma atemporal de combate a violência doméstica e familiar.

8 CRONOGRAMA

Refere-se à discriminação das etapas do trabalho com seus respectivos prazos.

Etapas Fevereiro Março Abril Maio Junho


1) Escolha e delimitação do tema X X
2) Levantamento bibliográfico X X
3) Elaboração de etapas do projeto
X X
de pesquisa
4) Revisão e Depósito do projeto de
X X
pesquisa
5) Análise crítica dos dados
X
coletados
6) Elaboração do produto final X
7) Revisão final do produto X
8) Apresentação do produto final X
18

9 REFERÊNCIAS

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