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SEMINÁRIO SÃO PEDRO

CURSO DE TEOLOGIA
ESCRITOS JOANINOS

THIAGO BARBOSA DIAS

RESUMO: PRIMEIRA CARTA DE JOÃO QUEM AMA PERMANECE EM


DEUS.

NATAL/RN
2019
RESUMO: PRIMEIRA CARTA DE JOÃO QUEM AMA PERMANECE
EM DEUS.

A obra “Primeira Carta de João, Quem ama permanece em Deus” tem


como autor organizador Luiz Alexandre Solano Rossi. O livro está dividido em
seis capítulos e conta com a colaboração de mais três autores. O primeiro
capítulo trata de questões introdutórias como a autoria do escrito, o tempo de
composição, o gênero do escrito, a estrutura da obra, características literárias
da mesma, o contexto em que vivia a comunidade, entre outros. Os demais
capítulos são estudos sistemáticos delimitados por perícopes de toda a obra,
onde são abordados os temas pertinentes concernentes a cada parte.
No primeiro Capítulo, o autor deixa clara a “relação entre as cartas e o
Evangelho, tanto no estilo como no conteúdo” (p. 7). Este conteúdo, bem como
o objetivo principal da carta pode ser resumido como: “o Verbo da vida, que é
anunciado, para que creiam e tenham vida” (p. 7), esta idéia é trabalhada e
desdobrada em varias outras afirmações categóricas, como o amor, que é em
primeiro lugar de Deus, que envia seu Filho na carne, e possibilita o amor
fraterno entre os homens.
A comunidade vive uma querela com alguns que pertenciam a
comunidade, estes “defendem uma mentira cristológica e pontos de vista
morais equivocados” (p. 10).
O segundo capítulo que faz referência a I Jo 1,5 – 2,27, e traz por título
“Caminhar na Luz”. Este, caminhar na luz, é identificado com o não pecar, o
praticar a caridade, o preferir o amor do Pai em detrimento do amor do mundo,
permanecer na fé (cf. p. 23). É um projeto de Vida, baseados no Deus que é
luz e amor (cf. p. 24). O contrario a este projeto são o caminhos das trevas, ou
seja, a negação de Deus, a negação de Cristo e a negação do amor fraterno.
O terceiro capítulo que faz referência a I Jo 2,28 – 4,6, e tem por título
“Viver como filhos de Deus”, esta perícope são aspectos práticos para o
caminhar na luz, esse aspectos são: “o rompimento com o pecado (cf. 3,3-10);
a vivência do amor fraterno (cf. 3,11-24) e o discernimento (cf. 4,1- 6)” (p. 41).
O pecado primordial, com o qual se deve romper, consiste no não amar, ou
seja, no não praticar o mandamento deixado por Cristo (cf. p. 46). O Crer em
Cristo é deixar-se moldar pelo seu mandamento e assim, amar os irmão como
Cristo amou os homens, só assim permanecemos Nele (cf. p 49). O
discernimento acontece, na observância do amor fraterno, quem não ama,
nega Cristo que veio na carne (cf. p. 52).
O quarto capítulo que faz referência a I Jo 4,7 – 5,13, e tem por título
“Amor e Fé”. A vivência do Amor e da Fé, não se dá em palavras ou intenções,
mas através do testemunho concreto (cf. p. 55), O verbo que indica essa
vivência é “permanecer” que aparece 16 vezes na Carta. Além disso, é nesta
perícope que Deus é identificado com o Amor (cf I Jo 4,8.16).
O quinto capítulo que faz referência a I Jo 5,5-13 e tem por título “Em
Jesus, a força para vencer o mundo”, esta perícope está incluída no capitulo
anterior, mas pela aqui é tratada como esta exortação a vitória sobre o mundo
na pessoa de Jesus Cristo. Dois pontos precisam ser esclarecidos, o mundo a
ser combatido não é em relação ao mundo criado, mas o mundo que rejeitou
Deus, o cristão não é um alienado; o segundo, vitória não está em nossas
próprias forças, mas em Cristo, ou seja, é a vitória que Cristo realiza em nós,
isso é possível porque Ele se fez carne e viveu nossa vida em nossas alegrias
e angústias.
O sexto e último capítulo que faz referência a I Jo 5,14-21, e tem por
título “Oração, Pecado e Exortação”. Existe um aspecto literário distinto por
trocar o sujeito de “vós” para “nós”. e por se tratar da conclusão da Carta traz
um arremate do que foi tratado ao longo da mesma. Destaca-se o tema da
Confiança, da Oração, do Pecado e da Vida Eterna. A confiança é a certeza do
Deus que é por nós. A oração a partir da confiança é a certeza que Ele nos
ouve, e de nossa parte um se subordinar a vontade de Deus.
Para concluir a leitura da obra analisada é agradável, bem estruturada e
com varias referências ao evangelho segundo João. Percebemos algumas
idéias repetidas, ou mesmo temas que poderiam ter sido abordados com
enfoques diferentes em determinados capítulos, mas isso é compreensivo por
se tratar de uma obra com mais de um autor. Por outro lado, os capítulos se
tornam independentes um do outro, uma vez que, são baseados em uma
determinada perícope, o que facilita o estudo da obra.

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