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Marco Ceia
Universidade Estadual do Norte Fluminense
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All content following this page was uploaded by Marco Ceia on 11 September 2014.
Introdução à Geofísica
Experimental
1
Sumário
Introdução 3
Fundamentos de Aquisição de dados Geofísicos 4
Posicionamento 11
Sistema de Posicionamento Global 20
Magnetometria 32
Eletro-resistividade 47
2
1-Introdução
3
2-Fundamentos de Aquisição de dados Geofísicos
Nos levantamentos geofísicos as medições são efetuadas em pontos na superfície do
terreno. Estes pontos de medidas são usualmente chamados de estações (Fig. 1). Um
conjunto de estações alinhados numa mesma direção é chamado perfil ou linha de medida
(Fig. 2). Um conjunto de perfis ou um agrupamento de estações que cubram uma
determinada área é chamado de malha (ou “grid”), conforme pode ser observado na Fig. 3.
9999
9999 9999 9999
Figura 3 – Malha
4
A Fig. 4 ilustra um exemplo de posicionamento de estações em sentido transversal ao
“strike”.
L1 * * * * * * * * *
L2 * * * * * * * * *
L3 * * * * * * * * *
Strike
Figura 4 - exemplo de posicionamento de estações em sentido transversal ao “strike”
geológico.
Distância Distância
* * * * *
Profundidade
Profundidade
o
Observado
Observado
o o o o
Deve-se lembrar que em alguns casos o ponto de medida é exatamente onde estão
situados os instrumentos de medição, como no caso da magnetometria, em outros, o ponto
de medida situa-se a meio caminho entre os instrumentos de medição, que é o caso da
reflexão sísmica, onde o ponto de medida situa-se equidistantemente entre a fonte
(transmissor) e o geofone (receptor), como mostrado na Figura 6.
5
* *
9999
Profundidade de Investigação
Depende das propriedades físicas das estruturas em sub-superfície, das
características do método e do tipo de equipamento utilizado (Ex. potência da fonte,
sensibilidade do receptor, etc.).
Aquisição de Dados
Processamento de Dados
Interpretação de Dados
6
Ruídos
Consideram-se ruídos sinais indesejáveis que se somam ao sinal medido e que podem
resultar em interpretações errôneas dos dados adquiridos. Os ruídos podem ser classificados
da seguinte forma:
Uma medida pode ser descrita como uma função do sinal (S) e do ruído (R). Quanto
maior a razão S/R, melhor a qualidade dos dados. Uma razão S/R baixa pode impossibilitar
a aplicação dos métodos Geofísicos, pois as medidas se mostrarão como um amálgama de
efeitos indistinguíveis (Luiz & Silva, 1995).
Durante os levantamentos de campo, deve-se tomar cuidado para minimizar estes
ruídos. Esta tarefa começa já na escolha do equipamento mais adequado, o qual deve ter o
mínimo de ruído eletrônico possível. Instrumentos com partes mecânicas têm que estar
calibrados. Deve-se observar as exigências operacionais do método utilizado, com atenção
na leitura dos dados. Fontes de ruídos parasitários devem ser evitadas, tanto quanto
possível. Um exemplo é afastar-se de linhas de transmissão, no caso dos métodos
eletromagnéticos.
Sinais
Na maior parte dos levantamentos geofísicos, os sensores registram a propriedade
física correspondente ao método utilizado e fornece com saída um sinal elétrico,
correspondente a medida efetuada. Muitas vezes a quantidade de medidas de campo é
muito grande e as operações com as mesmas são complexas, sendo necessário, para realizar
estas operações de modo efetivo, rápido e econômico, a utilização de computadores
digitais. As medidas registradas analogicamente devem, portanto, ser convertidas em sinal
digital, numa operação chamada DISCRETIZAÇÂO ou DIGITALIZAÇÂO (Fig. 7).
As principais características de um sistema de digitalização são: a precisão de
amostragem (faixa dinâmica) e a freqüência de amostragem. A faixa dinâmica (“dynamic
range”) é uma expressão da razão entre a maior amplitude e a menor amplitude
mensuráveis (Kearey et al., 2009). A frequência de amostragem (“sampling frequency”) é o
número de pontos de amostragem por unidade de tempo ou de distância. O inverso da
freqüência de amostragem chama-se intervalo de amostragem.
Pode-se reconstruir digitalmente um sinal analógico, sem perda de informação,
desde que a freqüência de amostragem seja muito maior que a freqüência mais alta da
função amostrada. Entretanto se houverem freqüências acima da freqüência de Nyquist no
7
sinal amostrado, isto resultará numa séria forma de distorção chamada de falseamento
(“aliasing”).
fN 1 2 t
Onde:
fN =Freqüência de Nyquist;
t =Intervalo de Amostragem.
Os dados geofísicos podem ser exibidos de diversas maneiras. Por exemplo, dados
relativos a uma única estação podem ser exibidos como curvas da propriedade física
medida ao longo do tempo ou da freqüência. Geralmente, este tipo de gráfico está associado
a: verificação da qualidade do sinal ou análise de variações em profundidade da
propriedade estudada. Variações laterais das propriedades físicas podem ser analisadas
através da plotagem das informações de diferentes estações ao longo de um perfil. Outra
forma de exibição consiste em utilizar mapas de contorno de curvas de iso-valores, obtidas
através dos dados das estações. Este tipo de exibição é conveniente para se obter a
delimitação 2D das variações da propriedade física estudada. Por último, a visualização 3D,
possibilita a exata delimitação 3D das variações da propriedade física estudada, sendo
extremamente útil para a quantificação de jazidas ou reservas.
8
Perfil 0
60
50
40
g (mGal)
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10 12
Distância (m)
Distâ ncia (m)
40 40 30
Perfil 1 40 40 40
60
50
50 40 40
40
g (mGal)
30 50 50 50 30
20
10
0
50 50 50 40
0 2 4 6 8 10 12
Distâ ncia (m) 50 50 50 40
Perfil
Em relação aos mapas de contorno, estes podem ser exibidos em diversas escalas de
cores (Fig. 9). O objetivo das escalas de cores é sempre facilitar a interpretação dos dados
associando a variação da propriedade física estudada ao contaste entre as cores de uma
determinada escala.
Figura 9 – Painel
Esquerdo: Mapa de
contorno em escala de
cinza. Painel Direito:
Mapa de contorno em
escala de cores
(“rainbow”)
9
Operações de Campo
Métodos Geofísicos
Nesta apostila serão abordados alguns dos métodos geofísicos referentes aos experimentos
a serem realizados durante as aulas.
10
3-Posicionamento
“A melhor e mais acurada medida geofísica não serve para nada se não se souber aonde ela
foi realizada”
0 50 100
0
10 * * * * * * * * *
20 * * * * * * * * *
*
30 * * * * * * * * *
11
Localização absoluta – LAT/LONG (Graus, Min.,Seg.)
Coordenadas Geográficas
Equador
Greenwich
Projeção Cilíndrica
12
Uma vantagem do sistema UTM é que ele é expresso em metros, facilitando o
cálculo das distâncias em mapas 2D. Este sistema utiliza 60 projeções de rotação do
cilindro ao longo do equador (zonas UTM) de modo a diminuir a distorção no eixo N-S
(Fig. 13). Cada zona UTM equivale a 6º de longitude.
Transversal ao plano
do equador
Eastings (E)
Northings (N)
14
Figura 16 – Ilustração das características das coordenadas UTM.
Mapas – UTM
Elipsóide/Datum
ELIPSÓIDE a f
South American 1969 6378160 298.25
15
Elipsóides & Geóides
Transformação de Coordenadas
• http://www.resurgentsoftware.com/geomag.html
• http://www.epa.gov/athens/learn2model/part-two/onsite/ll-dms.htm
• http://www.eosgis.com/
• ftp://ftp.unb.br/pub/download/ig/util/gencoord.zip
• http://www.oasisphoto.com/navigation/convert_form.php
17
Pavie G., 2001
Figura 17 – Mapa magnético de parte da região norte fluminense. Notar que as coordenadas
estão tanto em UTM quanto no sistema geográfico.
Referências
Luiz, J.G. & Silva, L. M. C. 1995. Geofísica de Prospecção. Vol. I. Editora Universitária
UFPA. Belém-PA.
Kearey, P., Brooks, M. & Hill, I. 2009.Geofísica de Exploração. Ed. Oficina de Textos. Sob
licença da Blackwell Publishing Company (UK).
http://www.gpsglobal.com.br/Artigos/Cartografia/Proj_utm.html
http://www.colorado.edu/geography/gcraft/notes/mapproj/mapproj_f.html
http://www.mundogps.com/cartografia/articulos.asp?id_articulo=249&pagina
=1
18
http://exchange.manifold.net/manifold/manuals/5_userman/mfd50Projections
_Tutorial.htm
19
4-Sistema de Posicionamento Global
O que é o GPS?
Como funciona?
Através da captação sinais de rádio emitidos por uma constelação de satélites artificiais que
giram em torno da Terra, é possível determinar as distâncias entre a antena receptora e estes
satélites, de modo que, conhecendo-se as coordenadas dos satélites em um sistema de
referência apropriado, pode-se calcular as coordenadas da antena receptora no mesmo
sistema de referência.
Curiosidades
•Foi concebido pelo Departamento de Defesa dos EUA no início da década de l960, sob o
nome de 'projeto NAVSTAR'.
•O sistema foi declarado totalmente operacional apenas em l995.
•Seu desenvolvimento custou 10 bilhões de dólares.
•Testes realizados em 1972 mostraram que a pior precisão do sistema era de 15 metros. A
melhor, 1 metro.
•Preocupados com o uso inadequado, os militares americanos implantaram duas opções de
precisão: para usuários autorizados (eles mesmos) e usuários não-autorizados (civis).
•Nos anos 70, os soviéticos desenvolveram seu próprio sistema chamado: GLONASS.
Segmentos GPS
20
Figura 18 – Ilustração do segmento espacial do GPS. Uma rede de 24 satélites ao redor da
Terra.
21
O segmento de usuários (Fig. 21) é composto por receptores civis e militares que
podem registrar as medidas de pseudo-distâncias com base nas duas frequências L1 e L2,
disponíveis no sinal GPS.
Os sinais GPS
22
Partes do sinal GPS:
Cálculo da Posição
3. Cálculos de Triangulação
Se a posição de um determinado ponto A é conhecida, e a distância ao ponto A
também é conhecida. A posição desejada cai em algum lugar ao longo de um
círculo. Se as distâncias a 2 pontos são conhecidas. A posição desejada é um dos
dois pontos de interseção entre os círculos (Fig. 23). Todavia, se as distâncias a 3
pontos são conhecidas, a posição desejada é a interseção entre os três círculos (Fig.
24). Isto se observarmos de uma maneira bi-dimensional. Considerando um espaço
tri-dimensional, i.e., incluindo a altura, precisa-se saber as distâncias a 4 pontos para
obter-se um ponto de interseção único (Fig. 25), que determinará a posição
desejada.
23
Figura 23 – Ilustração do cálculo de triangulação em 2D.
24
4. Ajuste do erro do relógio local
25
estão localizados em ângulos relativamente largos entre eles. Uma geometria pobre existe
quando os satélites rastreados estão localizados em linha ou num agrupamento.
Tipos de DOP
–HDOP (Horizontal DOP)
–VDOP (Vertical DOP)
–PDOP (3-D positioning DOP)
–TDOP (Time DOP)
–GDOP (Geometrical DOP)
É comum que o receptor GPS mostre as informações de GDOP. Quanto menor for
este valor, melhor é a acurácia, significando que os satélites captados estão distantes um
26
dos outros e juntos cobrem uma área mais abrangente. Recomenda-se não trabalhar com
valores de PDOP ou GDOP acima de 7.
O GPS de mão (“handheld GPS”) (Fig. 29) é um equipamento leve, de baixo custo,
portátil, que fornece medidas absolutas do posicionamento em 3 dimensões. Atualmente
sua acurácia pode chegar a 1m. É muito utilizado para navegação, devido à possibilidade de
se observar à variação do posicionamento num mapa exibido na tela do receptor, em tempo
real. Isto permite que facilmente se encontre a localização no campo de coordenadas
previamente gravadas (“waypoints”) (geralmente oriundas do planejamento do
levantamento geofísico). Além da navegação, este equipamento também possibilita a
gravação das rotas (“routes”) percorridas e a gravação das coordenadas de um determinado
ponto no campo, o que é útil para o posicionamento de estações que por motivos
operacionais tiverem que ser deslocadas no campo.
27
GPS Diferencial (“Differential GPS” - DGPS)
28
Operações com o DGPS
Modo Estático
A estação móvel permanece fixa no ponto a ser medido durante um certo tempo
maior ou igual a cinco minutos, conforme mostrado na Fig. 32.
...
Estação-Base Estação-Móvel
(Referência) (Rover)
Modo Stop-and-Go
Neste modo, o primeiro ponto, ou seja, a primeira estação é feita com o modo
estático (com duração da aquisição de dados de pelo menos 1 h), e as subseqüentes são
realizadas com a permanência de apenas 20 s na estação.
Modo Cinemático
Neste modo, o primeiro ponto, ou seja, a primeira estação é feita com o modo
estático (com duração da aquisição de dados de pelo menos 1 h), e as subseqüentes são
realizadas com a permanência de apenas 1 s na estação, ou seja, na prática, não há parada, o
GPS móvel se move continuamente ao longo das estações. É ideal para levantamentos
aéreos e marítimos.
29
...
Estação-Base Ponto de
(Referência) Inicialização
Modo Precisão
Horizontal
Estático (Static) 5-10 mm
Stop-and-Go 10-30 mm
Cinemático 10-50 mm
30
Referências
•http://www.ccg-gcc.gc.ca/dgps/guide/guide2_e.htm
•http://www.trimble.com
•http://www.garmin.com
31
5-Magnetometria
32
destacar, as contribuições de caráter local, oriundas das concentrações de minerais
magnéticos e que costumam ocorrer nos primeiros 5 Km da crosta (Fig. 37); e a
contribuição devido a ruídos, como por exemplo, ondas eletromagnéticas produzidas
artificialmente como as geradas por torres de celular, estações de rádio e linhas de energia.
Campo Principal
33
Outras fontes
Descargas Elétricas
Anomalias
Campos Artificiais
Cálculo do IGRF
http://www.ngdc.noaa.gov/IAGA/vmod/igrf.html
34
http://swdcwww.kugi.kyoto-u.ac.jp/igrf/
http://www.ava.fmi.fi/MAGN/igrf/applet.html
http://www.geomag.bgs.ac.uk/gifs/igrf_form.shtml
Magnetômetros
35
Figura 38 – Princípio de funcionamento de um magnetômetro de saturação (fluxgate): (a)
Curva de Histerese dos dois núcleos; (b) enrolamentos dos núcleos; (c) fluxo magnético nos
núcleos na ausência de um campo externo; (d) voltagens induzidas (V1 e V2) nas bobinas
secundárias na presença de um campo externo (CMT); (e) voltagem resultante (V1 + V2)
registrada no voltímetro.
F0
p
Onde:
=Freqüência Angular de Precessão;
p =Razão giromagnética do próton (aproximadamente 267,54 MHz/Tesla);
F0 =Campo Magnético Total.
37
Efeito Overhouser – Muitos magnetômetros de prótons modernos fazem uso deste efeito.
Para isto, adiciona-se ao fluido do sensor um outro líquido contendo alguns elétrons livres
em órbitas “não pareadas” (Kearey et al. 2009). Os prótons são polarizados indiretamente,
usando-se energia de radiofreqüência, próxima a 60 MHz. Uma vantagem é que este tipo de
equipamento consome apenas cerca de 25 % dos magnetômetros de prótons convencionais.
Além disso, o sinal gerado pelo fluido é cerca de 100 vezes mais forte, sendo o ruído, muito
mais baixo; a tolerância do gradiente é melhor e as taxas de amostragem são maiores, i.e.,
aquisições mais rápidas.
Aquisição de Dados
Sensor
Console
Uma seta marcada no sensor indica que esta deva ser apontada para o norte
magnético (Fig. 43). Isto resultará em melhores medidas do campo magnético, uma vez que
nesta direção será o sinal será captado de mais intensamente.
39
Técnicas de Levantamento
Estação Base
9999
Estação Móvel
9999
40
Estação Móvel
9999
CMT1 CMT2
Gradiente
Espaçamento
41
Processamento de Dados
1. Correção do Diurnal
2. Filtragem
3. Remoção do IGRF
4. Correção Topográfica
Diurnal
Exemplo:
Horário: 10:00
CMTmóvel = 20.507 nT
CMTbase = 20.502 nT
CMTbase
= 20.500 nT
CMTcorr = 20.505 nT
Filtragem – Ruídos provenientes de descargas elétricas (raios) são caracterizados por serem
intensos, porém de curta duração. Tais eventos são facilmente observados nos gráficos de
CMT em função do tempo. Desta forma esses dados podem ser removidos manualmente ou
através da utilização de filtro passa-baixa, e posterior interpolação do restante dos dados.
Outros tipos de ruídos aleatórios também podem ser removidos desta maneira.
Remoção do IGRF – Esta etapa tem como base, a remoção do campo magnético principal.
O procedimento é simples, primeiro calcula-se o valor do IGRF para a estação em questão,
utilizando programas específicos, alguns podem ser utilizados na Internet de maneira “on-
line”. Os dados de entrada são as coordenadas, a altitude e a data do levantamento. A etapa
seguinte é remover este valor dos dados, tal qual mostrado abaixo. O resultado é chamado
de residual e refere-se a contribuição das anomalias, i.e., estruturas em profundidade, que
42
podem ser objetos enterrados, diques, soleiras, jazidas minerais ou a topografia do
embasamento.
Subprodutos
1
2 2 2 2
F x, y F x, y F x, y
A x, y
x y z
43
CMT 1ª Der. Vert. Sinal Analítico
Figura 47 – Mapas de Campo Magnético Total (CMT), Primeira derivada (Gradiente)
vertical e Sinal Analítico. (Modificado de Pavie, 2004).
Estimativa de Profundidade
Observado
Calculado
Figura 48 – Modelagem direta de um perfil de CMT entre Farol de São Tomé e Campos,
RJ. Ver mapa de CMT da Fig. 47 (Pavie, 2004)
44
Aplicações
Ar ~0
Quartzo -0,01
Hematita 0,5-35
Magnetita 1200-19200
Calcário 0-3
Arenitos 0-20
Folhelhos 0,01-15
Granito 0-50
Basalto 0,2-175
Pirita 0,05-5
Peridotita 90-200
45
Referências
Cálculo do IGRF
o http://www.ngdc.noaa.gov/IAGA/vmod/igrf.html
o http://swdcwww.kugi.kyoto-u.ac.jp/igrf/
o http://www.ava.fmi.fi/MAGN/igrf/applet.html
o http://www.geomag.bgs.ac.uk/gifs/igrf_form.shtml
Software de gridagem
o SurGe (http://mujweb.cz/www/SurGe/)
o MATLAB
Luiz, J.G. & Silva, L. M. C. 1995. Geofísica de Prospecção. Vol. I. Editora Universitária
UFPA. Belém-PA.
Kearey, P., Brooks, M. & Hill, I. 2009.Geofísica de Exploração. Ed. Oficina de Textos. Sob
licença da Blackwell Publishing Company (UK).
46
6-Eletro-resistividade
É um método de investigação da resistividade elétrica do subsolo pela injeção de
corrente elétrica através de dois eletrodos (A e B) diretamente fincados no solo e a medição
da diferença de voltagem entre dois outros eletrodos (M e N).
i
v
+i -i
A M N B
A
L
Figura 50 – Ilustração de um fio condutor de comprimento L e área da seção transversal ª
Da Lei de Ohm: V RI
onde a resistência R é dada por uma propriedade do material do qual o fio é feito (r,
resistividade) multiplicada por um fator geométrico (razão entre o comprimento L e a área
da seção reta A do fio):
L
R
A
Logo,
L
V I
A
47
Voltagem numa semi-esfera
A 4 r2
e a diferença de potencial é :
I
V
4 r
I
V
2 r
rr22
rr11
i
v
+i M N -i
A B
I r2 r1
V
2 r1 r2
48
Profundidade de investigação
A B11 B22
11
22
Arranjos de campo
i
v
+i a a -i
A M a N B
i
v
+i -i
A M N B
2
AB V
MN 2 I
50
A resistividade neste arranjo é dada pela equação abaixo:
V
nn 1 n 2x
I
Técnicas de Investigação
Figura 56 – Ilustração das diversas técnicas de aquisição de dados, (a) – Sondagem Elétrica
Vertical, (b) – Caminhamento Elétrico e (c) – Perfilagem Elétrica.
Equipamentos
51
Interpretação de eletroresistividade
A
A B11 B22
11
22
AB 1 AB 2
52
A interpretação integrada dos resultados de várias estações é útil para averiguar a
geometria das estruturas em sub-superfície. A Fig. 60 mostra um exemplo de uma seção de
resistividade e sua interpretação. Os valores de resistividade elétrica são representados por
uma escala de cores.
53
Material Resistividade (ohm.m)
Granito 5x10 3 - 106
Basalto 103 - 10 6
Arenito 8-4x10 3
Folhelho 20-2x103
Calcário 50-4x102
Argila 1-100
Água Doce 10-100
Água do Mar 0.2
Referências
Kearey, P., Brooks, M. & Hill, I. 2009.Geofísica de Exploração. Ed. Oficina de Textos. Sob
licença da Blackwell Publishing Company (UK).
Loke, D.H.M. – Electrical Imaging surveys for environmental and engineering studies. A
practical guide to 2-D and 3-D surveys. (Disponível em www.geometrics.com)
54