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Gostaria de aproveitar a oportunidade para acrescentar outro ponto. Muitas vezes, no caso do
Johrei, há ministrantes que, embora não saibam a causa da doença, fazem ares de quem a conhece, o
que é o mais repreensível. Tais pessoas, em especial, tendem a usar o subterfúgio de dizer que algo é
espiritual quando não ocorre a cura esperada. Na verdade, é difícil determinar se a causa de uma doença
é material ou espiritual. Originariamente, o homem é uma unidade espírito-matéria; logo, não há tal
distinção no caso do Johrei. Isto porque, se o espírito se cura, o mesmo ocorre com a matéria, e vice-
versa. Por outro lado, quando o praticante de Johrei vê que há recuperação rápida através deste, acha
que se trata de uma purificação comum; se ocorre o contrário, pensa que a causa é espiritual, mas isso
é um grande erro. Tal postura assemelha-se à do médico que atribui características de tuberculose a
uma doença de difícil cura.
(19) Meishu-Sama referia-se aos seus Ensinamentos com a palavra goshinsho ou shinsho, que pode ser traduzida como
“Escritos Divinos”.
(20) Makoto: palavra japonesa que possui significado amplo, podendo ser compreendida como: sentimento sincero e
verdadeiro, comprometimento, devoção, amor, fé, lealdade, dedicação, fidelidade, cordialidade, verdade, coerência,
lisura, constância etc.
Desde antigamente, fala-se sobre práticas de humildade. Para se viver bem em sociedade, elas
são deveras importantes, sobretudo para quem cultiva a fé. Tenho visto, com certa frequência nas
organizações religiosas, atitudes que denotam falta de humildade entre os mestres que divulgam sua
doutrina. Os velhos provérbios: “O falcão inteligente oculta as garras” e “Quanto mais carregada de
grãos, mais se curva a espiga de arroz” referem-se à humildade.
Deus abomina a vaidade. Tanto a virtude da modéstia quanto a humildade são realmente
inestimáveis, principalmente na vida civilizada. O comportamento de querer o melhor lugar nas
conduções e em locais de grande concentração de pessoas, empurrando-as, revela uma espécie de
pensamento exclusivista, digna de reprovação.
Criar uma sociedade agradável de forma harmoniosa expressa o ideal democrático, e é algo que
não mudou no passado e não se altera, um mínimo sequer, no presente.
SATISFAÇÃO E INSATISFAÇÃO
Nem é necessário dizer que todos almejam alcançar um estado em que tudo lhes seja
satisfatório. Todavia, a vida é de tal forma que essa condição não é obtida conforme o desejado.
Dependendo da maneira de encarar, isso é até intrigante.
Pensando bem, uma vez que a evolução da cultura é motivada pelo sentimento de
insatisfação do ser humano, não se podem interpretar os fatos do mundo de forma tão simplória,
pois, quanto mais insatisfação existir, maior será o desenvolvimento e o alcance das reformas e
avanços. No entanto, a insatisfação excessiva poderá causar complicações. Por exemplo, pode
tornar-se a causa de conflitos e até levar à destruição. No que concerne ao indivíduo, há, às vezes,
o perigo de ocorrer problemas como desarmonia no lar, desavença entre amigos e conhecidos,
discussões, casos de polícia, autodestruição etc. Em termos sociais, a insatisfação pode levar à
criação de grupos extremistas que praticam atos de violência, como o arremesso de coquetéis
molotov e outros atos. Às vezes, chega-se até mesmo à guerra civil; portanto, não podemos
menosprezar a insatisfação.
Por outro lado, há pessoas que são tidas como ingênuas e bondosas, que aparentam não ter
muitas insatisfações e estão sempre contentes. Na verdade, são essas pessoas que nada
contribuem, porque são incapazes.
Ora, se tanto a satisfação como a insatisfação apresentam aspectos condenáveis, qual delas
escolher? A resposta é simples: como os extremos são condenáveis, é preciso lidar habilmente com
ambas. Falar é fácil, e fazer é difícil: esta é a realidade da vida. O essencial é ter flexibilidade em
meio às diferentes alternativas e alicerçar-se no makoto. Pessoas com tais características são úteis
à sociedade, bem-sucedidas e obtêm boa sorte na vida.
Jornal Eiko nº 200, 18 de março de 1953
Alicerce do Paraíso vol4. Pág 60
LIBERTE-SE DO GÁ
Na vida cotidiana do ser humano, nada é mais temível do que o ga (28). Isso pode ser bem
compreendido se atentarmos para o fato de que, no Mundo Espiritual, a eliminação do ga é
considerada o aprimoramento fundamental.
Quando eu era membro da religião Oomoto (29) , encontrei os seguintes trechos no
Ofudesaki (30): “Não há coisa mais temível do que o ga, pois até mesmo as divindades fracassaram
por causa dele.” E também: “Devem ter ga e não devem ter ga; é bom que o tenham, mas não o
manifestem.” Fiquei profundamente impressionado com estas explicações tão diretas sobre a
essência do ga. Evidentemente, refleti muito sobre o assunto.
No Ofudesaki, havia, ainda, as seguintes palavras: “O mais importante é a docilidade. (31)”
De fato, são palavras extraordinárias. Digo isso porque, até hoje, quem aceita o que eu digo sem
refutar, progride sem nenhum problema. Entretanto, há quem sinta dificuldades em fazê-lo devido
ao seu forte ga. É realmente penoso ver os constantes fracassos decorrentes de tal comportamento.
Como foi exposto, o princípio fundamental da fé consiste em não demonstrar o ga, não
mentir e ser dócil.
(28) O termo ga significa “eu humano” ou “qualidade particular e distintiva de uma pessoa”, geralmente utilizado
para indicar egocentrismo. Conforme o contexto, significa aquele que insiste no próprio ponto de vista sem levar
em conta as palavras de outrem. Suas origens remontam ao sânscrito atman e é utilizado no budismo para indicar
“indivíduo humano” e “vida centrada no indivíduo”.
(29) Meishu-Sama foi membro da religião Oomoto de junho de 1920 a setembro de 1934.
O EGO E O APEGO
O ser humano possui, em sua personalidade, o ga e o apego, que se assemelham a dois
irmãos. Ao analisarmos questões confusas e de difícil solução, descobriremos que quase tudo se
deve ao ga e ao apego.
Temos casos, por exemplo, de políticos que, apegados a suas posições, deixam passar a
melhor ocasião de se retirar da vida pública e caem no esquecimento geral. Isso também se deve
ao ga e ao apego. Há empresários que, devido ao apego ao dinheiro e ao lucro, importunam seus
clientes e perdem boas negociações. Momentaneamente, parecem obter vantagens, mas
geralmente, a longo prazo, levam prejuízo.
Também no campo dos relacionamentos, quem muito se apega, acaba sendo rejeitado. Há,
ainda, muitos exemplos de problemas causados pelo excesso de ga e apego. Relembrando os fatos
do passado, todos concordarão que, em razão do ga, causamos sofrimentos aos outros e a nós
mesmos além de gerarmos conflitos.
Dessa forma, a posição espiritual se eleva conforme o apego desaparece por meio do
aprimoramento no Mundo Espiritual. Sendo assim, o encontro do casal será facilitado à medida
que os cônjuges se elevarem. Creio que o leitor pode compreender como o Mundo Espiritual é
diferente do Mundo Material.
Conforme afirmei em outra ocasião, a materialização do apego se manifesta em forma de
espírito de cobra, o que é pavoroso. A transformação do espírito humano em espírito de cobra se
inicia pela região dos pés, sobe pelo corpo e se completa após um tempo razoável. No passado, fiz
o tratamento espiritual em uma pessoa que possuía corpo de cobra e cabeça humana. No caso, seu
espírito se transformara parcialmente em cobra.
Por ocasião da divulgação da fé, a postura persuasiva e insistente se confunde com fervor,
mas os resultados não são favoráveis. Ou seja, na ocasião de se recomendar a fé a alguém, é melhor
falar pouco e prosseguir a conversa apenas se a pessoa demonstrar interesse. Caso contrário, deve
conter-se e aguardar um momento oportuno.
Coletânea Assuntos sobre fé, 5 de setembro de 1948
Alicerce do Paraíso vol4. Pág 63
Já lhes disse que não devemos odiar ninguém. Digo-lhes, também, que não sejamos odiados
porque, quando isso ocorre, os maus pensamentos da outra pessoa, como o ódio, o ciúme, o desejo
de vingança, entre outros, chegam até nós por intermédio dos elos espirituais. E isso nos atrapalha,
provocando sempre desconforto e mau humor e impedindo a boa sorte e o bom andamento do
nosso trabalho. Sendo assim, é preciso que tomemos o máximo de cuidado.
Todavia, neste mundo, existem muitas pessoas que não se importam em torturar o próximo
e torná-lo infeliz. Apesar disso, são elogiadas pelo êxito que alcançam em suas profissões. Os que
as observam não conseguem perceber além do que é visível e procuram imitá-las, julgando ser esse
o caminho certo para o sucesso. Devido ao aumento do número de tais criaturas, o mundo não
melhora. Se observarmos isso a longo prazo, veremos que “se semeamos o mal, colhemos o mal”.
Dessa maneira, todos os perversos, sem exceção, infalivelmente se arruinarão.
Assim, para que possamos viver prazerosamente, para que nosso trabalho se desenvolva
satisfatoriamente e para que as desgraças sejam mínimas é preciso, ao contrário do que foi
apontado, alegrar nossos semelhantes e torná-los felizes. Quem age assim, merece ser chamado
de sábio. E o fundamento da Religião é divulgar esse princípio.
Conforme costumo dizer, a frase: “Tolo é a denominação do homem mau” é uma eterna
verdade.
Jornal Eiko nº 113, 18 de julho de 1951
Alicerce do Paraíso vol4. Pág 110
Nossa religião é completamente diferente das outras que existiram até hoje, e quem nela
ingressar entenderá por quê. Contudo, em que aspecto ela difere das demais? No momento, ainda
não posso dar todos os detalhes dessa questão, mas falarei em linhas gerais.
Em primeiro lugar, observando atentamente as religiões que existiram até hoje, parece-nos
que elas se classificam em dois tipos. No primeiro, nem caberia o nome “religião”, de tão simples
que ela é. Em suma, é uma fé passiva. Esse tipo consiste em ir de vez em quando ao templo, receber
amuletos, queimar incenso, ver a sorte e, se a pessoa tiver posses, mandar executar músicas sacras,
fazer doações e oferendas e voltar para casa agradecida, sentindo-se leve e em paz. É uma fé
popular, constatada habitualmente na devoção às divindades. Esse tipo de fé não deixa de ser uma
religião, pois, no fundo, possui normalmente uma estrutura religiosa.
O outro tipo poderia ser chamado de fé legítima. Nela se faz o registro de todos os fiéis,
havendo administradores, sacerdotes e divulgadores que se dedicam profissionalmente às
atividades religiosas. Constitui, portanto, genuinamente, uma religião. Diferentemente do que
ocorre na fé passiva, aqui os fiéis agem com seriedade e, quando se aprofundam, dedicam-se, de
corpo e alma, às suas atividades. Entre essas religiões, evidentemente, existem as novas e as antigas.
As antigas, geralmente, são pouco atuantes e tendem à estagnação devido, talvez, à mudança dos
tempos; segundo dizem, algumas, só a muito custo, conseguem manter sua atual situação. As novas
foram fundadas entre a fase final do xogunato Tokugawa e o início do Período Meiji (1867–1912) e
são as que apresentam maior atividade e progresso. Grande parte delas são ramificações do
xintoísmo. No budismo, apenas uma parte da Nichiren está em plena atividade, e as demais
apresentam pouco vigor.
Numa rápida observação, notamos que as religiões tradicionais apresentam formas
variadas; mas, no geral, elas divulgam e pregam o espírito que norteou sua constituição e os
ensinamentos de seu fundador, que são seus alicerces.
Quanto aos fiéis, é natural que eles ofereçam sua dedicação sincera em agradecimento
pelas proteções constantes que recebem de Deus. Apesar disso, não se pode generalizar, pois
existem diferentes níveis de fervor na fé. Concordamos plenamente que todas as religiões têm
como objetivo a concretização de um mundo melhor na tentativa de satisfazer o ser humano em
seu desejo de alcançar a felicidade. A maioria, contudo, toma como principal fator o lado espiritual,
demonstrando pouco interesse pelas graças recebidas nesta vida.
A VERDADEIRA SALVAÇÃO
Na nossa religião, de maneira alguma negligenciamos a salvação espiritual. Na realidade,
para salvar verdadeiramente o ser humano, não basta que ele se sinta espiritualmente salvo. Se
assim for, a salvação não será completa. É preciso também salvar-lhe a parte material, e neste
ponto é que reside a grande diferença entre nossa religião e as demais. Ainda que o ser humano se
ache salvo apenas no campo mental, isso não é suficiente para se alcançar a verdadeira felicidade.
Numa sociedade complexa como esta em que vivemos e que está se deteriorando cada vez
mais, não se sabe quando essa felicidade será destruída, e a realidade nos tem mostrado isso
claramente. Exemplificando, há pessoas que adoecem, são roubadas, têm prejuízos ao serem
enganadas por indivíduos inescrupulosos, sofrem devido aos elevados impostos etc. No caso destes
últimos, se buscarmos a causa, veremos que a existência de malfeitores nos obriga a manter polícia
e tribunais; por existirem muitas doenças, despendem-se altos gastos com a prevenção; por
ocorrerem guerras causadas por pessoas com pensamento equivocado, surgem despesas imensas
para reparar os danos sofridos, e todos esses custos tornam-se impostos. Ainda existem outros
exemplos. Em virtude dessa realidade, é impensável atingir um estado de paz interior. Logo, em um
mundo como este, se não houver salvação física e espiritual, não se poderá obter a verdadeira
felicidade. Assim, nossa religião, conforme seu nome indica, está promovendo a salvação em ambos
os aspectos. Essa salvação significa, individualmente, o recebimento de graças ainda nesta vida e,
socialmente, o melhoramento da cultura. Segundo a Revelação Divina, há surpreendentes
equívocos no seio da cultura moderna e não há uma só pessoa, em todo o mundo, que as tenha
percebido. Além disso, a humanidade veio agindo e acreditando que essas falácias fossem corretas.
Na verdade, era justamente o contrário. Por esse motivo, a humanidade tem sofrido sérios
prejuízos. Em poucas palavras, o que se julgava contribuir para o aumento do bem-estar das
pessoas acabava por resultar no aumento da infelicidade. Os fatos, melhor do que qualquer outra
coisa, comprovam o que estamos dizendo. Apesar de a cultura ter alcançado tamanho progresso,
a felicidade do ser humano não acompanhou esse ritmo, muito pelo contrário: o sofrimento tende
a tornar-se cada vez maior. Se levarmos em conta que a cultura moderna foi edificada há milênios
graças à inteligência e ao esforço conjunto de eminentes personalidades como os sábios, os grandes
homens, os santos etc., poder-se-á dizer que se trata de uma cultura do mais elevado nível. É difícil,
portanto, imaginar que, no seu âmago, possa existir tamanho engano. Como eu já disse,
conhecendo as sérias falácias da cultura moderna, desejo, o mais rápido possível, não só fazer com
que o maior número de pessoas as compreenda, mas também compartilhar com elas essa
felicidade e, ao mesmo tempo, mostrar-lhes as diretrizes para a formação do novo mundo,
caracterizado por uma nova cultura ideal. Esta é a Vontade de Deus.
Vou falar um pouco a meu respeito. Pela minha história de vida, sou uma pessoa comum,
igual a tantas outras. Tenho, porém, um destino misterioso que não encontra paralelo na história
de toda a humanidade. Digo isso porque, completamente diferente dos grandes líderes religiosos
conhecidos mundialmente como Buda Sakyamuni, Jesus Cristo e Maomé, Deus me fez nascer com
a grande missão de salvar o mundo. Em outras palavras, foi-me atribuída a força para executar
aquilo que não foi possível a esses grandes homens. Evidentemente, esta é a realidade da qual
todos os fiéis estão cientes. Por exemplo, tudo aquilo que eu quero saber, me é esclarecido.
Também tenho ciência de todos os fatos importantes, não só os relacionados aos três mundos –
Divino, Espiritual e Material –, mas também àqueles ligados ao passado, ao presente e ao futuro. É
claro que isso está limitado ao que se refere à salvação da humanidade e à construção do Paraíso.
É interessante, pois antevejo como será o mundo daqui a um ou a vários anos, e também o meu
destino. E, pela minha experiência, geralmente tudo isso se concretiza. Ou seja, o sonho torna-se
realidade. Tenho elaborado e executado vários planos, e as coisas têm corrido conforme meu
desejo.
Com relação aos textos, se penso em escrever um artigo, as palavras me fluem naturalmente,
o quanto eu desejar. Como todos sabem, dedico-me também à composição de poemas e, não
encontrando nenhuma dificuldade, consigo compor cerca de cinquenta em uma hora. Até gostaria
de escrever haiku, senryu, kanku, romances e outros textos, mas não o tenho feito por falta de
tempo. Além desses gêneros, produzo uma literatura satírica e cômica; dado que elas têm sido
publicadas com frequência, os leitores devem conhecê-las. As orações entoadas pelos fiéis também
são de minha autoria, e parece-me que, apesar de eu não ter tido qualquer experiência nesse
sentido, elas ficaram muito boas.
Por outro lado, já é do conhecimento de todos que estou construindo um modelo do Paraíso
Terrestre de grande porte. Nele, as pedras, as árvores, as flores, enfim, tudo sou eu quem escolhe
e planeja. Naturalmente, o projeto do jardim e dos prédios e até a decoração também são trabalhos
meus. O Templo Messiânico, que se erguerá no Solo Sagrado de Atami, mas que ainda está em fase
de projeto, seguirá um estilo mais inovador que o de Le Corbusier, da França, estilo que, nos últimos
anos, se tornou uma tendência na arquitetura mundial. Por conseguinte, quando o templo for
concluído, deverá ser alvo da atenção mundial.
Só de estar no local das construções e olhar o terreno, os prédios e os jardins se projetam
aos meus olhos, não havendo necessidade de pensar. Na verdade, nunca estudei esses assuntos
nem ninguém me ensinou nada a respeito; mas, só de pensar em fazer algo, imediatamente brotam,
dentro de mim, excelentes ideias. Além disso, faço vivificações florais, caligrafias e pinturas. Dessas
atividades, a única que estudei um pouco foi a pintura; sou totalmente leigo nas demais. Com
relação à política, à educação, à economia, à filosofia e à medicina, tenho conhecimento sobre o
que se sucederá a elas até daqui a um século. Sei, principalmente, o quanto os fundamentos da
cultura atual estão equivocados e não consigo me conter quando penso que, se eles fossem logo
corrigidos, o quanto a humanidade seria salva e o mundo, feliz. No entanto, nada poderá ser feito
enquanto o tempo certo não chegar. Atualmente, seguindo a Revelação Divina, estou apenas
apontando os problemas relacionados à saúde e os erros da agricultura, questões fundamentais
para a construção do Paraíso.
UTILIZAÇÃO DO ESPÍRITO
O que eu acho mais misterioso é que, utilizando o espírito, estou fazendo com que os fiéis
curem as doenças. Os resultados são realmente excelentes. Uma doença que a medicina demora
um mês para curar, muitas vezes, é debelada em um ou dois dias. E não é só isso. Cada fiel pode
curar a própria doença. Os ideogramas que eu escrevo, passam a atuar de acordo com o significado
que os mesmos possuem. Também consigo compreender inteiramente as causas das doenças. A
partir desse ponto de vista, considero a interpretação da medicina atual sobre o princípio das
doenças tão superficial, que é digna de pena. Não consigo considerá-la como medicina de fato, pois
ela não passa de um simples método de aliviar as dores e os sofrimentos. Se continuar da forma
como se encontra hoje, jamais se tornará uma medicina que cura doenças.
A Lei é imutável e tudo funciona com lógica. Uma pessoa que não experimentou o Johrei, e
ao recebê-lo, o faz ceticamente, talvez procurando mesmo argumentar contra, pode ser desculpada
por sua atitude, como é natural. Se, depois de ler os textos, assistir às aulas para se tornar membro
e experimentar seus benefícios, ainda sentir desconfiança, então o Johrei poderá não atuar com
eficácia. Por isso, é que os principiantes, embora com certa dúvida, podem conseguir resultados
satisfatórios, enquanto que os outros, não.
Algumas pessoas, por vezes, perguntam a respeito de purificações repetidas e se mostram
surpresas. É necessário e natural que as muitas camadas acumuladas de nuvens espirituais,
manifestadas como toxinas, sejam dissolvidas e eliminadas uma após outra. Se repetidas
purificações, renitentes e leves, aparecerem, deve existir uma razão espiritual bem mais profunda.
Pode ser que a falta de gratidão venha a impedir a penetração da Luz de Deus.
Quando chegamos a discernir a lógica pela qual a Lei Divina opera, tanto a causa como o
efeito são claramente compreendidos.
O Johrei não é uma simplesmente técnica para a cura das dores físicas. O Johrei destina-se
ao despertar da alma do homem para o Poder do Supremo Deus, que pode transformar, através da
Sua Luz, as vidas egocêntricas em vidas n’Ele centralizadas.
Os Novos Tempos, pág. 43