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O paradigma dominante”, trata-se do modelo de racionalidade herdado a partir

do século XVI e consolidado no século XIX, sendo para Boaventura de Sousa


Santos um modelo totalitário, no qual acreditava-se que poderíamos abarcar
todos os conhecimentos a partir de um método rigorosamente científico. Como
exemplo temos Descartes, que tinha no seu trajeto científico a extrema
satisfação com o progresso na busca da verdade universal.
Pouco a pouco o estudo da natureza passa a ser voltada a sociedade, tendo
assim uma emergência das ciências socias no século XIX. E acreditava-se que
como foi possível descobrir as leis da natureza, seria igualmente possível
descobrir as leis da sociedade. Porém, o que dificultava esse estudo é a
subjetividade do comportamento humano, o qual, revestindo-se de complexa
estrutura, não pode ser analisado e explicado da mesma maneira que é
explicada a natureza.
O modelo de ciência dominante é o de racionalidade científica. Constituiu-se a partir da
Revolução Científica do século 16 e desenvolveu-se, primeiramente, tendo como base as
ciências naturais – apenas no século 19 estendeu-se às ciências sociais emergentes, tornando-
se um modelo global. O modelo em comento admite uma variedade interna considerável, mas
não tolera o senso comum e as humanidades ou estudos humanísticos (estudos históricos,
filológicos, jurídicos, literários, filosóficos e teológicos). Ademais, como modelo global que é, o
modelo da racionalidade científica é totalitário, uma vez que nega o caráter racional a todas as
formas de conhecimento que não seguirem seus princípios epistemológicos e suas regras
metodológicas

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