A união europeia é um processo de congregação de vontades livres de
países devastados pelas guerras mundiais com o objectivo de construir um espaço político de paz, coesão social e prosperidade económica. No séc. XIV afirmava-se na Europa uma ideia de uma Europa centrada na liberdade, cristandade e na civilização ocidental. A partir do séc. XVIII e no séc. XIX a Europa confirma-se como um espaço de diversidade política e cultural, mas com uma identidade própria face ao resto do mundo. Desde o séc. XX a sua identidade era manifestada de forma claro no seu plano-politico e no plano económico-social. Os estados membros procuravam afirmar uma ideia de um Estado de Direito assente nos valores universais da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da igualdade, da democracia constitucional representativa e ao mesmo tempo buscam o progresso económico e o bem estar social com base num modelo de economia social de mercado. A identidade europeia consolidava-se num património comum resultando de semelhanças valores e princípios comuns aos vários povos europeus Esses valores estão assentes no artigo 2º do TUE
1.2 A busca da paz duradoura
Durante seculos a europa viveu momentos de alianças instáveis e conflitos
de poder. Após a I Guerra muitos foram os projectos criados no sentido de unir os povos europeus, mas contudo os conflitos de interesses estimularam os nacionalismos e atrasaram o processo de integração europeia. Com o fim da II Guerra e a vontade de uma paz duradora voltaram a ressurgir a ideia de uma união eropeia. Havia uma necessidade de reestabelecer a paz e organizar a geografia politica da europa . Os factores determinates que conduziram ao processo de cooperação entre estados nacionais e de integração europeia são, em síntese: a) Assegurar uma paz duradoura entre os países da Europa Ocidental; b) Estabelecer os laços de unidade e coesão entre os países da Europa Ocidental; c) Prosseguir a recuperação da Europa em ambiente de cooperação e assegurar o crescimento económico.