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Filosofia
(ENEM - 2019) Penso que não há um sujeito soberano, fundador, uma forma universal
de sujeito que poderíamos encontrar em todos os lugares. Penso, pelo contrário, que o
sujeito se constitui através das práticas de sujeição ou, de maneira mais autônoma,
através de práticas de liberação, de liberdade, como na Antiguidade — a partir,
obviamente, de um certo número de regras, de estilos, que podemos encontrar no meio
cultural.
Resposta: C
Justificativa:
Podemos tomar duas linhas de pensamento para resolver essa questão:
1 - Observando o contexto histórico do autor e analisando as alternativas:
‘ Partindo da observação que o texto é de Foucault, um filósofo contemporâneo,
não precisamos necessariamente conhecê-lo. Pelo seu tempo, podemos inferir que se
trata de um momento da filosofia em que havia se abdicado do racionalismo pregado no
Iluminismo, na verdade, era um momento de crítica à razão (Aqui, eliminamos a
alternativa ‘b’). Da mesma maneira, trata-se de uma filosofia que buscava libertar o
homem de dogmas que o impediam de ser pleno politicamente e individualmente,
assim, não seria possível afirmar que o caminho para a libertação seja guiar os
indivíduos por meio de preceitos religiosos ou jurídicos (Desse modo, eliminamos a
alternativas ‘a’ e ‘d’). No tempo de Foucault, já havia se abdicado, a muito tempo, a
noção de tratar as questões humanas como a questão da substância, como nos
filósofos seiscentistas (Descartes, Espinosa, Leibiniz, etc), por isso, não faria sentido
que fosse uma questão fundamentada em parâmetros substancialistas (Por fim,
eliminamos a questão ‘e’). Assim, a única resposta possível é que seja a alternativa ‘c’:
contingencial, -- isto é, o que deriva de escolhas e as possibilita -- processada em
interações sociais.