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RESPOSTAS

Educação Literária
1.
1.1 O eu afirma ser moreno e ter uma madeixa negra («cabelo asa de corvo»),
um nariz mal feito acima de uma «ferida», o olhar triste e a testa «iluminada».
1.2 Na aparente autodescrição física do eu, insinuam-se características
psicológicas: a cara revela angústia, a ferida que tem denota desdém e o olhar é
triste.
1.2.1 O eu afirma ter uma ferida na cara que denota uma atitude de
superioridade e de desdém. O facto de não estar cicatrizada pode significar que
essa atitude desdenhosa (pelos outros ou pelo país?) não cessa.
 
2.
2.1 O retrato moral é breve, enigmático e pouco diz sobre o eu: apenas se
insinua que a sua vida não é exemplar («também tem os seus quês»). E quando ia
revelar algo sobre si, autocensura-se ou antecipa a censura de outros.
2.2 Numa leitura possível, o verso insinua que o que ia ser dito seria cortado
pela Censura, que atuava em Portugal durante a época do Estado Novo (1933-
1974).
 
3.
O eu afirma acreditar no sentimento amoroso e envolver-se empenhadamente
no amor.
 
4.
Nos versos finais, o sujeito diz que se ri do autorretrato que acabou de esboçar.
Pode rir-se porque ele não corresponde totalmente à verdade e alerta assim o
leitor para não se fiar completamente no que sobre si diz. (O riso pode ser também
o efeito de autocrítica que desperta da descrição que de si fez.)
4.1 A expressão é uma antítese. A ternura que o eu sente fá-lo sofrer. Desta
forma explica que é uma pessoa de grande sensibilidade e com afeto pelos outros,
mas que essa «ternura» lhe traz sofrimento.

Gramática
1.
a) Oração subordinada adverbial condicional.
b) Oração subordinante.
c) Oração coordenada explicativa.
d) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
 
Educação Literária
1.
1.1
1.1.1 A caracterização física ocupa a primeira quadra; a psicológica, a segunda
quadra; a amorosa, os versos 9 e 10.
1.2 Ambos os sonetos se referem à cara, ao nariz e à tez (morena) dos sujeitos
da enunciação. Ambos dizem valorizar o amor e entregar-se a ele, por exemplo,
em Bocage, através do galanteio.
1.3 Os sujeitos poéticos dos dois poemas adotam uma atitude de crítica
benevolente e autoirónica, não receando rir-se de si.

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