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CAICÓ – RN
2015
JOSILENE MARQUES DA SILVA
CAICÓ – RN
2015
JOSILENE MARQUES DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Prof.ª Esp.Clara Monise Silva UFRN/CERES
Orientador
_______________________________________________________
UFRN/CERES
Examinador
________________________________________________________
UFRN/CERES
Examinador
CAICÓ – RN
2015
Aos meus pais, irmãos, filhos, esposo e tia, que
não mediram esforços para que eu pudesse chegar
até essa etapa da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado saúde força e coragem para a superar
as dificuldades enfrentadas ao longo desta difícil jornada.
A minha orientadora pela paciência e empenho antes e durante a elaboração do
trabalho.
A minha família pelo apoio e incentivo nas horas de desanimo e cansaço, em especial
aos meus filhos que nos momentos de ausência, sempre fizeram entender que o futuro é feito
a partir da dedicação no presente.
E de um modo geral agradeço a todos que direta ou indiretamente fizeram parte dessa
jornada, me incentivando e mostrando que era mais uma batalha na minha vida e que
conseguiria, pois para essas pessoas só tenho que dizer obrigada, e hoje tenho uma formação
acadêmica.
RESUMO
This research aims to investigate the influence of Public Accounting in control of public
spending, but also to demonstrate that it serves as a tool for managers in decision-making.
This work is justified by the intention to expose clearly and succinctly addressed the issue by
bringing relevant information on the participation of the accounting control of municipal
expenditure. Having as object of study the Municipality of Serra Negra North / RN. Thus the
objective of this research was to investigate the influence of public accounting in control of
public spending, through a case study. A literature review in order to refer to concepts that
were used to help analyze the survey was conducted. To achieve the goal, a descriptive
research was carried out by applying an approach to qualitatively problem. The collection and
analysis of data was based an interview with the staff responsible for the accounting sector of
the merged entity. It stands out through research, how the accounting applied to the public
sector subsidies have to become a useful tool for policy makers. It was found that the object
of this study municipality, accounting has participation in the planning and budget execution
process, but the manager has not effectively use this information for managerial purposes and
as a basis for decision making.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO
Neste novo cenário a gestão governamental passou por diversas mudanças que poderá
beneficiar a contabilidade pública brasileira no sentido de atualizá-la ao contexto mundial,
aonde o orçamento se transformará num instrumento efetivo de planejamento e controle das
ações governamentais ajudando os gestores públicos nas tomadas de decisões.
Os gastos públicos podem ser considerados como um dos principais meios de atuação
do governo. Através deles, o governo manifesta as suas prioridades mediante a prestação de
serviços públicos básicos e a realização de investimentos. Vários fatores afetam o nível dos
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gastos públicos e suas oscilações, dentre eles: a renda, a capacidade da obtenção de receitas,
problemas sociais, mudanças políticas, desenvolvimento tecnológico, gastos públicos em
períodos anteriores, entre outros.
1.2 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
- Analisar como a contabilidade aplicada ao setor público auxilia na gestão dos recursos do
município de Serra Negra do Norte/RN.
- Identificar como a contabilidade pública contribui nas decisões do gestor público.
Este trabalho monográfico é composto por três partes fundamentais. A primeira parte
trata-se da explanação da introdução, contendo uma breve iniciação do tema escolhido, a
problemática que motivou a realização do estudo, a justificativa que trata a importância do
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A ciência contábil vem passando por diversas mudanças decorrentes das inúmeras
demandas da sociedade em geral. Por ser considerada a ciência que estuda o patrimônio e
fornece informações para que através dessas possam ser tomadas as decisões corretas. De
acordo com Rosa, (2013, p. 8), foi:
planejamento como: Plano Plurianual, Lei das Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária
Anual.
A LDO tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais,” [...]de forma
a adequá-las as diretrizes, objetivos e metas da administração pública estabelecidos no PPA”.
(KOHAMA, 2014, p. 42 - 43).
Foi a partir do advento da Lei de Responsabilidade Fiscal que a LDO teve sua
importância ampliada pois lhe foi incluída novas situações que podem diminuir os riscos que
possam afetar o equilíbrio das contas públicas.
De acordo com Andrade, Anexo de Metas Fiscais (AMF), deve ser entendido como,
“um relatório base para o equilíbrio das contas públicas e a chave para a gestão fiscal
responsável”. (ANDRADE, 2013, p.32).
Contudo, percebe-se que o AMF, tem sua importância, uma vez que proporciona o
equilíbrio das contas públicas, servindo também como um parâmetro para uma gestão fiscal
responsável.
Segundo Rosa, 2013, p.45. Pode se ressaltar que o ARF, é uma ferramenta de grande
importância para uma gestão transparente. O uso deste anexo contribui para uma gestão
eficiente e eficaz, pois de acordo com esse anexo os governantes deverão baseado nas
previsões, reservar dotações especificas para possíveis calamidades, menor arrecadação, entre
outros e com isso evitar transtornos para os gestores.
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Andrade, (2013, p. 42), define Lei Orçamentária Anual como sendo um:
Instrumento legal que deve conter o orçamento fiscal dos poderes da União,
Estados e Municípios, de seus fundos, órgãos e entidades da administração
pública direta e indireta, o orçamento de investimento das empresas em que
o poder público, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto e o orçamento social, incluindo todas as entidades e
órgãos a ele vinculados.
O percentual dos créditos adicionais suplementares deve ser estipulado na LOA, não
sendo caracterizada como matéria estranha a ela, conforme determina o art. 165, § 8º, da
CF/88.
A LOA é o meio utilizado para obedecer aos objetivos traçados anteriormente, “[...]
só poderá incluir novos projetos após adequadamente atendidos ou em andamento, e
conservadas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a
LDO”. (KOHAMA, 2014, p..46).
Resumindo vemos que a LOA é um documento que formaliza o conjunto de
decisões políticas com relação aos recursos públicos repassados ao setor governamental e
aplicação desses recursos em bens e serviços cujo destino final é a satisfação da coletividade.
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Segundo Andrade, (2013, p. 194), os limites e exigências legais dos gastos públicos
tem como objetivo:
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De acordo com Filho, (2013.p. 212), os gastos com pessoal estão definidos conforme
a LRF:
As despesas com pessoal não devem ultrapassar os limites definidos por lei, que de
acordo com Andrade(2013), não poderá ultrapassar o limite de 60%, assim distribuídos, o
Poder Legislativo com 54% da receita corrente liquida e o Poder Executivo Municipal com
6%, dessas receitas.
Andrade, (2013), ressalta que a terceirização de mão de obra, que são os serviços
prestados por empresas privadas ou outros profissionais deverão ter seus custos computados
nos gastos com pessoal mediante comprovação que trata-se de serviços típicos da
administração pública que são, serviços médicos, educadores e motoristas, essas despesas
devem ter relação direta com a substituição da mão de obra referente a empregados públicos.
Os gestores públicos estão cientes que existem limites legais para serem cumpridos na
execução de despesas com pessoal e que o não cumprimento destes acarretará sanções de
cunho administrativo e pessoal. Mesmo assim poucos tratam do assunto com seriedade, e com
isso, muitas contas são aprovadas com ressalvas ou simplesmente rejeitadas.
Entende-se que o governo municipal responde por meio dos gastos correntes aos
anseios da comunidade local por uma boa qualidade dos serviços públicos.
A CF/88, afirma em seu art. 6º, que a educação, a saúde, o trabalho e a moradia, entre
outros são direitos sociais, que estabelecem a igualdade entre os brasileiros.
Para que essa qualidade seja refletido nos indicadores sociais, especialmente na
educação e na saúde é preciso uma atenção maior dos gestores uma vez que compõem uma
maior parcela do gasto público municipal, merecendo prioridade na sua utilização no
momento da execução sempre de acordo com o melhor para a coletividade.
Para que isso seja bem administrado deve-se obediência ao princípio da não afetação
das receitas, que de acordo com o art. 167 da CF/88, fica proibido:
De acordo com as ideias citadas acima, pretende-se propor uma abordagem em torno
da qualidade dos gastos públicos municipais, como também da sequência que é exigida
legalmente em torno dos limites determinados, especificando a saúde e educação.
A CF/88, garante o direito a saúde, através de ações e serviços que devem ser
prestados de forma igualitária e universal a população. De acordo com o Art. 2º da Lei nº
8.080/90, “a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as
condições indispensáveis ao seu pleno exercício”.
Segundo o art. 35 da Lei nº 8.080/90, existem alguns critérios que são analisados antes
do rateio dos recursos a serem transferidos para os Estados, Distrito Federal e Municípios, que
são eles:
Por isso os Municípios são responsáveis pela gestão do dinheiro destinado a saúde e
tem obrigação legal de manterem todas as receitas no fundo próprio de saúde, sem
remanejamento para outras áreas e disponíveis para serem fiscalizados pelos conselhos
responsáveis.
O SUS foi criado para unificar as ações de saúde em escala federal, suas receitas são
arrecadadas pela União, como também serve para custear a seguridade social. Suas ações e
prioridades são obedientes aos princípios exigidos no art. 198 da CF/88, universalidade,
integralidade, autonomia, igualdade na assistência à saúde, direito a informação, entre outros.
De acordo com Jund, (2008, p. 348). “O SUS tem por objetivo proporcionar acesso
universal, igualitário e integral à saúde para a população brasileira. Como meio de atingir esse
propósito, o SUS rege-se pelos princípios da participação da comunidade, da existência de
rede de serviços hierarquizada e regionalizada e da descentralização”.
Mesmo com todos esses órgãos fiscalizadores conta-se também com o Sistema de
Informações sobre o Orçamentos Públicos (SIOPS), que foi criado para acompanhar,
fiscalizar como até mesmo controlar as aplicações das receitas em ações e serviços públicos
de saúde.
O SIOPS tem por finalidade dar maior transparência aos gastos públicos na área da
saúde, levando informações a sociedade de forma simples e de fácil acesso, visando uma
maior eficácia das ações e dos serviços públicos na área. O Sistema de Informações Sobre os
Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) demonstra informações relativas em cumprimento a
EC n°29 dos órgãos de controle e fiscalização no tocante que trata dos recursos mínimos para
o financiamento das ações e serviços públicos de saúde.
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Por ser formado por uma parcela financeira de recursos federais, e por parcelas de
impostos e transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Ressaltando que todo o
recurso que seja gerado desses repasses será redistribuído para que seja aplicado na educação
básica.
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A obediência aos limites legais estabelecidos é de grande relevância para uma boa
administração pública, visando que na gestão governamental só pode ser realizado o que
estiver previamente estabelecido na lei visando favorecer melhores resultados na aplicação
dos recursos públicos.
Com relação ao controle, entende tratar-se de um instrumento que tem como objetivo
medir o desempenho de uma determinada empresa ou instituição, visando adoções
imediatas que possam corrigir ou melhorar a execução das ações quando acontece algum erro
ou falha na gestão. Podendo ser implantado em todas as áreas administrativas para atingir
metas com eficiência, eficácia e economia nas atividades a serem realizadas.
Segundo Quintana, Machado (2011, p. 143 apud GUERRA, 2007, p. 90).
De acordo com o art.77, da Lei nº 4.320/64, relata que há outro tipo de classificação
para o tipo de controle, levando-se em conta o momento em que o mesmo é efetuado,
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Por controle prévio pode-se citar a análise dos contratos firmados entre
governo e empresas, antes da liquidação da despesa, apurando-se assim
eventuais irregularidades antes mesmo de sua execução.
O controle concomitante é exercido por meio de relatórios periódicos que
permitam acompanhar o andamento dos processos de despesa durante o
exercício[...].
O controle subsequente realiza-se após a efetivação das despesas, por
exemplo, após o termino do exercício, com a apuração e apresentação de
balancetes e balanços integrantes dos relatórios da prestação de contas.
O controle pode ser também, interno ou externo, dependendo de sua origem, ou seja,
se decorre de órgão integrante ou não da própria estrutura em que se insere o órgão
controlado. Podem ser mais bem explicitados da seguinte forma.
• Interno – é a espécie de controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus próprios
atos e gerentes;
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• Externo – é a espécie de controle exercida por um dos Poderes sobre o outro, como
também o controle da Administração Direta sobre a Indireta.
“O controle interno pode ser entendido como todas as ações e medidas adotadas numa
entidade, destinadas a prevenir salvaguardar o patrimônio daquela, bem como
acompanhar os processos e rotinas ali existentes”. (QUINTANA e MACHADO, 2011,
p.145).
De acordo com Castro, (2008, p.45).
De acordo com a NBC T 16.8, define controle interno como sendo um “suporte do
sistema de informação contábil, no sentido de minimizar riscos e dar efetividade as
informações da contabilidade, visando contribuir para o alcance dos objetivos da entidade do
setor público”.
Nos itens acima citados ressalta-se que na esfera municipal a fiscalização dos
recursos públicos é feita pelo Poder Legislativo e auxiliado pelo Tribunal de Contas do
Município(TCM). No caso dos municípios o Controle Interno poderá estar inserido na Lei
Orgânica ou regulamentado por lei especifica.
Diante do expostos podemos ressaltar que o controle interno é uma ferramenta que
fiscaliza as ações da administração pública, com o intuito de fazer cumprir-se a legislação
aplicada aos órgãos públicos prevenindo e corrigindo eventuais irregularidades que venham
a ser praticada pelo ente que a realiza, como também verificar a confiabilidade dos dados
informados quanto as questões orçamentarias, financeiras, contábeis, operacionais e
patrimoniais das entidades.
Em sua obra Silva, (2013, p. 20), define controle Externo como sendo;
Segundo Quintana, Machado (2011, p. 143 apud GUERRA, 2007, p.101), expõe que:
Segundo Castro, (2008, p.341 - 342) “Outra forma de controle externo é o controle
social exercido pela população. Ele se manifesta no exercício do voto para a escolha dos
governantes e representantes junto ao parlamento municipal, estadual e nacional. [...]”.
Qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular que vise anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o estado participe, a
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento de custos judiciais
e de ônus da sucumbência.
Cabe ressaltar que a população pode e deve participar das ações da administração
pública, fiscalizando as tomadas de decisões dos gestores da coisa pública, apoiados por leis,
buscando sempre o melhor para a coletividade.
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3 METODOLOGIA
Com intenção de promover meios que possibilitem a realização deste estudo e que se
fundamentem de maneira precisa os dados que serão prescritos torna-se necessários o uso de
técnicas de pesquisa como: a pesquisa descritiva, a pesquisa exploratória, o estudo de caso e
também da pesquisa qualitativa como subsídios para a coleta e seleção de dados.
Este trabalho classifica-se como pesquisa descritiva, pois segundo Gil (2002), as
pesquisas descritivas têm como objetivo primordial à descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relação entre as
variáveis.
Portanto, a pesquisa exploratória trata de assuntos que não haviam sido objeto de
profundo conhecimento, sendo assim permite conhecer mais a fundo a entidade analisada.
Quanto aos procedimentos têm como técnica escolhida o estudo de caso, o qual
conceitua Pinheiro (2010, p. 23), como sendo um “[...] estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento”. Nesse
contexto, uma entidade pública é o foco central da pesquisa, que será conduzida através de
questionário junto a contadora da referida entidade.
Através destes instrumentos revela-se que tal estudo destina-se a contribuir para a
sociedade em geral, demonstrando a importância do orçamento público e o uso do controle
interno visando o bem estar social.
Em sua obra Vergara (1998, p. 48) define universo e amostra da seguinte maneira:
A prefeitura objeto de estudo, localiza-se na rua Senador José Bernardo, 410, Centro,
Serra Negra do Norte/RN. O prefeito é o jovem Alysson Moises de Medeiros, o mesmo conta
com nove secretarias que o auxiliam na administração que são: Secretaria Agricultura,
Pecuária e Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Administração e
Planejamento, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Secretaria
Municipal de Educação e Cultura, Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos,
Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal
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Segundo Silva (2010, p. 63), entrevista é uma comunicação verbal entre duas ou mais
pessoas, com um grau de estruturação previamente definido. Uma entrevista pode ter como
objetivo averiguar fatos ou fenômenos.
De posse dos dados colhidos com o setor contábil, a interpretação e análise se deram
conforme as técnicas metodológicas acima citadas de modo, a relacionar as informações
colhidas com o conhecimento teórico explanado. Estas foram organizadas e verificadas no
intuito de oferecer soluções necessárias para a resolução do problema identificado que é o
orçamento público e o uso do controle interno, buscando como o mesmo poder contribuir para
uma melhor gestão evidenciando o bem-estar social.
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Com a finalidade de atender aos objetivos desta pesquisa, foi realizada uma entrevista
com os servidores do setor contábil da Prefeitura Municipal de Serra Negra do Norte/RN.
Aplicando questionamentos amparados no referencial teórico apresentado ao longo do
trabalho, conforme Roteiro de Entrevista presente no apêndice.
Tendo em vista que o principal objetivo deste trabalho foi analisar como a
contabilidade aplicada ao setor público influência no controle dos gastos públicos, assim
como também verificar qual a parcela de participação do setor contábil da prefeitura neste
processo.
pois se for verificado que ocorreram alterações quando da elaboração da LOA, como
mudança nos parâmetros utilizados na estimativa das receitas e despesas, mudanças na
legislação ou no caso das calamidades públicas, estas metas e prioridades poderão sofrer
modificações, desde que previamente registradas na LDO.
Segundo a análise dos dados obtidos foi observado que os gestores não utilizam a
contabilidade com fins gerenciais, o que configura um ponto negativo para a gestão, pois os
relatórios gerenciais servem para subsidiar os gestores públicos na tomada de decisões e
também a sociedade no controle dos recursos públicos. Esses relatórios, além de subsidiarem
os gestores na tomada de decisões, também auxiliam a administração no controle dos gastos
públicos, bem como o controle do patrimônio público e a transparência da gestão.
De acordo com os dados que foram obtidos, pode-se observar que a Contabilidade
obedece aos princípios legais estabelecidos, levando em conta sua participação na elaboração
e apresentação dos relatórios bimestrais obrigatórios como o Relatório Resumido da Execução
Orçamentaria, RREO, como também do Relatório da Gestão Fiscal, RGF. Além de serem
relatórios obrigatórios segundo a LRF, os anexos desses relatórios contém informações
essenciais para a tomada de decisão dos gestores e principalmente, para o controle dos gastos
públicos.
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Foi verificado neste item que o setor da Contabilidade, obedece ao Art.52, inciso I,
alínea, a, b, do inciso II, e § 1, anexo I, da LRF, que determina a elaboração e apresentação
dos Balanços e Relatórios obrigatórios. Inclusive, publica-os sempre dentro dos prazos, bem
como também os apresenta aos órgãos fiscalizadores nos prazos definidos em lei.
Também pode ser identificado de acordo com os dados obtidos, que a instituição já
publica suas informações pormenorizadas em meio eletrônico, sobre a execução orçamentaria
e financeira. Sendo informados, em tempo real, a execução das receitas e despesas públicas no
portal da transparência, e demais relatórios e legislação estarão disponíveis no site do
município.
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, nos últimos anos vem passando por
mudanças, em busca de um aperfeiçoamento da gestão do patrimônio público e de uma
melhor utilização do dinheiro público, para que isso venha a ser possível, estão sendo
estudadas e implementadas novas práticas contábeis e novos procedimentos visando uma
aproximação aos padrões internacionais da contabilidade, e assim dar uma maior
transparência as contas públicas.
Sendo assim foi indagado aos profissionais responsáveis pela área contábil em análise,
sobre sua preparação no sentido de participação em congressos, convenções, palestras, como
também treinamentos para que de fato venha a agregar informações que possa ser útil para sua
carreira em torno do tema, obteve-se como resposta que os servidores do setor contábil
participa de forma parcial a esses eventos, que a entidade não oferece nenhum treinamento,
como também que o município não se encontra totalmente preparado para a nova realidade.
Conforme dados da entrevista, esse fato justifica-se pela ausência de eventos e treinamentos,
na região, sobre esse processo de mudanças na Contabilidade Aplicada ao Setor Público, o
que dificulta a participação dos servidores, uma vez que estes têm que deslocar-se a outras
regiões, o que geraria um custo alto pra administração.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tudo que foi exposto ao longo dessa pesquisa, feito todos os levantamentos
bibliográficos, estudo de caso e as análises dos dados buscou-se mostrar a influência da
Contabilidade Aplicada ao Setor Público como instrumento de controle dos gastos públicos,
demonstrando que a contabilidade tem papel importante no planejamento e execução
orçamentária, bem como na apresentação de relatórios auxiliares no processo de tomada de
decisão do gestor público.
Com base no que foi pesquisado e para responder ao problema formulado no presente
trabalho, bem como validar os objetivos levantados foi realizada uma entrevista com os
servidores da área contábil da referida prefeitura, com o intuito de verificar qual a
participação da contabilidade em todos os procedimentos contábeis para fins gerenciais.
Por fim, destaca-se que a resposta à problemática do presente trabalho foi respondida,
uma vez que, foi demonstrado com amparo nas respostas da entrevista que a contabilidade
tem influência sim no controle dos gastos públicos, ficando evidente que a mesma deve ser
utilizada como ferramenta de apoio, auxiliando os gestores no trato dos recursos públicos de
modo a evitar o uso indevido destes.
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6 REFERÊNCIAS
ANDRADE, Nilton de Aquino, Contabilidade Pública na Gestão Municipal. 5.ed. São Paulo,
Atlas, 2013.
FILHO, João Eudes Bezerra. Orçamento Aplicado ao Setor Público.2. ed. São Paulo: Atlas,
2013.
GIACOMONI, James, Orçamento Público, 14. Ed. São Paulo. Atlas, 2008.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
KOHAMA, Heilio, Contabilidade Pública. Teoria e Pratica. São Paulo: Atlas, 2014.
_____ Lei Federal n° 4.320 de 17 de Março de 1964. Dispõe obre as Normas Gerais para
elaboração e controle do orçamento. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03leis/L4320.compilado.htm>. Acesso em: 14 out 2015.
______Lei nº 8.080/90, dispõe sobre a regulação das ações e serviços de saúde para pessoas
naturais ou jurídicas de direito público ou privado. Disponível em: <>. Acesso em: 03 out
2015.
49
LIMA D.V.; CASTRO, R.G. Contabilidade Pública, 3.ed. São Paulo, Atlas,2007.
PINHEIRO, Jose Mauricio dos Santos, Da Iniciação Científica ao TCC. Rio de Janeiro:
Editora Ciência Moderna LTDA. 2010.
QUINTANA, A. C.; MACHADO, D. P.; et al. Contabilidade Pública. 1. ed. São Paulo. Atlas,
2011.
SILVA, Valmir Leôncio. A Nova Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 2. ed. São Paulo,
Atlas, 2013.
SLOMSKI, Valmor, Controladoria e Governança na Gestão Pública, 1.ed. São Paulo, Atlas
2014.
APÊNDICE A – ROTEIRO PARA ENTREVISTA