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Eu tenho sede de Vida

Anseio por correr livre

Sem pressa de chegar à algum lugar

Me contentando com o prazer

De sentir o vento tocando meu rosto

Aquela sede que um dia foi despertada

Sabe-se lá direito quando

E Não me deixou mais em paz

Mas sussurra ao pé do meu ouvido: vem

Eu nem sei bem o que ela quer comigo

Mas fica me chamando baixinho

E quando não lhe dou atenção, berra

E berra tão alto que começo a chorar

Com os olhos cheios d'água olho pra ela

Essa louca que um dia me arrebatou

E não quer mais me largar

Ela não entende que tenho vicissitudes

Que tenho compromissos

E diz que o único compromisso que tenho

É ela

Daí, timidamente, lhe dou a Mão

E ela quer me agarrar por inteiro

E me fazer cócegas até minha dor

Ser transformada em gargalhadas

Eu já tentei dizer a ela que

As coisas não são assim fáceis

Mas ela diz pra eu largar de bobagem


Que o tempo é curto e ela sabe o que faz

Já me advertiu que vai me dar

Uma chance apenas

E que isso é sagrado

E o sagrado deve ser sempre honrado

Estou lhe dando confiança aos poucos

Porque o medo é um negócio complicado

Mas do jeito que a vida fala comigo

Cada vez quem fica mais louca

por ela sou eu

Já percebi que não vou resisistir

por muito tempo

À esse chamado

Poesia por Mical Cavalcante

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