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Cartografia I

A Cartografia é a arte e ciência da representação gráfica de elementos geográficos,


usualmente em superfícies planas, se dedica a estudar as representações gráficas de
parte ou de toda superfície terrestre através de mapas, cartas ou plantas. A partir da
Cartografia dados ambientais, econômicos, sociais podem ser representados
espacialmente. A Cartografia é uma linguagem - sistema de símbolos e imagem que passa
uma ideia, comunica algo - e vai traduzir os interesses e objetivos de quem a fez, ela pode
nos aproximar da realidade ou nos afastar dela.
Coordenadas Geográficas
Sistema de localização geográfica que considera a existência de linhas imaginárias
horizontais e verticais e que a partir cruzamento delas se tem uma localização
encontrada.
 Paralelo: linhas imaginárias horizontais (Paralelo principal: Equador).
 Divide a Terra em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul.
 Latitude: medida em graus de um ponto qualquer na Terra em relação ao
Paralelo do Equador.

Latitude varia de 0° no Equador à 90° N e à 90° S.

 Meridiano: linhas imaginárias verticais (Meridiano principal: Greenwich).


 Divide a Terra em Hemisfério Ocidental (Oeste) e Oriental (Leste).
 Longitude: medida em graus de um ponto qualquer na Terra em relação ao
Meridiano de Greenwich.

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A partir do Meridiano de Greenwich (Longitude 0°) conta-se os graus à leste como positivos e à oeste como negativos.

Fuso horário
 Sabendo que a Terra possui 360° de circunferência e leva 24 horas para realizar a
rotação (dar a volta em seu próprio eixo) foi pensando um sistema universal de
horas.
 Dividindo 360° por 24 horas se tem 15°. Esse é o valor de 1 fuso horário.
 24 fusos de 15° que dividem a superfície terrestre.
 Cada um desses fusos equivale a 1 hora.
 O sentido da rotação terrestre é de oeste para leste e o movimento aparente do sol
é no sentido contrário, o sol “nasce” no leste e se põe no oeste.
 Definiu-se que as horas para leste são as adiantadas ou seja, as horas aumentam.
 Para oeste as horas são atrasadas, ou seja, as horas diminuem.

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Fuso horário político mundial.

 O Meridiano de Greenwich é considerado o fuso zero e a partir dele se tem 12 fusos


negativos para oeste e 12 fusos positivos para leste.
 Se está em um lugar no fuso - 3 está a 3 horas a menos de Greenwich.
 Se está em um lugar no fuso +8 está a 3 horas a mais de Greenwich.
 A diferença entre esses dois lugares é de 11 horas.
 Os países não adotam a linha exata por onde passa o fuso horário teórico, muitas
vezes essas linhas são alteradas pode decisões políticas para alinhar com os
limites políticos dos países, essas alterações são os fusos horários políticos.

Fuso horário brasileiro. A linha em vermelho mostra a posição dos fusos políticos.

 Linha internacional da mudança de data: Foi estabelecido que no meridiano 180°


(oposto a Greenwich) se estabeleceria a linha onde a data mudaria.

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 Se passar da Ásia para América cruzando o Oceano Pacífico (onde a linha se
encontra) ganha 1 dia.
 Exemplo: se sair do Japão em uma quarta-feira para o Chile, no Chile seria terça-
feira.
 Se passar da América para a Ásia cruzando a Linha Internacional da data (LID)
perde 1 dia.
 Exemplo: se sair do Brasil em um domingo para a Austrália, na Austrália seria
segunda-feira.

Linha Internacional da Data está no Meridiano oposto a Greenwich, 180°. As horas no fusos horários -12 e +12 são as
mesmas porém em dias diferentes.

Geografia e Cartografia
- Mapa: representação reduzida e plana da Terra pode se referir a parte ou toda a
superfície terrestre.
- Carta: representação cartográfica mais detalhes, focando em aspectos físicos
como altitude, relevo e hidrografia.
- Planta: representações que se restringe a uma área muito limitada como divisões
residenciais, muito usada pela Engenharia e Arquitetura.
- Anamorfose: um tipo de mapa que possui territórios com áreas modificadas para
destacar dados quantitativos do tema escolhido.

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Representações cartográficas: Mapa (à esquerda) e carta topográfica (à direita).

Representações cartográficas: planta (à esquerda) e mapa de anamorfose (à direita).

Projeções cartográficas
 São todas as técnicas utilizadas para transformar a realidade tridimensional da
superfície terrestre para o plano bidimensional do mapa.
 A representação de uma superfície esférica em um plano, como é o mapa, pode
gerar deformações que podem ser de distâncias, áreas e/ou ângulos.
 As projeções que conservam a proporcionalidade de algumas qualidades da
superfície terrestre no mapa são de três tipos.
 Equidistantes: tem a mesma proporção em distâncias do mapa com o real
 Equivalentes: têm a mesma proporção de áreas
 Conformes: possuem ângulos são proporcionais no mapa.
 Projeção cilíndrica: quando se projeta os meridianos e paralelos em um cilindro
imaginário, ao abrir o cilindro tem um planisfério, formato retangular.

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A projeção cilíndrica possui distorções mais acentuadas em direção as altas latitudes.

 Projeção cônica: projeta a terra em um cone, neles os meridianos ficam em linhas


retas e os meridianos curvos com as coordenadas geográficas equidistantes.

Na projeção cônica só um hemisfério é representado, as deformações são maiores próximas ao Equador, nas altas latitudes
as deformações são menores.

 Projeção azimutal ou plana: projeta-se sob uma superfície plana com os paralelos
ficando em círculos concêntricos, a área central tem pequena distorção.

O maior exemplo dessa projeção é a bandeira da ONU que coloca os países todos alinhados a partir do centro, do pólo norte.

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Projeções cilíndricas de Mercator e Peters
 A Projeção de Mercator foi uma projeção criada no século XVI no contexto das
grandes navegações e a projeção mais usada na cartografia mundial até hoje.
 Essa projeção é cilíndrica e conforme, ou seja, sua projeção resulta em um mapa
retangular com mesmas proporções de ângulos.
 De um lado temos os contornos bem definidos, a forma dos continentes, o que é
importante para navegações.
 Porém a projeção tem suas desvantagens, quando se observa com mais atenção a
distorção que caminha do Equador em direção aos pólos.
 A projeção tem aumento desproporcional de áreas nas altas latitudes.
 O tamanho da Groenlândia comparado a América do Sul está muito maior do que
na realidade em que a América do Sul oito vezes maior que a Groenlândia.

O Hemisfério Norte como um todo, por estar em altas latitudes e em áreas mais continentais que o Sul estão com uma
distorção imensa, que leva entender que são territórios maiores que os do Sul.

 Projeção de Peters foi criada século XX para ser um contraponto do modelo de


Mercator.
 A projeção é cilíndrica e equivalente ou seja ela será retangular e com mesmas
proporções em áreas em relação a realidade.
 Peters terá distorções em relação a conformidade, ou seja, ela não terá proporção
entre os ângulos, esse tipo de projeção privilegia mapas que querem mostrar

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fenômenos ou dados que relacionem a área, como vegetação, mapa de agricultura
por exemplo.
 Quando se compara as projeções de Peters e Mercator é muito comum achar a de
Peters “errada” ou “estranha” porque a projeção é mais esticada que a de Mercator,
que é a projeção mais vista em materiais didáticos e mídias no cotidiano.

A projeção de Peters possui uma proporcionalidade com áreas em relação ao real.

 Não existe um mapa certo e errado quando se faz a comparação, eles foram feitos
com parâmetros diferentes e possuem uma melhor utilização dependendo do
contexto apresentado.
Mídias recomendadas
A Grande História dos Mapas:
https://www.youtube.com/watch?v=MFHIolbLjHc
Referências Bibliográficas
Atlas Escolar do IBGE:
https://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos-gerais/o-que-e-cartografia/as-projec-o-es-
cartogra-ficas.html
SENE, E. Geografia Geral e do Brasil. Volume Único. 6 ed. São Paulo: Ática.

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