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Arquivo – Igu Krieger –

Caderno de Artista –
Caixa organizadora –
Obra-arquivo MAB –
2019.
2

“Ouço vozes maneira, a relação entre obra e arquivo. A residência se passou no


que gritam em janelas espaço de ruínas do MAB, que tem as portas fechadas desde 2007
sussurram pelas quinas de pilastras após recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e dos
por costuras de uniformes Territórios, que considerou as instalações um risco para o acervo
cantam ordem de cores em capacetes por problemas administrativos.
suspiram no dia quente e seco o tatear na lama fria
Uma residência se passando neste local e nesta situação é
grunhem pela cerca vestida
possibilitar a própria reforma como questão a ser trabalhada. A
bufam, no instante, o tempo eterno
obra é ferramenta à disposição do mote a ser pesquisado na
arquivadas. ”1
residência: Obra-arquivo MAB.

Os artistas entram na residência e se apoiam em uma espécie de


Este encontro surge de um convite para uma residência artística na diário de bordo a ser produzida por cada um como forma de
reforma de reinauguração do Museu de Arte de Brasília – MAB, registro de produção durante as duas semanas de trabalho. Meu
em agosto de 2019, intitulada Obra-arquivo MAB. A residência caderno/diário de obra foi feito pensando a própria estrutura de
possibilitou ver outros caminhos de desdobramentos da série arquivo. Nele registrei uma série de exercícios que me propus para
Camelô. pensar a relação entre obra e arquivo. O caderno/diário de obra é
uma caixa organizadora que guarda, em pastas de arquivos, os
A residência Obra-arquivo MAB proporcionou uma imersão de 18
exercícios propostos.
artistas na reforma do Museu para pesquisar, cada um à sua

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Obra-arquivo MAB, Igu Krieger – 2019.
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A partir de pintura em campo expandido que comecei a explorar


com a obra Horizonte cúrcuma (2019), estendo o trabalho, agora,
para além da matéria. Tento com os exercícios trabalhar com as
vestes, o espaço, as relações de poder, a estrutura, as condições de
trabalho, relações políticas, os objetos, o tempo e relacioná-las
comigo frente ao encontro de todas. Residir na construção foi
escutar, a cada encontro, uma voz singular. Cada uma, com seu
timbre, atravessando meu corpo enquanto entrava desamparado.

Os seis exercícios propostos são encontros que a construção


permitiu resultar, em trabalhos distintos, uma narrativa relacional
de unidade.
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Pastas – Igu Krieger –


Caderno de Artista – Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Pasta Máquina de Lavar Furos – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa


organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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“Guardar na roupa ou acumular na roupa? é marca de encontro, de contato. É memoria que se faz presente.
O que guarda a roupa? Que roupa? Tem que furar pra achar. Lama-arquivo, roupa-arquivo. Ambos arquivos guardam marcas
do trabalho feito.
Onde o trabalho começa
Quando tosse o pulmão A Máquina de lavar é por onde escoa o gesto, se limpa e se esconde.
se contamina Máquina de lavar é situação de apagamento do contato com a lama.
amarrota Quando a roupa entra sai cheirosinha, limpinha. Mas não é só
se sua, se suja apertar o botão, dá trabalho também. Tem que observar, separar a
só dá para nadar branca da preta e da colorida, tem de pôr e estender. Depois
se pisa à terra.”2 recolher, passar, dobrar e guardar para vestir de novo. A limpeza
também leva na roupa a marca do seu trabalho.
Primeiro exercício do contato com a obra é a Vídeo-performance
Máquina de lavar furos, entre Máquina de furar terra e Máquina de O arquivo da situação da roupa de fora e a roupa de dentro. A
lavar. Ambas centrífugas. O corpo se despe da roupa limpa para ser Máquina de lavar furos é o encontro das duas máquinas. Máquina
lavada na Máquina de lavar furos. Enquanto a máquina opera a paradoxal carregadora de sujeira e limpeza, mas ambas são marcas
roupa é lavada com a lama que sai do buraco. O corpo então veste de trabalho.
de volta a roupa com lama.

A Máquina de furar terra é por onde começa a obra, do buraco se


faz o alicerce. Tem que furar para sustentar a obra. Lama na roupa

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Transcrição - Pasta Máquina de Lavar Furos Pág.2– Igu Krieger – Caderno
de Artista – Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Pasta Máquina de Lavar Furos Pág.1 e 2 – Igu Krieger


Caderno de Artista – Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Pasta Máquina de Lavar Furos Pág.4– Igu Krieger – Caderno de Artista – Pasta Máquina de Lavar Furos Pág 5– Igu Krieger – Caderno de Artista –
Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019. Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Pasta Máquina de Lavar Furos Pág.3– Igu Krieger – Caderno de Artista –


Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Pasta Máquina de Lavar Furos Pág.7 – Igu Krieger – Caderno de Artista –


Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019. Pasta Máquina de Lavar Furos Pág.7 – Igu Krieger – Caderno de Artista –
Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Registros da performance Máquina de Lavar Furos – Igu Krieger – 2019 Registro Matheus Lucena – Obra-arquivo MAB.
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Pasta Varal – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa organizadora –


Obra-arquivo MAB - 2019.
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“O corpo vestido de roupa e de lama


estende-se à margem da lagoa de lama na Obra,
se veste de restos em metais pesados
e se contamina em blocos secos estirado sob o sol craquelado. ”3

Pasta Varal Pág. 2 – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa organizadora – Obra-
arquivo MAB - 2019.

Depois de lavar as roupas tem de se estender no varal. Esperar que


o sol as seque e dê forma a lama empregada na roupa. O segundo Exercício é uma performance que acontece na relação
do tempo corpo presente no trabalho. O corpo caminha sob o sol
Estender-se na corda do varal é esperar que o tempo traga os ventos
quente com a roupa lameada e finca os pés na beira da lagoa seca
que sopram poeira. É deixar que o sol dite a forma da pele.
de lama craquelada pelo sol. Retira as formas de lama craquelada
Condição de arquivo que craquela o chão e desenha na roupa sua
da lagoa e as monta no próprio corpo. Então deita estendido à
secura.
margem da lagoa espera sob o sol.

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Transcrição - Pasta Varal Pág. 2 – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa
organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Pasta Varal Pág. 1 – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa organizadora – Pasta Varal Pág. 3 – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa organizadora – Obra-

Obra-arquivo MAB - 2019. arquivo MAB - 2019.


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Registro da performance Varal – Igu Krieger – Registro Matheus Lucena – Obra-


arquivo MAB - 2019.
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Pasta Desabotoar – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa organizadora – Obra-


arquivo MAB - 2019.
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O terceiro exercício lida com o corpo e seu rastro. Coletei a cerca


que envolve a obra separando o dentro e o fora da reforma, que
demarca sua fronteira. Me apropriei deste material que veste a obra
e o utilizei como suporte para pintura. Estiquei o suporte (cerca)
nas paredes e no chão do MAB e pintei por cima de modo que as
tintas, nas cores dos uniformes de obra, vazassem para a estrutura
do museu. Ao retirar a cerca do chão forma-se duas pinturas
complementares, a primeira (cerca) carrega a imagem das roupas
pintadas em sua estrutura limitada e a outra (no chão) tem impressa
o rastro vazado da pintura das roupas com o negativo da forma da
cerca.

Esta técnica utilizada assemelhasse as técnicas de gravura sugerida


na pintura Pra verde qual é, 2019 apresentada no 5º Encontro dos
produtos e a pintura.

Pasta Desabotoar Pág 1 – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa organizadora –


Obra-arquivo MAB - 2019.
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Pasta Desabotoar Pág 2 e 3 – Igu Krieger – Caderno de Artista –


Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Registro da pintura
Registro da pintura
Desabotoar – Igu
Desabotoar – Igu Krieger –
Krieger – Acrílica
Acrílica sobre cerca de obra
sobre chão –
– 250x120cm– Obra-arquivo
250x120cm– Obra-
MAB - 2019.
arquivo MAB -
2019.
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Pasta Vestiário de obra – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa


organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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“Horário de registro do ponto.


É 12:00.
O corpo com roupas e lama de despe.
Arquiva suas roupas com as marcas do trabalho feito.
Roupas e armários como arquivo.”4

O quarto Exercício é uma performance que tem o vestiário dos


funcionários da obra como cenário. O corpo vestido de roupa com
lama seca se despe na troca de turno e guarda suas botas, camisa e
capacete no armário.

Vestiário de obra Pág 1– Igu Krieger – Caderno de Artista –


Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.

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Transcrição - Pasta Vestiário de obra Pág 2, envelopes 1 – Igu Krieger –
Caderno de Artista – Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Pasta Vestiário de obra Pág


2, envelopes 1 e 2
Igu Krieger
Caderno de Artista
Caixa organizadora
Obra-arquivo MAB - 2019.
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Performance Vestiário de Obra – Igu Krieger –


Registro Matheus Lucena –Obra-arquivo MAB – 2019
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Pasta Não, estar – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa organizadora –


Obra-arquivo MAB - 2019.
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“Roupa entre memória e apagamento


visualidade e esconderijo
soterragem e suspensão (descaimento?)
presença e invisibilidade
corpo e não corpo

Roupas azuis, botas e capacetes


cimentados, enterrados, escondidos e aparentes, incrustados e
esquecidos no teto, chão e paredes.
Marcas internas do MAB. ”

Estudo em pintura com panos e massa corrida.

Pasta Não, estar. Pág 2 -


Tecido Oxford e massa corrida
Pasta Não, estar. Pág 1
sobre madeira - Igu Krieger
Igu Krieger
Caderno de Artista
Caderno de Artista
Caixa organizadora
Caixa organizadora Obra-
Obra-arquivo MAB
arquivo MAB 2019.
2019.
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Pasta Vitrais – Igu Krieger – Caderno de Artista – Caixa organizadora –


Obra-arquivo MAB - 2019.
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Este é um exercício de intervenção considerando a


escala do MAB. Os panos utilizados pelos camelôs
para dispor seus produtos no chão da rodoviária são
materiais de ruído na estrutura do museu. Não só pela
relação cromática hiper-saturada dos panos em relação
as cores monocromáticas de terra e cimento da
construção, mas pelo próprio conteúdo do material que
destoa dos materiais da construção. O ruído é político
quando se tem um material que sai do chão da
rodoviária – lugar de passagem popular - e encontra as
janelas do museu consagrado. Panos nas janelas é gritar
quase em cartão postal uma memória popular a ser vista
naquela estrutura.

Pasta Vitrais Pág 1 e 2 – Igu Krieger – Caderno de Artista –


Caixa organizadora – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Os Vitrais do MAB – Museu de Arte de Brasília – Igu Krieger – Tecido Oxford


sobre janelão – 1200x300cm – Obra-arquivo MAB - 2019.
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Bijuterias III no bananal, carregando para o porão, descascando, amassando,


cozinhando as bananas com açúcar, encontrando o ponto exato,
As bijuterias aqui aparecem como referências, não no que diz
deixando esfriar, separando em pequenos quadradinhos e
respeito à forma nem à matéria, elas entram na construção de uma
embalando em papel transparente.
narrativa a partir de um elemento central. Uma narrativa que
circula a beira das possibilidades deste elemento atuar como Esta pesquisa, mesmo que fictícia, revela um interesse para com a
protagonista e coadjuvante em uma mesma construção sequencial. origem do doce em seu processo de confecção. Ele vai além do
Neste caso, o trabalho de Jonatas de Andrade (1982) intitulado 40 elemento em si e apresenta uma narrativa com o que envolve o
nego bom é um real, 2013. Uma série que oferece uma leitura doce, atingindo uma crítica relacional ao racismo atual com o
sequencial das imagens que se apresenta entorno de um doce período de escravidão nas senzalas. Isso faz com que o elemento
popular no Nordeste brasileiro feito de banana queimada conhecida principal – o doce de banana – encontre um lugar coadjuvante,
como “Nego bom”. onde passa a ser ferramenta para se chegar no conteúdo
circunscrito em sua feitura.
O uso coloquial da palavra “nego” carrega conotações
linguisticamente racistas e pós-coloniais em seus lastros históricos. Por esse motivo esta referência, muito bem arquitetada, entra aqui:
A frase “40 nego bom por um real!” é popularmente usada nos em como a partir de um elemento central consegue fazer narrar
mercados locais para venda do doce, esta chamada dá título ao aquilo que se deve perceber.
projeto.

O trabalho apresenta a receita de feitura do doce passo a passo,


levando em consideração uma fábrica fictícia envolvendo 40
trabalhadores e toda a linha de produção — colhendo as bananas
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Código de arquivo txt. Da imagem “40 nego bom – Jonatas de Andrade – Código de arquivo txt. Da imagem “40 nego bom – Jonatas de Andrade –
cerigrafia e gravação em acrílico – dimensões variadas - 12 Bienal de Lyon - cerigrafia e gravação em acrílico – dimensões variadas - 12 Bienal de Lyon -
2013.” 2013.”

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