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Tahara - O Livro Da Purificação PDF
Tahara - O Livro Da Purificação PDF
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ΓέΎϬτϟΏΎΘϛ
ΔϴϟΎϐΗ͌ϟΔϐϠϟΎΑ
O Livro da Purificação
(Tahara)
ϮϨϳίϞϴͣϦΑΪϤͭ
Muhammad Ibn Jamil Zinu
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O Livro da Purificação (Tahara)
* A categoria da água
* Os tipos de banho
* Como realizar o ghusl (banho)
* Fatores que anulam o wudu (ablução)
* Passar a mão úmida sobre o pé vestido com meia
ou calçado
* O ghusl e o que o faz obrigatório
* As coisas proibidas ao junub (pessoa que necessita
fazer o ghusl)
* Os pilares fundamentais do ghusl
* A maneira de realizar o Ghusl de acordo com a
Sunnah
* O ghusl recomendável
* Alguns assuntos relacionados com o ghusl (banho)
* O taiammum (purificação com terra ou areia)
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As categorias da água
Primeiro: A água comum é a Tahur, quer dizer, pura
em si mesma ou a que purifica outras coisas. Dentro
desta categoria se encontram:
1) A água da chuva, neve ou granizo. Allah disse
em Seu Livro:
"E enviamos do céu água pura”.(Surata 25:48)
2) A água do mar e dos rios:
O Profeta disse: “Se a água é pura, então os frutos dela
também são Halal”.
3) A água Zam-Zam:
"Relata-se que o Profeta pediu uma balde de água
Zam-Zam da qual bebeu da água e em seguida rea-
lizou o Wudu”. (Narrado por Ahmad).
4) Também é considerada água pura, a que cai das
folhas de árvores, musgos ou limo. E Allah disse:
“… sem encontrardes água, servi-los do tayamum..."
(Surata 5:6)
Segundo: A água usada, ou seja, os restos da água
que caem após a realização do Wudu ou Ghusl, já
que permanecem em seu estado original de purifi-
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cação e que não existe algum dalil da Shari'a que
indique a mudança desta condição.
Terceiro: A água mesclada com qualquer substância
pura ou limpa, por exemplo, sabão, açafrão ou fari-
nha, permanece em seu estado de purificação (Ta-
hur).
Todavia a substância adulterante não deve exceder
a quantidade de água para que essa mistura não
deixe de ser água. Se exceder o limite, seu estado se-
rá o de Taher, quer dizer, puro, porém não purifica-
dor.
Quarto: Existe também a categoria de água mescla-
da com Najassa (substância impura, suja), neste caso
há dois pontos:
1) A água não pode ser usada para a purificação
se seu sabor, odor ou cor mudam devido a Najassa
(impureza) e isto está de acordo com o consenso ge-
ral dos sábios.
2) Se nenhuma destas três características men-
cionadas acima mudarem, o líquido permanece em
seu estado de purificação, sem importar se é muita
ou pouca a quantidade de água. O Profeta disse:
"A água Tahur nada torna ela impura” (Narrado por
Ahmad e também por outros).
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Quer dizer, mantém seu estado natural de água sem
a necessidade de ser denominada com outra pala-
vra. E disse o Profeta:
“Se a água chega a medida de dois Qulah (recipiente feito
de pele animal de aproximadamente 100 litros) não con-
tém impureza”.
E em outra narração: “Nada a faz impura”.
(Narrado por Ahmad e outros que Ahmad).
Todavia os sábios usaram o significado extraído
(Mafhuum) do último hadith, com a evidência de
que a água se torna impura se a quantidade for infe-
rior a dois Qulah ou se a água mesclas de uma subs-
tância najassa.
As Regras ao ir ao Banheiro
1) Não levar nada ao banheiro que tenha o Nome de
Allah, a menos que tema perdê-lo se deixá-lo fora,
então o envolva e o guarde.
2) Se tiver que fazer as necessidades ao ar livre,
busque um lugar protegido e sem pessoas, especi-
almente ao defecar.
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3) Repetir a seguinte súplica ao entrar no banheiro
ou em um campo aberto, antes de tirar as roupas, tal
como o Profeta dizia:
"Em nome de Allah, Oh Allah, me refugio em Ti da I-
mundície e das Imundícies (Satanás)”.
E ao sair do banheiro dizia: "Perdoa-me”. (Narrado
por Tirmidhi).
4) Evitar falar, mesmo que seja o Dhikr ou qualquer
outra coisa, exceto o que é inevitável, como guiar
um homem cego que poderia cair ou algo parecido.
Do mesmo jeito não se retorna a saudação (Salam)
nem se repete o Adhan atrás da voz do Muadhin. Ao
espirrar deve dizer Al Hamdulillah (Louvado seja
Deus) interiormente, sem pronunciar em voz alta.
5) Respeitar a Qibla, sem pô-la à frente nem lhe
dando as costas.
6) Quando realizar suas necessidades em ar livre
deve tentar escolher um lugar onde a terra seja sua-
ve e solta, para evitar a possibilidade de que se suje.
7) Quando realizar as necessidades ao ar livre, evi-
tar covas ou buracos de animais que possam ma-
chucá-los.
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8) Evitar os lugares de sombra onde as pessoas pa-
ram ou se sentam para conversar, ou por onde as
pessoas passam.
9) Não urinar em lugar onde se toma banho, por
onde corre água.
10) Não urinar em pé já que é pouco digno e vai
contra os bons costumes, além disso existe a possibi-
lidade da urina cair na terra e respingar na roupa.
Todavia se estiver seguro que a urina não ira salpi-
car na roupa então, neste caso, é permitido urinar
em pé.
11) Deve se tirar toda a Najassa (impureza) das par-
tes privadas, na frente ou atrás, com algo que sirva
para este propósito. A condição é que a substancia
seja sólida, Tahir (puro) e tenha um efeito purifica-
dor, tal como o papel higiênico, porém não se deve
usar papéis escritos, já que estes merecem respeito.
Se puder, utilize água para lavar-se ou uma combi-
nação de papel higiênico seguido de água.
12) Não se deve usar a mão direita para limpar as
partes púdicas, porque esta é usada para comer e
para outras funções que necessitam de limpeza.
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13) Logo depois da limpeza das partes pudicas, de-
ve-se higienizar as mãos seja com terra limpa, água
e sabão, entre outros.
14) Salpicar com água o pênis e também as calças
logo depois de urinar para afastar o sussurro do
Shaitan alegando que podem estar úmidos pela uri-
na.
15) Deve se entrar no banheiro com o pé esquerdo e
sair com o pé direito.
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4) Começando pela mão direita, lavar os braços até
o cotovelo três vezes.
5) Passar as mãos molhadas por cima da cabeça e do
cabelo e limpar o interior e o exterior das orelhas
com o dedo indicador e o polegar.
6) Lavar os pés, incluindo os tornozelos, três vezes
cada, começando sempre pelo pé direito.
7) Completar dizendo: Ashhadu na la ilaha illa allah,
ua ashhadu Anna muhammadan abduhu ua rasuluhu.
“Atesto que nada tem direito de ser adorado exceto
Allah Único sem parceiros e testemunho que Mo-
hammad é seu Servo e Mensageiro”.
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2) A saída do Madhi e o Wadhi. O Madhi é o fluído
prostático que sai durante a excitação sexual e antes
da ejaculação, e o Wadhi é o fluído que sai depois de
urinar sem estar acompanhado de excitação sexual.
O Profeta ao ser perguntado sobre o que fazer de-
pois de sair a secreção do Madhi disse: "Deve lavar o
pênis e realizar o wudu”.
3) O sono profundo, no qual falte a consciência, por
exemplo, se a pessoa cai para um lado ao dormir es-
tando sentando.
5) Tocar as partes genitais próprias sem uma barrei-
ra intermediária (tecido, entre outros) e com excita-
ção.
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3) O vômito, seja muito ou pouco.
4) Duvidar a respeito de ter perdido o Wudu. Esta
dúvida não requer consideração se a pessoa se en-
contra realizando o Salat, ou não, já que a certeza
não pode ser anulada pela dúvida. Por outro lado,
quando a pessoa está segura de que anulou seu Wu-
du, mas duvida se realizou o Wudu ou não, a certeza
é a do estado de impureza e a dúvida o Wudu, por-
tanto o Wudu não se considera feito.
5) Rir com gargalhadas durante o Salat não invalida
o Wudu. Existe um hadith fraco que diz que o riso
durante o Salat invalida o Wudu, porém um hadith
fraco não pode ser tomado como prova para estabe-
lecer um assunto da Shari'a.
6) Lavar o morto não exige a realização do Wudu.
Existem evidências (dalil) que levaram alguns sábios
a considerar que o Wudu é obrigatório depois de la-
var o morto, porém quando todas as evidências do
assunto são consideradas, o resultado é que o Wudu
é aconselhável não obrigatório.
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Passar a mão úmida sobre as meias de
couro ou de tecido
1) As evidências mostram o consentimento de pas-
sar as mãos úmidas sobre as meias de couro ou te-
cido ao realizar o Wudu no lugar de tirá-los. A
Sunnah estabelece claramente que não há necessi-
dade de tirar as meias de couro, quer seja viajante
ou residente. O hadith mais forte neste assunto é o
que relatou Bukhari de Jarir Ibn Abdullah que disse:
"Vi o Mensageiro de Deus urinar, e logo realizar o Wudu
e passar sua mão sobre seus calçados de couro."
2) Outra prova da permissão de se passar as mãos
sobre as meias de qualquer tipo de tecido era a prá-
tica de muitos Sahabas , tal como relata Abu Daud:
"Ali Ibn Abi Talib, Abdullah Ibn Massud, Bara' Ibn
'Azib e Anas Ibn Malik passavam a mão úmida so-
bre as meias de tecido e também relata de Omar Ibn
Al-Khatab e Ibn Abbas.”.
Ibn Al-Qayim mencionou em seu livro Tahdhib As-
Sunnan que Ibn Mundir narrou que o Iman Ahmad
declarou que em sua opinião passar a mão úmida
sobre as meias de tecido é claramente permissível,
baseando-se na prática dos Sahabas e na clara ana-
logia (entre as meias de tecido e de couro).
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Outros sábios que também permitem esta ação: Su-
fian Ath-Thauri, Abdullah Ibn Mubarak, Ata Ibn
Rabah, Hassan Al-Basri, Said Ibn Musayeb; segun-
do Abu Yussef e Mohammad Ibn Hassan, somente é
permitido caso as meias sejam suficientemente
grossas, isto é, não permitem ver a pele.
Abu Hanifa, por sua vez, não considerava permiti-
do passar as mãos sobre as meias de tecidos gros-
sos, porém mudou de idéia dias antes de sua morte.
Passava a mão sobre as meias de tecido grosso du-
rante a enfermidade de que morreu e dizia a quem
o visitava: "Estou fazendo o que antes proibia”.
Mughira Ibn Shu'bah informou: "O Mensageiro de
Deus realizou o Wudu e passou sua mão úmida so-
bre as meias de tecido e sandálias." (Narrado por
Ahmad e Tirmizi que o classificaram como Hadith
Hassan Sahih.)
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2) Por onde passar as mãos úmidas?
Deve-se passar pela parte superior das meias, es-
tando baseado no seguinte hadith de Ali Ibn Abi Ta-
lib que disse:
"Se a religião fosse por opinião, passaria a mão úmida por
baixo da meia, no lugar de passar por cima. E certamente
eu vi o Mensageiro de Deus passar as mãos por cima das
meias (Khuff)." (Narrado por Abu Dawud e Ad –
Daraqutni).
3) Por quanto tempo se pode seguir passando as
mãos úmidas sobre as meias sem tirá-las dos pés?
O Profeta disse: "Um dia e uma noite para o residente e
três dias com suas noites para o viajante”. (Narrado por
Muslim).
4) Como fazer?
Logo depois de realizar o Wudu, ponha a meia de
couro ou tecido. A partir de então, basta passar as
mãos úmidas sobre as meias ao invés de lavar os
pés. Porém, se tem necessidade de realizar o Ghusl
(banho) deve tirar as meias.
5) As seguintes coisas anulam a permissão de passar
as mãos úmidas sobre as meias:
a) Terminar o prazo do período permitido.
b) A necessidade de realizar o Ghusl.
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c) Tirar uma das meias.
Ao terminar o período de tempo permitido, deve-se
tirar os calçados, mesmo que esteja em ablução. De-
ve-se lavar os pés se quiser calçar um calçado para
continuar fazendo o mash (ato de passar as mão ú-
midas sobre as meias ou calçado).
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1) A ejaculação e o orgasmo, se vista umidade do
sêmen, esteja dormindo ou acordado tanto para os
homens ou para as mulheres. Esta é a opinião da
maioria dos sábios, baseadas no seguinte Hadith:
"(purificar-se com) A água (faz-se necessário) devido à
água (que é vista, neste caso o sêmen)”. Narrado por
Muslim.
Todavia para os fluídos seminais causados por uma
enfermidade ou medicação, sem estarem acompa-
nhados da excitação, não é obrigatório realizar o
Ghusl. Assim, mesmo se uma pessoa tiver um so-
nho erótico e não encontrar, ao acordar, algum ras-
tro do orgasmo não é obrigada a fazer o Ghusl.
2) A penetração do pênis dentro da vagina, se hou-
ver ou não ejaculação. Allah disse: "E quando estive-
rem em estado de impureza, se purifiquem...”(Surata
5:6)”.
Também temos a prova no seguinte Hadith do Pro-
feta: "Quem ultrapassar as quatro extremidades da mu-
lher e a penetrar é obrigatório o Ghusl." (Narrado por
Muslim).
3) O fim da menstruação e o período pós-parto. E
Allah disse:
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"Consultar-te-ão acerca da menstruação; dize-lhes: É
uma impureza. Abstende-vos, pois, das mulheres durante
a menstruação e não vos acerqueis delas até que se purifi-
quem; quando estiverem purificadas, aproximai-vos então
delas, como Deus vos tem disposto, porque Ele estima os
que arrependem e cuidam da purificação" (Surata 2:222).
Baseando-se também no dito do Profeta que disse
Fátima Bint Abi Hubaish: "Deixa a oração pelo número
de dias que te encontras menstruando, então faz o Ghusl
e reinicia tua oração." (Narrado por Bukhari e Mus-
lim).
E mesmo que esta frase faça menção somente à
menstruação, o pós-parto tem o mesmo hukum (de-
creto) de acordo com a decisão unânime dos Saha-
bas.
4) Quando um muçulmano morre deve-se fazer o
Ghusl nele (antes do enterro), segundo o consenso
geral dos Sábios.
5) Quando um incrédulo se reverte ao Islam deve
realizar o Ghusl.
6) Existe uma sexta causa (que não é obrigatória pa-
ra a maioria dos sábios) que é realizar o Ghusl antes
de assistir a oração da Sexta-feira. O Profeta disse:
"O ghusl da Sexta-feira é obrigatório para quem já al-
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cançou a puberdade." (Narrado por Bukhari e Mus-
lim).
Todavia outros Hadith que mencionam o mesmo
tema fazem com que a maioria dos sábios considere
a ordem deste Hadith como recomendável e não o-
brigatória, a menos que se encontre sujo.
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polutos pelo dever conjugal – salvo se vos achardes em
viagem -, até que vos tenhais higienizado"(Surata 4:43)
Esta proibição está relacionada com ambas as clas-
ses (o ébrio, e o Junub) porém se estas pessoas estão
somente de passagem pela mesquita é permitido. Is-
to de baseia no ayat anterior e no dito do Profeta a
A'icha:
"Me alcança a esteira de oração que se encontra na mes-
quita; e ela disse: 'estou menstruando.' E o Profeta disse:
'Tua menstruação não está na tua mão”. (Ashabus-
sunnan exceto Bukhari)
Os Pilares do Ghusl
O Ghusl, prescrito de acordo com a Shari'a, não es-
tá completo até que se cumpram dois requisitos:
1) A intenção, que distingue o Ghusl de um banho
comum (ou seja, intencionar que este banho irá tirar
as impurezas maiores e assim obterá o estado de
purificação necessário para realizar os atos de ado-
ração, como a oração). A intenção tem lugar no co-
ração e não necessita ser pronunciada com a língua,
coisa que muitas pessoas fazem hoje em dia. Isto é
uma inovação na religião e deve-se evitá-la.
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2) Lavar todo o corpo, pois Allah disse em Seu Livro
Sagrado:
"E quando estiverem em estado de impureza, se purifi-
quem..." (Surata 5:6).
E Allah também disse:
"Ó fiéis, não vos deis à oração, quando vos achardes é-
brios, até que saibais o que dizeis, nem quando estiverdes
polutos pelo dever conjugal – salvo se vos achardes em
viagem -, até que vos tenhais higienizado"(Surata 4:43)
O segundo versículo explica o primeiro, indicando
que o significado da purificação é o Ghusl, e o signi-
ficado do Ghusl,no idioma árabe, é o fluido de água
sobre todas as partes do corpo, sendo isso evidenci-
ado também pela Sunnah.
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meiro do lado direito, depois do esquerdo, passan-
do as mãos sobre o que se pode alcançar no corpo e
prestando atenção para que a água alcance todas as
partes do corpo, como por exemplo as orelhas, o
umbigo, entre os dedos dos pés. Isto se baseia em
um Hadith que a A'icha narrou:
"Quando o Profeta tomava um banho estando no estado
de Junub, começava lavando as mãos, logo com sua mão
direita vertia água em sua mão esquerda e lavava seus
genitais, logo realizava o Wudu, para a oração, logo pe-
gava água e passava as mãos no couro cabeludo, logo pe-
gava ambas as mãos e passava sobre sua cabeça três vezes,
para finalmente verter água sobre o resto do corpo."
(Narrado por Bukhari e Muslim).
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"O Ghusl da sexta-feira é obrigatório para aqueles que al-
cançaram a puberdade, assim como também o Swiak e o
uso do perfume se o tiver”. (Narrado por Bukhari).
O significado literal do hadith é que o Ghusl da sex-
ta-feira é obrigatório, não só mustahab. Porém a
maioria dos sábios de hadith entendeu que se levar
em conta o significado literal, o mesmo se opõe à in-
terpretação dos Fuqaha (Juristas) já que no hadith se
menciona também o uso do Swiak e do perfume,
ambos são Mustahab e não obrigatórios.
2) O Ghusl dos dois Eid, como foi recomendado pe-
los sábios, pela semelhança com o Salat Jumu’a.
3) O Ghusl de quem banhou uma pessoa morta, já
que o Profeta disse:
"Qualquer um que banhe uma pessoa morta deve realizar
o Ghusl e quem quer que o carregue deve realizar o Wu-
du” (Narrado por Tirmizi e Ibn Maja).
4) A maioria dos sábios considera recomendável re-
alizar o Ghusl antes de entrar no estado de Ihram
para o Hajj e a Umra.
5) Fazer o Ghusl também é recomendável a quem
entra em Makkah, baseado na tradição do Profeta.
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Alguns Assuntos Relacionados com o
Ghusl
1) O Ghusl pode ser feito por dois motivos simultâ-
neos. Por exemplo: realizar o Ghusl para a oração do
Eid e do Jumu'a quando ambas caírem no mesmo
dia, ou se estava em Junub antes da oração da sexta-
feira e realiza um só Ghusl para as duas ocasiões.
Porém é condição indispensável ter a intenção deste
Ghusl para as duas necessidades, uma vez que o
Profeta disse: "As obras dependem das intenções e cada
homem obterá segundo suas intenções."
2) Se uma pessoa realizou o Ghusl porque se encon-
trava no estado de Junub (o que é isso?), porém não
realizou o Wudu, o Ghusl é suficiente. Abu Baker Ibn
Al-Arabi disse que os sábios não diferiram que o
Wudu se encontra sob o mesmo hukum do Ghusl e
que a intenção (Niyah) da purificação da impureza
maior cobre a da impureza menor.
3) Não há proibição de assistir a banhos públicos
(sauna, banho de vapor ou água quente) só não po-
de fazê-lo expondo suas intimidades na frente dos
outros. O Imam Ahmad disse: "Se soubermos que
nos banhos públicos usam um Izar (pano que en-
volve ao redor da cintura e chega até os calcanha-
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res) então entre; porém se não sabes então não o fa-
ça”.
A respeito disso temos o seguinte Hadith:
"Um homem não deve olhar a Aura (no idioma árabe sig-
nifica as partes privadas, o que se encontra entre o umbi-
go e os tornozelos) de outro homem; nem uma mulher
deve olhar a Aura de outra mulher”.
4) Um homem pode usar o restante da água do ba-
nho da mulher e vice-versa. Também é permitido
que o homem e sua mulher tomem banho juntos,
usando a água de um só recipiente; isto se baseia
num hadith do Profeta:
"A água não se torna impura”.( Narrado por Tirmi-
dhi).
5) Não é permitido tomar banho desnudo diante
das pessoas, já que expor a Aura (diante de pessoas
islamicamente não autorizadas) é proibido. Todavia
quem cobre o que se encontra entre o umbigo e os
tornozelos não tem problema algum, assim como
não há proibição de banhar-se desnudo onde as
pessoas não possam ver.
"Sobre isso se menciona num Hadith narrado por Bukha-
ri, que o Profeta Mussa tomou banho desnudo”.
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6) O Ghusl da mulher é idêntico ao do homem. A
mulher não precisa desfazer suas tranças se a água
alcançar as raízes dos cabelos. Como se menciona
num Hadith relatado por Umm Salamah, esposa do
Profeta:
"Uma mulher disse: 'Ó Mensageiro de Deus, sou uma
mulher que trança seu cabelo firmemente. Por acaso te-
nho que desfazê-las quando realizo o Ghusl Janaba? O
Profeta disse: é suficiente para ti que verta três palmos
abundantes de água sobre elas e logo deixe cair água na
totalidade de teu corpo, isto completará tua purificação”
(Narrado por Muslim).
Existe também um hadith mencionado no livro Al-
Mughni do Sábio Ibn Qudama, que indica que a
mulher deve desfazer suas tranças para o Ghusl pos-
terior à menstruação.
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sua mão úmida sobre a atadura (ou o que ocupe es-
te lugar, por exemplo o gesso).
3) Quando é obrigatório o Mash (passar a mão úmi-
da sobre o que é obrigatório lavar)?
Quando uma pessoa tem uma ferida, ruptura de os-
so ou outra lesão e quer realizar o Wudu ou o Ghusl.
Em circunstâncias normais deveria lavar o membro
afetado também, mesmo que se tenha que esquentar
a água para deixá-la tolerável.
Todavia, para quem teme prejuízo ou sente dor ao
lavar o membro afetado - porque a água aumenta
sua aflição, dor, enfermidade ou pode retardar sua
recuperação - basta passar a mão úmida sobre a á-
rea. Porém se teme, mesmo assim, prejudicar, então
deve cobrir/envolver o membro com uma atadura -
com a condição de que cubra somente o que é ne-
cessário, deixando as demais áreas descobertas - e
passar a mão úmida sobre a atadura ao realizar o
Wudu e o Ghusl.
Não existe requisito, no caso da atadura, de que a
pessoa esteja com o Wudu (em estado de pureza)
quando colocar a atadura, assim como não há tem-
po limite para passar a mão na atadura, ou seja. po-
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de seguir passando a mão úmida sobre a atadura
quanto tempo for necessário.
4) A permissão de passar a mão úmida sobre a ven-
da deixa de ser permitido quando se retira a atadu-
ra, quando ela cai ou quando se tem uma ferida e
ela cicatriza e não há mais necessidade de continuar
com a atadura.
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2) Para quem está ferido ou enfermo e teme que a
água piore sua enfermidade ou atrase sua recupera-
ção. Isto deve ser feito baseado em caso específico
ou através do conselho de um médico confiável.
3) No caso da água estar muito fria e considere que
o uso dela poderá prejudicar, isto se faz se a pessoa
não tem condição de esquentá-la ou se terá que pa-
gar por isso.
4) Se a água está cercada e a pessoa teme por sua
vida, sua honra, sua propriedade, a separação de
seus companheiros; se o inimigo se encontra entre
ele e a água, seja humano ou animal; se encontra en-
carcerado; se ao tomar banho a pessoa seja acusada
de algo que é inocente ou se é incapaz de consegui-
la por falta de meios. Neste caso a presença da água
não é diferente da sua presença, então é permitido
fazer o Taiammum.
5) Quem tem pouca água e precisa usa-la para be-
ber, para dar de beber aos animais, para cozinhar,
para lavar impureza (Najassa), imprescindível para
a oração. Nessas circunstâncias pode se realizar o
Taiammum e poupar a água disponível para estes
usos.
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A Água que pode ser usada para o Tai-
ammum
É permitido realizar o Taiammum com terra limpa
ou qualquer coisa que seja terra, como areia, pedras,
segundo o que Deus disse na em 4:43
Os sábios do idioma árabe coincidem que Sa'id é a
face da terra ou qualquer outra categoria geológica.
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O que é permitido a quem realiza o
Taiammum?
O taiammum é o substituto do Wudu e do Ghusl
quando não se encontra água disponível. A pessoa
pode fazer qualquer coisa que faria após ter feito o
Wudu e o Ghusl, como fazer o salat, tocar o Qur’an,
entre outros.
Após realizar o Taiammum pode realizar quantas
orações deseje, sejam obrigatórias ou facultativas,
pois o Taiammum é como o Wudu. Isto se baseia
num hadith do Profeta:
"A terra limpa é purificadora para o muçulmano, mesmo
que não encontre água por dez anos. Porém quando en-
contrar água deve usá-la (para o Wudu) por que é prefe-
rível” (Narrado por Ahmad e Tirmidhi)
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Todavia, quem realizou o Salat utilizando o Tai-
ammum e logo encontrou água, não precisa repetir
o Salat, mesmo que se encontre no tempo da oração.
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Nesta situação os Sahabas oraram sem Wudu e
quando informaram ao Profeta o que haviam feito,
ele não exigiu que repetissem a oração. O Imam
Nawawi disse a esse respeito: "Esta opinião esta ba-
seada na prova mais forte”.
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sunto, tal como foi explicado pelo Sheikh Moham-
mad Saleh Al-Uthaimim no seu livro “Os preceitos
religiosos da menstruação, metrorralgia e o pós-
parto” opinião que também é compatível al Madhab
Shafi’i e a posição do Sheikhul Islam Ibn Taimiya
que foi apoiado por Ibn Qudamah no seu livro "Al-
Mughni".
2) Se a cor do sangue é ocre ou levemente mais es-
cura, e aparecer durante o curso da menstruação ou
imediatamente após ela, deve-se considerar mens-
truação. Todavia, se aparecer após o término com-
pleto do sangramento de cor avermelhada (cor
normal de sangue) então não deve ser considerado
como menstruação. Umm Atiyah disse:
"Nós não acostumamos a considerar o fluxo ocre ou mar-
rom após o fim da menstruação”.
O pós-parto é o sangue que flui logo após o nasci-
mento de um bebê ou durante o parto, inclusive os
três dias que antecedem o nascimento, acompanha-
do por dores e contrações. As regras relacionadas
com o pós-parto (Nifas) são as seguintes:
1) Não existe limite máximo e mínimo, geralmente
se encontra dentro de 40 dias.
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2) A maioria das regras do Nifas coincide com as
regras da menstruação.
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Eid) porém as menstruadas saiam da parte do musal-la
(lugar da oração).”(Narrado por Bukhari e Muslim)
5) As relações sexuais: é proibido ao marido tentar
manter relações sexuais com sua esposa quando es-
ta se encontra menstruando, e também é proibido
para ela permitir tal ato, baseado no que disse Al-
lah:
“Consultar-te-ão acerca da menstruação; dize-lhes:
É uma impureza. Abstende-vos, pois, das mulheres
durante a menstruação e não vos acerqueis delas até
que se purifiquem; quando estiverem purificadas,
aproximai-vos então delas, como Deus vos tem dis-
posto, porque Ele estima os que arrependem e cui-
dam da purificação”. (Surata 2:222)
A palavra al-mahid, mencionada no versículo, in-
clui ambos significados: o tempo em que ocorre a
menstruação e o lugar por onde flui (quer dizer, a
vagina). O Profeta disse:
“Faca o que queiram exceto a penetração”. (Relatado
por Muslim)
O Imam Nawawi em seu livro Al Majmu’ menciona
o dito do Imam Shafi’i: “Quem faz tal coisa comete
um pecado maior”. E Nawawi disse: Nossos com-
panheiros (quer dizer os sábios de Fiqh Shafe’i) e
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outros sábios disseram: “Quem disser que manter
relações com uma mulher menstruando é permiti-
do, deve ser julgado como incrédulo”.
É necessário mencionar que é permitido para o casal
os beijos, abraços, tocar em qualquer parte da espo-
sa exceto a parte púbica, porem é melhor evitar a
parte entre o umbigo e os joelhos, isto baseado em
um dito de A’icha:
“O Profeta pedia que me envolvesse em uma saia ao redor
da cintura e nos acariciávamos enquanto eu estava mens-
truando”. (Narrado por Bukhari e Muslim)
6) A recitação do Qur’an: O Sheikh Mohammad Sa-
leh Al Uthaimin em seu livro “Os Preceitos Religio-
sos da Menstruação, metrorralgia e o Pós parto”,
disse, depois de reconhecer a diferença de opinião
entre os sábios neste assunto: “É melhor para uma
mulher menstruando não recitar o Qur’na em voz
alta, exceto se existe uma necessidade para isto. Por
exemplo, se ela ensina o Qur’an, e tem que dar aulas
a suas alunas, ou se uma aluna tem que fazer um
teste sobre sua recitação do Qur’an, etc ““.
E quanto ao Dhikr, dizer Allahu Akbar, Subhana
Allah, Al Hamdulillah, Bismillah antes de comer ou
antes de qualquer outra ação, ler hadith ou questões
de Fiqh, fazer Du’a, dizer Amin ao final do Du’a de
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outra pessoa ou escutar o Qur’an, não está proibido
para a mulher menstruada.
“O Profeta descansava no colo de A’icha enquanto ela es-
tava menstruada, e ele recitava o Qur’an". (Narrado
por Bukhari e Muslim)
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As mesmas regras se aplicam às mulheres no perío-
do do pos parto.
2. Se a menstruação ou período do pós-parto cessa-
rem durante uma noite no mês do Ramadan, é obri-
gatório para ela jejuar o dia seguinte, mesmo que
não tenha realizado o Ghusl antes de ter começado
o amanhecer, pois o motivo que a impedia de jejuar
acabou.
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ra o resto dos dias, seu sangramento deve ser consi-
derado hemorragia.
2. A mulher que não tem um período regular, ou
não se recorda quando ocorria, porém pode distin-
guir entre os dois tipos de sangue, baseando-se na
cor, densidade e odor.
3. A que não tinha um período regular e inclusive
não pode distinguir entre os dois tipos de sangue,
seja porque é sempre do mesmo aspecto ou porque
muda constantemente. Esta mulher deve considerar
o ciclo menstrual da maioria das mulheres, ou seja,
seis ou sete dias. Todo o mês deve considerar como
menstruação e deve calcular desde o momento em
que notou o primeiro sangramento vaginal, o resto
dos dias deve considerar como hemorragia.
Cabe aqui mencionar que não existe diferença entre
uma mulher afetada pela hemorragia e uma mulher
que tem a suspensão completa da menstruação, ex-
ceto pelo seguinte:
a. Se a mulher afetada pela hemorragia queira
realizar o Wudu deve lavar-se e retirar o sangue que
se encontra na zona vaginal, aplicar toalhas higiêni-
cas ou simplesmente um pouco de algodão que con-
tenha o sangue. O que saia de sangue depois disso
não terá importância.
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b. Deve realizar o Wudu para cada oração o-
brigatória (Salat Fard) tal como o Profeta ordenou a
uma mulher nesta situação:
“Faz o Wudu para cada oração”. (Narrado por Bu-
khari)
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