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Atlas Da Filiaçao PDF
Atlas Da Filiaçao PDF
ATLAS DA FILIAÇAO
RELIGIOSA
E INDICADORES
SOCIAIS NO BRASIL
RIO
Reitor
Pe. Jesus Hortal Sanchez, S. J.
Vice- Reitor
Pe. Pedro Magalhaes Guirnaraes Ferreira, S. J.
Decanos
profa Eneida do Rego Monteiro Bomfim (CTCH)
profa Gisele Cittadino (CCS)
Prof. José Alberto dos Reis Parise (CTC)
Prof. Francisco de Paula Amaral Neto (CCBM)
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ATLAS DA FILIAÇAO
RELIGIOSA
E INDICADORES
SOCIAIS NO BRASIL
Philippe Waniez
Institut de Recherche pour le Développement, IRD
École Normale Supérieure, ENS
Paris, França
Violette Brustlein
Centre National de la Recherche Scientifique, CNRS
Centre de Recherche et de Documentation sur l'Amérique Latine, CREDAL
Paris, França
~
EDITORA
pueRIO
Edl~Oes Loyola CNBB
©Editora PUC-Rio
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COl1selho Editorial
Augusto Sampaio, Cesar Romera Jacob, Danilo Marcondes de Souza Filho,
Eneida do Rego Monteiro Bomfirn, Fernando Sa, Cisele Cittadino,
José Alberto dos Reis Parise, Miguel Pereira.
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ISBN: 85-15-02719-4
©Ediç6es Loyola, Sâo Paulo, Brasil, 2003.
Apoio CNBB
COD: 291
Sumario
Prefacio 7
Introd uçao 9
Capitulo 1 - Os cat6licos 15
Conclusao 215
Bibliografia 219
Anexos 220
7
Prefacio
o es tu do da crescente diversidade religiosa no Bra- ver nao somente os frios nûmeros de tabelas estatfsticas,
sil tem se constituido num dos meus temas favoritos de mas também um retrato detalhado da realidade religiosa
pesguisa, especialmente desde que participei, nos anos e s6cio-demografica brasileira. E poderemos, ainda, refle-
1980, a pedido da Conferência Nacional dos Bispos do tir sobre os acertos e desacertos da nossa açao pastoral.
Brasil (CNBBl, de um importante trabalho de coleta de Quais sao a intensidade, os caminhos e os resultados da
dados e de reflexao, coordenado pelo Instituto Superior penetraçào dos grupos nào cat6licos, numa populaçao que,
de Estudos da Religiào (ISER), mas com 0 apoio do Con- no inicio do século XX, se declarava 99% cat6lica, porcen-
selho Nacional de Igrejas Cristàs do Brasil (CONICl, gue tagem hoje reduzida a 74%? Que grupos se sentiram mais
acabou servindo de base para a publicaçâo de três alenta- atrafdos por outras crenças e que grupos ficaram mais fir-
dos volumes da coleçao Cadernos do ISER, sob 0 tftulo ge- mes nas suas convicçoes tradicionais? Que relaçao existe
raI de Sinais dos Tempos: Tradiçoes Religiosas no Brasi!. Foi entre cor, sexo, grau de instruçao e rendimentos, por um
uma tentativa de retrato da nossa realidade religiosa, cada la do, e 0 afastamento ou a permanência na Igreja Cat6li-
vez mais complexa. 0 maior problema que enfrentamos, ca, por outro? Essas e outras perguntas precisam ser fei-
naquela época, foi a falta de analises estatfsticas profun- tas. Quanto material para reflexào, para a avaliaçao dos
das. Trabalhamos, em boa medida, corn dados empiricos, nossos métodos pastorais, para a discussao entre te610-
hauridos da nossa experiência cotidiana e, par isso mes- gos, soci610gos, antrop610gos, psic610gos, pastores e ou-
mo, bastante limitados. tros estudiosos da religiao.
Contudo, aquela nossa anâlise impulsionou a cele- Nào podemos ficar na admiraçâo de tao valioso
braçao de seminârios, promovidos pelo Setor de instrumento de trabalho. É preciso trabalhar sobre ele l 0
Ecumenismo e Dialogo Inter-religioso da CNBB, com a nosso Atlas nao foi elaborado coma demonstraçào de eru-
finalidade de oferecer subsfdios para a açâo pastoral den- diçào. 0 fato de retratar a realidade, nao s6 no pIano naci-
tro desse cenario crescentemente pIura lista, que se dese- onal, mas também no contexto das regioes metropolita-
nhava no nOS50 horizonte. Sob 0 tftulo geral de A Igreja nas, é uma prova de que poderâ servir em todos os niveis:
Catôlica diante do Pluralismo Religioso no Brasil, a Coleçao das assembléias dos bispos aos encontros de agentes de
Estudos da CNBB reuniu, nos numeros 62, 69 e 71, os tra- pastoral diocesana; dos professores de teologia aos sim-
balhos apresentados nos três seminarios celebrados. ples fiéis gue desejarem conhecer mais profundamente 0
o Atlas da Filiaçào Religiosa e lndicadores Sociais no que se passa na Igreja Cat6lica e no Brasil.
Brasil, baseado no Censo Demografico de 2000, do Insti- Ao publicar este volume, em co-ediçao com as Edi-
tuto Brasileiro de Geografia e Estatfstica (IBGE), e elabo- çoes Loyola e com a chancela da CNBB, a PUC-Rio sente
rado por professores da PUC-Rio e pesquisadores france- estar cumprindo uma tarefa primordial numa Universi-
ses do Institut de Recherche pOLir le Développement (IRD-Pa- dade Cat6lica: inserir-se, corn a sua especificidade acadê-
ris) e do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS- mica, de produtora e transmissora de conhecimento, na
Paris), é um tesouro inestimâvel. Através dele poderemos vida da Igreja do nosso pais.
Introduçao'
Ainda que 0 Brasil seja considerado 0 maior pais ca- no-americano, no entanto, 0 Brasil, pais com tradiçao es-
t6lico do mundo, os resultados dos ûltimos recenseamen- tatistica, se destaca pela qualidade dos dados que nele sao
tos demogrâficos realizados pelo Instituto Brasileiro de produzidos.
Geografia e Estatistica (!BGE) mostram um declinio pro- Como se sabe, os recenseamen tos no pais sào fei tos
gressivo da porcentagem de cat6licos na populaçào total, a ca da dez anos pelo !BGE, e a ÛDica exceçào na hist6ria
e destacam 0 crescimento dos evangélicos e de pessoas dos censos brasileiros foi 0 de 1990, que s6 foi realizado
que se declaram sem religiào. Esses nûmeros, que tradu- em 1991. Assim, é com base nos Censos Demogrâficos de
zem tendèncias indiscutiveis, sào apresentados normal- 1991 e 2000 que foi realizado este Atlas da Filiaçëio Religiosa
mente sob a forma de médias nacionais, regionais ou es- e Indicadores Sociais no Brasil, cujos dados resultam de uma
taduais e, par isso, nào sào capazes de dar conta da diver- pergunta sobre religiëio ou cuita, do questionario da Amos-
sidade de situaç6es que ocorrem no territ6rio brasileiro. tra. Este questionario é mais detalhado e s6 é respondido
Num pais continental coma 0 Brasil, com os seus 8,5 por um certo nûmero de pessoas, enquanto 0 basico, de
milh6es de km 2, no quai a questao da distância e da acessi- cunho universal, é respondido por toda a populaçào.
bilidade estao sempre presentes - 15 700 km de fronteiras A pergunta que é feita à pessoa recenseada, "QuaI
terrestres, 7600 km de costas, um milhao e meio de quilô- é a sua religiào ou culto", deixa totalliberdade de respos-
metros de estradas - os problemas da sociedade devem ser ta, tanto que nao ha no questionario nenhum limite quan-
vistos muna perspectiva geografica, para serem corretamen- to ao nûmero de religi6es a serem declaradas (Fig. 01),
te analisados e compreendidos. Ora, 0 territ6rio, conside- nem qualquer restriçao sobre isso no manual do recense-
rado como Lun produto da ati vidade social, muda continu- ador (Anexo 1). 0 entrevistado tem entao très lirLhas para
amen te, e a compreensao das suas recomposiç6es é tao in- responder a essa pergunta, 0 que é suficiente para uma
dispensavel ao conhecirnento das sociedades como a His- resposta detalhada a essa indagaçao. Alias, convém ob-
t6ria, uma vez que 0 territ6rio é "elemento do sistema soci- servar que 0 Censo Demografico de 2000 permitiu, pela
al, e revelador desse sistema"l. Assirn, as transformaç6es prime ira vez, que a pessoa recenseada declarasse mais de
por que passam as sociedades apresentam um componen- uma filiaçao religiosa.
te espacial que precisa ser inveshgado, sobretudo num pais Assirn, um cat6lico, por exemplo, que também fre-
de grandes dimens6es como 0 Brasil. qüente 0 candomblé passa a ter a possibilidade de expres-
Na pratica cotidiana da pesquisa tende-se a ressal- sar a sua dupla filiaçao religiosa. Em funçao disso, 0
tar alguns problemas mais do que outros, em funçao de sincretismo religioso, tao comum no Brasil, poderia agora
sua inserçao nos grandes debates cientificos e da atualida- ser captado pelo Censo. No entanto, ao se estudar os resul-
de mais ou menos candente de certas quest6es. Isto é ver- tados do recenseamento de 2000, surpreende 0 fato de ape-
dadeiro para a economia, para 0 meio ambiente, para a ur- nas 10 500 pessoas terem declarado pertencer a mais de
banizaçao, etc. Por que nao seria verdadeiro também para uma religiao, 0 que é um nÛillero insignificante levando-se
as transfarmaç6es que acontecem no campo religioso? em conta 0 total da populaçao brasileira. Pode-se pensar
entao que os recenseados ainda nao se sentem à vontade
As religioes nos recenseamentos para assurnir que possuem mais de uma filiaçao religiosa.
Se isto for verdadeiro, continuaria a existir um superdi-
Em relaçao às informaç6es sobre a filiaçao religio- mensionamento das religi6es mais bem inshtu-cionalizadas,
sa na América Latina, J. P. Bastian observa que, de modo aquelas que as pessoas declaram sem nenhum hpo de cons-
geral, "os dados estatisticos sao de qualidade bastante ir- trangimento, em detrimento de grupos religiosos
regular, pouco rigorosos, mas refletem uma tendència. AI- minoritarios. Desse modo, os problemas de informaçao a
guns recenseamentos nacionais de populaçao dao conta respeito da dupla filiaçao religiosa nao se devem mais a
do fator religioso (...) e constituem indicadores preciosos, uma limitaçao do Censo, mas a uma dificuldade dos pr6-
sobretudo para estudos no nivel mtmicipal e regional" 2 prios recenseados.
Uma outra vantagem dos recenseamentos é 0 seu carMer Um outro problema colocado pela estatistica da re-
exaustivo, 0 que tem como conseqüència Luna excelente ligiao é a evoluçao, no tempo, da sua nomenclatura. De
cobertura geogrâfica, qualidade que nenhuma outra pes- fato, 0 !BGE se aprimora a cada Censo e tenta captar, do
quisa de campo é capaz de apresentar. No contexto lati- melhor modo possivel, as informaç6es sobre essa area de
pesquisa. Alias, para 0 recenseamento de 2000, 0 IEeE dos 2000, foi concebido e programado para a utilizaçao
recorreu a especialistas para estabelecer adequadamente dos dados da Amostra do Censo Demogrâfico com 0 ob-
a nomenclatura das novas religiôes, em funçao das mu- jetivo de elaborar 0 presente Atlas da Filiaçêio Religiosa e
danças que vèm ocorrendo nesse campo. Isto revela 0 in- Indicadores Sociais no Brasil. Este programa permitiu reali-
teresse que 0 IBGE, os cientistas sociais e, de modo geral, zar tabelas de freqüèncias simples (corn uma s6 variâvel)
a sociedade dao à questao religiosa no Brasil. Assim, 0 e cruzadas (com duas ou très variâveis). Os resultados
estudo da evoluçao da filiaçao religiosa de 1980 a 2000 é foram gravados em matrizes de informaçao espacial, cada
prejudicado pela inconstância da nomenclatura das reli- linha correspondendo a uma unidade espacial (estado da
giôes. 0 Anexo 2 mostra como a codificaçao tem evoluido Federaçao, microrregiao, municipio, distrito ou
a cada um dos très ultimos recenseamentos: c6digo com subdistrito) e cada coluna a uma variâvel.
um digito em 1980, dois digitos em 1991, très digitos em
2000. Felizmente, 0 IEeE manteve, em 2000, ao lado dos Os dadas estatisticos e os mapas
c6digos de très digitos, a nomenclatura de dois digitos de
1991, 0 que permite a comparaçao dos da dos resultantes Este Atlas se constitui numa tentativa de represen-
desses dois ultimos recenseamentos. Desse modo, pode- taçao da filiaçao religiosa no Brasil, considerado em seu
se estudar em detalhe 0 desenvolvimento das igrejas conjunto e em diversas regiôes metropolitanas (RM) do
pentecostais, por exemplo, a partir de 1991. Em pais. Os mapas do Brasil, por uma questao de legibilidade
contrapartida, para 0 periodo de 1980 a 2000, s6 é possi- grâfica, foram feitos segundo a malha das suas 558
vel fazer este trabalho considerando os grandes grupos microrregi6es geograficas. Essas unidades territoriais fo-
religiosos. ram definidas pelo IBeE por ocasiao do Censo
Além das dificuldades relativas à nomenclatura Demogrâfico de 1991, e agrupam municipios com base
existentes no Censo, os dados publicados nos Anuarios em critérios diversos, como a natureza das atividades eco-
Estatisticos do IBGE sao muito limitados, para se analisar nâmicas, 0 grau de urbanizaçao, etc. A experiència tem
especificamente uma determinada religiao, pois as cate- mostrado que as microrregi6es geograficas representam
gorias muito agregadas impedem qualquer pesquisa um excelente nivel de anâlise para pesquisas que consi-
aprofundada sobre a importância das diferentes corren- derem 0 pais como um todo. Ja os mapas das regi6es me-
tes no interior de um mesmo grupo, coma é 0 casa dos tropolitanas foram feitos de acordo corn uma malha mais
evangélicos. Ja os microdados do Censo contèm a indica- detalhada que fosse compativel com os dados da Amos-
çao detalhada do grupo religioso declarado pelas pessoas tra do Censo de 2000, ou seja, a dos municipios, distritos
recenseadas. Desse modo, a difusao pelo IEeE dos ou subdistritos. Além desses, foram elaborados também
microdados dos recenseamentos demograficos permite mapas para algumas das cinco grandes regiôes do pais e
uma analise minuciosa, num nîvel mais desagregado, das para alguns dos vinte e seis estados da Federaçao, com
nomenclaturas religiosas. Esses microdados sao resultan- base nos municipios, a fim de melhor visualizar a distri-
tes da Amostra, cujo questionario é aplicado ao mesmo buiçao espacial de determinadas religiôes, pela importân-
tempo em que é realizado 0 Censo Demografico, e res- cia que alcançam nesta ou naquela ârea.
pondido por apenas uma parte da populaçao. 0 questio- Os mapas que integram 0 Atlas sao de dois tipos.
nario da Amostra é aplicado a 20% dos domicilios, em Para representar a populaçao de cada religiao, utilizou-se
municipios com até 15 mil habitantes, e a 10% nos de- a forma de representaçao por circulos, cujas superficies
mais. Apesar dessa limitaçao, segue critérios de sao proporcionais aos efetivos. Este método exige que se
amostragem que garantem a representatividade das prin- fa ça uma calibragem dos circulos para que se possa re-
cipais caracteristicas demograficas da populaçao, como presentar melhor os efetivos mais numerosos. Uma vez
sexo, idade e localizaçao geografica. que se tem efetivos muito diferentes de um mapa a outro,
Dispôe-se assim de um conjunto de dados represen- a calibragem dos circulos nao pode ser sempre a mesma
tativos da populaçao, corn as respostas de aproximadamen- para todos os mapas e, assim, as superficies dos circulos
te 20 milhôes de questionârios. Através de recursos de nao sao sempre comparâveis de um mapa a outro. Desta
informâtica, foi possivel elaborar tabelas que 0 IEeE nao forma, para se evitar uma leitura equivocada dos mapas,
divulga de maneira standard e, assirn, explorar 0 recensea- é recomendâvel que se observe as legendas, para avaliar
mento em toda a sua riqueza. 0 trabalho apresentado aqui adequadamente a maior ou menor concentraçao geogrâ-
utiliza os microdados do Censo Demografico de 2000, di- fica das populaç6es relacionadas.
fundidos pelo IEGE no mès de dezembro de 2002. o outro tipo de representaçao cartografica utilizado
Um programa de informâtica, funcionando em no Atlas é 0 dos mapas coropléticos, quer dizer, mapas em
microcomputador PC/Windows, denominado MicroDa- gamas de cores ou em niveis de cinza, que permitem
Introduçiio
11
visuaJjzar a distribuiçao geografica de indices ou de por- • a raça ou a cor: trata-se de uma declaraçao baseada no
centagens. 0 indicador a ser mapeado é primeiramente di- julgamento da prôpria pessoa interrogada; por essa ra-
vidido em classes recorrendo-se a um procedimento esta- zao, pode-se duvidar da homogeneidade das respostas
tistico adequado, em seguida, uma gama de cores ou de para 0 conjunto do pais, sendo este indicador complemen-
niveis de cinza é atribuida a essas classes ordenadas, co- tar aos outras, nao devendo ser interpretado sozinho.
meçando-se por aquela que apresenta os valores mais bai-
xos. Obtém-se assim um mapa em classes que traduzem Os aspectos especificamente sociais sâo medidos
gradientes de intensidade. por dois indicadores:
Cabe lembrar que os mapas que compoem este Atlas
da FiIiaçiio Religiosa e Indicndores Sociais no Brasil foram re- • a natureza da ultima uniao quando as pessoas vivern
alizados corn a ajuda de Philcarto, programa de cartogra- juntas coma casai: distingue-se 0 casamento civil e religi-
fia tematica de autoria de Philippe Waniez, que pode ser oso, 0 casamento somente civil, somente religioso, a uniao
encontrado gratuitamente no livro Comunicaçiio consensual ou a categoria "nunca viveu" coma casai;
Cartograficè Observe-se ainda que os nomes das religi-
6es cita dos no Atlas sao os da nomenclatura com dois di- • 0 nlvel de educaçao: distingue-se desde a auséncia de
gitos utilizada no recenseamento de 2000 (Anexo 2). qualquer nivel de instruçao até 0 doutorado; para as pes-
soas mais velhas sao indicados os nomes dos niveis educa-
a perfil demografico e socioeconômico dos grupos cionais adotados anteriormente no pais.
religiosos
Finalmente, os aspectos econômicos sao avaliados
Uma informaçao complementar aos ma pas é dada através de quatra indicadores:
pelos graficos com os perfis demograficos e socioeconô-
micos dos filiados às principais religioes. Esses perfis fo- • 0 setor de atividade: foram estabelecidos seis setores re-
ram obtidos a partir dos microdados do Censo de 2000, sultan tes do agrupamento das atividades econômicas de-
através do cruzamento das respostas à pergunta "Quai é talhadas, fornecidas pelo recenseamento;
a sua religiao ou culto", corn as respostas a um conjunto
de perguntas que se referem a aspectos demograficos e • a posiçao na ocupaçao: distingue os empregados do-
socioeconâmicos da populaçao. Este cruzamento é esta- mésticos e os empregados, corn ou sem carteira de traba-
belecido para 0 total da populaçao envolvida na Amos- lho, os empregadores e as pessoas que trabalham por conta
tra: populaçao total, populaçao nao-estudante e popula- prôpria;
çao ativa. 0 perfil médio da populaçao brasileira permite
avaliar os diferentes percentuais de resposta a cada uma • a natureza do trabalho: distingue as pessoas que traba-
dessas questoes (Fig. 02). Iham de forma remunerada ou nâo;
Para os aspectos demograficos, quatro indicadores • 0 rendimento total: expresso em niveis de salârios ml-
foram escolhidos: nimos.
• a situaçao do domidlio (urbano ou rural): a populaçao Assim como foi realizado 0 perfil demografico e
brasileira é majoritariamente urbana, mas a definiçao do socioeconâmico para 0 conjunto da populaçâo brasileira,
que se considera urbano é motivo de contravérsia, por nâo foram elaborados também os mesmos perfis para a popu-
dar conta, de um modo clara, dos espaços intermediéirios laçao pertencente a cada grande grupo religioso. Para cada
entre a cidade e 0 campo; resposta elaborou-se um indicador de distancia em rela-
çâo ao perfil médio do Brasil, através da diferença entre a
• 0 sexo: no Brasil, 0 nÛlnero de mulheres é um pouco porcentagem da religiao considerada e a porcentagem
superior ao de homens; média do Brasil. Esta diferença é em seguida expressa em
porcentagem da porcentagem média do Brasil, ou seja:
• a repartiçao por idade: a populaçâo foi dividida em di- [(% religiâo - % Brasil) / %Brasil] x 100. Os graficos obti-
versos grupos de idade; até 5 anos (crianças); de 6-15 anos dos permitem caracterizar facilmente as religioes em fun-
(estudantes), de 16 a 20 anos (jovens), de 21-30 anos (jo- çâo de suas distancias em relaçâo aos perfis médios da
yens adultos), de 31-40 anos (adultosJ, de 41-60 anos (adul- populaçâo brasileira.
tos mais velhos) e de 61 anos e mais (idosos); Além de uma série de mapas sobre a filiaçâo religi-
osa no Brasil, cada um desses temas demograficos e
socioeconômicos é objeto também de um conjunto de CNBB, Pe. Alberto Antoniazzi, Pe. Dimas Lara Barbosa e
mapas, para 0 pais considerado em sua totalidade, por Pe. Manoel Godoy pela colaboraçâo prestada à realizaçâo
microrregi6es, e para cada uma das regi6es metropolita- deste trabalho. Manifestam, ainda, seu agradecimento ao
nas, por munidpios, distritos ou subdistritos. Assim, 0 !BGE que, ao permitir 0 acesso aos rnicrodados da Amostra
leitor disp6e nâo somente de mapas das religi6es, stricto do Censo DemogrMico de 2000, possibilitou a elaboraçâo
deste Atlas.
sensu, mas também de uma série de mapas demogrMicos
1. BRUNET, Roger. Champs et contrechamps, raisons de
e socioeconômicos que permitem situar os fenômenos re-
géographe. Paris: Belin, 1997.
ligiosos no seu contexto nacional e metropolitano.
2. BASTIAN, J. P. La dérégulation religieuse de l'Amérique
Latine. In: Problèmes d'Amérique Latine, Paris, n024, janvier-
Notas
mars, 1997.
* Os autores agradecem ao Reitor da Pontiffcia Univer-
sidade Cat6lica do Rio de Janeiro, Pe. Jesus Hortal Sanchez, 3. WANlEZ, P., BRUSTLEIN, V. e HEES, 0 Comunicaçâo
S.J., aos professores do Departamento de Comunicaçâo Cartografica: 0 mapeamento dos resultados e!eitorais no Brasil.
Social da PUC-Rio, Everardo Rocha, Fernando Sa, José Rio de Janeiro / Sào Paulo: Ed. PUC-Rio / Ediç6es Loyola,
Antonio de Oliveira e Miguel Pereira, e aos assessores da 2002.
Figura 01
Introduçào
13
Figura 02
=
61 e mais
Raça o~ra~~~
Preta
Amarela
Parda
Indigena
Natureza da ultima uniao 1
Casamegb c~~~~~~\i§ig~?i
o
S6 caÔ~Œ~nigri~~~~usa9
Nunca viveu
Educacao 1
Nen~um
Alfabetizaçâo de adultos
-
Antigo primario
Fundamental ou prlmeiro grau
Médio ou ~~~ugd~nW~g
Antigo classico, cienqifi~o, etc.
Me~~~a~o~ù ~~&t~~~~g
Atividade 1
Agricultura
Indùstria, C<tn~rii~~g
ServLcos, Transportes
Administraçâo, Serviços publicos
Servlços pessoals
ë!!ii
Posicao na ocupacao 1
Doll1éstico com tarfeira
~
Doméstico sem carteira
Empregado com carteira
Empregado sem carteira
Empregpdor
Conta-propna
Trabalha (remunerag~ 1
Nâo
Renda total (sala rios minimosl 1
menos de 1
~
1
2
3
~-16
11 - 20
21 e mais
1
o 10 20 30 40 50 60 %
Capîtulo 1
Os cat61icos
o numero de pessoas que se declaram catôlicas sileira. Os contrastes existentes sao entao os mesmos apre-
(Apostôlica Romana, Brasileira e Ortodoxa) esta em cons- sentados pela distribuiçao da populaçao no pais: peso des-
tante crescimento no Brasil: 85,8 milh6es em 1970, 105,9 proporcional das capitais estaduais, situando-se Sao Pau-
em 1980, 122,3 em 1991 e 125,5 milh6es em 2000. Assim, lo e Rio de Janeiro em posiçao de destaque, seguidas por
de onde vern a idéia de que a religiào catôlica estaria atra- Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Salva-
vessando uma grave crise no Brasil, se os resultados dos dor. Da mesma forma, a distribuiçào da populaçao no in-
recenseamentos dos ultimos 30 anos mostram 0 aumento terior das cinco grandes regi6es se mostra bas tante dife-
do numero de fiéis 7 renciada: observa-se que a intensa ocupaçao do Sudeste e
Duas respostas poderiam ser dadas a esta indaga- Sul do pais faz contraste corn os espaços relativamente
çào. Em primeiro lugar, é preciso observar que 0 cresci- vazios do Norte e Centro-Oeste. Finalmente, 0 Nordeste
mento do numero de catôlicos se mostra mais lento do apresenta uma situaçao intermediaria, pois observam-se
que 0 da populaçào total do pais. Sabe-se que, de 1970 a nitidas diferenças entre as areas muito povoadas, mais prô-
2000, a taxa de crescimento médio anual dos catôlicos foi ximas do litoral, e as areas de ocupaçao mais rarefeita,
de 1,3%, enquanto a da populaçào total atingiu 2%. De tipicas do Sertao, coma 0 sul do Maranhao e do Piaul.
fato, 0 aumento do numero de catôlicos, observado entre É exatamente no interior nordestino que a influên-
1991 e 2000, de um pouco mais de 3 milh6es de pessoas, cia da religiao catôlica permanece mais viva (Fig. 1.02),
esconde, na realidade, um diferencial de crescimento ne- coma no sertao de Pernambuco, Paraîba, Rio Grande do
gativo de mais de 16 milh6es, se 0 crescimento dos catôli- Norte, Ceara e Piaui, onde se observam as mais fortes por-
cos tivesse se dado no mesmo ritmo que 0 da populaçào centagens de habitantes que se declaram catôlicos: 94%
brasileira, ao longo desse periodo. na microrregiao de Brejo Santo (Ceara), 96% em Barro (Ce-
Uma tal diminuiçào no ritmo de crescimento do nu- ara), 93% em Pio IX (Piaui) e 94% em Salgueiro
mero de catôlicos podera acarretar uma perda de influên- (Pernambuco).
cia da Igreja Catôlica no pais, se essa tendência continuar Um zoom sobre a Regiao Nordeste mostra que a
nos prôximos anos. Assim, projetando-se para 2010 as ta- 19reja Ca tôlica vem perdendo infl uência no li to raI de
xas de crescimento observadas entre 1991 e 2000, os catô- Pemambuco e no nordeste de Alagoas (Fig. 1.03). Nessas
licos representariam, no prôximo Censo, em torno de 65% areas, os catôlicos representam freqüentemente menos de
da populaçào brasileira, percentual muito inferior ao re- 60% da populaçao total. Este é também 0 casa do litoral
gistrado pelo Censo de 2000, da ordem de 74%. Desse sul da Bahia e da regiao de Salvador. Se 0 vale do Rio Sao
modo, a perda de influência relativa dos catôlicos nos pr6- Francisco se mantém fiel ao catolicismo, boa parte do in-
ximos anos ocorreria mesmo considerando-se que 0 cres- terior da Bahia parece estar progressivamente se distanci-
cimenta demografico brasileiro va continuar em trajet6- ando da Igreja Catôlica. Esta situaçao é observa da tam-
ria anual de queda (+2,4% de 1970 a 1980, +1,9% de 1980 a bém no oeste do Maranhao.
1991 e + 1,6% de 1991 a 2000). Os territôrios fiéis ao catolicismo nao se limitam, no
A outra resposta possive!, à idéia de que a Igreja entanto, ao reduto sertanejo, uma vez que eles se estendem
Cat6lica esta ria atravessando uma crise decorrente da per- do Nordeste ao Sul do pais (Fig. 1.02), de maneira mais ou
da de fiéis, relaciona-se mais à sociologia da religiao do menos continua. Assim, areas corn elevados percentuais de
que à demografia. Como veremos nos prôximos capîtu- catôlicos englobam a maior parte de Minas Gerais e um
los, dois fatores estariam contribuindo para essa situaçao: amplo espaço constituido pelo sul do Parana, pela maior
de uma parte, 0 crescimento das igrejas evangélicas parte de Santa Ca tarina e pelo norte do Rio Grande do Sul.
pentecostais e, de outra, 0 aumento do numero de pesso- Cabe lembrar que essas areas mais catôlicas da Regiao Sul
as que se declaram sem religiao. Nos dois casos, trata-se correspondem, de modo geral, aos nucleos de implantaçao
de mudanças numericamente importantes que afetam pra- de colonos italianos do fim do século XIX (Fig. 1.04).
ticamente todas as regi6es do pais. Noutras areas do pais, como na faixa litorânea que
A localizaçao dos catôlicos, em 2000, guarda estrei- se estende do sul da Paraîba ao norte de Santa Catarina,
ta semelhança corn a distribuiçao da populaçao total corn poucas exceç6es, a 19reja Cat61ica apresenta uma forte
(Figs. 1.01 e 8.01), 0 que nao poderia ser diferente, uma reduçao do seu nUmero de fiéis, particularmente em al-
vez que eles representam três quartos da populaçao bra- gumas das principais regi6es metropolitanas do pais, que
Capîula 1 • Os cat6licas
17
chega a 68%, comparâvel aos percentuais da Zona Sul da de organizaçào do espaço: forte presença de catolicos no
cidade do Rio de Janeiro. municipio central, reduçao na peri feria proxima e de-
Encontra-se esta mesma configuraçào espacial na pois aumento em direçào à peri feria mais distante. 'm
regiao metrapolitana de Sào Paulo, que apresenta, no en- outras regi6es metropolitanas, no entanto, nào se obser-
tanto, uma peculiaridade em relaçào aos casos anteriores: va este modelo ternario, mas principalmente um mode-
o peso dos cat6licos decresce muito a partir do centra em 10 bina rio: menores percentuais de catolicos no centro e
direçào à periferia, mas ele torna a subir na peri feria mais maiores na periferia. Este é 0 casa de Fortaleza, Natal,
distante, como nos mtmicipios de Salesopolis, Guararema Belo Horizonte, Yale do Aço e Brasilia (Figs. 1.17, 1.19,
e Santa Isabel, situados no extremo leste da RM. 1.21,1.23 e 1.25). Todas essas regi6es metrapolitanas têm
Para os geografos, 0 modelo centro-periferia repre- em comum 0 fato de serem muito extensas em relaçào
senta uma das modalidades de segregaçào social exis- ao territorio realmente urbanizado. De fato, essas RMs
tentes nas grandes cidades, nas quais as classes trabalha- incluem alguns municipios rurais, assim considerados
doras vaG sendo empurradas para as periferias metropo- em funçao da porcentagem que eles possuem de popu-
litanas. Pode-se perguntar entào se nào ha uma relaçào laçào rural na sua populaçào total (Figs. 1.18, 1.20, 1.22,
entre a reduçào do numera de fiéis da Igreja Cat6lica na 1.24 e 1.26).
periferia das regioes metropolitanas de Belém, Salvador, Tomemos, por exemplo, 0 casa de Belo Horizonte
Vitoria, Rio de Janeiro e Sào Paulo, e a segregaçao (Fig. 1.21). Observa-se que toda a parte central da RM,
socioespacial que caracteriza essas grandes cidades bra- que inclui, entre outras, os municipios de Belo Horizonte,
sileiras. Esta situaçào pôde ser observada na escala das Betim e Contagem, apresenta as mais baixas porcentagens
regioes metrapolitanas, consideradas em seu conjunto, de cat6licos da regiao metrapolitana, que nao ultrapas-
mas, naturalmente, outras formas de segregaçào social po- sam 77% da populaçao total. Em contrapartida, os muni-
deriam ser identificadas em outras escalas, em territ6rios cipios mais distantes do centro (Moeda, Belo Yale e
menores, coma os bairros, 0 que infelizmente os dados Bonfim, ao sul; Caeté e Taquaruçu de Minas, a leste; e Para
do IBGE relativos à religiào nào permitem fazer. de Minas e Fortuna de Minas, a oeste) revelam maior pre-
Uma forma de se medir essa discrirninaçào urba- sença de cat6licos, que alcançam nessas âreas porcenta-
na é através do nivel educacional de sua populaçào. Os gens superiores a 90%. 0 mapa da populaçào rural mos-
mapas com as porcentagens das pessoas que tenham fei- tra um padrao semelhante ao dos catolicos quanto à dis-
to estudos superiores (graduaçao, mestrado e doutorado) tribuiçao dos percentuais (Fig. 1.22). Na realidade, apesar
lembram curiosamente os mapas da distribuiçao dos ca- de se tratar de uma regiào metropolitana, a porcentagem
t6licos (Figs. 1.08, 1.10, 1.12, 1.14 e 1.16). 0 modelo de habitantes rurais ultrapassa freqüentemente 26%, che-
subjacente neste caso é também 0 do tipo centro-perife- gando, às vezes, a valores superiores a 57%.
ria, que pode ser enunciado da seguinte maneira: quanto OVale do Aço mostra uma estrutura da mesma na-
maior 0 nivel de educaçào, maior é a participaçào dos ca- tureza, mas como a organizaçào é do tipo linear, ou seja,
tolicos na populaçao total. Na turalmente, esta ligaçào nào orientada no sentido nordeste /sudoeste ao longo do Rio
é automâtica, pois, para um grande numera de brasilei- Doce, 0 modelo centra-periferia é transformado num ou-
ras, abandonar 0 catolicismo, religiào de nascimento, su- tro onde a distancia em relaçao ao Vale é que se constitui
poe a existéncia de catalisadores, entre os quais 0 no elemento de organizaçào do espaço. Assim, os catoli-
praselitismo utilizado por certas igrejas pentecostais de- cos - bem como a populaçào rural- aparecem em maio-
sempenha papel fundamental. res proporç6es nos mtmicipios mais distantes do Rio Doce,
Assirn, 0 modelo centro-periferia parece nào deixar e se apresentam em menores proporç6es nos distritos mais
duvidas de que é nos setores menos favorecidos das gran- urbanizados (Figs. 1.23 e 1.24).
des cidades que a influência da Igreja Catolica dimimù mais. Em Brasilia observa-se um fenômeno semelhante,
Essa relaçào, que yale para as regioes metropolitanas estu- mas nao idêntico à situaçào de Belo Horizonte e do Yale
dadas aqui, nào é verificada, no entanto, em todo 0 territ6- do Aço. Em toda a parte oeste do Distrito Federal, que
rio brasileiro onde intervêm outras fatores, como caracte- compreende 0 PIano Piloto, verifica-se menor presença
risticas socioeconômicas (tipo de atividade, historia do po- de cat6licos, cujas porcentagens sao inferiores a 69% (Fig.
voamento, etc.) e também religiosas (diversidade da oferta 1.25). Em contrapartida, a porçào leste de Brasîlia, que
de religi6es). A evidência mostra que as periferias dos gran- inclui 0 Lago Sul, apresenta valores um pouco mais ele-
des centros urbanos poderiam ser consideradas, portanto, vados que tendem a aumentar à medida que se caminha
como as âreas de maior competiçào no campo religioso. em direçao à periferia leste da Regiao Integrada de De-
A anâlise dos mapas das regioes metropolitanas senvolvimento (RIDE). Quando se observa 0 mapa da
até agora estudadas permitiu definir 0 seguinte modelo populaçào rural (Fig. 1.26), nota-se alguma semelhança
Capfu/o 1 • Os cat6/icos
19
Figura 1.01
•
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Nûmero de pessoas
~
. 10000 000
5 000 000
- 2 000 000
.. 500 000
~ 5 000
Figura 1.02
% na populaçào total
92
85
°65
75
[-
Cap/ula 1 • Os cat6licas
21
Figura 1.03
% na populaçào total
• 91
86
73
Figura 1.04
% na populaçào total
90
85
80
73
Capiulo 1 • Os cat6/icos
23
Figura 1.05
Evoluçao da %
na populaçao total
%2000 - %1991
1-
0
i-
-3
[ 1 -8
-16
Figura 1.06
CATOUCOS
Desvio em relaçao ao perfil socioeconômico brasileiro
% da média brasileira de cada categoria
Situaçao do domicilio
Urbano
Rural
Sexo
Masculino
Feminino
Raça o~r~~~
Preta
Amarela
Parda
~
Indigena
Na~reza da ultima uniao
asameg 6°c~~~~~~\i§igi~?i
S6 caO~Œ~n6g~~~~~ous,i1
Nunca viveu •
Educacâo
Nenl'\um
Alfabelizaçao de adultos
Antigo primàrio
Fundamental ou pnmeiro grau
Médio ou sequndQ grau
AnfiqQ qlnaslo
Anligo clàssico, cienllfico. etc.
Me~~~a~o6ù'1[gBt~~~~g
-
Atividade
Agricultura
Industna. Construçao
Comércio
ServLços, Transportes
Administraçao. Serviços publicos
=
Servlços pessoals
Posicao na ocupacao
Do(n~stico com tart'eira
Domestico sem carteira
Empregado com carteira
Empregado sem carteira
Empreq;Jdor
Conta-propria
Trabalha (remunerado\
Sim
Nao
Renda total (salàrios minimos\
menos de i
1
2
3
4-5
6-10
11 - 20
21 e mais
-20 -10
•
o
Média
-
1
10 20 %
Brasil2000
Capfu/o 1 • Os cat6licos
25
% de pessoas de nîvel
% da populaçào cat61ica escolar superior
na populaçào total na populaçào total
-70
°66
77 10
67
60
~ 54
1
1
% de pessoas de nive!
% da popu Iaçao catoi ica escolar superior
na populaçao total na populaçao total
-15
. 53
50
r---
% da populaçao
catolica
na populaçao total
% de pessoas de nivel
escolar superior
na populaçao total
Capîulo 1 • Os catôlicos
27
% da populaçào cat61ica
na populaçào total
76
71
67
0 60
U
% de pessoas de nive!
escolar superior
na populaçào total
• 27
20
% da populaçào % da populaçào
cat6lica na rural na
populaçào total populaçào total
85 50
82 20
79 10
- - 76 1~.3
jI L-J
Fonte IBGE - Ceoso Demogrànco 2000
% da populaçào % da populaçào
cat61ica na rural na
populaçào total populaçào total
• 85
78
75
35
D Cl
~76 ~l
Capfulo 1 • Os cat61icos
29
% da populaçào catolica
na populaçào total
-90
88
77
J 64
1
% da populaçào rural
na populaçào total
57
26
1] 12
['4
-80
-74 .60 30
67
D
Fonte: !BGE - Censo Demogrâfico 2000
c: 59
Capiulo 1 • Os cat6/icos
31
% da populaçao catôlica
na populaçào total
-85
r-69
78
% da populaçao rural
na populaçao lotal
-50 30
Figura 1.27
Religiào Cat61ica Apost61ica Brasileira
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10000
- 2000
, r 00
Figura 1.28
Religiào Cat61ica Ortodoxa
Numero de pessoas
Capîu/o 1 • Os cat6licos
33
Capitula 2
A diversificaçao religiosa
o processo de colonizaçao do Brasil, baseado na desse indice permite avaliar as mudanças crono-espaci-
convivência de brancos, indios e negros, fez com que hou- ais da diversificaçao religiosa no Brasil, 0 que significa a
vesse, desde 0 periodo colonial, uma certa diversidade perda de influência relativa da Igreja Cat6lica,
de religi6es praticadas no pais. Porém, as religi6es dos Assim, em 1980 (Fig. 2,01), 0 pais era maciçamente
indios e dos negros e, mais tarde, 0 protestantismo dos cat6lico e a maior parte do territ6rio apresentava uma au-
imigrantes alemaes no Rio Grande do Sul e no Espirito sência total de diversidade. Observa-se aqui e ali algu-
Santo, bem como as religi6es orientais dos imigrantes ja- mas exceç6es a esta regra, A mais notavel diz respeito a
poneses em Sao Paulo, representavam pouco em termos Rondônia onde os evangélicos representavam 17,2% da
de populaçao, nesse pais que se dizia 0 maior pais cat6lico populaçao, sendo 7,7% de evangélicos de missao e 9,5%
do mundo. de pentecostais, numeros bem mais elevados do que a
Até os anos 1980, 0 perfil religioso da populaçao bra- média nacional. Observa-se wn fenômeno do mesmo tipo,
sileira pouco se altera: a religiao cat6lica mantém a sua su- ainda que atenuado, no Acre, Amazonas, Para, Amapa e
premacia herdada da época colonial. Entre 1970 e 1980, ne- Mato Grosso, Assim, a Amazônia aparece como uma das
nhuma mudança significativa aparece nos recenseamen- regi6es precoces da diversificaçao religiosa, marcada pela
tos (Tab.1). Pode-se notar, no maximo, a duplicaçao do nu- presença dos pentecostais,
mero de pessoas que se declaram sem religiao, que passa Pode-se identificar, ainda, areas de diversificaçao
de 0,8% a 1,6%, mas isso é tao pouco expressivo que se religiosa no interior dos estados do Espîrito Santo e Rio
poderia perguntar se naD se trataria de wna flutuaçao ale- de Janeiro. Ao contrario do que acontece na Amazônia, os
at6ria. grupos religiosos responsaveis por essa diversificaçâo nâo
No entanto, entre 1980 e 1991, a supremacia cat6li- sâo, neste caso, os pentecostais, mas sim os evangélicos
ca começa a sofrer fissuras. Nesse periodo, os cat6licos de missâo, que apresentam 10,8% no Espîrito Santo, e 4,5%
perdem 5,7 pontos percentuais, enquanto os evangélicos no Rio de Janeiro, Sabe-se que, no casa capixaba, se trata
awnentam 2,4 pontos e os sem religiao apresentam um de espaços ocupados por colonos de origem alema e de
crescimento relativamente alto, de 3,1 pontos, 0 recense- religiâo evangélica de missâo. Essa obervaçâo yale tam-
amento demografico de 2000 nao apenas confirma a ten- bém para varias regi6es dos estados da Regiâo Sul: Toledo,
dência observada ao longo da década anterior (1980-1991), no Parana (13% de evangélicos de missâo e 4,7% de
mas sobretudo revela a sua aceleraçao: os cat6licos per- pentecostais); Joinville, em Santa Catarina (17,4% e 4,2%),
dem 9,4 pontos percentuais e representam agora 73,9%, Ijuî (23,4% e 4,6%) e Gramado(25,5% e 1,5%), no Rio Gran-
ou seja, cerca de três quartos da populaçâo do pais. Ao de do Sul.
contrario, os evangélicos crescem 6,6 pontos, sendo os Em resumo, 0 mapa do indice de entropia em 1980
pentecostais 0 principal motor desta transformaçao. Ja os mostra que a diversidade religiosa, antes das grandes mu-
sem religiao registram um aumento de 2,7 pontos, danças que se darâo nas duas décadas seguintes, dizia
Assim, 0 periodo de 1980 a 2000 se caracteriza por respeito apenas a algumas regi6es do Brasil e estava liga-
um amplo movimento de diversificaçao religiosa, ligado da à colonizaçao alemâ do século XIX (evangélicos de
à reduçào do numero de cat6licos (-15,1 pontos missâo no Sudeste e Sul) e à expansâo das frentes pionei-
percentuais), a um forte aumento do numero de evangé- ras na Amazônia (evangélicos pentecostais em Rondônia),
licos (+9 pontos), principalmente dos pentecostais, e a wn o indice de diversidade calculado com os da dos
expressivo crescimento das pessoas sem religiao (+5,8 do recenseamento de 1991 mostra que a evoluçao da di-
pontos). Para avaliar a diversidade religiosa, a entropia versificaçao religiosa observa da no pais se relaciona, so-
se mostra um îndice bastante eficaz. A fim de calcula-la bretudo, às regi6es onde ela ja ocorria antes, principal-
para cada uma das microrregi6es do pais, com os dados mente na Amazônia (Fig,2.02). Verifica-se, entretanto, um
dos recenseamentos de 1980, 1991 e 2000, a populaçao foi fenômeno de contâgio em direçâo a espaços limitrofes até
reparhda em quatro grandes grupos: cat6licos, evangéli- entâo pouco afetados por esse processo, como Goias e
cos de missao, evangélicos pentecostais e sem religiao. Tocantins, ou 0 sul da Bahia, na fronteira com 0 Espirito
Esses agrupamentos tiveram que ser realizados em fun- Santo, Esse modo de difusâo, no quai a proximidade de-
çao das diferenças na nomenclatura utilizada pelo IBGE sempenha um grande papel, nâo é de surpreender, uma
nesses três recenseamentos. A série de mapas resultante vez que as religi6es evangélicas têm como vetor pregado-
Tabela 1
Populaçao Total e Grupos Religiosos no Brasil
Anos Populaçao Total Catôlicos Evangélicos Evangélicos 1 Evangélicos Outras Sem religiao
de Missao Pentecostais 1 Total Religi6es
i
1970 93470306 85775047 -- -- 1 4833106 1
2157229 704924
91,8 1 5,2 2,5 0,8
Figura 2.01
Valor do indice
-16
Figura 2.02
Valor do indice
Figura 2.03
Valor do indice
-'6
12
Capitula 3
Os evangélicos pentecostais
o crescimento dos evangélicos pentecostais se cons- Gerais, em toma de Govemador Valadares e de Belo Ho-
titui no principal fator da diversificaçao religiosa que vern rizonte, e ainda 0 litoral e a zona da mata de Pemambuco.
ocorrendo no Brasil, a partir dos anos 1980. Esta tendência No entanto a maior parte da Regiâo Nordeste e do estado
tem a sua visibilidade aumentada pela natureza do de Minas Gerais continuam pouco afetadas por esse fe-
praselitismo religioso dos pentecostais e pelo tipo de pu- nômeno, onde 0 catolicismo mantém a sua supremacia.
blicidade feita por essas igrejas. Este fato tem sido motivo Apesar do crescimento dos pentecostais observado em
de preocupaçao de parcela da populaçao do pais que vê, grande parte do pais, nota-se uma perda relativa do seu
no crescimento dos pentecostais, uma forma de desvio em peso, no periodo de 1991 a 2000, em algumas micrarregioes
relaçao ao ethos cat6lico, na formaçao da cultura brasileira. de Rondônia, Paranâ, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
o nCunero de pessoas que declaram pertencer a uma No entanto, ao longo dessa década, a expansao do
das religi6es do grupo pentecostal encontra-se em cons- pentecostalismo tomou a forma de uma grande onda que
tante aumento no Brasil: 3,9 milhoes em 1980, 8,8 milh6es ocorreu nos espaços mais dinâmicos do pais, tanto do
em 1991 e 18 milhoes em 2000. Como se vê, a populaçao ponto de vista econômico, quanto dos movimentos mi-
pentecostal mais do que dobra a cada década. A taxa de grat6rios.
variaçao média anual dos pentecostais observada de 1991 Além da expansao territorial dos pentecostais, deve-
a 2000 cresce 8,3%, enquanto a populaçao total aumenta se registrar ainda 0 esforço que tem sido feito pelos evan-
apenas 2%, durante esse mesmo periodo. Corrigindo-se 0 gélicos corn 0 objetivo de se afirmarem na vida politica bra-
crescimento dos pentecostais pela taxa de variaçao da po- sileira. 0 melhor exemplo disso encontra-se no desempe-
pulaçao total, obtém-se um saldo liquido no valor conside- 000 de Anthony Garotinho, do Partido Socialista Brasilei-
féivel de mais 7,8 milhoes de habitantes. ra, que obteve 17,9% dos votos vâlidos no primeiro tumo
Assim coma acontece corn a populaçao cat6lica, a da eleiçao presidencial de 2002. Garotinho representa, de
localizaçao dos pentecostais em 2000 corresponde à da fato, um fenômeno politico importante, na medida em que
populaçao total (Figs. 3.01 e 8.01). Desse modo, as concretiza, de maneira exemplar, a tentativa dos pen-
microrregioes de Sao Paulo e do Rio de Janeiro sao as tecostais de conquistar a presidência da Republica.
que apresentam os maiores contingentes de pentecostais, Naturalmente, hâ muito sao conhecidas as ligaç6es
corn 1,7 milhoes e 1,6 milhoes de fiéis, respectivamente. da bancada de parlamentares evangélicos do Congresso
Seguem-se em importância, pelo numero de adeptos, Nacional corn as igrejas pentecostais. Mas a eleiçao de um
Belo Horizonte, que registra cerca de 600000, e Curitiba presidente da Republica, marcadamente evangélico, coma
e Recife, corn apraximadamente 400 000 pessoas. parte de uma estratégia de poder politico das igrejas
Mas além da sua importância nas regi6es urbanas, pentecostais, nao deixa de ser um projeto ambicioso. Como
as igrejas pentecostais estâo particularmente presentes nas se sabe, Garotinho é presbiteriano e, portanto, nâo é pro-
Regi6es Norte e Centro-Oeste. 0 mapa corn as porcenta- testante pentecostal. No entanto, ele soube utilizar corn
gens de seus fiéis em 2000 (Fig.3.02) e 0 da evoluçao dessa habilidade a palavra evangélica para atrair à sua candida-
porcentagem entre 1991 e 2000 (Fig. 3.03) mostram uma tura uma grande parte do eleitorado pentecostal, 0 que
configuraçao espadal semelhante, destacando a ligaçao que representa miJ.h6es de eleitores.
parece existir entre 0 crescimento dos pentecostais e os mo- Sem chegar a dizer que todos os pentecostais vota-
vimentos migrat6rios para essas regi6es do pais. Esses dois ram em Garotinho, observa-se, no entanto, uma enorme
mapas se assemelham também corn os da diversificaçao semelhança entre 0 mapa das votaçoes do candidato evan-
religiosa apresentados no Capitulo 2 (Figs. 2.01, 2.02 e 2.03), gélico e 0 da porcentagem de pentecostais na populaçao
o que vern confirmar a importância dessas igrejas na mu- total (Figs. 3.04 e 3.02). Assim, é principalmente nas Regi-
dança social nas regi6es de frentes pioneiras. oes Norte e Centro-Oeste que a boa implantaçâo pen tecostal
o crescimento pentecostal nâo se limita, no entan- se traduz numa votaçao expressiva em Garotinho, acima
to, às Regioes Norte e Centra-Oeste. Ele diz respeito tam- da sua média nacional. Observa-se, ainda, um fenômeno
bém a diferentes âreas do pais, coma 0 estado de Sao Pau- da mesma natureza no litoral de Pemambuco e também
lo, do Rio de Janeiro, principalmente a sua regiao metro- nos limites de Minas Gerais corn 0 Espirito Santo, e no
politana, a metade-norte do Paranâ até Curitiba, Minas Paranâ, na fronteira corn Sao PaLùo. Em contrapartida, no
Figura 3.01
Numero de pessoas
/ J 700 000
800 000
-400 000
100 000
, la 000
Figura 3.02
% na populaçào total
16,5
12,5
Figura 3.03
Evoluçao da %
na populaçao total
%2000 - % 1991
• 7
5,5
3,5
[]
1,5
0 0
Cl
Fonle: IBGE - Censos DemogràfJcos 1991 e 2000
-20
Figura 3.05
Eleiçao Presidencial de 2002
Anthony Garotinho
% dos votos validas
62,7
• . •
•
• ••
· ..
• •
·•.
o 31,9
% pentecostais na populaçao total
fOllle laGE - Censo Dcmog.ràflco 2000, TSE - 2002
Figura 3.06
EVANGÉLlCOS PENTECOSTAIS
Desvio em relaçao ao perfil socioeconômico brasileiro
% da média brasileira de cada categoria
Situaçiio do domicilio
Urbano
Rural
Sexo
Masculino
-
-
Feminino
Grupo de idade
até 5ln?~
16- 20
21 - 30
31 - 40
41 - 60
61 e mais
Raça o~ra~g~
-
Natureza da ùltima uniiio
Preta
Amarela
Parda
Indigena
-
Renda total (salarios minimos\
menos de i
1
2
3
~--lB
11 - 20
21 e mais
~ 1 1
1 1 1
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 %
Média
Brasil2000
Figura 3.07
Religi6es Evangélicas Pentecostais
Regiào Metropolitana de Belém
% na populaçào total
18
-165
D'
DIO
Figura 3.08
% na populaçào
total
% na populaçào toral
-12 Il
12
Figura 3.10
Religioes Evangélicas Pentecostais
Regiao Metropolitana de Recife
°12
15
!:J
Figura 3.12
Religi6es Evangélicas Pentecostais
% na populaçào total
Regiào Metropolitana de Vit6ria
11
% na populaçào total
23
20
14
CIO
~
Fome: tBGE - Censo Demognifico 2000
Figura 3.13
Religi6es Evangélicas Pentecostais
Regiào Metropolitana do Rio de Janeiro
% na populaçâo total
-17
OJ4
21
1~8
Figura 3.14
Religi6es Evangélicas Pentecostais
Regi6es Metropolitanas de
Sào Paulo e Santos
% na populaçào total
Figura 3.15
Religi5es Evangélicas Pentecostais
Regiilo Metropolitana de Belo Horizonte
% na populaçào total
-10
-l4
1 ~
L
% na populaçào total
% na populaçào total
l4,1
-14,5
-l2,9
°97
D'
[JIl
9
0
Fonte: !BGE - Censo Demogràfico 2000
Figura 3.18
Religioes Evangélicas Pentecostais
Regiao Metropolitana de Curitiba
% na populaçào total
•
• 30
22
16
0
DIO
rvmr. IIIGL· (~1150 UtllXli;.lif!j\:u ~1Xl.l
Figura 3.19
% na populaçào total
Figura 3.20
Religi6es Evangélicas Pentecostais
RIDE de Brasilia
% na populaçào total
• 17,5
14,5
F8 Il
Figura 3.21
Religi6es Evangélicas Pentecostais
Regiao Metropolitana do Yale do Aço (Minas Gerais)
% na populaçâo total
20
17
14
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1
•
0
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Numero de pessoas
760000
500000
( 200000
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, 1000
Figura 3.23
Religiao Evangélica Pentecostal
Assembléia de Deus
% no numero total
dos pentecostais
-so
65
°35
50
C
FOnll: 1BOE - Censo Oemografico 2000
Figura 3.24
Evoluçào da %
na populaçào total
%2000 - %1991
-106
5,6
0 2,6
0[,6
0°,6
Fonte· IBGE • Censos Demograficos 1991 e 2000
Figura 3.25
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Numero de pessoas
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0 6
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100
Figura 3.26
Religiao Evangélica Pentecostal
Congregaçao Crista do Brasil
Numero de pessoas
~ 350 000
--200 000
100 000
- 25 000
-1 000
Figura 3.27
Religiao Evangélica Pentecostal
Congregaçao Cristà do Brasil
% no numero total
dos pentecostais
-35
Figura 3.28
S~-Dl r:;
/ ,
% na populaçào total
.8,5
6,5
5
L_3,5
_1 Fonte IBGE - Censa Demogrànca 2000
Figura 3.29
'\ Religiào Evangélica Pentecostal
/ \
Igreja Universal do Reino de Deus
'-V·"".
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.-
Nùmero de pessoas
,.350000
200000
- 100000
-20000
'1000
Figura 3.30
Religiào Evangélica Pentecostal
Igreja Universal do Reino de Deus
Estado do Rio de Janeiro
% na popuJaçào total
2,5
•
CI,S
1
2
0,8
Figura 3.31
Religiào Evangélica Pentecostal
Igreja Universal do Reino de Deus
% no numero total
dos pentecostais
18
10
5
0,,8
Evoluçao da %
na populaçao total
%2000 - %1991
• 1,5
[- Ausência de informaçào
Fonte: IBGE . Ccn,Os Demo ni1icos 1991 e 2000
Figura 3.33
Rede Record
alvildor
Figura 3.34
Religiao Evangélica Pentecostal
Evangelho Quadrangular
Numero de pessoas
1"0(100
~
100000
5IJO("l
10000
, 100
Figura 3.35
Religiao Evangélica Pentecostal
Evangelho Quadrangular
% no numero total
dos pentecostais
25
15
5
1
-2
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Figura 3.36
Religiào Evangélica Pentecostal
Deus éAmor
Nùmero de pessoas
77 000
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50000
_.
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-5000
~ 100
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Figura 3.37
Religiao Evangélica Pentecostal
Deus é Amor
% no nùmero total
dos pentecostais
Figura 3.38
Figura 3.39
Nùmero de pessoas
1 ••00
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Nùmero de pessoas
Figura 3.40
Nùmero de pessoas
17000
10000
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100
Figura 3.42
Numero de pessoas
Religiào Evangélica Pentecostal
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Religiào Evangélica Pentecostal
Igreja do Nazareno
Figura 3,47
Religiào Evangélica Pentecostal
Cadeia da Prece
Numero de pessoas
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Numero de pessoas
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Capîtulo 4
Os evangélicos de missao
Evangélico de missao é 0 novo nome dado aos evan- muito mais, coma em Santa Teresa, no Espirito Santo;
gélicos tradicionais ou protestantes tradicionais pela no- Blumenau, em Santa Catarina; e Ijui, Lajeado e Gramado,
menclatura utilizada pelo IEGE para 0 recenseamento de no Rio Grande do Sul.
2000. Por ocasiao da divulgaçao dos resultados prelimi- A esses nucleos hist6ricos do protestantismo no
nares do Censo, em maio de 2002 1,0 nLimero de evangéli- Brasil se acrescentam dois espaços de forte implantaçao
cos de missao era estimado em 8,5 mjJhoes, ou seja, 5% da mais recente: a microrregiao de Cacoal, em Rondônia, e
populaçao total do pais em 2000. No entanto, corn base a de Japurâ, no noroeste do Amazonas. Aliâs, é no Ama-
nos dados definitivos, liberados em dezembro de 2002, as zonas que se nota 0 maior crescimento dos evangélicos
nove igrejas protestantes tradicionais identificadas no re- de missao no Brasil (Fig. 4.03). Chama atençao ainda a
censeamento totalizam 6,9 milhoes de pessoas, isto é, 4,1 % expansao dos protestantes tradicionais nas frentes pio-
dos brasileiros. A diferença em toma de 1,5 milhoes de neiras da Regiao Centro-Oeste. Jâ as comunidades pro-
habitantes deve-se a uma categoria do Censo, "Evangéli- testantes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul cres-
ca nao determinada", que se imaginava, nao sendo seus cern pou co, ou chegam mesmo a diminuir em termos
membros claramente definidos coma pentecostais, serem relativos.
evangélicos de missao (Tab. 3).
Qualquer que seja a populaçao de referència, 8,5 o perfil demogrâfico e socioeconômico dos
milhoes ou 6,9 milhoes, a proporçao dos evangélicos tra- evangélicos de missao
dicionais na populaçao total se mantém estâvel em rela-
çao aos outros grupos religiosos, no periodo de 1991 a 2000, o perfil demogrâfico e socioeconômico dos evan-
uma vez que 0 seu aumento é de 1 a 2 pontos percentuais, gélicos de missao apresenta grandes desvios em relaçao à
dependendo do nLimero que for considerado. Assim, a ten- média brasileira (entre -60% e +60%), 0 que é normal, jâ
dència à reduçao dos evangélicos tradicionais, verificada que esse grupo religioso corresponde a apenas 5% da po-
no periodo de 1980 a 1991 (-0,4 pontos percentuais), foi pulaçao do pais (Fig. 4.04).
revertida na década seguinte (Tab. 1). Os mapas apresen- Do ponto de vista demogrâfico, os protestantes tra-
tados aqui fazem referència às nove igrejas protestantes dicionais habitam mais as zonas urbanas do que as ru-
tradicionais clara mente definidas. rais, congregam mais mulheres do que homens, e mais
A distribuiçao da populaçao evangélica de missao adultos e idosos do que jovens. Além disso, observa-se
nao corresponde exatamente à repartiçao da populaçao que seus fiéis sao, sobretudo, brancos e indigenas. No casa
total no pais (Figs. 4.01 e 8.01). É bem verdade que este da populaçao branca, isto se relaciona às imigraçoes de
grupo religioso estâ presente em todo 0 territ6rio nacio- alemaes, do século XIX, e no que se refere às populaçoes
nal, mas corn diferenças significativas em relaçao à locali- indigenas, é 0 resultado da açao de missionârios estran-
zaçao da populaçao brasileira. Naturalmente, quanta ao geiros nas ûltimas décadas.
numero de fiéis, destacam-se as principais regioes urba- Quanto aos aspectos sociais, nota-se que os casa-
nas do pais: a cidade do Rio de Janeiro situa-se em pri- mentos dos protestantes tradicionais sao principalmente
meiro lugar, corn 706 000 pessoas, seguida por Sao Paulo, dos tipos "casamento civil e religioso" e "somente civil",
corn 384 000, e por Recife, corn 200 000. enquanto todas as outras formas de uniao se mostram in-
Porém, 0 peso dos evangélicos de missao no con- feriores ao perfil médio brasileiro. 0 nivel de educaçao
junto da populaçao nao acompanha a 16gica dos grandes dos evangélicos de missao é nitidamente superior ao da
centros urbanos (Fig. 4.02). Pode-se distinguir, entao, 5 nu- média nacional, uma vez que os seus membros estao bem
cleos principais de comunidades protestantes tradicionais representados no segundo grau, na graduaçao, no
situadas no interior dos estados. Os très principais estao mestrado e doutorado.
ligados ao processo de colonizaçao do pais: a regiao ser- No que diz respeito às atividades econômicas, os
rana do Espirito Santo, 0 nordeste de Santa Catarina e 0 protestantes tradicionais sao caracterizados por um forte
norte do Rio Grande do Sul. Em diversas microrregioes desvio positivo em relaçao à "administraçao e serviços
desses nucleos, a porcentagem de protestantes tradicio- publicos". Além do setor terciârio, eles sao também tra-
nais ultrapassa 12% da populaçao total e atinge, às vezes, balhadores por conta pr6pria e, sobretudo, empregado-
Figura 4.01
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Figura 4.02
% na populaçào total
12
Figura 4.03
Evoluçào da %
na populaçào total
%2000 - %1991
2,5
C[
-,
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Fonte IBGE - Censos DemogTàfJcos 1991 e 2000 l , Ausência de informaçao
Figura 4.04
EVANGÉLlCOS DE MISSÂO
Desvio em relaçao ao perfil socioeconômico brasileiro
% da média brasileira de cada categoria
Situaçao do domicilio
Urbano
Rural
Sexo
Masculino
Feminino
Grupo de idade
alé 5 anos
6 - 15 -
-
16- 20
~1 : ~8
41 - 60
61 e mais
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Amarela
Parda
Indigena
Na~reza da ùltima uniac
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S6 cao~~6ndg~~~~kous~
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Antlgo pnmano
Fundamental ou pnmelro grau •
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AnnQQ ÇJinasio
Antigo classico, eien1lfiCo, etc.
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C?:'6s~~r~g
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Administraçâo, Servlços publieos
Servlços pessoals
Posici'\o na ocupacào -
Dorn~stleo com carfelra
Domestieo sem carteira
Empregado eom carteira
Empregado sem carteira
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Conla-propria
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Trabalha (remunerag~
-
-
Nao
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1
2
3
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11 - 20
21 e mais
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-60 -40 -20 o 20 40 60 %
Média
Brasil2000
Figura 4.05
Religi6es Evangélicas de Missao
Regi6es Metropolitanas de Florian6polis
e do Yale do Itajai
% na populaçào total
28
15
5
0 15
C'
Figura 4.06
Religi6es Evangélicas de Missào
Regiao Metropolitana de Porto Alegre
% na popuJaçào total
10
6
3
C'5
D'
Figura 4.07
Religi5es Evangélicas de Missào
Regiào Metropolitana do Rio de Janeiro
% na populaçoào talai
Figura 4.08
Religiôes Evangélicas de Missào
Regiôes Metropolitanas de Sào Paulo,
Santos e Campinas
% na populaçiio total
3,1
CJ 2,3
0
CI 1,5
Figura 4.09
Religi6es Evangélicas de Missào
Regiào Metropolitana de Vitoria
% na populaçào lolal
9,5
8,5
7,5
Figura 4.10
Religi6es Evangélicas de Missào
Regiào Metropolitana de Belo Horizonte
% na populaçâo total
-6,5
5
0 2
,5
U 1
,5
Figura 4.11
Religioes Evangélicas de Missào
Regiào Metropolitana de Fortaleza
% na populaçào
Figura 4.12
total
Religioes Evangélicas de Missào
Regiào Metropolitana de Natal
0 1
,2
~1o,6
L.-
% na populaçào total
Figura 4.13
Religioes Evangélicas de Missào 3
Regiào Metropolitana de Curitiba
2
~J
% na populaçào total
3,5
0 2
,5
1
Figura 4.14
Religioes Evangélicas de Missao
Regiao Metropolitana do Yale do Aço (Minas Gerais)
% na populaçào total
-8,5
5,5
i
-35
Cl ':5
~
Fonte· 1BGE - Censo Demografico 2000
Figura 4.15
Religiàes Evangélicas de Missao
RIDE de Brasilia e
Regiao Metropolitana de Goiânia
% na populaçào lolal
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•
•
•
Nùmero de pessoas
f 480 000
250 000
r- 100 000
1 r - 25 000
, 150
Figura 4.17
% na populaçào total
3,5
1
D
0°,5
Fonte: IBCE - Censo DemognifJco 2000
l , Ausência de informaçao
Figura 4.18
% na populaçào total
0 2
,5
1
~
Figura 4.19
70
Figura 4.20
Evoluçao da %
na populaçao total
%2000 - %1991
1
1 1 0,5
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1 1 Ausência de informaçào
).
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Numero de pessoas
90000
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~ 100
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Evoluçào da %
na populaçào total
%2000 - %1991
1,2
0.8
0,5
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FOllle IBGE· Censos Delllogràficos 1991 e 2000 Ausência de informaçào
Figura 4.24
1
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Fonte IBGE - Censo Demogr;ilico 2000 (;/
Figura 4.26
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Atlas da FI[lQç . . e Indicadores ..
SOOQlS no Brasil
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Figura 4.27
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Figura 4.28
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Fonte: IBGE - Censo Demografico 2000
Figura 4.29
Religiao Evangélica de Missao
Luterana
Evoluçào da %
na populaçào total
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%2000 - %1991
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Religiào Evangélica de Missào
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na populaçao total
%2000 - %1991
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Religiào Evangélica de Missào
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Religiào Evangélica de Missào
Nùmero de pessoas
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Nùmero de pessoas
Figura 4.37
Religiào Evangélica de Missào
/' Exército da Salvaçào
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Nùmero de pessoas
Capîtulo 5
Outras religioes
Além dos principais grupos religiosos - cat6licos, duaçao, no mestrado e no doutorado. No que diz respeito
evangélicos pentecostais e evangélicos de missao - ou- às atividades econômicas, os espiritas se destacam pelo
tras religi6es sao praticadas no pais, cujo total representa trabalho no setor terciârio, mas naD nos "serviços pesso-
4,7 milh6es de fiéis, que, no entanto, nao chegam a 3% da ais". Na verdade, trata-se de "empregadores" que disp6em
populaçao brasileira (Tab.4). As religi6es judaica e mu- de rendimentos muito elevados, 0 que indica a sua pre-
çulmana, duas das confiss6es religiosas mais pra ticadas sença entre as camadas mais altas da sociedade.
no mundo, possuem poucos fiéis no Brasil, enquanto ou-
tras encontraram aqui um terreno favorâvel, coma 0 espi- As religioes afro-brasileiras
ritismo, fundado por Allan Kardec no século XIX, e as re-
ligi6es neocristas e afro-brasileiras. o recenseamento distingue duas religi6es afro-bra-
sileiras, 0 Candomblé e a Umbanda, e compreende tam-
Os espiritas bém a categoria "outras declaraç6es de religi6es afra-bra-
sileiras". Esses três grupos representam cerca de 500000
Os espiritas formam um grupo religioso importan- habitantes, dos quais 397000 pertencem à Umbanda.
te, uma vez que eles contam corn 2,2 milh6es de fiéis. Tra- o Rio de Janeiro, corn 113 000 adeptos, concentra 0
ta-se basicamente de espfritas kardecistas, cuja localiza- maior nûmera de membros da Umbanda do pais (Fig.
çao principal é 0 estado de Sao Paulo. Observa-se, nesse 5.03). Surpreende, no entanto, 0 fato de Porto Alegre ser 0
estado, uma grande concentraçao de espiritas na capital, segundo centra em importância dessa prâtica religiosa,
que reûne 340 000 pessoas, e em regi6es pr6ximas, como corn mais de 60 000 fiéis, e que a sua influência se estenda
Santos, Campinas e Sao José dos Campos. Além dessas ao sul do Rio Grande do Sul. Por fim, Sao Paulo situa-se
âreas, eles estao presentes também em microrregi6es mais em terceiro lugar, corn apenas 41000 membros.
distantes da capital, coma Ribeirao Preto, Sao José do Rio Jâ 0 Candomblé conta oficialmente corn 118 000
Preto e Franca (Fig. 5.01). adeptos, 0 que parece pouco, pelo menos em relaçao ao
Da mesma forma, no estado do Rio de Janeiro, eles peso que lhe é normalmente atribuido coma urn elemento
existem em maior nÛffiero na capital, que congrega 270000 importante da cultura brasileira. 0 Rio de Janeiro, corn
adeptos, e emmicrorregi6es do Vale do ParéUba Fluminense. 51 000 fiéis, se destaca no pais coma 0 principal centro do
Jâ em Minas Gerais, este grupo religioso é mais expressivo Candomblé, seguido por Sao Paulo e Salvador, que apre-
em Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro (em fun- sentam, no entanto, contingentes bem menos expressivos
çao da liderança de Chico Xavier, falecido recentemente), (Fig. 5.04).
mas também em Belo Horizonte. Cabe destacar ainda pelo Um outro aspecto que chama atençao é a quase
nÛffiero de fiéis, Brasilia, Goiânia, Salvador e Recife, além inexistência da Umbanda e do Candomblé no Nordeste.
de Porto Alegre e microrregi6es da metade-sul do Rio Gran- Pode-se imaginar que se trate de urna dificuldade das pes-
de do Sul, de Pelotas a Uruguaiana. soas recenseadas em declarar suas prâticas religiosas pa-
o perfil demogrâfico e socioeconômico dos espiri- ralelas, jâ que 0 Censo de 2000 abre esta possibilidade.
tas apresenta grandes desvios em relaçao à média brasi-
leira (entre -100% e +250%), 0 que é normal, jâ que esse Os neocristâos
grupo religioso corresponde a uma reduzida fraçao da po-
pulaçao do pais (Fig. 5.02). Do ponto de vista demogrâfico, o grupo dos neocristaos é composto pelas religi-
os espiritas habitam mais as zonas urbanas do que as ru- 6es Testemunhas de Jeovâ, Igreja de Jesus Cristo dos San-
rais, congregam mais mulheres do que homens e pessoas tos dos Ultimos Dias, mais conhecida como Mormons, e
corn mais de 31 anos, de cor branca. pela Legiao da Boa Vontade /Religiao de Deus.
Em relaçao aos aspectos sociais, nota-se que os ca- o perfil demogrâfico e socioeconômico dos
samentos dos espiritas saD principalmente do tipo "so- neocristaos apresenta grandes desvios (entre -80% e +100%)
mente civil" e 0 seu nivel de educaçao é nitidamente su- em relaçao à média brasileira (Fig. 5.05). Do ponto de vista
perior ao da média nacional, urna vez que os seus mem- demogrâfico, eles habitam mais as âreas urbanas do que as
bros estao bem representados no segundo grau, na gra- rurais, incluem mais mulheres do que homens e mais pes-
Tabela 4
Outras Religioes no Brasil - 2000
Religioes Populaçào
lslamismo 27233
Esotérica 58443
Espiritualista 25892
Indigena 17092
Total 4688354
Figura 5.01
Religiao Es pmta
' .
N"umero de pessoas
.• 140000
250000
- 80 000
- 20 000
"1 000
Figura 5.02
ESPIRITAS
Desvio em relaçao ao perfil socioeconômico brasileiro
% da média brasileira de cada categoria
Situaçao do domicilio
Urbano
Rural
Sexo
Masculino
Feminino
Grupo dEl idade
-
ate 5 anos
16: ~~
6
-J~~
--
21 - 30
31 -
41 - 6
48
61 e mais
Raça o~ra~~~
Preta
Amarela ~
Parda
Indigena
Na~reza da (Jltima uniac
asameg2,0c~~~~~~\i§igt~
S6 caü~~~ndg~~~~~~<il
Nunca viveu
Educaçao
Nenl1um
Alfabelizaçâo de adultos
Antigo primàrio
Fundamental ou pnmeiro grau
Médio ou sequndo grau
AnfiqQ ginasio
&fiE ~
Anligo clà§sico .. cienl.fiCo, etc.
Mes~~âgo6u ~g~t~~~g
Atividade
Agricultura
Indûslria, C'è'6s~~rÎig
~
ServLcos, Transportes
Administraçâo, Serviços publicQs
Servlços pessoals
~
Posiç~o na ocupaçao
Dof'nestico com tarfeira
Domèstico sem carteira
Empregado com carteira
Empregado sem carteira
Empreqildor
Conta-pi"opria
Trabalha (remunerag~
1
-
2
3
~
4-5
6- 1
11 - 2
8
21 e mais
1 1 1 1 1 1 1 , 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Figura 5.03
Religiao Umbandista
L 1"-. .
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j"",
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/ 1
\ NUmero de pessoas
el" ;114000
- 60 000
- JO ouo
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, 500
Figura 5.04
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Religiao Candomblecista
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"
Numero de pessoas
.51000
- 30 000
f:-- 15 000
H,- 3 000
~ 100
Figura 5.05
NEO CRISTÂS
Desvio em relaçao ao perfil socioeconômico brasileiro
% da média brasileira de cada categoria
Situaçao do domicilio
Urbano
Rura 1 --
--
Sexo
Masculino
Feminino
Grupo de idade
alé 5 anos
1 6: ~6
6
--
---
21 - 30
31 - 40
41 - 60
61 e mais
Raça o~ra~~~
Prela
Amarela
Parda
Indigena
-
Na~reza da ùltima uniac
asameg 6°c~~~~~~\~igj~~
S6 caÜ~rn~n~g~~~~~oJ~
Nunca viveu
Educacao
Nennum
Alfabelizaçao de adultos
Anligo primàrio
Fundamenlal ou pnmeiro grau
Médio ou sequndo grau
Anfiqq qinasio
Anligo clàssico,cienllfico, etc
Supenor, graduaçao
~
Meslrado ou ooulorado
Atividade
Agricultura
Indûslria, ConstruÇ<'io
Comércio
SeN~os, Transportes
Adminislraçao, seNiços publicqs
SeNlços pessoals
.
Posicao na ocupacao
Dom$slico cam tarfeira
Doméslico sem carteira
Empregado com carteira
Empregado sem carteira
Empregador
Conla-pr6pria
(
Trabalha (remunerag~
Nao
--
Renda total (salarios minimos)
menos de i
1
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3
4-5
6-10
11 - 20
21 e mais
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•
Numero de pessoas
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17">000
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Figura 5.07
Nûmero de pessoas
Figura 5.08
Religiao Legiao da Boa Vontade
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/' / Religiao de Deus
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Figura 5.09
RELlGIÔES ORIENTAIS
Desvio em relaçao ao perfil socioeconômico brasileiro
o/c0 d a me. d-la b rasi"1'
elra d e ca d a ca t egona
Situaçao do domicilio
Urbano
Rural
Sexo
Masculino
Feminino
Grupo de idade -
--
alé 5 anos
6 -15
16- 20
21 - 30
31 - 40
41 - 60
-
61 e mais
Raça o~ra~~~
Prela
~ 132
Amarela
Parda
Indigena
Natureza da ultima uniac
casame~6°ci;~~~~~lli8igt?i
86 caü~rn~ndg~~~g~usa'1
Nunca viveu il
Educacao
Nent\um
Alfabelizacào de adultos
Anligo primârio
Fundamenlal ou pnmeiro grau
Médio ou sequndo grau
-
~
AnfiqO qinasio
Anligo c1a~sico, cienllfiCo, etc
Supenor, graduacao
Mestrado ou aouloràdo
Atividade
Agricultura
Induslria, C<t~~~r~g 1-
~
ServLços, Transpor1es
Administraçào, Ser\(iços publicQs
Servlços pessoals
~
Posi~ao na ocu~a~ao
Bgm~;l:gg~2~ car1~:~~
Empregado cam car1eira
Empregado sem car1eira
Empreqildor
Conla-pfOpria §
Trabalha (remuneragfM
Nào
Renda total (salarios minimosl
menos de 1
1
~
4-5
6-10
11 - 20
21 e mais
~
1 1 1 1 1 1 1 1 1
-100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 %
Média
Brasil2000
Figura 5.10
(
Religiao Budista
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• 1
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20000
- 10000
, 000
, 100
Figura 5.11
Novas Religi6es Orientais
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1
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4 1
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Numero de pessoas
~
~27000
_6500
-2000
~ 100
Figura 5.12
JUDAISMO
Desvio em relaçao ao perfil socioeconômico brasileiro
% da média brasileira de cada categoria
Situaçâo do do!]]~g~~~
Rural
Sexo
-
Masculino
Feminino
Grupo de idade
ale ~6::nî~S
21 - 3
31 - 4
41 - 6 •
61 e mais
Raça ou Cor
Branca
Preta
Amarela
Parda
Indigena
iiI
Natureza da ultima uniâo
Casamenlo civil e religioso
S6 casamento civil
S6 cao~~6ndgri~~~~oJ~
Nunca viveu
Educacâo
Nennum
-
AlfabelizaçàQ de a.dullQS
Antlgo pnméno
Fundam~nlal ou pnmeiro gra.u
~
Medio ou sequndo grau
Anfiq9. ginaslo
Anligo cléSsico,.cienllfiCo. etc.
Supenor, graduaçao ~I;"'624
Mestrado ou aoutoràdo
/ ~1930
Atividade
Agricultura
Indûslria, C~~~~r~g
Se~~os, Transportes
Administraçào, Se"liços publicQs
Se~lços pessoals
- ""
Posic~o na ocupac~o
Do1'\1estlcocom tarfelra
Domèstico sem carteira
•
-
Empregado com carteira
Empregado sem carteira
Empreq;3dor , . 666
Conla-prOpna
Trabalha (remunerag~
Nao
Renda total (salarios minimosl
menos de f
1
2
~
3
4-5
6-10
11 - 20
21 e mais
~ ;"502
1 1 1 1 1 l ' 1 . 1 1)-1440
-150 -100 -50 0 50 100 150 200 250 300 %
Média
Brasil2000
Figura 5.13
MUÇULMANOS
Desvio em relaçao ao perfil socioeconômico brasileiro
% da média brasileira de cada categoria
Situaçao do doru~g~~~
Rural
Sexo
Masculino
Feminino
Grupo de idade
até 5 anos
6 - 15
16- 20
~
-
21 - 30
31 - 40
41 - 60
61 e mais
Raça 0§lr~g~
Preta
Amarela
Parda
Indigena
Natureza da ultima ~niao
CasameE6° ~~~~~~ti8igt?i
~
S6 caO~ffi'6n6g~~~g~usa~
Nunca viveu
Educaçao
Nennum
Alfabetizaçao de adultos
Antigo primârio
Fundamental ou pnmelro grau
~
Médio ou seQundo grau
AnfiQ9. ~inasio
Antigo clâ~Sico,cien1IfiCo, etc.
Mest~~~~o~u 'lfg&t~~~g /
t- 614
Atividade
Agricultura
Industria, C~nd'~~rÎig
ServLços, Transportes
Administraçao, Seryiços publicqs
Servlços pessoals
Posi~ao na ocugarRao
Bgm~;l:gg ~~~ c~rt~i~~
Empregado com carteira
Empregado sem carteira
EmpreQpdor ï- 806
-
Conta-propria
(remunerag~
-
Trabalha
-
Nao
Renda total (salarios minimosl
menas de 1
1
2
3
~--18
11 - 20
/
~337
21 e mais
1 1 1 1 1 1 1 ! 1 1 1 1 1 1 1 1
; - - 568
1 1 1 1 1
1 1
1 1
1 1
1 1 1 1 1 1
1
Figura 5.14
Religiao Judaica
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Figura 5.15
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Religiao lslâmica
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Numero de pessoas
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Figura 5.16
Tradiç6eslndigenas
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Capîtulo 6
Os "sem religiào"
o numera de pessoas que se declaram sem religiao significativos no interior da Bahia e, de maneira menos
encontra-se em constante crescimento no Brasil: 700000 acentuada, no oeste do Maranhao e no leste do Parâ. Esse
em 1970, 2 milhôes em 1980, 7 milhôes em 1991 e 12,5 fenômeno estâ presente também, embora em menores pro-
milhôes em 2000 (Tab. 1). Assim, 0 aumento observado porçôes, no interior de Sao Paulo e no extremo sul do Rio
entre 1991 e 2000 é excepcional, representando uma vari- Grande do Sul.
açao de 5,5 milhôes de habitantes. No entanto, se fosse Ainda que 0 aumento do numera de pessoas sem
corrigido pela taxa de crescimento demogrMico, 0 aumen- religiao ocorra em todo 0 territ6rio nacional, a distribui-
to dos "sem religiao" seria da ordem de 4,4 milhôes de çao das suas porcentagens (Fig. 6.02) apresenta grandes
pessoas, ou seja, menor do que 0 ocorrido entre 1991 e contrastes que lembram 0 mapa da diversidade religiosa
2000,0 que significa uma variaçao superior à taxa de cres- (Fig. 2.03). Assim, observa-se uma faixa continua corn ele-
cimenta demogrMico do pais. Em conseqüência, esta ca- vados percentuais, ao longo do litoral, desde 0 Rio Gran-
tegoria ocupa 0 terceiro lugar no Brasil, em relaçao às de- de do Norte até 0 Paranâ. 0 estado da Bahia, porém, apre-
claraçôes do Censo de 2000, situando-se ap6s os cat6licos senta proporçôes mais altas dos "sem religiao" em quase
e os evangélicos pentecostais. todo 0 seu territ6rio.
Uma tal evoluçao traz sérios prablemas de interpre- Esse fenômeno adquire ainda uma grande dimen-
taçao. Observamos de imediato que esse crescimento re- saD nas Regiôes Norte e Centro-Oeste. Observa-se, no en-
sulta, além do aumento do nu.mero de habitantes, de dois tanto, algumas diferenças em relaçao ao mapa da diversi-
movimentos opostos: de um lado, a inclusao nessa catego- dade, pois sobretudo a callia do rio Amazonas e 0 norte
ria de pessoas que abandonaram sua religiao e naD abraça- do Parâ apresentam proporçôes relativamente pequenas
ram uma nova; e de outra, a exclusao dessa categoria de de pessoas sem religiao, apesar de a diversidade ali ser
pessoas que se declararam sem religiao no recenseamento elevada. Isto sigrùfica que outras religiôes, como a Assem-
de 1991 e que, por ocasiao do Censo de 2000, havi am ado- bléia de Deus, a Batista e a Adventista, vêm tomando 0
tado uma nova confissao de fé. lnielizmente, naD é possi- lugar da Igreja Cat6lica. Jâ 0 sul do Piaui, boa parte do
vel avaliar a amplitude de cada um desses movimentos, Cearâ e da Paraiba, âreas com forte tradiçao cat6lica, pos-
através dos dados censitârios, uma vez que seria preciso suem reduzidas porcentagens de pessoas sem religiao.
seguir um grupo de indivîduos, através dos recenseamen- Este também é 0 casa de praticamente todo 0 estado de
tos, 0 que é proibido pelo carâter confidencial das informa- Minas Gerais, do sul do Paranâ, de Santa Catarina e do
çôes levantadas pelo Censo. norte do Rio Grande do Sul.
Além disso, pode-se pensar que 0 fato de um indi- Ao se analisar a diferença en tre os percen tuais de
viduo se declarar sem religiao nao significa, ipso facto, que 2000 e os de 1991, verifica-se que as porcentagens de pes-
ele seja ateu. Apesar dessa tendência, naD se deve desco- soas sem religiao cresceram principalmente em Rondônia,
nhecer também a religiosidade do povo brasileiro, no sen- Acre, Roraima, Parâ, Maranhao, Bahia e, em menores pro-
tido mais amplo do termo. Assim, sem duvida, uma fra- porçôes, na Regiao Centro-Oeste (Fig. 6.03). Em
çao importante das pessoas que se dizem sem religiao contrapartida, na maior parte da Regiao Sudeste, onde os
acredita em Deus, sem participar, no entanto, das institui- efetivos saD muito elevados, sobretudo no Rio de Janeiro
çôes religiosas e sem se sentir pertencendo a uma comu- e em Sao Paulo, a situaçao se manteve relativamente estâ-
nidade confessional. Nesse sentido, mais do que 0 cresci- vel desde 1991.
mento do ateismo, trata-se, ao que tudo indica, de um en-
fraquecimento das religiôes como instituiçôes. o perfil demogrâfico e socioeconômico
A localizaçao da populaçao sem religiao em 2000 das pessoas sem religiao
acompanha a dos principais centros urbanos do pais
(Figs. 6.01 e 8.01): 0 Rio de Janeiro aparece em primeiro As pessoas sem religiao residem sobretudo nas ci-
lugar, seguido por Sao Paulo, Salvador e Recife. Observa- dades e saD principalmente do sexo masculino (Fig. 6.04).
se, ainda, que as regiôes pr6ximas dessas grandes cida- Tra ta-se fundamentalmente de adolescentes (16 a 20
des apresentam também numeros expressivos de pessoas anos) e adultos jovens (21 a 30 anos), que abrangem to-
sem religiao. Nas outras capitais, porém, os efetivos se dos os grupos de "ra ça ou cor", com exceçao dos bran-
mostram mais fracos. Nota-se, entretanto, contingentes cos.
Figura 6.01
Numera de pessoas
1 800 000
~
IOOOOOO
400 000
- 120 000
~4 000
Figura 6.02
% na populaçào total
la
Figura 6.03
Evoluçào da %
na populaçào total
%2000 - % 1991
Figura 6.04
-
6
16: ~8
21 - 30
31 - 40
41 - 60
61 e mais
Raça ou Cor
-
Branca
Preta
Amarela
Parda
Indigena
Na~reza da ultima uniac
asame~60~~~~~~\i§ig~~
SÔ cao~rn6ndgri~~~~ous~
Nunca viveu
Educacao
Nenl'\um
Alfabetizaçào de adultos
IIntiqo prima rio
Fundamental ou prilneiro grau
Médio ou segundo grau
~
AnnqQ ginasio
Antigo clà,sico.cienllnCo, etc.
::;upenor. graduaçao
Mestrado ou aoutoràdo
Atividade
Agricultura
Indùstria. C(tos~~~~g
ServLços. Trans,pones
Administraçào. Serviços publicqs
Servlços pessoals -
Posicao na ocupacao
Dor'néstico
Doméstico
Empregado
Empregado
com tarfeira
sem caneira
com caneira
sem caneira
Empregpdor
Conta-propria
-
Trabalha (remunera~~
3
~ --
4-5
6-10
11 - 20
21 e mais
--
-60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 %
Média
Brasil2000
Figura 6.05
Pessoas sem Religiào
Regiào Metropolitana de Belém
Figura 6.06
Pessoas sem Rel igiào
% na populaçào total
Regiào Metropolitana de Salvador
7
-5.6
Figura 6.07
Pessoas sem Religiào
% na populaçào total
Regiào Metropolitana de Vitoria
-20 24
17
o
1 115
Fonte· IBGE - Censo DcmogrâfJco 2000
% na populaçào total
-\3
CIl
15
6
0
Fonte IBGE - Censo DemografJco 2000
% na populaçào total
24
20
CJlS
Il
1
Figura 6.09
Pessoas sem Religiào
Regioes Metropolitanas de Sào Paulo,
Santos e Campinas
% na populaçào total
Figura 6.10
Pessoas sem Religiao
Regiao Metropolitana de Macei6
% na populaçào total
17
.• 12
1 !8
C
Fonte IBGE - Censo DenlOgralico 2000
Figura 6.11
Pessoas sem Religiao
Regiao Metropolitana de Belo Horizonte
% na populaçào total
9,5
7,5
°25
4
D'
Figura 6.12
Pessoas sem Religiao
Regiao Metropolitana do Yale do Aço (Minas Gerais)
% na populaçào total
-13 10,5
Figura 6.13
Pessoas sem Religiao
Regiao Metropolitana de Porto Alegre
% na populaçào total
-12
% na populaçào total
6
-2,5
Figura 6.15
Pessoas sem Religiào
RIDE de Brasilia e
Regiào Metropolitana de Goiânia
% na populaçào total
Il
9,5
SJ4
L-
Capitulo 7
A sintese religiosa
Os capîtulos anteriores mostraram a forte tendên- A interpretaçao dessas classes baseia-se no grâfico,
cia à diversificaçao da filiaçao religiosa existente no Bra- calculado para cada religiao, que apresenta os seus desvi-
sil, nas duas ultimas décadas do século XX. Este fenôme- os em relaçao à média brasileira. Quanto maiores forem
no constitui, sem duvida, uma das principais mudanças os desvios, mais a classe se caracteriza pela presença ou
em curso na sociedade brasileira. Este Atlas procura en- ausência de tal ou quaI religiao, 0 que permite mostrar,
tao identificar os contornos geogrâficos dessas transfor- corn maior ou menor segurança, 0 seu significado.
maçoes sem, no entanto, pre tender esgotar 0 tema que
antropôlogos, sociôlogos, cientistas polîticos e teôlogos o territorio de resistência do catolicismo
nao deixarao de analisar, cada um corn suas preocupa-
çoes especîficas e seus métodos prôprios de pesquisa. A classe n° 51 agrupa 33,5 millioes de pessoas em
Apôs estudar corn detalhe a geografia das mudan- 213 microrregioes. Apesar de nao ser a classe que reune 0
ças na filiaçao religiosa no Brasil, no perîodo de 1991 a maior numero de habitantes, é a que diz respeito ao mai-
2000, pareceu-nos interessante estabelecer uma sîntese das or numero de microrregioes, ou seja, a quase 40% delas.
prâticas religiosas existentes no paîs, que permitisse fixar No perfil médio dessa classe, todas as religioes apresen-
as principais caracterîsticas do territôrio brasileiro do pon- tam um desvio negativo em relaçao à média, menos a re-
to de vista religioso. Além da proliferaçao de igrejas de ligiao catôlica (Fig.7.01). Pode-se considerar entao que a
orientaçoes muito diversas e de origens geogrâficas mui- principal caracterfstica da classe n° 5 seja a capacidade de
to diferentes, pode-se indagar se nao existem alguns gran- resistência da Igreja Catôlica às transformaçoes em curso
des recortes territoriais que delimitem geograficamente no campo religioso.
as transformaçoes em curso. No mapa de sîntese, reconhece-se 0 espaço descri-
Corn esse objetivo, a primeira dificuldade consiste to no primeiro capîtulo, que é abrangido por essa classe e
em classificar as 558 microrregioes do paîs, em funçao das compreende a maior parte do Nordeste (menos a meta-
proporçoes, mais ou menos acentuadas, dos catôlicos, de-oeste do Maranhao e 0 sudeste da Bahia), quase todo 0
evangélicos pentecostais, evangélicos de missao, outras estado de Minas Gerais (corn exceçao do Triângulo Mi-
religioes e dos "sem religiao" na populaçao total. Do pon- neiro e do leste do estado), a parte central de Santa
to de vista estatfstico, esse problema pode ser resolvido Catarina e as regioes prôximas do sul do Paranâ e do nor-
aplicando-se um algoritmo de classificaçao à tabela de cor- te do Rio Grande do Sul. Pode-se perguntar sobre as ra-
respondência, onde nas linhas constam as microrregioes zoes pelas quais esses territôrios resistem mais do que
e nas colunas as religioes. Na interseçao das linhas e colu- outros ao forte movimento de diversificaçao religiosa que
nas, tem-se 0 numero de pessoas que praticam a religiao vern afetando 0 paîs, desde 0 começo dos anos 1980. AI-
X, na regiao Y. A tabela realizada para se obter a sîntese gumas interpretaçoes podem ser aventadas ao se consi-
apresentada aqui compreende, assim, 23 denorninaçoes derar a geografia desses espaços.
religiosas diferentes, às quais se acrescenta a categoria dos Em relaçao ao Nordeste, pode-se afirmar que essa
"sem religiao". ârea de resistência do catolicismo inclui freqüentemente
A exposiçao que se segue mostra os resultados ob- espaços de reduzidas densidades de populaçao, sobretudo
tidos da aplicaçao, a essa tabela de dados, do algoritmo no sertao, onde hâ um forte controle social e polîtico, anti-
de classificaçao ascendente hierârquica, cujo objetivo é go e eficaz, por parte das oligarquias tradicionais. Mas para
obter classes homogêneas e, ao mesmo tempo, 0 mais di- se entender mellior a força da religiao catôlica, sobretudo
ferente possîvel uma das outras. Estas classes sao obtidas no interior dessa regiao, é preciso considerar também 0 peso
cortando-se a ârvore que resulta da hierarquizaçao das da religiosidade, das crenças populares, da tradiçao oral e
microrregioes, em funçao das religioes, de maneira a se a menor influência dos meios de comunicaçao na mudan-
obter um deterrninado nlimero de classes que nao seja nem ça de atitudes da sua populaçao. Além disso, a oferta de
muito pequeno, pois isso simplificaria muito a informa- outras religioes no Nordeste é menor do que nas demais
çao inicial, nem muito grande, pois 0 resultado se torna- âreas do paîs, uma vez que 0 esforço para a conversao dos
ria confuso e contrârio à idéia de sîntese que se pretende seus habitantes seria muito maior, tanto em relaçao à
aqui. Estabeleceram-se assim 6 classes que dao conta de imensidao dos espaços envolvidos, quanto às barreiras
55% da informaçao contida na tabela inicial de dados. impostas pelo controle social e polîtico ali existentes.
Nùmero de classes
[)4
J
"----·-I-·'---~--
-j
Capitula 8
Para complementar os mapas da filiaçao religiosa populaçao total, que permite relativizar 0 peso
no Brasil, é importante que se disponha de um conjunto demografico de cada municipio, distrito ou subdistrito
de informaçoes relativas à populaçao e à sociedade. e avaliar assim as concentraçoes demograficas.
Como se sabe, a filiaçao religiosa nao é somente uma
questao de posicionamento dos individuos na socieda- Taxa de urbanizaçao
de na quai eles vivem, mas também um elemento que
depende muito das estruturas demograficas e sociais das Este indicador resulta do item "situaçao do domi-
regioes onde se desenvolve a esfera religiosa. cilio" do questionario do Censo Demografico, que com-
Sem pretender abarcar a totalidade dos aspectos preende as modalidades "urbano" e "rural". A taxa de
demograficos e sociais, propoe-se aqui uma série de ma- urbanizaçao expressa 0 nûmero de pessoas por 100 ha-
pas, resultantes exclusivamente do Censo Demografico bitantes, cujo domicilia é situado na zona urbana. Con-
de 2000, que permite comparar 0 mapeamento da filiaçao vém lembrar que um Decreto-lei assinado por Getûlio
religiosa corn as principais estruturas territoriais engen- Vargas, em 1938, transformou todas as sedes municipais
dradas pela sociedade brasileira. De maneira a assegu- em cidades, independentemente de sua populaçao. Isto
rar a coerência do trabalho, os mapas foram realizados teve como resultado 0 crescimento artificial dos efetivos
para 0 conjunto do pais, por microrregioes geograficas, de populaçao urbana, apesar de a urbanizaçao ser uma
e para as principais regioes metropolitanas, por munici- tendência real no Brasil, cuja taxa atingiu 81 % em 2000.
pi os, distritos ou subdistritos. Se 0 Brasil adotasse os critérios da Organizaçao de Coo-
Desse modo, 0 leitor podera confrontar este ou peraçao e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ôrgao
aquele indicador relativo à populaçao ou à sociedade corn intemacional que considera uma zona urbana quando
os mapas da filiaçao religiosa, como em parte ja foi feito ela apresenta uma densidade de populaçao igual ou su-
nos capitulos anteriores. É preciso, no entanto, relativizar peri or a 150 habitantes por quilômetro quadrado, obte-
o peso de cada regiao, em funçao de sua populaçao, pois damos uma taxa de urbanizaçao em toma de 57% no
uma forte porcentagem nas Regioes Norte ou Centro- pais.
Oeste diz respeito a um nûmero de pessoas muito inferi- Apesar da elevada taxa de urbanizaçao registrada
or ao das conurbaçoes do Sudeste, uma vez que as em 2000, 0 mapa desse indicador apresenta importantes
disparidades do povoamento sao uma das caracteristi- contrastes no interior do territôrio nacional (Fig. 8.02).
cas principais do territôrio brasileiro (Fig. 8.01). Assim Observa-se inicialmente a elevada urbanizaçao do Su-
como a filiaçao religiosa foi mapeada para 0 Brasil, con- deste, onde as taxas situa rn-se, quase sem pre, acima de
sidera do em seu conjunto, e para as principais regiôes 72% da populaçao. De fato, encontram-se ali verdadei-
metropolitanas do pais, pareceu-nos importante também ras regioes urbanas gue cobrem a maior parte do territô-
cartografar os indicadores que compoem 0 Pedil rio, como é 0 casa dos estados de Sao Paulo e do Rio de
Socioeconômico Brasileiro Médio 2000, nesses dois ni- Janeiro, e em menor proporçao 0 de Minas Gerais. Da
veis de observaçao (Fig.Ol). mesma forma, no Sul do paîs, verificam-se também regi-
De fato, esse mapeamento permite uma melhor oes muito urbanizadas, porém em menores proporçoes,
compreensao de como se articulam os espaços urbanos abrangendo boa parte dos territôrios do Parana, Santa
corn 0 territôrio nacional, destacando-se certas Catarina e Rio Grande do Sul.
especificidades das grandes cidades do pais. Para cada A Regiao Centro-Oeste é também fortemente
regiao metropolitana dispoe-se entao de um microatlas urbanizada, ainda que uma boa parte do seu territôrio
demografico, social e econômico realizado corn base nos seja dedicada à atividade agrîcola. Trata-se, no entanto,
municipios, distritos ou subdistritos. Para a numeraçao de uma agricultura corn tecnologia modema que exige
dos mapas foi adotado um sistema alfanumérico, atri- pouca mao-de-obra, que freqüentemente reside nos dis-
buindo-se a cada regiao metropolitana uma letra (A para tritos urbanos.
Belém, B para Sao Luis, e assim sucessivamente, até P Além das areas urbanas do centro-sul do Brasil,
para Brasîlia), seguida de um nûmero de ordem (1, 2, até as microrregioes das capitais estaduais do Norte e Nor-
17). Como foi feito para 0 Brasil, 0 primeiro mapa é 0 da deste apresentam também os mais elevados indices de
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è' Fonte. lBGE - Censo Demogràflco 2000
Taxa de urbanizaçào
% da populaçào
corn residência urbana
85,4
72,4
59,6
LJ 46
LJ
Taxa de masculinidade
Numero de homens
par 100 mulheres
104
102
100
lJ 98
-96
Fonte (BGE - Censo Demogràlïco 2000
% na populaçào total
55,1
49,5
44,6
[--'39,8
% na populaçao total
50,9
47
43,4
1 : 397
D'
% na populaçào total
-102
,
8,7
7,2
D 54
D'
Figura 8.07
% na populaçao total
71,8
58,6
42,8
U 253
~'
% na populaçào corn
mais de 10 anos de idade
29,81
23,1
16,8
L ] 112
D'
% na populaçào corn
mais de 10 anos de idade
Figura 8.10
% na populaçao corn
mais de 10 anos de idade
-14,7
% na populaçào corn
mais de 10 anos de idade
15,9
12
Discrepâncias de educaçào
Numero de pessoas de
nivel basico para cada pessoa
de nivel superior
80
40
20
1 10
Discrepâncias de rendimentos
-162
30
20
DIO
n
Fonte· IBGE - Ccnso Dernogrâf,co 2000
Taxa de atividade
Trabalho remunerado na semana de referência do censo
% na popuJaçao corn
mais de 10 anos de idade
-485
-42'8
,
35,9
D 281
D'
Figura 8.15
Setor de atividade
Industria
% da populaçào que
tinha trabalho na semana
de referência do censo
-30
-25
Setor de atividade
Agricultura
% da populaçao que
tinha trabalho na semana
de referência do censo
28,5
CJ 147
D'
Posiçao na ocupaçao
Trabalhador doméstico
% da populaçao que
tinha trabalho na semana
de referência do censo
-11,8
8,7
7
D 52
0'
Setor de atividade
Transportes e serviços às empresas
% da populaçao que
tinha trabalho na semana
de referência do censo
18
Populaçào total
~ .vn 569
'(_:~94;~7
( ·11 :nx
20 km
Numero de homens
por 100 mulheres
% da populaçào
,---.
corn residência urbana
100
\00 95
o .85
75.4 49
70.1 46
40
-52 -13
50 5,9
47 _ 5,1
-1
Fonle IBGE - Censo Demogràflco 2000
-324 11,9
r-,17,4 Il,1
~134
L' 0 10 ,3
-33 40.7
-2', 32,3
LJ 1,5 L 235
L"
% da populaçào que
% da populaçào corn mais tinha trabalho na semana
de 10 anos de idade de referência do censo
40,8 24,2
C 39 ,5 18,6
_38.9 0 13 ,9
21,8
J2,9
~9 10,4
n
42,2 -70
-26,1 40
~113 -20
-=:J'
/ Populaçào total
/ ~J0028
20 km G (-76
~"-17
1~8
088
100
93
5 J,7
48,7
49,) -6.3
46,3 5.2
U :-l
Fonte: IBGE - Censo DemogràfJco 2000
% na populaçào % na populaçào
corn mais de JO corn mais de 10
anos de idade anos de idade
-'7,9
.----- 15,9
% na populaçào % na populaçào
com mais de 10 corn mais de 10
anos de idade anos de idade
4 -40
_2,5 [l30,5
LJ
Fonte: IBGE - Cen$O DemognjfJco 200C
% da populaçâo
% da populaçâo que tinha trabalho
corn malS de 10 anos na sema na de
de idade referência do censo
40,4 20,7
37 _]5
0 L
% da populaçâo % da populaçâo
que linha trabalho que tinha trabalho
na semana de na semana de
referência do censo referência do censo
-14,7
12
•U'0,8
_ 12,3
Numero de pessoas
corn mais de 10 anos
Numero de pessoas de de idade corn até um
nive) basico para salario minimo por
cada pessoa mês para cada pessoa
de nivel superior que recebe mais de 10
-112 60
0 55 ,1 30
Populaçào lotal
791210 \
~
494969
~ 21)HÛ lJ
~5 ('l)fl
4427
:?Okm
-90 ~ 103
80 ---lIDO
70 97
40 90
% na populaçào % na populaçào
total total
69,5 -49.6
64,9 -47,9
59,1 ,-- 46,1
54 ==44,5
% na populaçào % na populaçào
total total
-514 -IlS
-48:6 -7;
-45,6 6,6
°432 5,3
C-I ' ~
fonle (BGE - Censo DemognHico 2000
% na populaçào % na populaçào
com mais de 10 com mais de 10
anos de idade anos de idade
• 34,7
24,5
15,8
14,1
23,4 13,2
U 21 ,6
C l16
~'
% na populaçào % na populaçào
com mais de 10 com mais de 10
anos de idade anos de idade
-4,8
[
U
,1
12,2
I ,7
-'
-271
r
L
L'
1
21,3
18,7
165
%, da populaçào
% da populaçiio que linha lrabalho
com mais de 10 anos na semana de
de idade referência do censo
-42.1
- 37,3
_ 33,5
LJ 311
D'
% da populaçào % da populaçao
que tin ha trabalho que tinha (rabalho
na semana de na sema na de
referència do censo referência do censo
-207
-13:6
·~,7
-'6
Nûmero de pessoas
cam maiS de 10 anos
N ûmero de pessoas de de idade cam alé um
nivel bàsico para salaria minima par
cada pessoa mès para cada pessoa
de nivel superior que recebe mais de 10
-166,9 -ISO
-68,1 90
LJ 53,5 -70
32 ~25
1= 207
1-1 '
•
\
l
1
•
•
PopuJaçào total
•
,_ 244743
~
-155884
- 62 424
- 1C) 572
• 1 74)
2\1 km
95 ~IOO
60 °98
25 -95
[
71,3 -47,8
-57,2 44,3
_47 ~40,5
56,1 -11.8
-49.8
C 47 ,8 6,8
-30J 16,7
24,9 -14.6
°213
l_J ' 0 12 ,9
• 3,5 28,5
23,3
0 1,8 1-216
% da papulaçào que
% da populaçâo cam mais tinha trabalho na sema na
de 10 anas de idade de referêncla do ccnso
-44,1 -26
r 40 ,8 22
32.9 -16
-II'
-8:"
-]'1
1-"
r'-61.
65.6 -80
40,3 60
r_
1
236
'
-10
2
CJ
1 1 .)
Populaçào lotal
•
211\..m
105
. - 100
95
90
78 48,9
71 47,2
63,1 43.5
1 J 56,3 1
41
1
• 53,1
51,6
-10,4
8,3
~::::
7,1
~16,1
1
'9,3 20,5
% na populaçào % na populaçào
-'5,4 -17,6
corn mais de 10 corn mais de 10
12,6 16
anos de idade 0 ,4 anos de idade
0 9 ,4 , 1
14 ,3
.1
-1,7
0°,8
:=J 0,5
% na populaçào
corn mais de 10
anos de idade
-32,9
C
l26,2
36,4
29 ,3
% na populaçào
corn mais de 10
anos de idade
-201
% da populaçào % da populaçào
17,3 que tinha trabalho que tinha trabalho
15,3 na semana de --,9,9 na semana de
referência do censo ---J 7 5 referência do censo
UliS
[l' C'
• / ,-
•
" . 2U km
5 134
100
1
-9S
90
72,S SI,S
66,7 47,4
61,2 , J44,2
-SO,7 7,6
47 S,7
44,2 4,8
% na populaçào % na popuJaçào
corn mais de 10 corn mais de 10
anos de idade anos de idade
26,1 -162
-'5,7 14.7
D I05 LJ 12 ,1
D'
% na populaçào % na populaçào
corn mais de 10 corn mais de 10
anos de idade anos de idade
37,4
29
°257
=:J'
Fonte· lBGE - Censo DernograGco 2000
% da populaçào
% da populaçào que lInha Irabalho
com mais de 10 anos na sema na de
de idade referêncla do censo
-42,7
36,7
31,8
% da populaçào % da populaçào
que Imha trabalho que tinha trabalho
na semana de na semana de
referência do censO referência do censo
-15 -31.7
13 18,6
12 10 ,1
l-l 1
62,4
-140
0 31 ,5
80
1 18,6 _35
r- 7,8 L.....
. '
, .
Populaçào tOlal
,411 957
2)2865
(,4 1:')5
12036
% da populaçào Nùmero de
corn residência homens por 100
urbana mulheres
-99,9 104
-95 100
-91 U 96
85
n _90
% na populaçào % na populaçào
total total
85,6 46
-781 -41,8
65,9
r 35 ,3
-3t9
C'
% na populaçào % na popuJaçào
tolal lolal
55,6 -133
52,7 Il,6
-50,4 -71
-1 47 ,3 -1 4 '7
-:J'
Fonte: IBGE - Censo Demografico 2000
% na populaçào % na populaçào
corn mais de 10 corn mais de 10
anos de idade anos de idade
22,6 14,02
-'6,9 - 12,40
13 10,82
0" D 941
-l l D'
% na populaçào % na populaçào
corn mais de 10 corn mais de 10
anos de idade anos de idade
-2' 36,S
-':6
D 1,1
32.1
29
[ - 237
DO,9
n'
Fonte; IBGE Censo Demograflco 2000
')
/ % da populaçào
% da populaçàa que tinha rrabalho
°
com mais de 1 an as
de idade
na semana de
referencia do cens a
48,8 -29,4
45,4 21,1
17.3
r. .
~
139
,
20,5 -28
17,2 23,7
r 14 2
.
12,4
r 10,1
L S,4
Numero de pessoas
com mais de 10 anos
Numero de pessoas de de idade cam ale um
nivel bàsico para salario minimo por
cada pessoa mes para cada pessoa
de nivel superior que recebe mai~ de 10
89.1 -75
46,9 45
-15
C ~:': g5
Populaçào total
204916
V,
~-
119369
1t'594
'1271
% da populaçào Nùrnero de
corn residência homens por 100
urbana mulheres
-99,9 -'14,6
95 104
l ' 100
90
_80 C1 96
l '
% na populaçào % na populaçào
total total
-679 47,1
-60'4 43,6
-54:9 40
50 8 [376
_1 . L'
% na populaçào % na populaçào
total total
56.8 -9.6
52,1 _7,6
49.8 6
L 484 0 .3
C' 0 5 ,6
.46,8
34,8
28,4
LJ 232
D'
% na populaçào % na populaçao
corn mais de 10 corn mais de 10
anos de idade anos de idade
-1,4 28,9
1,1 21,3
0 0 ,7
C
17,4
0.4 l22
c- L'
Figura H3
Regiào Metropolitana de Vitoria
% da populaçào
% da populaçào que tinha trabalho
corn mais de 10 anos na semana de
de idade referência do censo
51,3 -27
-48,6
....... 45,9
l --1 443
-18,5 -15,4
14,6 -'3.2
10.7 11
U 67 °7,7
'_l'
54 -40
27,3 -30
20
110
2,9
Populaçao total
484362
t~iI3~~9
) 421
% da populaçao
corn residéncia urbana
95
-90
85
U;5
Nùmero de homens
por 100 mulheres
1.3 Taxa de masculinidade
C IOO
-95
90
_85
% na populaçao total
lA Populaçao de
cor nao branca 58,6
50
39,9
1 27 ,8
40.6
37.1
29
1 ,2
-571
-54:5
52,8
50,9
-25.9
-17,2
:-----J Il.6
-8.1
16,3
14,9
-136
] 12'3
LI'
-348
-28:4
_24,8
l 205
l'
% da populaçào que
1. 13 Setor de atividade linha trabalho na sema na
Industria de referência do censo
-25,2
21
U l6 ,5
11
L 1 ,9
-188
14
10,7
D8
rI
47,6
33.2
- 239
,.------- ,
10,1
C
·0
-50
% da populaçào
corn residência urbana
Populaçào total
r
1;'
115 -457
riOS -37:7
-
1--- 100 29,3
°95 20
1
% na populaçào total
42,S
37,9
32,8
J 266
:::J'
58,1
·549
52,8
°50,4
-15,8
Il,97
7,97
-40,5 14,4
-35,4 -126
~31 10,7
~. 126 ,2 e S,8
J.] 0
Natureza da ultima uniào J.ll Natureza da ultima uniào
S6 casamento religioso % na populaçào corn
Uniào consensual % na populaçào corn
mais de 10 anos de idade mais de 10 anos de idade
22,9
1,1 18,8
~0,8 _ 15.3
~0,5 1_ 12 . 1
L
·55,8
50,8
-48 34,1
46,6 26
n 42 ,6
C
1
J81
27,9 -239
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1 14,4
-38,2 -20
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. •
% da populaçào
Populaçào tOlal com residência urbana
• 301 577
- 183 329
- 94 258
r- 34566
. 3611
-95
-80 50
.-.)
• 25
o Ion
G
Numero de homens
por 100 mulheres % na populaçào total
105
LIDO
L 95 19,4
90
L 14 1
•
% na populaçào total
46
43,3
- 404
[136'[
U'
-
% na populaçào total
55,5
51,7
49.1
46,8
~
J
% na populaçào total
-14 Il,3
~7,5
n 59
.
_.
-387
-32'8
-324
14,1
r 26,6
l~
~212.
7.2
_.
mais de 10 anos de idade
-233
_18.5
L '5 8
.
r-- 12,5
% da populaçào que
% na popu laçào corn linha trabalho na sema na
mais de 10 anos de idade de referência do censo
-49,7
46,6
42,2 22,5
1~126,
L 135 ,6 ---,
26,1 -10,1
18,6 7,6
_1 6,4
. - - 3.4
34,3
-40
-30
U 261
U 12
'7
[l'
Fome IBGE - Censo Demograftco 2000
.
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% da popuJaçào
Populaçào tOlal corn residênc ia urbana
,.......' 41 ~ 470
-95
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1113 48~
90
( 3ï 7U
2 U64 80
1)
l--
){j ~JlI
1
-. - 65
Nûmero de homens
por 100 mulheres % na populaçào total
-106 -29,8
~_ 102 -11,9
-
- 100 7.3
°98 -= 3,9
43,7
41
36
% na populaçào total
L.7 Populaçào corn mais de
60 anos de idade 60)
54,7
~52,6
C 498
D'
% na populaçào lotal
.'
12,51
• 948
1 826
_~ 6,84
___ J
-
% na populaçào com % na populaçào corn
mais de 10 anos de idade mais de 10 anos de idade
-58,5
_ 8.5
51,8 6,2
U 45 ,3 . 3,8
39,1
1 J
-4,5
-33
1
2,5
1,7
% da populaçào que
% da populaçào com mais linha lrabalho na sema na
de 10 anos de idade de referência do censo
55,4 54
52.3 45
47,5 31
°40,7
°22
Cl
-15 15,1
10 7,9
-52
-<
1-.'
-.- 3.3
419,9
•
-25
35,00
- 255,2
76,2
28,6
-15
°5
l
Fonle: IAGF . Censo Demogràfico 2000
G
~
- 306093
(-107564
~ 4032
.-',
20l<m
-'
-95 119
80 104
1
100
J 96
30.9 52,2
-21,7 -40.5
)7,6
1 35.1
l_
56,7 -12,7
53,6 9,4
_ 51,9 -74
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- - 50 6
[J n
-428
-36:7
29,8
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D
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J'
25,4
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176,3 40
7',8 20
35,47 -'0
=---.J'77
~,
°5
o
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,
•
% da populaçào
com residência urbana
Populaçào total
~
• 1 372 I.Oï 95
601533
- J192X~ 85
110241
" 1 572 -65
°55
[
Nùmero de homens
pOf 100 mulheres % na populaçào total
110 73.2
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r 197
100 ~5J.6
c-
• J9 ,5
% da popu laçào
com residência urbana
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-43
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1_ 37
Nùmero ue homens
para 100 mulheres
53 -
51
50
n
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% na populaçào total
-'1
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-7 1
5
_.
mais de 10 anos de idade
-449
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mais de 10 anos de idade
-10,1
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~I~~:~ °45
6,7
1-----' '
17,9
-14,7
11,4
~8
1
% da populaçâo que
% da poplllaçào corn mais tinha trabalho na semana
de 10 anos de idade de referència do censo
47.9 34
44,8 3l
42,1 -2~
L 381 Un
l ' -l'
N.14 Setor de atividade H.15 Posiçao na ocupaçao
Transportes e serviços Trabalhador doméstico
às empresas
-14 -58.1
12 23,4
CIO 16.1
,8 0 11 •3
• •
..
,
Populaçào total
v' ,
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. '.!"l
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_...... ' .
-'.
% da populaçào Numero de
corn residência homens por 100
urbana mulheres
-95 105
80 ..-- 103
65 _100
U,O LJ 97
1-
% na popuJaçào % na populaçào
total total
72,1 -464
-63,8 -44:6
53,4 41,7
~36 L~
397
,
l'
% na populaçào % na populaçào
total total
53J -14,4
51,45 11,4
46.9 _9,5
c=J 45,1 .._ 7.1
% na poplIlaçao % na poplIlaçao
corn mais de 10 corn mais de 10
anos de idade anos de idade
47,2 8,6
43,3 7,3
-405 5,9
:1 '
[ ]36,9 °4
C
% na poplIlaçao % na poplIlaçao
corn mais de 10 corn mais de 10
anos de idade anos de idade
-2,6 12,7
2,1 JO,2
1 8,2
o
0°,5 C 61
"
Fonte IBGE - Censa Demagràfica 2000
% da populaçào
% da populaçào que linha trabalho
corn mais de 10 anos na semana de
de ldade referênela do eenso
54,! 32
39,4 26
34,2 20.
U 279 l 14
O' [J'
% da populaçào % da populaçào
que linha trabalho que linha trabalho
na semana de na semana de
referêneia do eenso referénela do eenso
-10 -II
7 8,7
Q7.8
~6,4
-452 -'00
320,4 _80,
83,7 70
L 459 0 20
CT' o
-95
_ 1093007
90 % da populaçào
G: 344039
- 93287
'2801
C
70
50
corn residência urbana
71,9
106 Numero de homens 57,9
o 100 por 100 mulheres 50,4
% na populaçào tOlal
l":1 94 L,38,7
% na populaçào total
=. 17.4
% na populaçào total
594 -
53:8 -
50.6 .
471 LJ
'0
% na populaçào total
-11,8
7,2
5,3
L 36
L _'
-143 15,1
- ;8'3 % na populaçao com 12.7 % na populaçao com
'mais de 10 anos de idadc mais de 10 anos de idade
233
-
1_' ]18'9
-91 27,1
-_ 6' % na populaçao com 22.4 % na populaçào com
mais de JO anos de idade mais de 10 anos de idade
4.3 17,8
1 125 LI 14.2
n'
53.5 -26,6
% da populaçâo que
-48,8
% da populaçào com mais 20
tinha trabalho na semana
1 ~] 44,4 de 10 anos de idade de referência do censo
38,3 _1 ::':
~'
1 ~
21,1 18,7
% da popu.laçào que 15,6 % da populaçâo que
16,3 linha lrabalho na semana linha lrabalho na semana
de referência do censo de referência do censo
5,4
-S09 -70
Numero de pessoas cam
• 1:7 Numero de pessoas de
-45 mais de 10 anos de idade
n 23 ,S nivel basico para cada pessoa
de nivel superior 0
30 com até um salaria
minima par mès para cada
IS,9 15
1 ] 7,1 D pessoa que recebe mais de 10
Conclusâo
Para concluir este Atlas, procurou-se caracterizar empresas e presença de aduJtos. Assim, as microrregioes
cada um dos territôrios identificados a partir da sintese em questâo possuem caracterîsticas que traduzem uma
religiosa no Brasil, com base nos indicadores demogrâficos certa modernidade e alguns aspectos tipicos de espaços ur-
e socioeconômicos. Assim, para cada classe territorial, fo- banos dinâmicos. As formas de casamento dos tipos "50-
ram representados os desvios de cada indicador mente civil" e "uniâo consensual" estâo de acordo com um
demogrâfico e socioeconômico em relaçâo à média brasi- dos traços marcantes deste espaço que é a porcentagem
leira (Fig. 9.01). A parte superior desta figura diz respeito acima da média brasileira de pessoas sem religiâo.
aos indicadores demogrâficos e socioeconômicos, enquanto Os espaços de fraqueza das igrejas tradicionais,
a parte inferior reproduz os desvios relativos às religioes. que incluem a classe n° 6, abrangem sobretudo 0 estado
Convém lembrar, no entanto, que ao se interpretar os grâ- de Sâo Paulo, parte do Paranâ, Triângulo Mineiro, Mato
ficos, uma precauçâo deve ser tomada: os desvios nâo ca- Grosso do Sul, sul de Goiâs e norte de Mato Grosso. Esta
racterizam a totalidade dos fiéis de cada um dos grupos classe possui caracteristicas demogrâficas e 50 ciais que
religiosos, como nos grâficos do mesmo tipo nos capitulos se aproximam da classe n° 1, apesar de 0 seu perfil religi-
sobre os catôlicos, os evangélicos pentecostais, os evangé- 050 apresentar uma proporçâo menor de pessoas sem re-
licos de missâo, etc., mas sim os territôrios onde este ou ligiâo. Tem-se aqui algumas das âreas mais dinâmicas do
aquele grupo religioso se destaca. Esses espaços sâo carac- pais, que se destacam por desvios positivos quanta ao
terizados primeiramente pelo seu perfil religioso, uma vez perfil médio brasileiro, em relaçâo à taxa de urbanizaçâo,
que foram as religioes que deram origem às classes, e em taxa de atividade, existência de indûstrias, transportes e
seguida pelo seu perfil demogrâfico e socioeconômico. Tra- serviços às empresas, bem coma à presença de adultos e
ta-se, de algum modo, de uma abordagem ecol6gica, ou seja, de trabalhadores domésticos.
mostra em que ambientes demogrâficos, sociais e econô- Os territorios de missionarios evangélicos, que
micos vêm se desenvolvendo as diferentes religioes. equivalem à classe n° 3, compreendem a Regiâo Norte, a
o territorio de resistência do catolicismo, que metade-oeste do Maranhâo, grande parte de Goiâs e de
equivale à classe n° 5, compreende, coma vimos, a Mato Grosso, além de uma faixa litorânea que se estende
maior parte do Nordeste, quase todo 0 estado de Minas do Cearâ ao Espirito Santo. Trata-se de espaços caracteri-
Gerais, 0 sul do Paranâ, a parte central de Santa Catarina zados pelo nûmero acentuado de jovens, de populaçao
e 0 norte do Rio Grande do Sul. Este territôrio se carac- de cor nao branca e por uma taxa de masculinidade mais
teriza por desvios relativamente fracos em relaçâo ao elevada do que a média brasileira. 0 casamento do tipo
pedil médio do Brasil. No entanto, algumas caracteris- "civil e religioso" nessas âreas é menas praticado do que
ticas sobressaem em relaçâo a esse pedil, como 0 casa- no restante do pais, enquanto as outras formas de uniâo
mento do tipo "somente religioso", as discrepâncias de situam-se acima da média, sobretudo a "Lmiâo consen-
rendimentos, as pessoas ocupadas na atividade agricola suaI".
e a existência de idosos. Isto resume bem as caracteristi- Os territorios luteranos, que correspondem à classe
cas do territôrio de resistência do catolicismo, que, na n° 2, englobam parte dos estados do Rio Grande do Sul,
verdade, abrange regioes tradicionais, e muitas vezes Santa Catarina e Espîrito Santo. Essas âreas apresentam,
pouco dinâmicas em termos demogrâficos e em relaçâo ao perfil médio brasileiro, caracteristicas de
socioeconômicos. De fato, todos os indicadores que ex- uma organizaçâo social bem sucedida, como se observa,
pressariam dinamismo apresentam desvios negativos em sobretudo, pelos bons niveis de educaçâo e pelas meno-
relaçâo à média brasileira, como taxa de atividade, taxa res desigualdades de rendimentos. Além disso, revelam
de urbanizaçâo, pessoas ocupadas em transportes e ser- um desvio positivo em relaçâo à taxa de atividade, e se
viços às empresas e a presença de adultos. constituem nos ûnicos territ6rios a revelarem um certo
o espaço de diversificaçao religiosa, que equilibrio entre as atividades agrîcolas e industriais. Tem-
corresponde à classe n° 1, engloba a maior parte do estado se aqui uma populaçâo mais velha, com predomînio de
do Rio de Janeiro e as cidades de Vitôria e Salvador. Esta adultos e idosos, essencialmente branca, que pratica 0 ca-
classe apresenta um nitido desvio positivo em relaçâo ao samento "civil e religioso". Nesses espaços, 0 trabalho
casamento "somente civil", "uniâo consensual", trabalho doméstico é menas utilizado do que nas demais âreas do
doméstico, taxa de urbanizaçâo, transportes e serviços às pais, encontrando-se abaixo da média brasileira.
Conclusâo
o que se observa, porém, é que 0 crescimento evan- res devem votar. Evidentemente, ta! atitude colide corn a
gélico resulta de um projeto religioso bem articulado, corn liberdade de consciência assegurada pela Constituiçao
divisào de atuaçào territorial entre eles. Este é 0 caso, por brasileira.
exemplo, do trabalho realizado pelos missionarios batis- Mas este nao é, porém, 0 unico paradoxo. Nas ulti-
tas na Amazôrua Ocidental (Acre, Amazonas e Roraima) mas décadas, por exemplo, a Igreja Cat6lica, que fez a
e pelos adventistas, na Amazônia Oriental (Para, Amapa "opçao preferencial pelos pobres", vê parte dessa mesma
e oeste do Maran..hao). Um bom exemplo dessa açào arti- populaçao engrossar os contingentes das igrejas evangé-
culada sào os percentuais acima da média brasileira de licas pentecostais 6 Em contrapartida, os pastores
indîgenas que se declararam evangélicos, no Censo de pentecostais, que apoiaram as candidaturas de centro-
2000. direita a presidente da Republica, vitoriosas em 1989, 1994
TaI projeto, nào se limita, porém, à Amazôrua. Ao se e 1998, cujos govemos adotaram polîticas econômicas que
analisar a situaçào do Nordeste, area de maior resistência agravaram a situaçao de exclusào social existente no paîs,
do catolicismo, percebe-se que os evangélicos, principa!- acabaram realimentando essa mesma exclusao que viti-
mente os pentecostais, atuam pelas bordas dessa regiao, ma exatamente a populaçao mais pobre que vern aderin-
procmando penetrar nesse tenit6rio através de quatro fren- do a essas igrejas.
tes diferentes: pelo oeste do Maran..hao, pelo litoral de Finalmente, ap6s 0 exame das mudanças ocorridas
Pemambuco, pelo sul da Bahia e pelo leste do Tocantins. no que diz respeito à filiaçào religiosa no Brasil, à identifi-
Além da Amazôrua e do Nordeste, identifica-se a caçao dos espaços de aumento ou de reduçao das diversas
formaçào de anéis evangélicos nas regioes metropolita- confissoes e à caracterizaçào demografica e socioeconômica
nas brasileiras, que parecem ter 0 prop6sito de, a partir dos principais grupos, a abordagem ecol6gica aqui adota-
das periferias das grandes cidades, atingir os municîpios da, apesar da contribuiçào que possa dar aos estudos da
centrais, que freqüentemente apresentam nîtido predo- religiào, nao é suficiente para explicar as transformaçoes
minio de ca t6licos. que vêm ocorrendo no campo religioso no pais nas duas
o piano de expansào dos evangélicos no Brasil, que ultimas décadas.
inicialmente tinha lUn carâter mais religioso do que poli- Assim, sera preciso avançar nos estudos sobre es-
tico, vai aos poucos adquirindo uma feiçao politico-reli- sas transformaçoes, através de novas pesquisas, como, por
giosa, coma se pôde observar pelo bom desempenho da exemplo, a procedência rural ou urbana do clero cat61ico
candidatura de Anthony Garotinho, para presidente da e evangélico, a origem étnica dos padres e dos pastores, a
Republica, nas areas corn maiores percentuais de evan- localizaçao dos templos, 0 uso da midia, 0 marketing reli-
gélicos do pais, como as Regioes Norte e Centro-Oestes. gioso e a gestào empresarial de algumas igrejas corn a
Essa mesma estratégia se deu corn a candidatura de adoçao de franchising. Tais pesquisas se mostram urgen-
Rosinha Matheus para 0 governo do estado do Rio de tes e fundamentais, na medida em que essas mudanças
Janeiro. Neste caso, 0 que se viu foi a conquis ta do gover- sao parte de um processo amplo e complexo que tende a
no estadual, sobretudo corn os votos da periferia metro- continuar na sociedade brasileira.
politana e dos bairros populares da Zona Oeste, limitrofes
à essa periferia, que apresentam maiores percentuais de Notas
evangélicos.
Às vezes, porém, esse projeto politico-religioso leva 1. HORTAL, S. L Pe. Jesus. A Igreja e os novos grupos reli-
os seus fiéis a votarem em candidatos nào-evangélicos, giosos. Coleçao Estudos da CNBB, nO 68. Sao Paulo,
coma por exemplo 0 apoio às candidaturas de Fernando Paulina s, 1993, p.7.
Collor, em 1989, e Fernando Hemique Cardoso, em 1994 2. LORSCHEITER, Dom Ivo. A Igreja Cat6lica diante do
e 1998. Assim, a indicaçao de candidatos por parte dos pluralismo religioso no Brasil. Coleçao Estudos da CNBB,
pastores pentecostais resulta, normalmente, em votaçoes n° 62. Sao Paulo, Paulinas, 1991, p.5.
maciças dos evangélicos em tais polîticos, atitude que cos- 3. HORTAL, S. L Pe. Jesus. A Igreja e os novos grupos
tuma ser valorizada pelos dirigentes dessas igrejas. Isto, religiosos. Coleçao Estudos da CNBB, n° 68. Sao Paulo,
no entanto, se constitui num verdadeiro paradoxo. Ora, a Paulinas, 1993, p.lO.
expansào dos evangélicos no Brasil é decorrente, em par- 4. Idem, ibidem, p.9.
te, da liberdade de consciência polîtica e religiosa garan- 5. JACOB, César, HEES, Dora, WANIEZ, Philippe e
tidas pela Constituiçào de 1946 e reafirmadas pela de 1988. BRUSTLEIN, Violette. Eleiçoes Presidenciais de 2002 no
No entanto, os pastores ao levarem os seus fiéis a vota- Brasil: uma nova geografia eleitoral? In: ALCEU. Rio de
rem disciplinadamente nos candidatos por eles indica- Janeiro, n° 6,2003.
dos, reproduzem os coronéis do interior do pais, que atra- 6. A esse respeito ver Pe. Jesus Hortal, S. J. A religiiio no
vés dos currais eleitorais, determinam em quem os eleito- Brasi/' Rio de Janeiro: s/d., mimeo.
Religi5es
Sem Religiào
Cat61ica Romana
Cat61ica Brasileira
Luterana
Presbiteriana
Metodista
Batista
Congregregacional
Adventista
AssembJéia de Deus
Congregaçào Crista do Brasil
o Brasil para Cristo
Evange 1ho Quad rangu lar
IgreJa Universal do Reino de Deus
Casa da Bênçao
Deus é Amor
Maranata
M6rmons
Testemunhas de Jeova
Espirita
Umbanda
Candomblé
Budista
Messiânica
1
MedIa Media Média Media Media Media
Brasil 2000 Brasil 2000 Brasil 2000 Brasil2000 Brasil 2000 Brast! 2000
Conclusâo
Bibliografia
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Janeiro, Ed. PUC-Rio & Sao Paulo, Loyola, 2002, 111p. Inclui CD-ROM.
Religiaa ou Cuita
Finalidade: conhecer quais as religi6es ou cultos declarados pela populaçao e 0 numero de seus adeptos.
o registro deve identificar a seita, culto ou ramo da religiao professada, como, por exemplo: CAT6uCAAPOST6-
UCA ROMANA, CAT6uCA ORTODOXA, CAT6uCA BRASILEIRA, ANGUCANA, EPISCOPAL, LUTERANA,
BATISTA, IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, CONGREGAÇÀO CRlSTÀ DO BRASIL, ADVENTISTA,
KARDECISTA, XINTOÎSTA, TESTEMUNHA DE JEOVÂ, CANDOMBLÉ, UMBANDA, BUDISTA, ISRAEUTA,
MAOMETANA, ESOTÉRICA, etc.
Nao registre express6es genéricas coma Cat6lica, Protestante, Espîrita, Crente, Evangélica, Pentecostal, etc.
Para a pessoa que nao professa qualquer religiao, registre SEM REUGIÀO.
Em casa de dûvida na definiçao da religiao dos menores de idade, registre a religiao da mae.
lndague ao entrevistado sobre a religiao de cada pessoa do domicilio.
Nao faça deduç6es a partir da dedaraçao da pessoa que estiver prestando as informaç6es; procure saber a religiao
de cada morador do domicilio.
Anexos
Anexo 2
Anexos
38 EVANGÉLICA DE ORIGEM PENTECOSTAL DEUS 46 EVANGÉLICA DE ORIGEM PENTECOSTAL
ÉAMOR AVIVAMENTO BIBLICO
380 Igreja Evangélica Pentecostal Deus é 460 Igreja Pentecostal Avivamento
Amor Biblico
389 Outras 469 Outras
47 EVANGÉLICA DE ORIGEM PENTECOSTAL
39 EVANGÉLICA DE ORIGEM PENTECOSTAL CADEIA DA PRECE
MARA NATA 470 Igreja Evangélica Cadeia da Prece
390 Igreja Evangélica Pentecostal 479 Outras
Maranata
399 Outras 48 EVANGÉLICA DE ORIGEM PENTECOSTAL
IGREJA DO NAZARENO
40 EVANGÉLICA RENOVADA SEM VINCULO 480 Igreja do Nazareno
INSTITUCIONAL 489 Outras
400 Evangélica Renovada, Restaurada e
Reformada Sem Vinculo 49 EVANGÉLICA NÂO DETERMINADA
Institucional 490 Evangélica Nao Determinada
401 Pentecostal Renovada,Restaurada e 491 Evangélica Sem Vinculo Institucional
Reformada Sem Vinculo 492 Declaraçao Mûltipla de Religiao
Institucional Evangélica
409 Outras 499 Outros Evangélicos
41 EVANGÉLICA PENTECOSTAL SEM VINCULO 51 IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS
INSTITUCIONAL ULTIMOS DIAS
410 Evangélica Pentecostal Sem Vinculo 510 Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Institucional Ultimos Dias / Môrmons
419 Outras 519 Outras
Anexos
225
Anexo 3
1 Estados
Microrregi6es
.' .
Fonte: JBGE
Anexos
227
28-Sào Paulo 41-Paranâ
31 Itabira 1 Jales 1 Paranavai 17 Sanll:l!:'u
32 [taguarJ 2 1cl11andopolis Urnuararna 18 Santa 1\1ana
33 Oum Preto 3 Votuporill1ga 3 Cianone 19 Rcsllnga Seca
34 Cou~t:lhelro Lafajcl~ 4 Sào Jo", do Rio Preto 4 GOlocrê 20 Sallta Cruz do Sul
35 GlIanbàes 5 Catanduva 5 Campo Mourào 21 Lajeado-Estn.:la
36 Peçanlla 6 i\uriOama (i Aslorga 22 Cachoelra do Sul
37 Governador ValaJn~." 7 Nhandeara 7 Porcc::ttu 23 Monlenegro
38 Malllena 8 \.,'(\Vo HÛrJlül1le 8 Florai 24 Gralllado-Can~la
3<) Ipalinga 9 Barrelos 9 Maringô 25 Sào Jerontrnu
40 CarJtlllga 10 Sào Joaqulln da Barra 10 ApuL-.uana 26 Porlo Alegre
Il Londrina 27 O<-orio
41
42 l'lUi
Annorl-:-
12
IlUVtT<iWl
Franca "12 Faxinal n Ca:ni:lyuà
43 Divillopalis 13 Jabollêabal 13 Ivaiparà 29 Cal1JpJl1hd O...:idcmal
44 Formiga 14 Ribeirào Prelo 14 Assai 30 Campanha Central
45 Campo Belo 15 Balatai, 15 Cornélio ProcopiO 31 Campanhtl Meru.hullai
46 Ol,velr" 16 f\ndradl1la 16 JZlcarezinho 32 Serras de Slideste
47 Passos 17 Araçatuba 17 Iballi 33 Pelotas
48 Sào Sebastiilo do Paraiso 18 Bingui 18 Wenceslau Braz 34 Jagu<.Jrào
4<) Alfenas 19 l.in, 19 Telêlllaeo Borba 35 Liloral L<lgunar
50 Varglnha 20 Aaunl 20 Jaguari:liva
_, 1 Poçns de Caldas 21 Jaù 21 P0nta Gro,sa 50-Mato Grosso do Sul
52 Pouso Alegre 22 Ava", 22 Toledo 1 Bai'<o Pa!llanal
53 Santa Rita do Sapucai 23 BOlueatu 23 Cascavel 2 Aquidaual13
54 Sào Lùurenço 14 Arar"lquara 24 Foz do Iguaçu 3 Allu T:.H.jUan
55 Andrelândl<l 25 Sào Carlos 25 Capanema 4 Cl171pO Grand~
56 1I;jJuhtj 26 RIO Claro 26 Fr,lllcisca B~hrào -' Cassdândia
57 LalTas 27 Lirn~ira 2; PalO Branco 6 Paranaiba
58 Sào Joào dei Rel 28 PiraelCaba 21) Pilanga 7 TrL-s Lt!!oas
5<) Barbacena 29 Pir:..t:-:-ununga 29 GlIarapuava 8 f\ü\J t\ndradina
60 POille ova 30 S50 Joào da Boa Vista 30 Pahna~ 9 B0doqll~na
61 Manbuaçll 31 MOJi-Mirim 31 Prudenlopolis 10 DOllrados
62 V,çosa 32 Campinas 32 In-lli Il Igualt:mi
63 MUfl8t: 33 Amparo 33 UnIfia da Vitoria
51-Mato Grosso
64 Ubà 34 Dracena 34 SJo Mateus do ~,I;
65 Jui7 de Fora 35 Adamantina 35 Cerro Anil 1 Aripuanà
66 Calagllases 36 Presidenle Prudente 36 Lapa 2 AlIa floresta
37 Tupà 37 CUJ'ltlba 3 Colidcr
32-Espirito Santo
38 Marilia 3K Paraml::'l,~l 4 Pan~ci5
l !J"IITa de Sào FranCl"CO 39 Assis 39 RIO N":f'l'IJ -' i\.rinos
2 Nova enécla 40 Ourinhos 6 Alte Teles Pires
3 Colallna 41 Itapeva 42-Santa Catarina 7 Sinop
4 MOlllanha 42 Itapeiilling<1 1 Sào Miguel d'Oeste R P.:Jran3liHya
5 Sào Matells 43 Talu; 2 Chapeco 9 Norte A.. r3guaiJ.
6 Lml"'res 44 Capào Bonilo 3 Xan\~rê 10 Canarana
7 AFllllSO CI<iudlo 45 Piedade 4 ,Ioaçah:t Il Médio Araplal3
X SanlJ Teresa 46 Sorocaba S Con...:ordl3 12 Allo GUi.lpuré
9 Vilôria 47 Jundla; (i Cunoinhas 13 Tangara du Sèrra
10 Guarapari 48 Bra~an":J Paulisla 7 Sào Benlo do Sul 14 Jauru
Il Alegrc 49 Campos do Jord,jo 8 loinville 15 Alto Paraglldi
12 Cacho"lro de Itapemirim 50 Silo José dos Campo, 9 Curitiban(\~ 16 Rosario Oc:'te
13 ilar<"IIfim 51 Guaralingllel;l 10 Campos de Lage,. 17 CllIabà
52 Bananal Il RIO do Sul 18 Alto Pantlllltli
33-Rio de Janeiro
53 P<traibulla/Par3itinga 12 Blu11lenau 19 Pril11a\·cra do Leste
1 ItaperullJ 54 CJragual3lUba 13 Ilajoi 20 Tc:;ollro
2 SanlO\nlonio de Pàdua 55 Regimo 14 (tuporanga 21 Rondonopolis
3 Campos dos (Jo):tacaZèS 56 Itanhaém 15 Tijucns 22 Alto Araguaia
4 Macaé 57 üsasco 16 FloflJl1opu]ls
5 Trés RIOS 58 Franco da Rocha 17 T"buletro 52-Goiâs
6 CantagJlo-Cordeiro 59 (juanllhos 18 Tubanio 1 Sào Miguel do Aragll,lia
7 Nova Friburgo 60 1tapecerica da Serra 19 Cflclùrna 2 RIO VcrmdtlO
8 Sanla Maria Madalena 61 Sào Paulo 20 Araral1gu3 3 Amgarças
<) Bacia de Sào Joào 62 Moji das CrU7e, 4 Porangatll
10 La~os 63 San los 43-Rio Grande do Sul Chapada dos Veadcilus
11 Vale do Paraiba f1Ulltincnse 1 Sailla Rosa 6 l'cres
12 Ban-a do l'irai 2 Três Passos 7 Anapolis
13 Baia da Jlha Grande 3 Frcderico Weslphalen 8 Ipora
14 V3s~ouras 4 Erechirn 9 t\llIcuns
15 Senana 5 Sananduva 10 Gai5nia
16 Mactlcu-Caceribu 6 Cerro Largo Vào do Paran,j
17 ilJgllal 7 Sanlo Ângelo "
12 ETlIarno de Bra:-,ilin
18 Rio de Janeiro 8 Ijui 13 Sudoesle de GOI"'
9 Carazinho 14 Vale do Rio do, Rois
10 Passo FLlndo 15 Meia Ponte
II Cr1IZ Alla 16 Pires do RIO
12 N30-Me-Toquè 17 Catalào
13 Soledade 18 Qurrinopolis
14 Guaporé
15 Vacaria 52-Distrito Federal
16 Caxtas do Sul [ Brasilla
140
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o 20 km
80 Ananindeua
140 Belém
150 Benevides
442 Marituba
635 Santa Bârbara do Parâ
fOrlle' IBGE
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Anexos
229
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Limites dos municipJos
j /./ Limites dos dlSlriros
" ou subdiSlritos
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100 Aquiraz o 20 km
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370 Caucaia
395 Chorozinho
/ 428
440
Euzébio
Fortaleza
", 495 Guaiuba
-, 523 Horizonte
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r 625 ltaltinga
, ,/ " '\ 765 Maracanaù
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r -ï 770 Maranguape
960 PacaJlls
970 Pacatuba
1240 Sào Gonçalo do Amarante
Fonle (BGl
260
360
260 Ceara-Mirim o, 20 km
360 Extremoz
710 Macaiba Limites dos municiplos
810 Natal
325 Pamamirim Limites dos distritos ou subdistritos
Follle' IBGE 1200 Sào Gonçalo do Amarante
5 Abreu e LIma
105 Araçoiab~
fonle. IBGE 290 Cabo de Santo Agostinho
.'\45 Camaragrbc
680 Igarassu
720 Ipojuca
760 Itamaraca
775 Itapissum~ Limites dos municipios
790 Jaboalào dos Guararapes
940 Moreno Limites dos drstritos ou subdlstritos
960 Olinda
1070 PaulislQ
1160 Reci re o 20 km
1370 S~o Lourenço da Mala
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231
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Anexos
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\ 130 Cariacica
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/ 220 Fundào Limites dos municirios
/
240 Guarapari
) 500 Serra
Limites dos distntos ou subdi:;tritos
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" 510 Viana
520 Vila Velha
530 Vitoria
Fonte lOGE
Anexos
235
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Fonte 1BG E
Anexos
239
60 AIvorada
87 Araricâ
110 Arroio dos Ratos
310 Cachoeirinha
390 Campo Bom
460 Canoas
468 Capela de Santana
535 Charqueadas
640 Dois 1rmilos o 20 km
676 Eldorado do Sul
760 I:-.stância VeJha
770 Esteio
905 Glorinha
920 Gravatai
930 GuaÎba
1080 lvotÎ
1240 Montenegro
1306 Nova Hartz /
1337 Nova Santa Rita ,.,~ -
1340 Novo Hamburgo
1405 Parobé &--"-')
1480 Portào ,. /. - ~
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1490 Porto Alegre
1760 Santo Antônio da Patrulha
\r
1840 Sào Jerônimo / r:- .
1870 Silo Leopoldo
1990 Sapiranga
2000 Sapucaia do Sul
0' J
1 r-
/l_~
2120 Taquara l'
2200 Triunfo
2300 Viamào
Fonte [8CiE
310930 Buritis
RIDE de Brasilia e Regiào Metropolitana 310945 Cabeceira Grande
de Goiânia (MG, GO e DF) 317040
10
Unai
Abadiânia
17 Agua Fria de Goiâs
25 Aguas Lindas dc Goiâs
30 Alexânia
400 Cabcceiras
549 Cidadc Ocidcntal
551 Cocalzinho de Goiàs
580 Corumba de GOlas
620 Cristalina
800 Formosa
1250 Luziânia
1305 Mimoso de Goiàs
1523 Noyo Gama
1560 Padre Bcrnardo
1730 Piren6polis
1760 Planaltina
1975 Santo Antonio do Descobeno
2185 Valparaiso de Goiàs
2220 Vila Boa
530010 DistrilO Fcdcral
310930
5 Abadia de Goiàs
140 Aparecida de Goiânia
180 Aragolânia
840 Goianàpoils
870 Goiânia
880 Goianira
970 Hidrolândia
1450 Ner6polis
1973 Santo Antônio de Goiâs
2045 Senador Canedo
2140 Trindade
620
Anexos