Você está na página 1de 34
TROCADORES DE CALOR - INTRODUGAO: O processo de troca de calor entre dois fluidos que estio em diferentes temperaturas separados por uma parede s6lida ocorre em muitas aplicagdes da engenharia. Os equipamentos usados para implementar esta troca so denominados trocadores de calor, e aplicagdes especificas podem ser encontradas em aquccimento ¢ condicionamento de ambiente, recuperagao de calor, processos quimicos, etc, Como aplicagées mais comuns deste tipo de equipamento temos : Aquecedores, resfriadores, condensadores, evaporadores, torres de refrigeragdo, caldeiras, ete. O projeto completo de trocadores de calor pode ser subdividido em trés fases principais 1. © aanilise térmica; * 0 projeto mecnico preliminar; © o projeto de fabricagao; Neste curso sera enfocada a andlise térmica, que consiste na determinagao da area de troca de calor requerida, dadas as condigées de escoamento ¢ temperaturas dos fluidos. O projeto mecinico envolve consideragdes sobre pressdes ¢ temperaturas de operagio, caracteristicas de corrosio, etc. Finalmente, 0 projeto de fabricagdo requer a tradug4o das caracteristicas ¢ isicas em uma unidade que possa ser construfda a um baixo custo, dimens 1.2 — CLASSIFICACAO DE TROCADORES DE CALOR Classificag&o de Trocadores de Calor a DE ACORDO A DE ACORDOA PROCCESOS TIPO DE DE TRANSFERENCIA CONSTRUGAO 1.2.1 — CLASSIFICACAO DE ACORDO COM PROCESSOS DE TRANSFERENCIA Nesta categoria, os trocadores de calor sao classificados em: * contato indireto * contato direto DE ACORDO A PROCCESOS. DE TRANSFERENCIA —_1 CONTATO. INDIRETO 1- TROCADORES DE CALOR DE CONTATO INDIRETO Em um trocador de contato indireto, os fluidos permanecem separados ¢ 0 calor é transferido continuamente através de uma parede, pela qual se realiza a transferéncia de calor. Os trocadores de contato indireto classificam-se em: © transferéneia direta © armazenamento 1.1- Tipo de Trocadores de Transferéncia Direta Neste tipo, h4 um fluxo continuo de calor do fluido quente ao frio através de uma parede que 08 separa Nao hé mistura entre eles, pois cada corrente permanece em passagens separados. Este trocador é designado como um trocador de calor de recuperagao, ou simplesmente como um recuperador. Alguns exemplos de trocadores de transferéncia direta sao trocadores de: * placa * tubular © superficie estendida Recuperadores constituem uma vasta maioria de todos os trocadores de calor Trocador de calor de transferéncia deta [Figura -1.1] 1.2. Trocadores de armazenamento Em um trocador de armazenamento, os ambos fluidos percorrem alternativamente as mesmas passagens de troca de calor. A superficie de transferéncia de calor geralmente € de uma estrutura chamada matriz. Em caso de aquecimento, o fluido quente atravessa a superficie de transferéncia de calor ¢ a energia térmica é armazenada na matriz. Posteriormente, quando © fluido frio passa pelas mesmas passagens, a matriz “libera” a energia térmica (em refrigeragao o caso é inverso). Este trocador também é chamado regenerador. Trocador de calor de armazenamento [Figura -1.2] II- TROCADORES DE CALOR DE CONTATO DIRETO trocador, os fluidos se misturam, Aplicagdes comuns de um trocador de contato direto envolvem transferéneia de massa além de transferéncia de calor, aplicagdes que envolvem s6 transferéncia de calor sio raras. Comparado a recuperadores de contato indireto e regeneradores, so alcangadas taxas de transferéncia de calor muito altas. Sua construgao é relativamente barata, As aplicagdes so limitadas aos casos onde um contato direto de dois fluxos € permissivel. Trocador de calor de contato direto [Figura -1.3] 1.2.2 — CLASSIFICACAO DE ACORDO COM O TIPO DE CONSTRUCAO DE ACORDO A TIPO DE CONSTRUGAO. TUBULAR, ‘TIPO PLACA Temos trocadores tubular, de placas, de superficie estendida e regenerativos. Outros trocadores existem, mas os grupos principais so estes. Aqui sera estudados apenas os dois primeiros, I- TROCADORES TUBULARES Sao geralmente construidos com tubos circulares, existindo uma variagao de acordo com o fabricante. Sao usados para aplicagGes de transferéncia de calor liquido/liquido (uma ou duas fases). Eles trabalham de maneira dtima em aplicagées de transferéncia de calor gés/gés, principalmente quando pressées ¢/ou temperaturas operacionais so muito altas onde nenhum outro tipo de trocador pode operar. Este trocadores podem ser clasificados como carcaga tubo, tubo duplo e de espiral. L1- Trocadores de carcaga ¢ tubo Este trocador é construfdo com tubos ¢ uma carcaga. Um dos fluidos passa por dentro dos tubos, ¢ 0 outro pelo espago entre a carcaga ¢ os tubos. Existe uma variedade de construgdes diferentes destes trocadores dependendo da transferéncia de calor desejada, do desempenho, da queda de pressao dos métodos usados para reduzir tensGes térmicas, prevenir vazamentos, facilidade de limpeza, para conter pressdes operacionais e temperaturas altas, controlar corrosao, etc. Trocadores de carcaga e tubo so os mais usados para quaisquer capacidade e condigdes operacionais, tais como press6es ¢ temperaturas altas, atmosferas altamente corrosivas, fluidos muito viscosos, misturas de multicomponentes, etc. Estes sio trocadores muito verséteis, feitos de uma variedade de materiais ¢ tamanhos e sio extensivamente usados em processos industriais. ‘Trocador de calor carcara e tubos [Figura -1.4] 1.2- Trocador tubo duplo trocador de tubo duplo consiste de dois tubos concéntricos. Um dos fluidos escoa pelo tubo interno ¢ 0 outro pela parte anular entre tubos, em uma dirego de contrafluxo. Este 6 talvez.o mais simples de todos os tipos de trocador de calor pela facil manutengao envolvida E geralmente usado em aplicagdes de pequenas capacidades. Trocador de calor tubo duple [Figura -1.5] 1.3- Trocador de calor em serpentina tipo de trocador consiste em uma ou mais serpentina (de tubos circulares) ordenadas em uma carcaca, A transferéncia de calor associada a um tubo espiral € mais alta que para um tubo duplo. Além disso, uma grande superficie pode ser acomodada em um determinado espaco utilizando as serpentinas. As expans6es térmicas no séo nenhum problema, mas a limpeza muito problemtica ‘Trocador de calor de serpentina [Figura -1.6] II- TROCADORES DE CALOR TIPO PLACA Este tipo de trocador normalmente é construfdo com placas lisas ou com alguma forma de ondulagdes. Geralmente, este trocador no pode suportar presses muito altas, comparado a0 trocador tubular equivalente. Trocador de calor de placas [Figura -1.7] 1.3 —- COEFICIENTE GLOBAL DE TROCA DE CALOR Em transferéneia de calor © conceito de Coeficiente Global de Troca de Calor, U, ¢ apresentado como uma maneira de sistematizar as diferentes resisténcias térmicas equivalentes existentes num processo de troca de calor entre duas correntes de fluido, por exemplo. A partir da lei do resfriamento de Newton: q=hA,T,-T_) ay que envolve a temperatura da superficie exposta a uma das correntes de fluido, estendemos 0 raciocinio para envolver outras partes do sistema. Em diversos momentos ao longo do curso de transferéncia de calor, estudamos a troca de calor entre fluidos e superficies divisoras do escoamento, Com as hipéteses de regime permanente, auséncia de fontes, etc; utilizamos 0 conceito das resisténcias térmicas equivalentes ¢ eventualmente apresentamos 0 Coeficiente Global de Troca de Calor, U. Vejamos dois exemplos: * parede plana © parede cilindrica pared divisora [Figura -1.8] Dando origem ao circuito térmico equivalente Ra Re 2 Ty Th Ta > 1 UAB, By) Ou seja, nestas condiges, o calor trocado foi escrito como: qeU AT, -T,2) (1.2) onde T, indica a temperatura média de mistura de cada um dos fluidos. Parede cilindrica: Consideremos a transferéncia de calor entre os fluidos do casco ¢ dos tubos nos feixes de tubos de um trocador multitubular, como mostra a figura 1.9. O calor trocado entre os fluidos através das superficies dos tubos pode ser obtido considerando as resisténcias térmicas [Figura 1.9] (AP ou (ar) ost onde (3) + Reont 1A (AT),,.9) = diferencade temperatwa entreos fluidos hh, = coeficientes de pelicula dos fluidos interno e extemno A.A, = areas superficiais interna e externa dos tubos Rg = resisténcia térmica a condugao nos tubos Considerando que a resisténcia térmica a convecgao na parede dos tubos de um trocador é desprezivel (tubos de parede fina e de metal), a equag3o 1.3 pode ser rescrita da seguinte forma (AT) at ge BD A, 1 (4) Ah, Como o objetivo do equipamento é facilitar a troca de calor, os tubos metélicos usados sio de parede fina (1j = te ). Portanto, as reas da superficies interna ¢ externa dos tubos so aproximadamente iguais, ou seja, A; = A,. Assim, temos que : AMAT ) 1 Ayi (5) hh, coeficiente global de transferéncia de calor em um trocador ( Uc) € definido assim : (1.6) a7) Levando a equagio 1.7 na equagao 1.5 a expresso para a transferéncia de calor em um trocador fica assim : G =U AMAT ut as) Quando estudamos a troca de calor por convecg4o no interior de dutos ¢ canais, comegamos a relaxar a hipétese de temperatura média de mistura constante ao longo do escoamento. Consideramos duas situagdes para a condigao térmica: fluxo de calor constante ou temperatura superficial constante. Apés a devida anélise, determinamos como a temperatura média de mistura do fluido varia do comprimento da superficie: qP T,@)=4—x+T,, fine, ‘© Fluxo constante de calor na parede: qP T(x) x47; a9) me, + Temperatura superficial constante: TAT) _ ATO) _ 4,4) haw | T,-T,, AT, mac, (1.10) onde, 7; indica a temperatura média de mistura na entrada do equipamento de troca de calor. A situagéo em um trocador de calor € um pouco mais complicada pois néo temos mais informagées sobre o fluxo de calor na parede ou sobre a temperatura superficial (na verdade, 86 podemos garantir é que nao sero mais constantes). Felizmente, a maioria dos conceitos jé discutidos se aplicam aqui, permitindo uma andlise simples. Uma primeira consideragio deve ser feita sobre as possiveis variagdes de temperatura de cada fluido ao longo do trocador, em fungao da direg4o com que as correntes seguem. As diregdes relativas do escoamento séo especificadas abaixo ¢ mostradas na figura adiante: © Correntes opostas: quando as correntes escoam em diregdes opostas — situagao (a) © Correntes paralelas: quando as correntes seguem na mesma diregdo — situa (b) © Correntes cruzadas: quando as correntes seguem em dngulos de 90° - situagao (co) O projeto de trocadores de calor usualmente comega com a determinagéo da area de troca de calor necesséria para acomodar uma determinada condigao térmica de uma ou das duas correntes, que entram no trocador a determinadas temperaturas ¢ vazGes ¢ precisam sair em determinadas temperaturas, por exemplo, especificadas em algum ponto da linha de produgao. Arranjos Basicos de Trocadores: Um tipo muito comum de trocador de calor é 0 conhecido como carcaga e tubos, como mostrado na figura 1.11. 1 saves out T shel ac 1 a LORNA [Figura -1.11] Nesta situagdo, temos um volume externo, da carcaga, que abriga intimeros tubos que podem fazer varios passes, Na situagao mostrada, temos que o fluido que escoa pelos tubos passa por dois passes enquanto que o fluido na carcaga segue um tinico passe, Observe ainda a presenca dos defletores internos, que tornam o escoamento do fluido na carcaga mais envolvente com 08 tubos (0 que voce acha que poderia acontecer sem estes defletores?) ‘A analise das condigdes de troca de calor em situagdes com diversos passes € bastante complexa. Nosso estudo, portanto, seré mais detalhado para a situagdo na qual os fluidos passam uma tinica vez pelo trocador. 1.4 - MEDIA LOGARITMICA DAS DIFERENGAS DE TEMPERATURAS Um fluido dé um passe quando percorre uma vez 0 comprimento do trocador, Aumentando 0 mimero de passes, para a mesma drea transversal do trocador, aumenta a velocidade do fluido € portanto © coeficiente de pelicula, com o conseqiiente aumento da troca de calor. Porém, isto dificulta a construgdo ¢ limpeza e encarece o trocador. A notagao utilizada para designar os ntimeros de passes de cada fluido é exemplificada na figura 1.12. TC-x.y [_mimero de asses nos tubos mimero de Passes no casco [Figura -1.12] Com relagao ao tipo de escoamento relative dos fluidos do casco ¢ dos tubos, ilustrados na figura 1.13, podemos ter escoamento em correntes paralelas (fluidos escoam no mesmo sentido) e correntes opostas (fluidos escoam em sentidos opostos). correntes| 1 /correntes| nat paralelas Tre | | opostas [Bigura -1.13] O fluido quente (tubo central) entra & temperatura T,. ¢ sai A temperatura Ty,. Por outro lado, o fluido frio (entre o tubo central e a carcaga) entra A temperatura T;. ¢ sai & temperatura Ts. O comprimento do trocador é L ¢ a drea 6 A Para cada um destes casos de escoamento relativo a variagao da temperatura de cada um dos fluidos ao longo do comprimento do trocador pode ser representada em gréfico, como mostra a figura 1.14. ‘As diferengas de temperatura entre os fluidos nas extremidades do trocador, para 0 caso de correntes paralelas, si0 : (Tye - Tre) € (Tys_- Trs). No caso de correntes opostas, as diferengas de temperatura nas extremidades (Ty,.— T;,) € (Tas — Tra) O fluxo de calor transferido entre os fluidos em um trocador é diretamente proporcional A diferenga de temperatura média entre os fluidos. No trocador de calor de correntes opostas & diferenga de temperatura entre os fluidos nao varia tanto, o que acarreta em uma diferenca média maior. Como conseqiiéncia, mantidas as mesmas condigées, 0 trocador de calor trabalhando em correntes opostas ¢ mais eficiente. T T Tye ~ ~~ FQ FQ Tye Tes] cr FF reo> Trey > correntes L correntes L paralelas opostas [Figura -L.J4] Como a variago de temperatura ao longo do trocador no é linear, para retratar a diferenga média de temperatura entre os fluidos é usada entdo a Média Logaritmica das Diferengas de ‘Temperatura (MLDT). Desenvolvimento do célculo de (MLDT): No nosso estudo, iremos considerar uma Area elementar dA, de troca de calor em um trocador de correntes paralelas, ¢ depois integrar os resultados por toda a area Sao nossas hipétese: © Regime permanente * Calores especificos nao so fungdes da temperatura (caso varie muito se deve usar um valor médio) + Escoamento totalmente desenvolvido (neste caso, 0 coef. Troca de calor por convecgao, h, © 0 coeficiente global, U, sao constantes) Para comega toca de calor: vamos aplicar a primeira lei da termodinamica para relacionar as quantidades de Do Fluxo Quente (FQ): dg, =-rt,.c,,,.d7, (aly Do Fluxo Frio (FF) dq, = tiny, , dT, (1.12) Invertendo as duas equagdes temos aT, = dq, (1.13) (1.5) Meng (1.14) Como dg, = dg; sao iguais podemos escrever que: 1 1 + Tine, aa, -T)) = dq (1.15) ens J Entretanto, devemos lembrar que, por definigao, 0 calor trocado pode ser escrito como: dq =U A(T, -T,) (1.16) onde U é 0 coeficiente global de troca de calor. Substituindo (1.16) em (1.15) tem-se a(t, -T,)= UAT, -T,) aan ME pg MC ng Considerando as hipsteses feitas anteriormente, podemos separar as varidveis ¢ integrar a equagao, desde A = 0 até A =A, obedecendo as especificacées: Area Fluido Quente | Fluido Frio_| Diferenga Entrada_[ A Toe Tye Tye- The Saida_ [A= Tas Trs [Tas Tes Que resulta em: T,,-T, 1 inf fs |S \U.A Tye ~The Mpg aa ae Lembrando as expresses da primeira lei da termodinamica para cada uma das correntes, temos que: Gq = My Ly q(T. —T,.) (1.19) 4, = th, ©, ,(T,,-T),) (1.20) Entretanto, é claro que g, = q/, que chamaremos simplesmente de q. Assim : _|=[6 jG ) * =[e,.-7,,)+@,,-7, Ma (21) Meng ME ns Substituindo a equagao (1.21) na equagao (1.18), obtemos T,,-T,, | of ete =-I¢,.-7,,)+(,,-7,Jlu.arg (1.22) Isolando-se o g, temos (1.23) yaal GPa f.-F.)| Int, Ty MT ye Ted) Que € do tipo g=U-AAT , O termo entre chaves é conhecido como a diferenga média logaritmica de temperatura ou LMTD (do inglés Log Mean Temperature Difference). Operando neste termo, podemos escrevé-lo de forma ligeiramente diferente, mais usual: AT, ntrada “inl, nade —AT, IAT ise) LMT! (1.24) Com as seguintes definigdes: + Ar, entrada = Tq, Tye © Mas =T ys Ths Para um trocador de calor de correntes paralelas, a entrada é dbvia. Entretanto, para trocadores de correntes opostas ou cruzadas, a situagao um pouco mais complexa. Por isto, é comum alterarmos a definigao acima para uma outra: AT pina ~ AT, LMTD = ST nina = AT nininn In[AT pana / AT iia ) (2s) Exercicio 1.1, Num trocador de calor TC-1.1 onde o fluid quente entra a 900°C ¢ sai a 600°C ¢ o fluido frio entra s 100°C e sai a $009C, qual o MLDT para a) correntes paralelas; b) correntes opostas. a) correntes paralelas : 100 900 900, 600 600 500 100 AT, = 900-100 = 800 °C (AT, — Ayn ) _ 800-100 Aton) nf 800 ose) (a) => MLDT = AT yu, = 600-500 = 100°C MLDT = 336,6°C b) correntes opostas 500) 900 900 600 500} ‘600 100 100. 1.5- BALANCO TERMICO EM TROCADORES DE CALOR Fazendo um balango de energia em um trocador de calor, considerado como um sistema adiabético, temos, conforme esquema mostrado na figura 1.15, que Thy, Cys. The hy Cres Com Tas| tity, Cae Ths [ figura 1.15] Calor cedido pelo fluido quente = Calor recebido pelo fluido frio Geet = Ayes (1.26) (1.27) Quando um dos fluidos é submetido a uma mudanga de fase no trocador, a sua temperatura nao varia durante a transformagio. Portanto, o calor trocado ser4 onde, AH, €o calor latente da transformagao 1.6. FATOR DE FULIGEM (INCRUSTACAO) Com o tempo, vao se formando incrustagdes nas superficies de troca de calor por dentro e por fora dos tubos. Estas incrustagdes (sujeira ou corrosao) vao significar uma resisténcia térmica adicional & troca de calor. Como 0 fluxo € dado por potencial _térmic o 1.29) soma das resistencias (1.29) 6 evidente que esta resisténcia térmica adicional deve aparecer no denominador da equacao 1.29. Esta resisténcia térmica adicional (simbolizada por Rq ) ¢ denominada fator fuligem. Desenvolvendo raciocinio similar, obtemos : A LAT), g= 3 1 Lior (1.30) [R,, =fator fuligem interno onde, R, =Ry +R, € R, =fator fuligem = fator fuligem externo Nao se pode prever a natureza das incrustagdes nem a sua velocidade de formagao. Portanto, © fator fuligem s6 pode ser obtido por meio de testes em condigdes reais ou por experiéncia No sistema métrico, a unidade de fator fuligem, ¢ dada em ( h.m?.°C/Keal ). Entretanto é comum a no utilizagio de unidades ao se referir ao fator fuligem. A tabela 1.1 ilustra, no stema métrico, fatores fuligem associados com alguns fluidos utilizados industrialmente. Tabela 1.1. Fatores fuligem normais de alguns fluidos industriais Tipo de Fluido Fator Fuligem (h.m2.0C/Keal ) Agua do mar 0,0001 Vapor d’agua 0,0001 Liquido refrigerante 0,0002 ‘Ar industrial 0,0004 Gleo de témpera 0,0008 Gleo combustivel 0,001 O coeficiente global de transferéncia de transferéncia de calor, levando em conta o acumulo de fuligem, ou seja "sujo", é obtido por analogia (31) A equagao 1.31 pode ser colocada na seguinte forma (1.32) Portanto, a transferéncia de calor em um trocador, considerando 0 coeficiente global “sujo” (Up ) 6 dada pela seguinte expresso : (MLTD) (1.33) Exercicio 1.2. E desejavel aquecer 9820 Ib/h de benzeno ( cp = 0,425 Btu/lb.F ) de 80 a 120 °F utilizando tolueno ( cp = 0,44 Btw/lb.°F ), o qual € resfriado de 160 para 100 OF. Um fator de fuligem de 0,001 deve ser considerado para cada fluxo ¢ © coeficiente global de transferéncia de calor "limpo" € 149 Btw/h.ft2.9F, Dispoe-se de trocadores bitubulares de 20 ft de comprimento equipados com tubos érea especifica de 0,435 ft2/tt. a) Qual a vazio de tolueno necessaria? b) Quantos trocadores si necessérios? = Fluido Quente: Tolueno te oe °, I “yy =0,44Btu/lb.° F, Ry, 0,001 Benzeno te =160°F ty =100°F Fluido Frio: Benzeno = 0425Biu/tb 9 F. cp, =0425Bm/Ib2F, Ry 0,001 T, =80°F T, =120°F U=149Bufhf2F, Agsy = 0,435 fi / ft sp = a) A vazio de tolueno pode ser obtida realizando um balanco térmico : Calor cedido = Calor recebido Pep lle ~ts)= pp, Us-Te) 1m, X0,44x (160 - 100) = 167000 rn, x0,4x (160 ~100) = 9820%0.425x (120-80) 7H, = 6330 Eh b) Para obter o ntimero de trocadores é necessério calcular a area de troca de calor necesséria. O MLDT do trocador é obtido assim : 160) 120} MLDT = 288°C Célculo do coeficiente global considerando o fator fuligem ( sujo ) : R,,+R,,=—--+0,00140,001 =U, =115 Bru/h. fF rete 149 Caleulo da érea de troca de calor : q =U,.A(MLTD) > A,=——t__ 4 ( ) U,{MLDT) O calor trocado € igual ao calor recebido pelo benzeno, portanto A, = 187000 59st 115%28,8 Sao necessérios 50,5 m2 de frea de troca de calor. Como os tubos do trocador dispdem de uma frea por unidade de comprimento conhecida, é possivel calcular 0 comprimento de tubo necessirio Como cada trocador tem tubos de 20 ft de comprimento, o ntimero de trocadores é : _ 6 | — n 58 5 n= 6 wocadores 1.6. FLUXO DE CALOR PARA TROCADORES COM MAIS DE UM PASSE Em trocadores tipo TC-1.1 é facil identificar a diferenga de temperatura entre fluidos nos terminais. No entanto, nao é possivel determinar estes valores em trocadores com mais de um passe nos tubos e/ou casco. A figura 1.16 mostra um trocador do tipo TC-1.2 [Figura 1.16] Neste caso as temperaturas das extremidades nos passes intermedidrios so desconhecidas. Em casos assim, o MLDT deve ser calculada como se fosse para um TC 1-1, trabalhando em correntes opostas, ¢ corigida por um fator de correcio (FT). MLDT® = MLDI.-F. (1.34) Assim, a equagao do fluxo de calor em um trocador "sujo", torna-se p-4e-MLDT. Fp (1.35) razbes adimensionais S e R. Para Os valores do fator Fy so obtidos em abacos em fungao d: cada configuragao de trocador existe um abaco do tipo mostrado na figura 1.17 1,-T; R=-1 2 (1.36) onde, t] = temperatura de entrada do fluido dos tubos temperatura de sada do fluido dos tubos temperatura de entrada do fluido do casco Tz = temperatura de saida do fluido do casco Para cada valor calculados de $ ( em abeissas ) ¢ cada curva R ( interpolada ou nao ), na figura 1.17, obtém-se um valor para Fy ( em ordenadas ). O valor maximo de Fy é igual a 1, ou seja, a diferenga média de temperatura corrigida ( MLDT®) pode ser no maximo igual 20 MLDT calculado para um TC-1.1. Isto se deve a menor eficiéncia da troca de calor em correntes paralelas, pois quando se tem mais de um passe ocorrem simultaneamente os dois regimes de escoamento, Deve-se portanto conferir (no projeto) se esta queda de rendimento na troca de calor 6 compensada pelo aumento dos valores do coeficiente de pelicula nos trocadores multipasse. (figura 1.17] Exercicio 1.3, Em um trocador de calor duplo tubo 0,15 Kg/s de Agua ( cp=4,181 KI/Kg.K ) & aquecida de 40 °C para 80 °C. O fluido quente é éleo eo coeficiente global de transferéncia de calor para o trocador é 250 W/m2.K . Determine a Area de troca de calor, se 0 dleo entra a °c °C. 5 105 °C ¢ sai a 70 °C, L te Fluido Quente : Oleo 1,=108C 1,=70°C — Fluido Frio : Agua oro 1 <— T=40°C T,=80°C ; > > ? Myo = 0.15 Ke/s . Cc > ¢, = 4,181 KI/Kg.K U =250W/m*.K 1 Balanco Térmico : O calor recebido pela agua é 4 = Mpg, AL, ~1,)= 01K /s)<4,18(KI/Ke.K)x[(80~40)K] 4g = 251KJ/s = 25,1KW = 25100W7 CAlculo do MLDT 105} AT, = 105—80=25 K 80 af, =70-40=30K ja-—70 = 30525 _ 27,42K Célculo da Area de Troca de Calor : 4 251007 g=U.A{MLDT) > A,=——4__ -_ 251007 TAEMTOY 55 Yop sox nex] Exercicio 1.4, Em um trocador casco-tubos (TC- 1.2 ), 3000 Ib/h de égua (cp=1 Btu/lb.OF ) é aquecida de 55 OF para 950F, em dois passes pelo casco, por 4415 Ib/h de dleo ( cp=0,453 Btu/lb.°F ) que deixa o trocador & 140F, apés um passe pelos tubos. Ao éleo esta associado um coef. de pelicula de 287,7 Btu/h.ft2.0F e um fator fuligem de 0,005 ¢ gua esta associado um coef. de pelicula de 75 Btu/h.ft2.0F ¢ um fator fuligem de 0,002. Considerando que para © trocador 0 fator de corregio 6 Fy=0,95, determine 0 ntimero de tubos de 0,5” de didmetro extemno ¢ 6 ft de comprimento necessarios para 0 trocador” Fluido Frio (gua): h, =75 Btu/h fP2F T=55'F T,=98'F —R, =0,002 tn, =3000Ib/h c= 1 Bru/Ib.'F Fluido Quente (6leo) : h, = 287,7 Buu/h. ft."F 1.=? 1,=140°F R, =0,005 TC-12 | sn, = 4415 lbfh = 0,453 Bru/lb.F T, A Agua TC-1.2 > F,=0,95 Balanco Térmico : O calor recebido pela agua é 4= me, (ZT) = (G0001b/h)x (tBu) tb F [os-ss)r]=120000B1/4 Este calor é fornecido pelo dleo G=rive, (t,=t,) => 120000 = (441515/h)(0,453B0u/tb x(t, -1407F] de onde obtemos :, = 200°F Calculo do MLDT : AT yy, = 200°F - 95" F = 105°F AT yg, = 140°F ~55°F = 85°F pr = Sse ATon CAlculo do Coeficiente Global : A atti eR, = +t Use hh, 287,775 +0,005+0,002=0,02381 => U,=42 Bu/h.ft?°F CAlculo da Area de Troca de Calor e Niimero de Tubos Necessirios q=U,A(LMTD)F, => A.= 4 = 120000 8st am? *"U,(LMTD)F, 42x94,65x0,95 0,25 tubos disponiveis SAP f= 0.02083 fre L=6 ft dreanecessaria___A, 31,77 = = _ 40,51 Area por tubo 2.G9r,.L 2x G0,02083x6 m= a TUBOS Exercicio 1.5. Em um trocador de calor multitubular (TC-1.2 com Fy = 0,95 ), égua ( cp = 4,188 KI/Kg.K ) com coef. de pelicula 73,8 W/m2.K passa pelo casco em passe tinico, enquanto que 6leo ( cp = 1,897 KI/Kg.K ) com coef. de pelicula 114 W/m2.K dé dois passes pelos tubos. A agua flui a 23 Kg/min ¢ € aquecida de 13 OC para 35°C por éleo que entra a 940C ¢ deixa o trocador 4 60°C. Considerando fator fuligem de 0,001 para a 4gua e de 0,003 para o leo, pede-se a) A vazio méssica de Sleo ©) A area de troca de calor necessaria para o trocador 4) O niimero de tubos de 0,5” de diametro externo e 6 m de comprimento necessirios”. Ts Agua Fluido Frio (agua): h, = 73,8 W/mK T.=13°C 7,=35°C — R,, = 0,001 = 4,188 KI/Ke. K Fluido Quente (éle0) : A, =114W/m? O calor recebido pela Agua é 1,=94°C 1,=60°C Ry =0,003 4 = rnc, {C, —1,) = [23(Ke /min)1/60( min/s) (4,188 X iKe=8)x (85 — AW] RARGIRKW = 35319 TC-1.2 > F,=0,95 mi, =23 Ke/min Do calor fornecido pelo dleo, obtemos q 35,319KI/s 6 Met) sas mel [(04-60)x] a g= nc, (t.-1,) > m, 0,5476Kg /s T= 32856 Kg Jin b) CAlculo do MLDT (calculado como se fosse um TC-1.1 em correntes opostas ) : Tuy, =90-35=59K AT,,, = 60-13 = 47K pr ~ Tan = Alun _ 59-47 wef 2) \a7) 52,71K CAlculo do Coeficiente Global : => U,=38W/m.K Céleulo da Area de Troca de Calor ¢ Numero de Tubos Necessarios : g=U,A,(LMTD)\F, = A =——*—_ = __ 35319 _ U,{LMTD)F, — 38X52,77x0,95 A, = 18,54 me c) CAlculo do nimero de tubos : tubos disponiveis > 7, =e 0,25x0,0254 m=0,00635m e@ L=6m freanecessaria A, 18,54 =1144 freapor tubo 2r,.L 2x7x0,00635x6 n= 78 tubos Exercicio 1.6. O aquecimento de um éleo leve ( cp=0,8 Keal/Kg.0C ) de 20°C até 120°C esta sendo feito usando um trocador multitubular tipo TC-1.8 ( Fy = 0,8 ) com um total de 80 tubos ( #j =1,87" © =2" ) de 3m de comprimento. Vapor d'égua a 133 °C ( DHy=516 Keal/Kg ) e varao de 2650 Kg/h esta sendo usado para aquecimento, condensando no interior do casco. Considerando coeficientes de pelicula de 2840 Keal/h.m2.°C para o éleo ¢ de 5435 Keal/h.m2.9C para o vapor ¢ que a densidade do éleo é 0,75 Kg/dm3, pede-se a) O fator fuligem do trocador; b) A velocidade do dleo nos tubos do trocador. Fluido Quente: Vapor em condensagio 1, =138'C 1, =138°C ting, =2650Kg/h AH, =516Keal/Ke yy, = 5435Kealf hm? ?C Fluido Frio: Oleo leve T.=20°C T,=120'C yu, = O8Keall/ KgC hy, = 2840Kealfhn? °C Pave = 0.75 Ke dm? =0,75x10' Kg/m? a) No trocador os tubos dao 8 passes. Portanto, em cada passe existe um feixe de 10 tubos : n=80tubos 1’ & ~ otubos por passe ,87” /2.= 0,935" = 0,0237 m =2"/2=1" =0,0254 m Balango Térmico : 4c = 4r myapor AH, 1367400 = rity, 0,8 (120-20) Jig, = 17092,5 Kg /h CAlculo do MLDT : 133°C | —__» 133° AT g,, = 133-20 = 113°C 120°C Caleulo do Up + AT, = 133-121 po wept — ln —MTae 20°C Mee. (ATs = 462°C A, = (2.at1,.D)n = 2x x0,0254x3%80 = 38,30" q=U A, LMID.F,U , = L +R, => R=5- 4 1367400 A,LMIDF, — 38,3x46,2x08 1 to 840 5435 =966Keal/han?.C Uy b) Calculo da velocidade do dleo Area transversal dos tubos por onde passa o leo : A, = (x.7’)n’ = [ex (0.0237) x10 = 0,0176m? ma = Priteo sieo APY, Thon 17092,5(Kg//h) sos = = : =1294,9m/h 8 Dias 0,75x10° (Kg /m* }x0,0176 ) Vs = 124, mph = 21,6 mpmin = 0,56 mys Exercicio 1.7. Um trocador de calor deve ser construido para resfriar 25000 Kg/h de alcool ( Cp = 0,91 Keal/Kg.°C ) de 65 °C para 40 OC, utilizando 30000 Kg/h de agua ( cp = 1 Keal/Kg.°C ) que esta disponivel a 15 °C. Admitindo coeficiente global ( sujo ) de transferéneia de calor de 490 Keal/h.m2.9C, determinar : a) O comprimento do trocador tipo duplo tubo necessério, considerando que o didmetro externo do tubo interno é 100 mm; b) O ndimero de tubos (Se = 25 mm ) necessérios para um trocador multitubular tipo TC-1.2 com Fr = 0,9 ¢ 7 m de comprimento Fido Quente:Atcool(e, =0,91Keal/ Ke! 1 = 68°C 1, =40°C tgs =25000Kg /h Fluido Frio : Agua(e, = 1.0Keal/ Kg.’C) T.=18C. T,=7 Mg, = 300K /t U, =490Keal/ hm’ ’C Duplotubo:, = 100mm = 0.1m TC-12 :2, 025m Sm = a) A drea de troca de calor é a area externa do tubo interno do trocador duplo tubo CAlculo do calor trocado : G = Migs €, {T, ~T,) = 25000 x 0,9 1x (65 - 40) = 568750 Keal/h Célculo da temperatura de safda da égua G= Piggy pt, -t,) => 568750 = 30000x1,0x(t, -15) => 1, =34°C CAlculo do LMTD : MTguy = 65-34 = 31°C 40-15 =25°C 279°C CAlculo da area de troca de calor : 568751 G=U,.A.LMID => A,2=——4 = 588750) 62 U,.LMTD 490x27,9 Esta drea é a drea externa do tubo interno. Portanto, seu comprimento & A A, 41,6 2ar 2Aa(0/2) 2.0{0,1/2) A,=2arL => L= b) No caso de se utilizar um TC-1,2 0 LMTD, como calculado anteriorm ente deve ser corrigido através do fator Fy : q 568750 ——_i__ 46,2m* U,.LMTD. 490%27,9x0,9 O ntimero de tubos de 7 m de comprimento é : A, =(2arL)n > n= A. A a Dark rf 1 rxAx0S/ x7 = 84 tubos Exercicio 1.8. Uma "maquina de chope" simplificada foi construfda a partir de um trocador tipo serpentina, Este trocador consiste de uma caixa etibica de 50 cm de lado, perfeitamente isolada externamente , onde foram dispostos 50 m de serpentina de 10 mm de diametro externo. A serpentina, por onde passa a chope, fica em contato com uma mistura gelo-égua a 0 °C. Considerando os coef. de pelicula interno ¢ extemo & serpentina iguais a 75 ¢ 25 kcal/h.m2,0C, respectivamente, determinar : a) o fluxo de calor transferido para a mistura 4gua-gelo considerando que © chope entra a 25 Ce sai a 1 °C; b) 0 niimero de copos de 300 ml que devem ser tirados em 1 hora para que a temperatura do chope se mantenha em 1 °C , considerando que o calor especifico ¢ a densidade do chope sao iguais a 0,78 kcal/kg.9C ¢ 1 Kg/dm3, respectivamente; ©) 0 tempo de duragao do gelo, sabendo que, inicialmente, seu volume corresponde a 10 % do volume da caixa. A densidade e o calor latente de fusio do gelo sao, respectivamente, 0,935 kg/l e 80,3 kcal/kg. mistura Trocador Serpentina > L=50m @, =10mm=0,0lm gelo-Ggua 5s Em caixa egbica de 0,5m de lado V.,,, = (0,5) = 0.125m? o Fluido Quente: Chopp chopp 25°C t,=1C h,=75Kealfhm??C 25°C Cpcjgyn = OTBK CALL KB C Pgoyy = 1L0Kg fm? = 1,0Kg Fluido Frio: Mistura dgua/gelo }__» T.=7,=0°C —h,=25Keal/hm?°C chopp Poin =935KE/m? AH, =80;3Keal/ Ke 1c a) O fluxo de calor do chope para a mistura 4gua/gelo, considerando a serpentina um trocador de calor de passes tnicos e "limpo" q=U,.A,. MLDT A determinagao do coeficiente global transferéncia de calor “limpo" ( U, ), da area de transferéncia de calor ( Ag ) ¢ do MLDT €¢ feita a partir dos dados fornecidos Ue =18,75 Keal/h.m??C [sxx 24x AT, AT, 44a 4 aepr = Sta ATs, =1-0 746°C Portanto, 0 fluxo de calor trocado entre o chope e a mistura 4gua/gelo é : G=U.A,.MLDT =18,75x1,57X7,46 q=219,6 Kealjh b) O fluxo de calor trocado 6 cedido pelo chope. Entao gene, (t,-t,) => 219,6= 110,78 x (25 -1)=11,73Kg/h Como a densidade do chope é igual a da 4gua, temos que : §=11,73//h A passagem desta vazdo de chope pelo trocador garante que a temperatura de safda do chope seja 1 OC. O volume de cada copo €: V,,,, = 300mi/copo =0,3i/copo Conhecendo a vazo horéria de chope no trocador, obtemos 0 ntimero de copos hordrios a-—t__i (ih) =304 ‘op 0.3(l/copo) c) O trocador é uma caixa cibica ¢, inicialmente, 10 % do volume da mesma é gelo, entao v, = O1XV jing = 01x (0,5)° = 0,0125m? Utilizando a densidade do gelo podemos obter a massa de gelo M gan = Gis Vgu, = 935 Ke /m? x0,0125m? = 11,68 Ke A quantidade de calor que esta massa de gelo é capaz de absorver do chope € obtida a partir do calor latente de fusio do gelo O=AH,..M 0,3Kcal /Kg x 11,68Kg = 938,71Kcal 1M seo Dispondo do fluxo de calor horétio cedido pelo chope, obtemos o tempo de duragao do gelo : q-2 3 = 2 _ 938,71Keal t q 219,6Keal/h T=42Th Exercicio 1.9. Em um trocador TC-1.1, construfdo com 460 tubos de 6 m de comprimento diametro extemo de 3/4", 5616 Kghh de Sleo ( cp = 1,25 Keal/Kg.0C ) é resfriado de 80 °C para 40 °C, por meio de Agua ( cp = 1,0 Keal/Kg.°C ) cuja temperatura varia 25 OC ao passar pelo trocador. 0 dleo passa pelos tubos e tem coeficiente de pelicula de 503,6 Keal/h.m2.°C e a Agua, que passa pelo casco, tem coeficiente de pelicula de 200 Keal/h.m2.9C, Esta previsto um fator fuligem de 0,013. Pede-se as temperaturas de entrada ¢ saida da égua FluidoQuente:Gleo =1,25Keal/ Kg.°C ri, =5616Ke/h 10°C h, = $03,6Keal/ hm*°C 1,=80°C FluidoFrio : Agua &,, =UOKeall KgC h, =200Keal| han? 2C ATaadgua no trocador=25°C R,=0013 n=460tubos = 6m Para 0 célculo do MLDT devemos ter todas as temperaturas de entradas ¢ saida dos fluidos. Entretanto, para a (gua temos apenas a sua variacao de temperatura no trocador Esta equagdo permite eliminar uma temperatura incégnita, porém © MLDT ainda ficaré em fungdo da outra temperatura incégnita, Ar, =80-7, AT, A variagdo de temp. da 4gua é conhecida S => T,=25- Colocando AT,,,, em fungaode T, =80- 0 - (25-7, )=55-7, O MLDT agora ficard em fungao da temperatura de entrada da gua no casco (Te ) Calculo da area de transferéncia de calor : 3 4x2 A, =(2anr,.L)n = (2x2 0,0095x6)x 460 = 164,7m” = 2x0,0254=0,0095m Cleulo do calor cedido pelo éleo : = tn, c,, lt, -t,) = 5616 x1,25 x (80 - 40) = 280800 Keal/h CAlculo do coeficiente global "sujo" : Liat tot - +R,-—to+ 03,6” 200 + $0,013 =U, =S0Keal/hami?c Us hh Agora, levamos estes resultados na expressio do fluxo de calor em um trocador G=U,.4,MLDT => 280800 =50x164,7x———— inf 22% ) = 123525 _ 9 p09 40-7.) 280800 Aplicado as propriedades dos logaritmos, obtemos 40-7, oases _ SS—T ent CICIOS PROPOSTO: Exercicio 1.10, Um resfriador de dleo deve operar com uma entrada de 138 °F e uma saida de 103 OF, com a 4gua de refrigeragao entrando a 88 OF e saindo no maximo a 98 OF, Qual o MLDT para esta unidade considerando a) trocador de calor bitubular com fluxos em correntes opostas; b) tocador de calor bitubular com fluxos em correntes paralelas; ©) trocador casco-tubo tipo TC-1.2 Exercicio 1.11. Um trocador de calor multitubular, tipo TC-L.1 deve ser construido para resftiar 800 kg/h de glicerina de calor especifico 0,58 kcal/kg.°C e densidade 0,92 kg/dm3 de 130 °C para 40 OC. Dispée-se de 2 m3/h de Agua ( cp = 1,0 kcal/kg.°C ) a 25 °C. 0 coeficiente de pelicula da glicerina é igual a 42 kcal/h.m2.9C e o da Agua, que circula dentro do tubos, tem valor de 30 keal/h.m2.0C. 0 trocador de calor vai ser feito com tubos de 1" de diametro externo ¢ 6 m de comprimento. E previsto um fator de incrustagao de 0,025. Pede-se a) a temperatura de saida da agua; b) o mimero de tubos necessarios. Exercicio 1.12. Em uma inddstria 100 trocadores de calor casco-tubo (‘TC-1.1 ), cada um com 300 tubos de 25 mm de didmetro interno, sao utilizados para condensar um vapor a 50 °C, utilizando-se 1,08 x 108 kg/h de Agua de teftigeracao ( cp = 1 Keal/Kg.C ) que entra nos trocadores 20°C, Sabendo-se que a taxa de transferéncia de calor nos trocadores € 1,72 x 109 kcal/h e que o coeficiente global de transferéncia de calor é 3851,4 Keal/h.m2.9C, calcule a) a temperatura de saida da Agua de refrigeraca 'b) o comprimento dos trocadores. Exercicio 1.13, Em um trocadot casco-tubos ('TC-2.1 ), 3000 Ib/h de agua ( cp = | Btw/lb.OF ) € aquecida de 55. OF para 95 OF, em dois passes pelo casco, por 4415 Ib/h de dleo ( cp 0,453 Btu/lb.°F) que deixa o trocador a 140 OF, apés um passe pelos tubos. Ao dleo esté associado um coeficiente de pelicula de 287,7 Btu/h.ft2.0F e um fator fuligem de 0,005 ¢ & gua esté associado um coeficiente de pelicula de 75 Btw/h.ft2.F e um fator fuligem de 0,002. Considerando que para o trocador o fator de corregio é Fy = 0,95, determine o ntimero de tubos de 0,5" de didmetro externo e 6 ft de comprimento necessérios para 0 trocador. Exercicio 1.14. Necessita-se projetar uma unidade capaz. de resfriar 180000 Ib/h de um éleo leve (cp = 0,48 Btu /Ib.°F ) a 200 OF, utilizando 130000 Ib/h de 4gua ( cp = 1,0 Btw/Ib.0F ) que se aquece de 65 OF a 118 OF, Sao disponiveis diversos trocadores multitubulares tipo TC- 1.1, cada um deles com 25 ft de comprimento contendo 40 tubos de 1,05" de diametro extemno. Considerando um coeficiente global limpo de 82 Btu/h.ft.9F e um fator de fuligem de 0,001 tanto para o dleo como para a gua, calcular o ndimero de trocadores necessérios. Exercicio 1.15. Um trocador tipo TC-1.1 é utilizado para pré-aquecimento de gua. Para isto, © trocador utiliza 1650 kg/h de vapor em condensagao total no casco a 250 °C ( WHy = 412,81 kcal/kg ). A carcaga do trocador tem 0,6 m de diametro ¢ 9 m de comprimento ¢ est localizada em um grande galpao cujas paredes ¢ 0 ar estio a 30 OC € 0 coeficiente de pelicula 65 kcal/h.m2.°C. Verificou-se que as perdas pela carcaga correspondem a 10 % do calor cedido pelo vapor. Para reduzir estas perdas para 5%, os engenheiros optaram por atuar na emissividade (e ) da carcaga através de pintura, a) Dispondo de 3 tintas (tinta A : ¢ = 0,28; tinta B: e = 0,37 e tinta C: e = 0,49 ), qual foi a tinta escolhida? ) Qual era a emissividade original da carcaga antes da pintura? Exercicio 1.16, Determinar a area de troca térmica requerida para um trocador construido para resftiar 25000 kg/h de alcool ( cp= 0,91 keal/kg.°C ) de 65 OC para 40 °C, usando 22700 kg/h de agua ( cp = 1 keal/kg.0C), disponivel a 10 °C. Admitir coeficiente global (sujo) de transferéncia de calor (Up ) de 490 kcal/h.m2.0C, e considerar as seguintes configuragdes a) trocador tipo TC-1.1, fluxos em correntes paralelas; b) trocador tipo TC-1.1, fluxos em correntes opostas ( qual 0 comprimento do trocador, considerando que o mesmo tem 99 tubos de didmetro externo 25 mm ? ); ©) trocador tipo TC-1.2 com Fy = 0,88 (qual o ntimero de tubos, considerando um trocador de 7m de comprimento ¢ Up = 600 keal/h.m?.0C 7) Exercicio 1.17, Em uma instalagao industrial, um trocador de calor casco-tubos tipo TC-L.1 aquece 135000 kg/h de agua ( cp = 1,0 Kcal/Kg.0C ) de 60 °C a 112 °C, por meio de vapor d'gua condensando a 115 °C no exterior dos tubos. trocador tem 500 tubos de ago (Ze = 2,1 cm), de 10 m de comprimento. Admitindo que o coeficiente global de transferéncia de calor nao se altera significativamente quando a vazao de gua aumenta e que existe disponibilidade para elevacao da vazao de vapor, calcular a) 0 coeficiente global de transferéncia de calor; b) a temperatura da agua na saida se sua vaza0 méssica for elevada em 50 %

Você também pode gostar