São Paulo: Ática, 2006, é apresentada uma concepção de que os âmbitos
político, socioeconômico e cultural estão fortemente interligados. Ou seja, segundo o que apontam os autores, o mundo em que vivemos, sobretudo no sistema capitalista, pressupõe uma íntima e estreita ligação e influência deste conjunto de fatores que vão influenciar diretamente a cultura popular. A isso, somam-se também as relações de classes dominante e dominada e a desigualdade social que vai influenciar diretamente em como as manifestações culturais se dão, são percebidas e vistas, sob o ponto de vista da perspectiva de cada classe. Ademais, percebe-se na classe dominante a tendência a uma hegemonia cultural, apresentando sua cultura como se fosse de todos, até dos mais desfavorecidos, o que no mais das vezes não se faz verdade. Existe também, em contrapartida, sob o ponto de vista da classe dominada e de sua alienação, a tendência em adotar hábitos e formas de ideias culturais como se fossem as suas próprias, ou de menosprezar algum aspecto cultural próprio por simples preconceito imbutido pela classe dominadora.