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03 de Agosto de 2010
Obrigação é: o vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra uma
prestação economicamente apreciável.
Exemplo:
Vínculo Jurídico – contrato
Uma pessoa – Sr. José
Exige de outra – Sra. Maria
Uma prestação economicamente apreciável – a entrega de dinheiro
Compra e venda
Compradora: Ana e João Vendedora: Bia
Credora da coisa Credora do preço
Devedora do preço Devedora da coisa
Ao mesmo tempo é credor e Dois centros (crédito e débito) de
devedor, porém de prestações diferentes. interesses
Dentro de uma relação obrigacional o foco deve ser a prestação, de que ponto de
vista a relação está sendo interpretada.
Se Pedro não pagar, surge a pretensão p. João de exigir pelo cumprimento forçado +
indenização Responsabilidade patrimonial D. das Obrigações = campo para os
direitos patrimoniais.
Ex2: Ana e José pagaram, mas Bia não saiu do imóvel, mas Ana e José não
podem invadir o apartamento, eles devem entrar com uma ação contra Bia, pois
diretamente sobre o imóvel eles não podem exercer esse direito, pois não possuem
direitos reais sobre ele.
Elemento objetivo
PRESTAÇÃO: objeto da obrigação (o objeto da obrigação sempre será
uma atividade, o agir do dever.
▪ dar entrega da coisa, não a coisa em si.
Alguns autores classificam o objeto – Dar – objeto imediato = entrega da coisa
Objeto mediato = coisa em si.
▪ fazer atitude comissiva do devedor (ação positiva). Ex:
contrato de promessa de compra e venda, atividade artística, científica.
▪ não fazer atitude omissiva do devedor (ação negativa).
Ex: não construir janela a uma distancia menor que 1,5m,
obrigação de sigilo.
10 de Agosto de 2010
▪ Lei
A obrigação tem como por objeto uma prestação. Essa prestação vai decorrer de
uma manifestação de vontade (autonomia). Mas ao lado da prestação podem existir
alguns outros deveres, chamados de anexos, ou secundários ou acessórios. E esses
deveres não vão decorrer da autonomia, porque não são criados pela vontade das partes,
e sim da boa-fé objetiva. Percebe-se com isso que a prestação é o dever principal, mas
existem outros.
A obrigação antes era vista só com credito (direito), debito (dever), objeto e
prestação. Ou seja, não existiam os outros deveres. Com a fonte de boa-fé objetiva o
credor passa a ter deveres também como, por exemplo, o de ajudar, avisar ao devedor
algo e etc.
Antes, durante e mesmo depois da prestação, pode ocorrer alguns deveres como,
por exemplo, informação, colaboração e sigilo, respectivamente.
Boa-fé objetiva
(2) interpretação do negócio jurídico: art. 187. A boa-fé objetiva permite que se
use o comportamento das partes para dar sentido ao negócio que está sendo
interpretado.
(3) limitar os exercícios de direito – quando isso viole qualquer um dos deveres
que vem da boa-fé.
12 de Agosto de 2010
Obrigação simples
▪ 1 objeto – uma única prestação
▪ 1 credor
▪ devedor
▪ Obrigação de dar –
Prestação: entrega de coisa
para transferir a propriedade (art. 233 ate 237)
para ceder o uso (art. 233 ate 237)
para devolver (a partir do 238)
entrega de dinheiro (obrigação pecuniária)
- Obrigação de restituir
- Obrigação de dar coisa incerta (art. 242 a 246)
Essa coisa não é indeterminada, e sim indeterminável. O mínimo
que se requer para que uma coisa seja considerada indeterminável é que ela seja
definida pelo gênero + quantidade. Art. 243 Se não a obrigação é inválida.
Contrato aleatório é outro tipo de contrato, não é de obrigação de coisa incerta.
Não há como alegar perecimento da coisa, pois por ser incerta, pode ser substituída por
outra igual. Gênero nunca perece. Só se for gênero limitado (ex: vacas da fazenda tal).
Concentração do débito – é a determinação da coisa de modo a
permitir o cumprimento da obrigação.
A obrigação de dar coisa incerta torna-se de dar coisa certa após a
definição da coisa a ser entregue.
A regra (art. 244) é de que quem escolhe é o devedor. Mas ele
não pode escolher a pior coisa, mas também não precisa escolher a
melhor.
As partes podem estipular um prazo de quando vai efetuar a
escolha, mas se não tiver prazo o devedor pode escolher até o momento
da data de pagamento. Se for o credor quem vai escolher, geralmente a
data é estipulada.
Se o devedor não escolher: credor ação de cobrança
devedor sentença procedente cumprimento da sentença devedor
ainda tem direito a escolha se passar o prazo do cumprimento da
sentença o direito de escolha passa para o credor.
- Obrigações pecuniárias
- Dívidas de dinheiro (pela quantidade de moeda)
Ex.: R$10.000,00
Princípio do nominalismo – impõe que o devedor não esteja sujeito a variação
de valor das coisas.
Obs.: correção monetária – mesmo nas dívidas em dinheiro, mesmo aplicando o
principio do nominalismo, admite-se a correção monetária.
Direito pessoal
Direito real
19 de Agosto de 2010
• Obrigação propter rem – é uma obrigação que decorre do fato de o devedor ser
proprietário ou possuidor de uma coisa. Mesmo que a dívida não tenha
sido criada por ele, só o fato dele contrair a coisa, ele contrai a
dívida juntamente.
Obrigações complexas
• + 1 objeto
e/ou
• + 1 credor
e/ou
• + 1 devedor
A obrigação complexa se sobrepõe a obrigação simples. Então num caso onde exista
os dois tipos de obrigações, classifica-se como o “mais importante”.
▪ Obrigações Alternativas – a partir do art. 252 - complexas quanto ao objeto (parte
da premissa que haja 2 ou mais prestações, 2 ou mais objetos).
• Conceito
• Concentração do débito – é a escolha dentre os vários objetos, qual será
cumprido pelo devedor. A escolha é feita pelo devedor (em regra – art. 252).
• Concentração do débito em contratos de execução continuada
• Distinção das obrigações cumulativas e facultativas.
Próxima aula:
Resposta:
24 de Agosto de 2010
• Conceito.
Credor ---------------------------------------------Devedor
Ana Daniel
Bia Prestação Eduardo
Carla de R$3000,00 Fabio
Divisível:
- A prestação pode ser dividida sem prejuízo da sua substancia
- Quando a satisfação do interesse do credor se dá mesmo c. a divisão da prestação.
No exemplo dado, cada credor vai receber 3000 cada um. A não ser que eles
acordem entre si que um vai ganhar mais do que o outro. Mas cada credor só pode
cobrar a sua parte e cada devedor só pode ser cobrado da sua parte.
Obrigações Indivisíveis
• Conceito
Art. 258. Aobrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou
um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza (vaquinha), por motivo de
ordem econômica (redução do valor da coisa), ou dada a razão determinante do
negócio jurídico (as partes podem estipular que seja indivisível).
• Pluralidade de devedores
Cada devedor será obrigado pela dívida toda;
O devedor que paga a dívida se sub-roga no direito do credor em relação aos
outros coobrigados;
Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos;
OBS:
- Culpa de 01 dos devedores: só este se responsabiliza, ficando os demais
exonerados
- Culpa de todos os devedores: todos se responsabilizam
Toda vez que tem culpa, o credor tem direito a receber perdas e danos.
Toda vez que a obrigação indivisível for transformada em obrigação de pagar
perdas e danos, ela se torna divisível. E Terá que cobrar divisivelmente o valor a
cada devedor. Art. 263.
• Pluralidade de credores
Cada credor pode exigir a dívida por inteiro, mas o devedor só se exonera da
obrigação pagando> a todos os credores conjuntamente OU a um, dando este caução
de ratificação dos outros.
A remissão (perdão da dívida), transação (composição entre as partes), novação
(nova relação jurídica para substituir a anterior), compensação (duas partes são
reciprocamente credoras e devedoras), confusão (credor e devedor confundem-se na
mesma pessoa), meios de extinção das obrigações, têm efeitos pessoais.
26 de Agosto de 2010
Obrigações solidárias
• Fontes da solidariedade:
- Autonomia – da vontade.
- Lei – art. 1.644
• Espécies de solidariedade:
- Ativa – quando há pluralidade de credores
- Passiva – quando há pluralidade de devedores
- Mista – quando há pluralidade de credores e devedores. Art. 267 em diante.
Solidariedade Ativa
• Cada credor pode exigir do devedor a prestação por inteiro;
• O devedor pode pagar a qualquer dos credores e com isto se exonerar, salvo se
tiver sido demandado por algum deles; art. 268
• O pagamento, novação, compensação e remissão em face de um dos credores
extingue inteiramente a dívida;
• No caso da remissão e pagamento, caberá ao que remitiu ou recebeu por inteiro
pagar aos outros a parte devida; art. 272.
• Falecimento de um dos credores solidários – o seu crédito passa aos herdeiros
que o receberão de acordo com seu quinhão – desaparece a solidariedade, salvo
se a obrigação for indivisível; art. 270
• Conversão da prestação em perdas e danos não faz desaparecer a solidariedade,
como nas obrigações indivisíveis. Art. 271.
31 de Agosto de 2010
Obs.: a dívida só pode ser cobrada por inteiro no espólio, antes da partilha. Com relação
ao herdeiro do co-locatário, o art. 276 permite que se cubra apenas no limite do seu
quinhão, salvo se a obrigação for indivisível.
02 de Setembro de 2010
Exceções – defesa alegada pelo devedor.
Renúncia da solidariedade
Cessão de Crédito
Ana Bia
Credor Originário Novo Credor
(cedente) (cessionário)
Cláudia
Devedor
(cedido)
- É um contrato por meio do qual o credor transfere seu crédito a terceiro que se torna o
novo credor.
Claudia Bia
Devedor Novo Credor
(cedido) (cessionário)
• Acessórios do crédito
09 de Setembro de 2010
Espécies de Cessão
- gratuita –
Forma da cessão
Proteção do devedor
• O devedor pode opor tanto ao cedente quando ao cessionário as exceções que
lhe competirem no momento da cessão.
• Em relação ao devedor a cessão só produz efeito se lhe tiver sido notificado; Art.
292. E art. 290 – A notificação da cessão se classifica como declaração
receptícia de vontade.
Exceções que o devedor pode alegar em relação ao cessionário: art. 294 – as suas
próprias exceções e as exceções que tinha com o cedente antes da notificação.
14 de Setembro de 2010
Pluralidade de cessões
A quem pagar?
• Prioridade do cessionário detentor do título; Art. 291
• Prioridade da notificação, se o título for escritura pública; Art. 292. (Quem
notificar primeiro).
Críticas…
Assunção de dívida Um terceiro, chamado assuntor, assume a dívida do devedor
originário que pele assunção fica originário. – Devedor transfere o crédito.
Ana Bia
Credor Devedor originário
(cedente)
Sempre
participa
Claudia
Novo devedor
(assuntor)
O credor tem que autorizar a transição para o novo devedor. Isso tem que ocorrer
talvez o novo devedor não tenha patrimônio para garantir a dívida.
Conseqüências da assunção
• Efeito liberatório
- quanto à prestação: o devedor primitivo não é mais obrigado ao cumprimento
da prestação – art. 299.
- quanto às garantias (penhor, hipoteca, anticrese) art. 300 – também são
extintas, salvo consentimento expresso do devedor primitivo.
Obs.: assunção cumulativa – se daria quando o novo devedor (assuntor) por ser
insolvente não libera o devedor primitivo da dívida. Então seria cumulativa a dívida.
O devedor primitivo e o novo ficariam co-devedores da mesma dívida.
As exceções gerais podem ser alegadas mas o novo devedor não pode alegar as
exceções pessoais do devedor primário.
16 de Setembro de 2010
Adimplemento ...
...
Requisitos do pagamento
Quem paga
A quem se paga
PAGAMENTO O que se paga
Onde
Quando
Pagamento de terceiro nao interessado em nome e a conta do devedor (CC, art. 304,
parágrafo único)
Ana Bia
(credora) (devedora)
Jose (3˚)
João, no caso, não teria direito a reembolso porque ‘e como se tivesse aberto mao de
receber o dinheiro que pagou a Ana no lugar de Bia.
Essa pagamento ‘e para beneficiar o credor, mas alegam que o devedor pode não
autorizar o pagamento que o terceiro faz.
Pagamento por terceiro não interessado em seu próprio nome (CC, art. 305)
Ana Bia
(credora) (devedora)
Jose (terceiro)
Obs.: não há sub-rogacao legal. – Porque esta so ‘e feita por terceiro interessado. Mas
isso não ‘e de toda verdade: pode haver sub-rogacao se for convencionado com o
devedor ou com o credor.
A diferença da sub-rogacao para o reembolso ‘e que este primeiro engloba tudo que já
estava definido na relação. E o segundo ‘e so a quantidade paga.
Art. 305 – vide 347
Pagamento por terceiro com desconhecimento ou oposição do devedor (CC, art. 306)
Jose (terceiro)
Bia não fica obrigada a pagar o terceiro se a divida paga por este estava prescrita.
Pedro (terceiro)
(proprietário) – uso, gozo e disposição – três direitos do proprietário.
Pagamento efetuado pela transmissão da propriedade de bem fungível (CC, art. 307)
Pedro (terceiro)
(proprietário)
Quando aquele que recebe a coisa esta de boa Fe não pode ser responsabilizado. Se ele
já consumiu e estava de boa Fe, não devolvera. Se ele não consumiu ele pode ser
obrigado a devolver, mas não terá indenização.
Se o credor da coisa consome a coisa e esta de boa Fe, fica isento de responsabilidade.
Credor
Representante do Credor
Portador da Quitação (CC, art. 311) – presunção relativa.
Objeto do Pagamento
-Prestação devida (art. 313, 314)
Identidade > o devido, não pode mudar a prestação ainda que para outra mais
valiosa, tem que ser exatamente a prestação acordada
Integridade > Tem que ser todo o devido
Indivisibilidade > Por inteiro, pode parcelar só com a vontade do credor.
Dividas em Dinheiro
Moeda corrente (art. 315)
-Clausula-ouro – quando no contrato vem previsto pagamento em ouro, a
clausula é invalida!!!
- Pagamento em moeda estrangeira – Clausula invalida, a não ser que seja
prevista na lei.
Prestações Sucessivas
-Aumento progressivo (art. 316)
Ex1: Aumento de 1% a.a
Ex2: Aumento anual pelo maior índice
Ex3: 12 prestações de R$1000,00 + 12 prestações de R$2000,00 +12 prestações
de R$5000,00
Lei 10.192/01
Revisão do Contrato
-Requisitos (art. 317)
a) Desproporção da prestação – O juiz pode rever esse contrato
b)Superveniente – Ocorre depois da celebração do negócio. Essa revisão acontece
nos contratos de execução futura.
c)Por fatos imprevisíveis
-Expressa
Quitaçao Presumida
Lugar do pagamento
- Divida quesível (Regra Geral – 327) – é preciso que tenha um acordo entre as partes,
aquela que é paga no domicilio do devedor
- Divida portável – é quando o pagamento tem que ser feito no pagamento do credor.
Tempo do Pagamento
-Obrigaçao pura e simples (não tem termo ou condiçao) (331 CC) – exigida
imediatamente pelo credor. O credor constitui o devedor em mora notificando-o para
pagamento.
O que é?
Substituição do credor, dando continuidade a obrigação (art 349 = 350)
-Modalidades:
A)Sub-rogação legal
B)Sub-rogaçao convencional
Por iniciativa do credor, que procura com ou sem conhecimento de devedor uma
pessoa que pagando seu credito, assuma a sua posição negocial (CC, art. 347, I)
Terceiro paga parte da divida e adquire proporcionalmente os direitos do credor em
relaçao ao devedor
Imputação
O que é?
É a escolha na ordem de pegamento de varios debitos de mesma natureza em face do
mesmo credor.
Ex: Ana tem 4 dividas de 100reais a favor de Bia, qual delas está pagando quando
oferece 100reais.
Varias dividas
Identidade do credor e devedor
Igual natureza das prestações
Liquida - certa e determinada
Vencida
Fungiveis entre si
Possibilidade de resgatar mais de um debito
Espécies:
-Por vontade do devedor (CC, art 352)
-Por vontade credor (CC, art 353)
-Legal
-Juros em face do capital (354)
-A divida vencida primeiro(355)
-A divida mais onerosa(355)
Juros (moratórios)