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Fevereiro @vestmapamental

FILOSOFIA
FILOSOFIA ANTIGA
ANAXÍMENES

Um terceiro milésio, Anaxímenes (c. 588 – 524 a.C.), discípulo de


Anaximandro, concordava que a origem de todas as coisas é
indeterminada. Entretanto, recusou-se a atribuir a essa
indeterminação o caráter de arché.

Para ele, esta não poderia ser um elemento situado fora dos limites
da observação e da experiência sensível, como o apeiron de
Anaximandro.

Em discordância com aspectos do pensamento dos dois mestres


anteriores, Anaxímenes incorporou argumentos de ambos e propôs
o ar como o princípio de todas as coisas. “Como nossa alma, que é
ar, soberanamente nos mantém unidos, assim também todo o
cosmo, sopro e ar o mantêm” – Anaxímenes.

O ar seria um elemento mais sutil que a água, quase inobservável,


mas que nos animaria, nos daria vida, como testemunha nossa
respiração. Infinito e ilimitado, penetrando todos os vazios do
universo, o ar constituiria uma arché mais determinada que o
apeiron. Também seria um princípio ativo, gerador de movimento,
como nos ventos.

Segundo Anaxímenes, pelos processos de rarefação e condensação


se formariam os outros elementos – que, para os antigos, eram a
terra, a água e o fogo, além do próprio ar – e, a partir destes, todos
os demais. A terra, por exemplo, seria o estado mais condensado
(isto é, de menor volume) do ar, enquanto o fogo seria o mais
rarefeito (isto é, de maior volume). Nascido do ar e movido, o cosmo
seria uma espécie de respiração gigante.

Anaxímenes nasceu em Mileto e foi discípulo e sucessor de


Anaximandro. Teria defendido teses astronômicas acertadas e
equivocadas, com as de que a Terra é plana e estaria assentada
sobre o ar, a luz da Lua é reflexo da luz do Sol e seus eclipses são
consequência de terem sido obstruídos por outro corpo celeste.

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