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Capitulo vi Pulséo Rapsodica Seinnssen gra ehacng en ‘Porinct pot deque ose ‘lee ode mas falar deforms “ramitin ne" tal? Em que momento pensiemos P&C) aq ies Lehmann chama de pés-tramsts Bete prefs denominar(pareatestarne Laid pel caprstsinte d0 *xteadramstico2” Que gran dete dade dearest ie eae sm Scontemporinea dialog rs seauod Poisa Suesti justamente ade wn SPE Sneoercivel de iTeBt ves am eno a A aree 8 ot ra i nos de 1880, parece Profunda da for tic, niciada nosh ofan da orn deat TERE eps 8 wn spnbém, suplanteds pelo “yesmoranow: aquele ifestaria“de uma os alogenos 120 mento ‘nos feito, ha mut tempo, anne i Até a propria nogio de wnidades liparate, pelo heterogéneo, Um dog Segundo o qual a forma dramitica ni0 SPT, Iman nligiel po se oan ms Oe « cachand lignes, Ottves en pase, eave Pais ubatie Ch. DElIgIIN, 1907, ___ Wagner teria sido, iltimo defensor da aprofundad: cia do romay entre os poetas da cena e do dram? tunic dramtia, Sua reflex, bast ls, 0.conduza considerar que oromance~as0b! vende damtne® do inal da tdade Média époce moe? ealaeicoalimento do drama,e que meso Shakespae 2 Sense confers completamente aes mate 03" chega a errant € tkdade dramaticas, ou sea, que ee Nao mage ttt 8a certa Fragmentagdo do agit ou des 2% hee niet POF Outro lado, do que Goethe. Wagner 861° em ato ator do Fausto “nem um verdadeiro omen Sessa Wetdedeto drama, mas apenas um poem Assunta ease dominio: Ligénia em Tauride, mas porate SS an aga “pronto anerionente xcewando-se 2 ehicamente viva o autor da Tetralogia considers Wt ahs esto sheridan brgs 3 iessunngy yt Podido chegar a tl resultado com ui ot ae Wan tt4do da vide moderna e do romance” Daael® Goethe Seeaconsiera como uma constatagio de tracts ciodesun canes eter no romance, onde, noi Oiinpute, aTeit8dramdtica, ele se drigira para o dram same : skespeariano” Para se oper 4 romantizagao &° evidente ne dePendéncia de um romance francés (natural Contemp) “le selancou na desrigo amaisceva dat orinea ...]apere toad? anes Wag eigoando a fealdade como 0 mie rome tteaplicaa sa solucio:o retorno 20m cBaropenea ne sitios mas “saga naionl ds ‘aconcepein wan amtes a [dos povos] germanicos eP° "agra 6 omoreate ose n05 WC? ago ampla e oy ; rragédi® Beg: asus eB qu crater 3 eo iia grande, wo s 7 "8 aGio é a ideia de sua base ota aesséncia do homem num cet? © um agi decsivo, nico, indivi} lessegénero que nos revela um granse "F080 constatar-se que o genial dea fa dessa aga PoltSexiteun ensamento” Ora, ¢ fo P thideo,p.yorag, 8 idem, pp, Ubideon 35 Wage, Bidem at em stn) i APULSAORNISODICS ical wagneriano,ancorado nas ends nacionaisgermanicas mil tnt ais que ermanes ino cons o plano dramtico, ¢ que 0 de’ ado. Aco? tora cidadosamente ese grande acco HO “rio, a romantizagao do drama segue © se a ca. Psbidade de aeabar coma nga unig. FANTASMAS DE PEGAS ‘ounem sempre romantzagiO simples pels f jeserdada 2° Aeris da unidade dramitica no €4pem8°~ to de uma procura voluntaria ou d€ 7 tera la também correxponde au ‘Eidos, Se oma damien POOP ca Um cul xx, ¢ que ea no se eproduz de manea OT Gg elo prea. 0 rein amentiel 2 POs {slo xtx - Scribe entre os autores SOY ng {dadotin, presence a pari Cy gl NOnica de teat ‘uma forma codifica je propor seertgeg aro de san ver mais nae a1 eee ‘tides peso, Nao estamos mals NOS Pe Como ee orquetrados ena “cena #5271 PTET gia max deeada ato. A cena,a partir ee0180,6 POTS cad esas para ser desconsiuida Ti ‘ams sa, dramaturgo deves® 'M favor dessa vinica tentativa. 1% essa energia, essa pus GLt™século, da reinvengo permanent TENE 0 objeto deste capita Cinvengio ew econnecimen Ag Sosa Sa uanimidade 2 EE Sores secmapo mse samen moda aga) 5 R*Xte inovadores), compromet® toda P dag est ‘agem mais séria da qué Ftheas sigs de Hane thies AMMEN ESECS,putindo de east um mod verdad ep erated evden over fe costtagio in da separagio ave PE a= ed8 come tag ed das 4 muti longeseP™ certacrticn dramaticos io, Deter-me MMatica an manne com e! a roeniea po peas mone da chegada, obretuco a partir de Othar do Surdo, de Bob Wil son, de todo um teatro no dramtico, frato de hibriizagbes normalmente feliz entre o mimo, a danga, a mmisicae textos no dramticos -, Lehmann conclu apressadamente pela morte do drama esa substituigio por um “novo texto de teato":"0 novo texto de teatro’, escreve ele, “& com frequéncia um texto ‘em que se acaba com 0 dramatico”:O criticoalemito considera due aquilo que ele chama de “modelo dranvitico” ndo corres- ponde mais i experiéncia do homem contemporineo e, por {s80, 6 nos oferece, nos dias hoje, uma imagem “obsoleta” dos conflitos sociais ou pessoais’. Na verdade, Lehmann retoma tum antigo refrio hegeliano atualizado por Adorno: O drama esté morto / como prova / Becket Ihe fez 2 autépsia. Isso teria Aacontecido, nos diz, em Fim de Jogo. Oscomponentes do teatro aparecem aps sua propria morte. Aexposi- lo, omicleo da intign 2 aga peripéeia ea catistoe volta, decom Poste, para uma autdpsia dramstirgica: a eatistrofe, por exempl, substtada pelo andinco de que noi maislenimento. Tsiscomponen- ‘esruiram, 20 mesmo tempo que o sentido oferecido antes peo teatro? Notemos quea morte da dramaturgia, aqui ressuscitada por Adorno ~ exposigio, micleo da intriga, peripécia, catistrofe e mesmo agio -, um antigo cadiveraristotélico-hegeiano que hhi muito ndo se via sobre os palcos. Em todo e880, no depois desta crise do drama que Szondi analisa. Adorno permanece resistente a perspectiva de Szondi de uma "solugdo” para a crise ‘e Gama, € que sera teleolgiea oriented prinipalmente ela via de um teatro épico ce miitipls faetas: Piscator, Brecht, Bruckner, Wilder. + " Quantoa Lehmann, ni poderia ser suspeito de referencias dramatirgicas obsoletas. Ble conhece perfeitamente o teatro contemporaneo, do qual & um dos melhores comentadores, Seu erro, a meu ver é deixar-se ofuscar pelo que chama de ‘verdadeira contemporancidade’, érecusar-se a por em pers- pectiva 0 moderno eo contemporineo, essa longa duragio 8 Hanshi hin. Le Thr pst, Pcs Cathe, 2003 p30, 7 Theor We Adora Pour compen separ, Nts sa ite Pari acinomae ‘VL Austo Rarsonica 2 ma do drama, & sobre a qual se efetua a mudanga de paradi de querer estabelecer o quadro de uma estticageral pos-dra- rética que se estenderia por todo 0 campo do teatro e faria desaparecer o drama para sempre. Quanto ao resto,Lehmann retoma com brilhantismo a intuigao de Bernard Dort sobre @ “representagio emancipada’, que aponta para certas condigBes « possibilidades de uma reinvengio da forma dramitica sob a influéncia da encenagio. De modo definitivo, assistimos hoje a uma emancipatio dos iferens tesfatores da representacio teatral. Uma concepgao unite doteato, sejaela fundada sobre o texto sob t cond esti em vas des ap ‘ar Delra progressivamente gard lade usta polis, ou mesmo A og 2 Sontag ens a i is asi pti | iy convincentes. Em sua Historia dO LAP gear |. BSSconversas com Gamper, 0 sci" BHT yo, dem in COt¥eTsas com Gampers ee ale ratitvlmente, qualquer que st)8 2% oud : or ses |, telfoindterente quanto a0s"BEM acoso esas caalgamentos 8 SON ie es Ho pelo dramitico, do dramitee ant no interior do poema drat tsGum execlente exemplo.n? We, =ain0 moderno, meio USS agile in os que passa “por povoads: OT eget sls qu iuminard Nova coms Slogos de Nova, 0 segund® em os & , ond Stadram a pega, Em ambos © and “ica e arte de viver, segund? set H genet macs? 4% go, 10188 igo ho Prodi elo radar DOS ee paesbase searte sec BE vse Dene oe das Lt Sobretado, tena temo io ne as a voce mesmo, por asi OT ive S01 Bsa a sua ari, 2°79 ingies ‘fee os detaes, vi para om gad fans dnn dscns Seu rise, Ponta a cones que iN los PO 1. arttho das fata the sea doe® ova: Sou apenas eu, originsico de outro povoado, no muito den ‘Mas, esejam persuades, oesprto da nova ea falaem mim ees ‘que ele tem a dizer, Sims, o perigo existe & gragas a de que poss falar como vou falar ~ 0 resstncia, Ester também meu poems Sica, que pratica a alterndncia dos modos dramatico, éPico ¢lrico, permitind ao drama retomar contato com 0 mundo. Tal€o processo regenerador que Bakhtin design sob o nome e“romantizagao” ‘A romantizagio" da teratura nfo significa a apliagio aos demas Bineros do cinone de um ggnero que nio € seu, Pols 9 romance nio Possui qualquer c&none! Por sua prdpria natureza ele & acanOnicoy 21, Skpane Mn Reve indies, 31861 p25 completamente flexivel,E um género que se procuraetenamente, se analiss,reconsidera todas as suas formas adguirdas [. Também a “romantizagio dos demals géneros no significa sua submissioa cio. nes que io sio os seus, Ao contri, trata-se de unnalbertqdode tudo ‘que éconvenciona, necrosido, pomposo, amorfo, detudo oque freia, a sta evolugioe o transforma em estilizagio de formas decrepit A propésito da fungio emaneipacora da romantizacdo do drama, dei alguns exemplos de Diderot, seu precursor, a Miller O'Neill, passando por Ibsen, Tehékhov, Gérki... Mas ssa influéncia sem tutela continua ativa, mesmo hoje em dia, enso, por exemplo, nas pegas que Daniel Danis qualifica de “romances-ditos’ notadamente Terra Oceano. Nio strata aqui, para o autor, de eriar um género ou “subgénero" novo, como para o “jogo de sonho" de Strindberg, no qual nenhum “hori- zonte de espera” tem correspondéncia com o pico de teatro. 0 objetivo de preferéncia, éafiemar a presenga constante do autor-narrador ~ que, como vimos no primeiro capitulo, abre ascenas ou as microcenas, assim como se inicia um capitulo de romance por um titulo ~ tanto quanto a alterndncia de cens dialogadase de récita, algumas vezes bem longas, como a que evoca a razia que faz, Gabriel, a crianga enferma e destinada a ‘uma morte proxima, sobre a despensa da casa. (sdoithomensinhostmriros (Antoine e Dave inhamesclhidoir Juntos dade prs acertar deuna so ver,eroplamens som Ses. Uinahistria de no mimo dae ra. Com eid, ‘Antoine ded sé tras, odando como ui i 80 Tse ena ors banco de neve, nama das partes da 20m tal do desea, inc ores depots pera aa de bsots ade choclate loces esa de eto reso da gaat devaho.o mesinaho de dee nose mi, dormind todo enc naescuridt,aarfanado no melo dv vali revit die uses is lor dum eallogo da Canadian Tie de 968, prtencent 20 ti. ‘non oma dadamentoatogo da ns Cab von: Quand neva amorsarentesbrea tera sbrangada ‘0 pacotinho de ‘2 Mikhail Bali, Rc epg roman thqu et Trl du roan, Pats Gilliac sr pare stb sss da cidade, rej esses calogos nos qua hava a pronosio de antigo de atom sobre cpa decors om flacos de neve.” . : : ORETORNO DO RAPSODO. Noteato, nos diza tradigdo,o autor deveapagat-se completa~ mente diane cle suas personagens, star asente, No romance, {0 contro, o autor & onipresente Ele oma abertamiente 8 et sxcargoo fio do relato, ou delega essa avefa atm mitrador que ii deidiro encadcamento daagio; as déscrigBes €05 dilogos. ie itancla ‘que, na forma dramiitica moderna econtem- rinea, se insinua no concerto das personagens e regula todas en ‘peracdes de convergéncia, de monte de elementos isparatados, que decorrem da romantizagio do drama? Que Rezessade qualquer forma a mais, que se faz owe ni sobre, Treaties ao lado das personagens? Nao ado auto, no seatido ‘actors. A voz que se eset em ants pegss moderns lemporineas, de Strindberg a Kane ¢ Fosse, € ums vou {auiets. erttica, imprevisivel. E, com frequeéncia, subversiva. Uma vor anterior &do autor. Vor que remonta orlkdade das ‘rigens. Vor do rapsado, que retorna, que se imiscui na fice. A poética do teatro, de Atistteles a Hegel havia banido "rpsodo, A sua figura colou-se mia ideia ce mescl, de mest Sm. delmpureza~ alterna permancatemente repesentagio reat, mimese e diegese-,ineompativel com a da tragéia O36 podemes constatar que orps00 HOY FE Esutiimente. Q seio do corpo te Que disseminou sua presena NO do drama. Diz Goet Pry obra pica: “Nenhuma ae raps me ni The tena sido Ipersonagem] pode tomar a palavra quem Previamente dada” Mas no se dé a mesma coise atuale ‘mum contexto dramitico? O rapsodo néo preenches nas obras dramiticas modernas e contemporineas, essa mesma fungio dlstributiva da palavra? Invisivel e, no entante, onipresente, © ‘apsodofaz.acena com as personagens ou até mesmo conde a ‘ena, Dessa outa partlha das vozes, maisampl, mais generosa, Petes forma aberta drama-da-vida, ue nso em comeo saea its €ctlas partes se sucedem sem, necessarament, 5 SESH" Cabe ao espectador opera ness descontinaklade, SAmESMO nessa disjungo,e, como escrevePaslini nu ONS “Pecan “a Sc xiste uma arte que,no historia doe : toda a rapsécica, foi ade dade Média tata dos istrios, nilagres ¢ outras Paixdes, Sabemios, alls, que 0 petiodo de fim do sécuto x, ineand af Mallarmé fl bastante sense ¢atteos homens de teatro asim como entze os pntores Sate ‘medieval eao “mistéic insti noscaptlos precedentes sabrea pregnancia, em certas pegs de fbsen, de Strindberg ou dos expressionstas, do esquems reinvestido por Mallarmé, io, apresentou-se 25. Phlippe acu Labrie fee-Lse Nay Le Dialogue des ese, Pots 26 ‘RP Paolini, vs corsa, Pris Fasten 9767-2 da aie ; Pani, Ora Pi print, mesmo atest, 6a de Socrates em Fidon, Desde enti, estn0s ur 805g sun oa gneng 6% ol femoris no mis a Artes, mes 3 Pa A wel ‘Miler Benjamin, tanto sobre o drama baroco alemiot screech nosencorjamnescamiho.© ns nos nda oq ele hua de ua "eel escrpa zd passa a “via importante, mas ml a Fait: pasando “por Rsvita de Gandertbeine josmist dh Kade Medi: por Gryphivse Calderin eo resents, most em Lent ead m Strindberg: O ator de Origem do Drama Barro Insc estetanente a eaaagio dems alse remontaa Patio goo A busca de um herd no remonta Maio, gue "bem conpreenteraaseN ep net Soper ee tala que €0 si 7 Gfe9 cond m seus Didogs”acresceta ele send drama — no Fano lini da representa 2 7 grega. “O even ‘em ruptura com 0 modelo 4 ese Foes ce rite medleval, que como o vemos m8 ideias & Redes dee tb epresetav iio 03 oi jpabeo wor exclénci. Mis a procura de um hers wig? 0 de existir no drama Bs i, sem deixar de se renove re ee fudo indica que esse “afastamento’ essa via de dest rialiagio da fils defor damien cominun ase ngs 7 jabalesusces © devir rapsédico do teatro mos SSontemporineo, Benjamin insist sobre a dimers wie site forme Mri m qu ‘semis 0 comnico rizado da" reese peeiepiee ‘medieval ee sinals, rogabilidade do trigico”* antigo. Out "” dapreseng dorapsoda. eee est 003 p40 lenin, Esa B te ree ais 2 ‘eo Ong dom toe onan Pare Pa * ea, Orie ome bene ond Pry amo 5 La puiskonansonies cy RASDO RaPsODO Aten mal et engto do prin Mele Principio rapssdico no drama bastante a i fc de vias manda, Amis evidente sa mas Seino desenvlvin anunciadotes, cujas falasao pablico vio na eelvimento da bul, no srs ein Sporn, Aronia om il 1 exceléncia € certamiente, om indique ms 8 modaidade mais mo, Be nace tant, eo Para que haja um coro, é preciso haver wnissene & raped Conds ue ne ontramos reunidasem eggs Becht deCladele ds Kate Yasin fom amas ° eso osanuniadores portadees denon ue Beat Tro. prego adem Bes ‘Anunciador Gp leader em Claudel que nesses tos die dimensoes tia eeeiom quar ange: digs 29 publico, dist Tas, gestual dictico, antecipagio da agi cen picton: Um abergue pobre em Vatladoti. (E com efeto s° Cent comm pobre lenge Vall) Cristovio Colombo! Gs ii een et eto qo oun, de CN ‘Caton Entra “la an Ce et ila Grito Clo) oa © ue 0c "tos, paas um erate males ead gua ois = repent etd ge cre Ce ie aa en ce stamos/~ Calem-se, vocEs 30 fang an sPe na anna el snore gine net A chapel recht ~ aga em Aria 3 le ea ite go eclremente empresa da OS oe dss lt © PoIONEN COO rede eras cdo nt pects osc Por files clin goes ~ 08 famosos panel reciano, “Caos espectadores, apres 20 Pau lade: Hee PAHS —_— A piso rpsia taal, de uma pans tico sobre o diegético e, de outro, para assegurat OME sg € Benjamin chamaram de “lteralizagio’ da EPS. O esforgo consiste em mesclar “elementos formulades * ‘mentos formais"», Esclarecendo: um texto escrito $° inte imagem cénica e fa alegenda da represetagio: MES sendo texto essecldadode teriasiose em Claudel, que prev em suas Notas para 0 apato Cor ‘que “as indicagées de cena, quando forem pensadase 0°, palharem 0 movimento, serdo afixadas ou lidas pel0 alll Pelos prépriosatores" ___ O que impressiona na intervengéo do Fp marginal, em relagio a intervensio massiv® ‘Bens, ¢, no entanto, decisiva nao apenas quanto #) relato, mas também, e sobretudo, porque carrege rio sobre a ago, e assim convida o espectador ase in conforme o desejo brechtiano, sobre os “porqués” dase", seecontramos dimension do drama ¢, essencialmente, a do ponto de vista, e que s6 conse , exprimir mua espécle de endo grau da ad agi, quilo que chamei de metadrama, Os alemies 2° expresso para designa o que é visto debaixo,em cool? ‘gée de alguma maneira: o *ponto de vista da ra’ No rom de Gitnter Grass intitulado O Tambor, é Oskar, 0 homens que desde os sete anos se “recusa a crescer’, que t€™ one de vista da ra ¢ cujo olhar reflete toda a violéncia ¢# bat o «la cena histériea Aids, 0 proprio Oskar ~ sobretwdo PO" arito“vtricida”~ & uma personagem rlativamente 9%, dora, “relativamente” se comparada i personagem™ Po Vista chamada de forma bastante congruente de °O Moms) que inaugura a trilogia das Pecas de Guerra de Edward BO" 6 aed propiments rica.°O Monst’€ = ci srotesca, no sentido de Wolfgang Kaiser (quer dizer, mot! { prefrncin w de Baits que splement 0 °° que! foi vitrificado no ventre de sua mie pela explosio atomic Ora, é a ele que Bond confia a fungao rapsédica de introduat as Pegas de Guerra e de conduit, ao longo da primeira Pe” cod ane a pero eed moose terr09 £20, enjamin Hae sr Brest p26 2 echodel, Tare pe, Yom sees Bj Man? € Ienorante, o rlato dramstico a fim de ss, '8nagio e estimular o questionamento do pablico 6 eanttlo wo ve morante. bigioepony prologo de Vermelho, Negro e lgnorant PMonstao: ea eos maatan em nome da iberdade/ & denocre age de voro, as aliverdade de saber o contests no fata de saber / Sua democracin ¢ 0 meio SUPE Dye ogialierdade a rst Queiberdade ede ainsPothados de cinzas (Ele joge as ces noo) (OEE minha lberdade?™= hieurfsticos do Bi drag MPOTtante que © sentido filos6ficos estionamento ~ inch,» SE cavalgamento da ego pel a ste20 espectadr pel ao, como nua pest de ramaage™- mas, ao contri, de baixo, Por ines ia audiaetrigiea do Monsteo de Bond au através dager Ss clormescs, dasanunciadorese outros explcadores. Hs smo tempo, esas vozes alguna coisa de incongrHeE rakinperative ~ quase cominatvo, A uma de sus PET de ree ite + igifieativo de O TE pease, Clandel deu o nome bastante signif : Beso, Como que para atestar que ese rt70 40 PSN *o da ora dramatica € bem de natureza pulsionsh a tape no qual se bate Ma danga gra. A sien mit o bal de PT cng Irak queos dige que faz, e carrega Peet parece eters O17=T empurra ce maneina dos paliagos de Int como un tener VA entero csts eins ose deena Jo ead msn teal ‘spear tar com min HPS pe mete: VR es de mofarnesseburaco €™ SN Seniors aminha ceu ical ‘amar apoeca por sm aah 0 ety doespelho!/ Descontiam febatangodi A gaopar uma cadeirade Oa do mes ardor agitandootecido VP moo pico es cero at prest! Rete eso & eat 8 fo apidamente, num piscar onan 2s He auto content! Es ame arg =P pan gue de qh ai por que o autor egret ees at ats Ee, 2 Bawa on. Row" oP ost se serve em qualquer ocasit, com um monte eR {ue fzem enorme ar Baten os pes 0856805 sinago ede quem ninguém nunca vera igre! MO secon mat ame io como BP" «explode no meio da pga! / Aten eM toe cvtno desl fo et de qm pel ys invishvela toda velocidad) No estamos maser CH agora na Sera Qualquecoiss." ‘ ‘ape tot tre una grande) Ele 205 mous pis! le chegal Ele chega! So tenho got Abram un espacio entre voces para mim. Bs BED ig, acoso para saber ele val consi encontrar F™ cal. Fao for de entra, senor Rodrigo” no eo EP cond! we eure Deuima certa maneira o pregosro brechia dlor ow ierepreensvel de Claudel fazem o papel do jogo cnico, ressaltandoofato de que odrama-d2-Vi ta, Arama io de primeiro, mas de segundo grav, semPteP, 8 ser novamente jogado ow encenado, O que Se © 9 apenas no plano forma, mas igualmente no plan® € numa pesa de Max Brisch, Biggrafia, unt Jogo (1967) Ss uma personagem, Kiirmann, & convidada a “recom” da” como uma figura de rapsode, congruentemente Ss Pelo autor como Seeretirio. Reconhecemos nesse tum dos miiltiplosherdeiros do Doutor Hinkfuss 2 de Pirandello, 0 condutore rapsodo de Esta Notes RFT senta de Improviso. Causador de desordens, rival do AY (alié, Pirandello), ee se lanca, em resposta aos proto alguns “espectadores, “num rélogo invetanarss 7S dlscurso contra a autoridade do autor e favoravel 8 um amplamente improvisado a partir de uma simples novel. Pirandello, Hinkgfuss, que dvidiré a cena com as perso™*8" € dirgira de fto “improvise reconhece no autor da 0% a vrtude de ter “eompreendido quea obra do escritr te no ponto exato em que cle acaba de escrever a titima pal Responderé por essa obra diante do publica de eitores i da critica Iteriria, Nao pode nem deve responder pera! {8 PaulClaudl te Souerde stn nn Tir, p 730. Bm soa" ‘cant lol eve a tendnca pra altar ea grado teepee™™™ Tekaindovo§ propor de un spl Anno 4 bam (Variants em Novela pat VLA PUIsKO RANODIEA ” mn «le espectadorese dos senhores riticos teatras, quejul ode tos no teatro", © procedimento do teatro no teatFO repay desgastado hoje em dia, mas nao intervenes cad fadoga tt Hinks ao longo da pegs, praticand, dese "peta Me 8 nterrupeso, a antecipagt, a reeoapeee. 8 ticoen 2 Y2tiaGHo e, mais amplamente, a conversa do die Pre timétco e vice-versa, inverteliteralmenteo tempo de Aga. Hinks introduz, como verem0s no Proxima apitul,o tempo da encenagio dentro representa—lo> recyn” SANt0, para sar desse textocentrismo que Finks cons Sistem outros caminkos além da hiperteatralidade Dre Pes dramaturgias de Pirandello ou ade Clawlel¢ meant UM desses caminhos, cada ver mais franqueadlo tual it €0dorepnadohipstasiado em daca A desea Ines apetasimayozsanacnce qucsecnts suo quate 8° ~ 20 leitor, a0 encenador, a0 atos, 80 condgralo, TS ® ouviio mais ou menos ~ muito menos do ave MN Ga Pode igualmente se transformar em uma vor sonore 6 E03 ou de sua periferia, se dirige dietamente a0 espectoio" ‘Sse cso, a didascilia — um certo tipo, menos funcions! © enarrativo ou postcode ddasclia~ di palowra 8404 IEE Pe de dsc Sorin one re a ee a esmana vue doom, tio do questignamento ~ que itera no dogo SOS “SPetsonagens as substi : Pontes algumas ven yea da etre! ave Talver pel fato de a utopia de um “ERO Otanima certo ets de MAE a cn ros atament semelhante. A dilascl opats terociores edgar en re AS unto Ow gums ene planta 030 ores daa de mulheres se sieradas Maer wedhde Cam di oe ate Como vozes de didascilias: mesmo Sampo 0 de um devir-personager™ AHS er Tre Compe, Psi Gal ioe 324) Eas Fata Note saga org Pree: Do es a0, 247 (COL Telos) 4 demain da Vor “amo i Det «tio destinadasa rememoragio ea seu complemen’0® cimento, a amnésia, Em cena, a vor-rapsodiea de Dams situar-sebem aquém de toda encarnagio. Nessa obradeT plas entradaseaplicagies, subinttulada “texto teatto-im’ 7 ue € 0 resultado de uma encomenda para o teat 8 Po, nnagens saidas de um romance anterior “foram! exPHEA Ty “desalojadas do livro intitulado Vice Consul e projet, ‘novas regidesnarrativas"™, Anne-Marie Steter€28 €20°T Sonagens do romance tei, do que poderiames quallfcat™, “anti-adaptacio’ apenas uma presenga fantasmitiea Se), Somente, como escreve Duras, “personagens evades or vores que conjugam seus proprios amores (veleidadet) Serem promovidas elas proprias a personagens) COM S20 das personagens do romance rememorado. A vozrapso4h Duras oblitera a “presenga" da personagem de Durts ¥o23: Quem esti ness hotel? ox 4:4 fda branea(Slncio) ¥or.5(quase ritando) Besse odor de morte de reperte? vor 4 Inenso. (a Yor: Hla queria tomar banho ao chegar? vor Sim, era tarde 0 mar estaa bravo. Era imp apenas reeeber a ducha moma das ondas. la tomo ale. (Sitencia) 073 (med) Ess reds todas pelo mar? vor 4: Contra os tubures do Det 075 Aly sim. (Silico) 023 Onde ela esti? Vor 4 Bla vt, (Silencio) vor 4 Ela vem. a YOU 3 estat, mal ai, mais entament) Bla esta ste cosa tarde. (Tempo): Soren, Vestida de branco. (Siac) As duns eases precedente deveram ser sentdas como aterradoras 08 ‘so de Ave-Marie Stet obranc de seu vid. Na itz verde A ~ Marie Stretter chee. De mode ftv, sorrident, eta de bra ws ossvel nad nano co 98 Marguerite Duras, nda omg Teste refi, Pcs Gala 9 a7 em pnens 7 - tn Num outro estilo de esrita,ndo se poderia encenar A la ean Retr) de Michel Vinaversem soi 20% 723s isputasenteea Bronzex .A., empress francesa de sede brnasneq mulumncoal americans Sea Voe bong do tempo em que todas as mulheres queriam feat Aehg’S 405 pes cabeca, em que os hiomens também se a gat Has praia, passando suas quateo ou cine ems Sits permanecendo iméveis, deitados de costa. fing {22800 discorre ou prolonga, no repisto narratives os amatics, Pde tambo inversnets,istezOm Pe Dem ©degtico,Estratgia que viios no capita 7 ¢ aN inl 40 Pirandello de Ses Personagens Procure dw" ang Ontornara impossibilidade de representa 0 Incest Va dana xanga sy das ena 070 8 0 entanto, toda ap mn que todos toda cen Mas hoje, em que todos os cédigos de pudor ¢ 1 acs "Piece trad bolidos qu partido is de ner ene *sddica de uma didasciiat Talver 0 eeito diame to: uma possibildade alternativa es fT ment ridiulas deus no PaO rs pes turgias de Bond, de Kane ~ as violenelas extn transbordamento da vor da personage™ Pel C ue, a ran the i bua conte 05 Satta: Agora nfo tem maisimpornel pays. /Blesse patho sei dit. la abe a OF 9 mao ‘spe. As fea a am Sor do outa. Se abragam emt amo fe Ent, depois eam maa JO Mal A eno que oS Home ex a am a pre el, Un gs mes sr ado, en ga a cS mesmo tengo fear dead ase ge repentnamente ao lado ba *S vores Matem-n0s. Graham ORS Go tongo trate art am, continua, cont is pausa (Depo BEE” ros con de geo eos cian pe rela el a eo ee Pe caem dela, / A paredes 7 eT —— ‘metralhamento,/ Depo de alguns minutos, o tre 88 bers o resto de Grace eo ola ‘onatam: Ninguém. Nada, Nunca. ocho surgem nares. les desabrocam etoda.acese Por das eres, na continaagio dessas sequend {flados, de Sarah Kane, que nfo deixam de evocdt dramaturgiasimbolistas, a eclosio do giressl€ sugere que nio se trata de didascilias presritivas™ manifestagio do rapsodo duplicada por um convite Mas aintervengio rapsdica, sem dividae mas permanece aquela da personagem desdobrada, ds Pet si pot testermunha de si mesmo, da personagen-rapsodo I as duas fungdes a0 mesmo tempo, A esse respeit:® Sonho, de Strindberg corresponde ao prot6tipo. Ult tro de tuma Agnes cada ver mais desencantada d Jhumana, ele se torna para ela uma espécie de co! que sabe manter-se & distancia ~ menos atirado ou PY do que 0 Oficial, menos conjugal do que 0 Advoge4 'minando por iniid-lo nos pobres mistérios do dram ¢ ‘© atostie De QuanETENA (colo « mao ma boca do Post Gale calese 0 rowra: Bo quedizem todos. quando nos calamos, es Os homens sio impossiveis! Aan (avanga adres de Lina; Con Lisa: Nao ouso dizé-as, les me bateriam, 9 powTA: Ai est. Fa vida, Por veres, & realmente jeu quem Ihes diz.” sas ined A personagem-rapsodo se apresenta frequentemen® {rau ott outro, como uma personagem autobiogrifie proximidade com oautor, ‘umaemanacion? Proximidads com o autor do qual consti uma emarae : ‘manecendo também, como vimos em Pirandello, um independente e mesmo hostil, ou ao menos suscetivel 4» verdadeira subversio, Da mesma maneira que identifica dos narcis asde vcr rma” jas de Pott jc? 08 vie inf ies ss" sito i putt is avatar do escritor Strindberg na figura de Poeta, a persons 28 Saal Kane, Pui Parcs 999. 289,45. Col Sete OO 20. August Snaberg,SoneenoTiveompl. Poe tare 86 a sfrequet sonaget S rade soe ia condi¢™ ‘ see ve VL ApuLskonansonies cn 2s, co Beinn ca Boda 1965) de Michel Vaven Ne 7 ya bs0rG20 de uma empresa francesa de papel higiénco cond Multinacional norte-americana, parece tet POw«CO & wa 9 8Utor. No entanto, remete i javentude de Vinaver © Atco de carteira em uma grande empresa multinacte renga de Passemar é dupa (a personagem-apsoee soppy £8 sempre como agente duplo)s de um lado, ante na hierarquia dirigente da empresa Ravoire € Dehaves tema fungio de narador por suasintervens Oe 7 cout oa PER, sobre tudo no inicio eno fim, se apreseta con da pee 7 sinpo épico do fadgyt Poss € converte toda agzo em ut tempo Pe Ssdvindo eda memonivel, do quase mitico out do lendio: Ay os dan Ps concomta cada vee mas sobre Pie em que 05 0, bata, jam act pistes ventana" FO abaijamano eps desea excetari 0 re oe depos desmenbra oe ae ctor cosstan 88 [Pe elocassent un ton . @ muito livee 4 mee am eno divertimento mascarado A rte om re pusdesse servir hace a co a pete once ih Prilogo a essa pega desde muito ced se mas ‘sctever mas era preciso viver € agora Fo 20 Le Figaro {.,.] na Ravoire e Debate elesaio Atividade literdria, para eles eu era faocint ‘2U menos bem seu trabalho et depenli= fan scrim 1. egos fim da mina pegt® POBED ST pogo abundant ‘ue ela tenha encontrado seu ex? —_ eo npemetoe pes eres he sate no me openho & ce = mero de persons ec ‘ortes mas 9 que gostaris de ee nasa epee soe=" tae mae ze pouco # POU! ores ein UTP fearitaanes[ Fances0 es ax gotesco,atisto ead Isional ~ pulsio Passemar-Dionis® teelcatil ‘ico, de Vinaver. Ha nele 1° snap ps4en (Coline cosbont tol 48 ha ven were) rapsédica ~ que nos lembra o Irrepreensivel de co Semar nio escreveu verdadeiramente a pecas MAS ~©%% 5 profindamente apsden ele quem Ie conte? faz aceder, pelo edmico, doralidade Passemaretise™P7, tante: “eeio que, enfim, me parece...” Faz desfiar 30 O"2" , pega uma espécie de gaguejamento, Naagiode Além da ele recruta dangarinos para uma campanha de langar’ rt'E ‘um novo proto de Ravoiree Dehaze ~ “Mousse ¢ BT. Passemar que conduza dang, ess ircula entre sie “eatros que confontam a pega: familias dvds -maior da empresa, quadros de funcionérios, eprese™e atacdistase"Bnferara” ese aga resertad0 20s pe conde todos esses “teatros” se misturam ese decompo g ainda Passemar quem, na en nagio de Christian Schia ., Janga em um estupefaciente pas de deus com 0 seh" aliésoerudito Georges Dumzil que desenvolveiPe ‘mente, sobrepondo-se as desventuras comercais ¢€¢00077 de Ravoie e Dehaze se curso, no Collge de Frane® #4 confrontos, na época da Roma antiga, entre os Ase5¢08 Vr, © Fim do Mundo, de Lagarce, inserever 0 protagonists Tinhagem da personagem-rapsodo a qual pertence PSE Desde o prologo, dew personagem de Luis ~ que ae anunciar sua familia sua morte, que esti proximés #5, zenunciano final dem dia, escaramucas permaneates dimensio exuberante, dangante, quase excentric, de quai ‘maneira, dionisiaca Luis &, ao mesmo tempo, narrador ©, sonagem. Desde as primeiras palavras da pega, cle e008 falso presente da mimese tara einstaura um outo © Um tempo mitico (Lagarce, maneira de Duras, tabalh# 3 para criar seu mito pessoal); um tempo em que se con, passado da narragio e o incoativo, o “em vias dese faze" teatro; um tempo que se abre sobre um espagaalém das" fur ic ‘ul: Mais tard, no ano seuinte /~eu ia moter, na minha vO tenho pert de 34 anos agora € nessa dade que more ano seguinte, ato meses que espera, sem ada fae. 2% ‘at sem mats saber, muitos meses ue eu espera rf / 02% seguinte, [.] ano seguinte, Apes de tao / © med! tendo ese ico esem espranga de sobreviver, J apesar de © ring Decides volar sabre mens pasos SEE Pees ae para aman eta cP fazer aviage. para ‘Sa Sb = que agile em que eo ~ et ate com vor pasa (para anunan i ‘isha morc esti préximae€ iemedlvel” Agi ‘0 jentamente> nf gue "ta do rapsodo conhece, no dant moderne & <° os miliplas metamorfoses: As vest a eto due Je podend ait so sentdorde yan ddssita send express por mh eu eng M papel mais abstrato de “operador halen Parcste nator se project “Ope=EO" et ‘omar uma formula de Alice Foleo, em “alge én es a euagdes do real ereprodallasatificsle® Giimeticamente) no laboratdrio de 8 ts | Bary Petccber ae 8 ciagdes se efetuann mais in vito do que MY MM Ce [sect Nada adres hiner 0 express em cena a maquina tatal posta a sor post dramatico, = a i 36a fungi eps6elies © ‘™olugardo opera Asin, em Comes 369, IS jars ideas oo) das quis 0 ee ne oda part itamente tomato polo gargala. Sto age TT hes é ita, visas do audiéra de Ps He PE ys rot %orqida por um projetor apart Pe Pep ~ gue 28 ese Projetor “Ol sem mais AB Epes melo orque as palavras’, nio &evidenter’ ico de representagio. Aliso PET congas pia tetera: ua vee PE ono cay sons “HE: Bogor Sobreo met i go. Vai de jogar come’ ie rojetor se poets se PO) x ad deg, Mas € bem lite < jsas cerebro" qUENOS sim come sobre Godot HZ Hoes ho seme Soro" 4 "mente o “surpator P=) "dia voce vai cansar €s6 999 se cans solic nterpest pane: rier Par 2008, suc 0 arent 4 ante “© ‘nice aca Da Pie ch 1 eta com nei aac ae eT TE ES —— que agen interessa aqui: esse poder exterior is personages «de maneiradialégice, a poifonia das vores. “Usurpador de palavras’ & sua maneita, 0 BST Susn, de Achternbusch, que ¢ apresentado com ° nheiro de Susn e como o préprio Achternbusch (EX Achternbusch ¢ escrevi antes, Posso escreveT #6072 Cy Simcertamente,simeertamente™”) espreme literslmen as cinco Susn de idades diferentes de seus relatos ae de vida, Em sta encenagio, Hans-Peter Klaus havie iM” ‘ator que representava o Escritor na beira do paleo“ PO, do rapsodo por exceléncia ~ e he havia munido com 870" ge estinada a pegartocasas palavras~ inclusive as stims® Susn. Retrato do Escritor como rapsodo immpled0s® oy Tmtooreseemplosque acd dar sav ase E sonagens-rapsodos,orapsodointervém como um poder = 8s peronagens.Convidadodethima hor int clese ntroduzno drama pelasbordase por efragio ovimisC™ Masoramodniose mann senpremasbaras do chega mesmo ~e caso de certosautores-atores tabalh™ ge oralidade ~a tomar ou retomar, na representagio, todo MB, ‘em um primeiro momento, a escrta pareca facultar 8 Pe ‘ens. Eassim que, num gigantesco pollogo, Dario Fo inte por meio apenas de seu corpo de saltimbanco modern®.'@ Youes de seu Mistério Bufo (1969). Por exemplo, na sea" “Massacre dos Inocentes? as vores da Mulher, dos dois Sl «eda Mae, além da vor coletiva, do Coro dos Venctd0S gs __, Aexplicagio dessa fagocitose de diferentes persom*2 € dada 20 longo do espeticulo pelo rapsodo, aliés, Da"? o Bscite dads ie ‘A teprescotago ¢ fla por um s6 inept, e eu Tes expe! fp Seguia por qué. Nio é apenas por exibigdo, mas hi wane fando rel... Nos ensalamos fazer a dois [As Napelas de CAE descabrimos qe no funeionva, Pi odor ox textos foram OF) Pata un sb ator. Os saltimbancostrabathavam quase sempre 91 ntio, quando eu estver dese lado do paleo (le india ego sere o ano, arstocrtico, de belo gestos: quand estiver li (i dicta), sere o baba” 44 ‘errs Acerbis, Sn Pas: Arche 8p 4, 48 Davo fa Miser Daf /yareoured. Bape ron: Ren a ‘ya rutsto marsonica » ScoRDANCIAS : ‘edos esses movimentos esparsos, bem set que s€ PFEPaY $ "tor T5070: 0 ser fli atudo 0 gue feta ago, Es, Eas das 38 SrCaaulo que fataa doo ave’, po Mtbxor9: Nioa tudo que 6 3598 one seo Si MSsoro: Cale wo tSs0Fo: Nés no somos nem HS RE : qe nomen ressoase€ apenss © BB lamagies, nem esas eas nem” esti S90 pass rye ass porns enue to RLSsor0: Quando falamos,0queR™ ‘Si que é por fim entendida?” aco ico-de pee Setum fluxo atravessa a pega e subja# 2M comes Sg eas Phase de Ne Petsonagens, de lugares e outras anotarees Yo senio fruto desse questionamento filos0T aur desde lo eso: Qe 7 cll ou de Novarina,omovimen f conformeo Pt toda inclp a a6 omper 2a Mais dacs iis daagio que avanga, soo dente eae as do poder que tem © FAPSOCE TT praticamenen fsspendé a sored, deal tee ee ote lis todas ay censepralels t8* OE ygoteme Per cetentitios que juga oportane I ancla oe OO > qheso da formas cle seg ne as asc lip "ma “Informe”, que é"mese!* América wtoress ; que mes jos no trad ordem: impreza, acts0" ANOS 1 yn de SeU8 Te sr, a opititO O° parece ‘ico de tony Kushne! Gérard Wajeman, “ums pest ae" sea, De Shakes: jos 0a Ane e308 ee A es SE ide tu e nto importa oa All Tt es ng ate as emis Marx, Se BEER camara spares BO spa, do eu rd 00 Bese Ser dai: Spopeia Come se Tony KUShOe da. ete [nos & como 88" Doss propria vidas vernposda Ald emposines go responile Por rca contr esa Ao destino da Am 20 sono american 67? ora PTET, gus in Aeris 1957 reat arse se. atresia & Geantwom a 7 mista too ‘melting pot dramatirgico no qual ver se MS igs de “teatros”: 0 da vida pelt jina ¢ si song ot) -vimos 0 da vida politica novatorquina O°" gece | 8ETS,em lugar de fazerem saltos, sto vitimas (COM? share char cn none steple et | Stone deans liares, o da sexualidade, o da doenga e da more" wituntrias de orientagio no curso de suas existe assombrado pela figt eI el Rosenbers Spago Se 1s bem cur brad pela figura dacondenada the RoseODEST" gs | SPaeoda fasta da cere te unique cem 7 cenas enc Jado pela presenga de um Anjo do Apocalipse~ 44 leum Anjo do Apocalipse~ 447 Se pOe a cabeceira de Prior, doente acometido pelt EHOW: O meu Deus hi alguna coisa no tums cis OS © aro: eeu sou a Aguia da América. ogra PSE uc brane, /Princpado continental / wos PHOS i ‘sLast /Fstendo as liminas de ago de minbss 385 (ys {e sudasio, bem abertas dante de ti: / a108 WAIT linhagem, pss muito tempo proato pa wis? "Rok: No, nio esou pronto, no estou de mode ass™ tenho.um monte de coisas a fiver eu tenho.” o Outras escrtas, Jonge de ser tio heterdlitas ©, ‘Patchwork como as trés em torno das quais acabo' deme ‘aqui, nao praticam mer iio de cons nos a justaposigio de cen Attos, De fato, a0 regime ja extinto da concatens¢i0 435 se substitui o do espagamento de cenas ou de quadl?s ‘ou Menos autdnomos, mais ou menos permutavels: mais yt ‘menos facultativos. Ora, essa maneira de decupage™ "°r ) definitivamente com a concepgdo hegeliana do movin dramitico, concepgao orginica: um novo tipo de movimer se libera, que parte da situagoestitica de cada con® Guadto, ou “pedago” ou elemento e procede por sllos 0° slo concebicios a critério do montador, do operador. EM ® tese, do rapsodo, 7 Brecht, alii, teotizou, ce modo notivel, sobre esse "7 por saltossucessivos, no clebre “yuadro de Mahagon®) forma dramiética do teatro’; hé uma cena apas a outt® ©? Fespeito a0 prineipio segundo o qual natura non fact sal 52 “Torma épica do teatro’ a0 contririo, “cada cena & po" $2 Principio é inverso ~ fact satus Tal principio ive or isso, estamos cientes, é um privilegio de Brecht OF se dee as 0 rai 4 Tony Kets, “Angel a Aner" eit P08 1 ab7o88 abe opp eet 55. entokd eth er ee | | Geforma éica do teatro” Néso vemos em pests Pow’? tanas, como as de Horvith ou de Kroet, cus im)Pe * citencia de Csimiro de Carolina va serestraalbadsy {Cb ¥indo para se divert ese jer csi bastante Modes. utr acaba de perder seu emprego) conkiee, em AT in ot a ara definitivs. Te {nites afastamento ea sepataio defniva To CenP*Ssio, ness jogo da (mii fortuna que apo 8 isonicamente a fungio da personage: € 26008 000° | Gimero ha um salto suplementar (no vazio) se “imi Carona que se nunc a ena 40. © Pregovro, O homem bn eabews te *~ permitam-me apresenti-lo!" “Cena 41-Eis ago To: Senhotes, o sexto mimero de nosso programy Pp Manita, a menina-goril | qe Nida da figura rapsidiea de prezoei cr por Kroet, masa mesma dich, © to, tos o mangas rases do tabu cap agate nize ge Fei on ae co do divorci, 405 oe inprenss eran er tj perc prensa e assassinato, embora con ni Manon ni de pererso, 2S gen ne Ment. ta Austria no se presen oP os roe hala ciao ads de Here ARN ito mort Imad Casimir ede Carlin eo caps acon Pati omemnnt mse eso Trust peropctv de eu BO A pega ne Solange ode una Peseta ere espaedor ee dei deepsea ums sere Je conga a si io, sequencia ) arq ir ao banheiro do A noite frente sev jones jamente 2 jda ao futebol etc. Deru nd nissan? ra ete ee le orc ao ev oNse Onpndnansemant gyro erode nie oat most agus Coma a existence rodo ostentatorio, mas numa amacrine x rapsédica. NiO WS em Alta Austrias PL 0 vost pong O08 oe - extrema espécie de presenga-auséncia, de presenga &*" ot ccreta da figura do rapsodo, isp Resta perguntan de umn lado, se todo texto STE gs yerna 20 que responde, digamos,& walgatapds-moder™2 0, ats formas € rapsédico; e, de outro, se ni0 8 ‘constituam justamente em opo: Pare obra de alguns dos dramaturgos essenciais 42 ¥ opens seni ‘A resposta a essa segunda questio € las mai ev Autores dramiaticos sio leg entre os que continua ail sob o regime do antigo paradigma, 01 seja, dF Sem me demorar em citar aqueles que 0 fze™ Oe mente, por fidelidade a uma certa concepsi0 USE" spe” 40 oficio de escritor, e com o intuito de sais" °C tativas de um certo public, indicared 0 aso de rags Sartre, aquele do final do percurso teatral de Os SEI" gt de Altona ou de As Troianas, Ele experiment0¥ B07 jg ft interesse por Ibsen e sua admiragao por Strindber®°' id 43,08 escrever conforme o novo paradigma do drama-d0-"! se perdeu no caminho, Ou nao se encontrou 054 sal at Ao longo de Sequestrados de Altona, Sartre hes in ol verdadeira dramaturgia da retrospecgao - monodea™ Fi, frico de ranvon Geach enonn deg ee auatea depo imsmo =o deseo. npde, de uma intriga de vausdevile e/ou melodrama 2 » aos, com sua mecin ee eon ancionas cue estrela de cinema, enamorando-se de Franz e abando™s um marido terno e muito sério; crise de ciime de Leth ® it teestuosa de Franz etc. Henri Lefebvre havia fagrado baie © cariter regressive do drama sartriano, assim com? uma de Camus, denanciando aia heranga de Bernsteil® melodrama”. O caso das Troianas (1965), ultima experie®™ featral de Sartre, com ligages com a guerta do Vietnd, £40 mals flagrante, ao menos se retivermos.o programa drat” © do autor, queers, em uma patavs CA sco dos 0,0 de “dramatizat” "er que as personagens de Euripides expoem seus discus0S" 50 Hen Lfebve,tntrotion une soci Iniesn. 6 nove. 1955 p42. ESE MEodeame, Te Won Raed Pingaud), “marcaras oposigées” ectiat 0h tdo ue o termo possa no seul dezenone, (0 primeira pergunta, a do “zapping das formas cad, la retama uma respstacaramente is 80 al 38 deixareirelativamenteaberta, contentando-me 2% Ae tina suspita face uma certs moda al PUP eL#9. que permanece superficial nao senclo cond wha verdadeira pulsdo rapsédica, em por wm PLO} tna SO Assim como Grande ¢ Pequenos a primeira Pees °° Pe Sass me pee uma el eat de Sto, terto, © Quarto eo Tempo (983) me PACE ine fsa, um patchwork de pastichos: apas ama iPr a samo (volta de ‘ sos primi cenadeneoptanain Cr, gf Steube \leatoria) aa t8uber.apersonagem vee ealeatria) no ae) ETT” eoriasde tempo ede espago, sepues® um HIE CAE Pate desfileHinear de esquctes“pos-modesners em Wer cusses de contig pram rere nef atin iene pineal we ut la de O Quarto e 0 Tempo eaautentin € a6 2, ica ni is ela prossegue Pa? rast io poderia se deen pols Pr ce TS Quarto *Pesanoeprt do expected O18 PIP Tread cOM” fempo, obra nao aberta mais sim Feel ologicns “ss volas de chave, nfo existe ada, ADEE es Pesa de St je uma série Fimita : rouse prope uma sce is Ptetos modernos ou burgueses cond vPetpirandellismo de wina Marla Sem ey 8 fins dos anos 1886: uma IONE ona ‘taro, habitmente dlialogadas MSE ig, 0 on en a log é ia row 08 Pat es eapecle ee ne Jee ‘erfeito Des lua, Tmpacente, 0 Homer? Se NE penta atrats Gone» 9 exits er 808 POP gs Ea me Herb wa época, de dormit io eosin sM RELO: que poderiu tr vvide, CAT ts neces J ONOMEM SED Muito bem. Voce sentitt * ng Cimig,Etodosos ne TE Ns ee pore Wo cho que wort pao chegamOs reve cena entre Matia ‘Manta seni N68 8 CHEE, uma DF Aepois vagamos pela His i ats Ue 89, pers 57 jen rats OH j : ssi ‘Steuber e um certo Frank Arnold, que comes? ™ apat om vard-intelectual ~ Maria Steuber aterrissando 90°F sit! andes Praicamente na cama de seu héspede, termina a ‘moda de Pasolini aeanra sravnER: Vocestbe a A | ‘a aspect saudivel ..] RANK ARNOLD: Voot BS iit ‘ Tostot Essa velha mascara que se decompoe~ dade... voce vé? manta sreumen: Sim, tudo SCC is PRANK ARNOLD: Venha... 2); uma troca entre 8 ott | menos quenio se trate de ators?) rita come et ¢Rodollo sobtesMediadeEoripdes ROOM el | fazer cursos de literatura. Para aprendera er wm dm set dlentemente perigoso ler um drama, uma raged i 8 incapar de abordi-lo de maneira adequada. NUM PT gi Confit entre duas personagens ambastém raz40s O° * hido seria uma tragédia, Todos aprendemos 80095 yg cena curta e kitsch, tratada na forma de prosopoPe' Maria Seuber conversa, por causa dose desesP ee eg com uma coluna antiga; 0 momento que chame & ° is Catra numa lagi sadomasogusta com M Ihe win “uabalhinho" que ela nega quer: Mara, convertda em "Patra post aba 2 em Tonesco? ~ de trés homens andnimos a respelte Pg na tlevisio cujo ganhador deve soprar as 250 Ve 4 ed Yersirio, Depois, as duas tiltimas cenas: a primeit® OP es aual Mara Steuber se despede do quarto ede eR Jalio ¢ Olavo, essas duas figuras “meteoroligicas’ MU? 8 Segunda, na qual Maria Steuberretira seu véu de CoP assume, num diélogo insignificante com seus coleg®s 4°, ‘rio, identidade de uma empregada, de uma mullet Depois, mais nada 7 i . s Como nun travelling de Godard, a rapsécia tI Um assunto de moral. Em O Quarto e o Tempo, 8 Yate. as cenas, embora muito buscada, nunca promove um ¥™ So. A separagio entre os diferentes quadros nfo PFO nem dle um salto nem de uma mudanea brusca, ou 5" 2 Biden pop idem, pa ‘Ye Aruishoratsooiea a anutovimentorapsdico ela apenas di hugar a uma simples itiesocesitca de esbogs dts" pésmodernos: O88 Stespectadores matarem o tempo, de frente para a sala ego Wer se trate para nfo ir além de tes exemplos entre ove 2 Brecht Na Selva das Cidades (1922) decidinelo ae {ultimo episéio nao tem mais valor do que qualquer out cietcttinsrevend Esperando Godot ow Fi de ogo m8 rilaidade pura, ou ainda de Danis, que em Terra Ocearo. ‘stems uncendevonesno eA 've guardam luto pelo pequeno Gabriel depots unva out’ Save Gabricconhece ues de vis dept nite que ee expira, para terminar ema i poema comico “do "um sol que ressurge | radioso de malo’ quet se F4 ding ou de outra dessas proposigdes~ € de multas Ou nda -, a pulsio rapsédica contém essa propriedade descr” ‘iaétia de tomnar o drama ilimitado. E assim, de esten drama davide ES TT

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