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Pressionado pela ala das forças armadas mais linha duras, Castelo Branco adotou
uma póstuma mais repressiva: decretou um novo ato inconstitucional que estabeleceu
eleições indiretas para governadores e prefeitos de capitais, restringiu as liberdades
civis, cassou parlamentares e fechou o congresso, reabrindo-o por meio do AI-4.
O regime não cedeu às pressões sociais e de se reformar, seguindo cada vez mais
o curso de uma ditadura brutal.
Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos
ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio
de Sousa e Melo (Aeronáutica).
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu
Médici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido
como "anos de chumbo”. Nessa época toda uma rede de órgãos repressivos funcionava
para manter acuados não só os grupos de esquerda, mas também a própria sociedade. A
repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em
execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de
expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e
escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. Segundo dados da
Arquidiocese de São Paulo, 144 pessoas foram assassinadas sob tortura e outras 125
dadas como desaparecidas.
Assim como Castelo Branco, Médici não conseguiu fazer seu sucessor e um
colégio eleitoral composto por membros do Congresso e das Assembléias Legislativas
estaduais elegeu o general Ernesto Geisel para sua sucessão.
Após impedir que o general Sylvio Frota, militar da “linha dura”, lançasse sua
candidatura a presidência, Geisel indicou para sua sucessão o nome do General Baptista
Figueiredo, que foi eleito de forma indireta em outubro de 1978.
Estima-se que essa medida tenha beneficiado cerca de 10 mil pessoas, entre elas
lideranças políticas como Luís Carlos Prestes, Leonel Brizola, o educador Paulo Freire,
entre muitos outros que se encontravam exilados e retornaram ao país. Criminosos
políticos presos foram postos em liberdade.
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