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O BATUQUE DE UMBIGADA E O QUINTAL

DA D. MARTA: PRÁTICAS DE LIBERDADE,


QUILOMBISMO E REEXISTÊNCIA

Lorena Faria (UFU)

Resumo: O trabalho pretende discutir como o Batuque de Umbigada (ou caiumba),


manifestação cultural de linha banto vivenciada no oeste paulista, pode ser compreendido
como prática de liberdade, em que corpos insubmissos experienciam e promovem
movimentos e letramentos de transgressão, resistência e (re)existência. As canções do
Batuque de Umbigada, mais conhecidas como “modas”, expressam a crítica do cotidiano e
denunciam as condições de vida do povo pobre e preto, sendo forças poéticas capazes de
ressignificar possibilidades de ser por meio da arte. Nesse sentido, na cidade de Capivari-
SP, a comunidade batuqueira está organizada na construção de um ponto de cultura,
chamado Quintal da D. Marta, para sediar ações culturais e sociais especialmente junto às
crianças e mulheres periféricas do município. Tanto o Batuque de Umbigada quanto o
processo de construção do barracão cultural no quintal da D. Marta manifestam-se, ainda,
como práticas que respeitam os princípios do que Abdias Nascimento denominou por
Quilombismo, pelo caráter de coletividade com que são realizadas, respeito à ancestralidade
e novas formas de pensar as relações sociais. A discussão é, também, tema de tese de
doutorado em andamento na Universidade Federal de Uberlândia, sob orientação de Ivan
Marcos Ribeiro e Cintia Camargo Vianna.

Palavras-chave: Batuque de Umbigada; Quilombismo; Letramentos; Resistência;


Reexistência.

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