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2.1 Ao longo deste poema o sujeito refere ter “visto” que o destino tomado pelos
“bons” era “sempre” o castigo, como podemos verificar pela expressão: Os bons
sempre vi passar / No mundo graves tormentos” e que ao contrário destes os maus
eram recompensados. Perante esta situação, o sujeito pensou que ao praticar o mal
teria o mesmo destino dos que vira, ou seja, seria recompensado. No entanto, isto não
aconteceu, acabando castigado como seria de esperar num “Mundo concertado”.

3 No poema, o sujeito poético é apresentado como sendo uma “exceção à regra”,


isto é, o que aconteceu com ele não era comum acontecer.
Efetivamente, o sujeito poético diz que “Os maus vi sempre andar / Em mar de
contentamentos.”, ou seja, viu sempre os que agiam mal, serem recompensados e “Os
bons vi sempre passar / No Mundo graves tormentos”, quer dizer, os bons, os que, na
sua opinião, praticavam o bem, não eram, na mesma, felizes, viviam graves tormentos
e não num mar de contentamentos. O Mundo estava desconcertado… O mau era bom
e o bom era mau. E, para ser feliz, eram melhor ser mau, para ser bom: “Cuidando
alcançar assim / O bem tão mal ordenado”.
Efetivamente, em analogia ao que se passava, ser mau, seria de esperar algo bom,
mas, ao contrário, “Fui mau, mas fui castigado”. Ao contrário do esperado, ao
contrário do que havia acontecido aos outros que ele conhecia, ele foi mau, mas foi
castigado. Sendo assim, só no seu caso, “Assim que, só pera mim” daí ser uma
“exceção à regra”, o “Mundo” ficou “concertado”, e ele fora julgado pelos verdadeiros
valores.
, num mundo onde parece que só ele se apercebe dos valores corretos e só ele dá
conta de que este não se está a reger pelos mesmos.

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