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ÚLTIMA LONA

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>> Onde anda a mocidade ali da zona,
>> Que lá não vejo mais senão velhice?
>> Ó, quem diria um dia que caísse
>> Por terra o vicejar de tanta cona!
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>> Nem mesmo a catiroba mais cafona
>> Por lá se vê no rol da gandaiice.
>> Quem no passado viu-te e agora visse,
>> Ó Vai-quem-quer, assim na última lona,
>>
>> Diria que, em lugar dos ais ouvidos,
>> Suspiros abafados e gemidos
>> De gozos tremulantes, quais um sismo,
>>
>> Agora escutam-se ecos de outros ais:
>> São queixas e só queixas, nada mais,
>> Das putas se curvando ao reumatismo.
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>> Manoel Nobrega
>> 12.11.03
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>> Em 05/03/11, Silvio Roberto<roberto.sylvio@gmail.com> escreveu:
>> > FINALE
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>> > Pois do Crispim a falta não me acode,
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>> > Talvez das cópulas a mim cobradas,
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>> > Vespertino recibo de estocadas
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>> > De quem trepando, gasta o que não fode...
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>> > Quenga, naquelas plagas, nem de bode
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>> > Delas sobrou, as quase aposentadas,
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>> > que desse vício descem as escadas,
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>> > Mesmo enluvando o falo não se pode...
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>> > Agora só Raimundo, desolado,
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>> > Insiste nessa via e Rosa, ao largo,
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>> > Num comércio de putas desfalcado.
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>> > Dias de Leda, Lúcia, Heitor, o encargo
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>> > Do presente engolfou esse passado,
>> > Ao Vai-Quem-Quer impôs final embargo.

Ou fatal letargo.
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>> > 05-02-2011

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