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Ementa:
Esta disciplina explorará a rica e complexa relação entre História e Ambiente. As discussões
partirão de uma breve reflexão sobre a historicidade do que se costuma chamar de “natureza”,
e continuarão por meio do exame de diversas realidades históricas, desde o neolítico até os dias
atuais, que servem de testemunho das relações multiformes vividas entre humanos e não-
humanos no tempo. Ao final do curso, pretende-se que a/o aluna/o tenha participado da
construção de um panorama que a/o permita se situar com maior clareza na história das relações
entre humanos e ambiente, bem como refletir criticamente sobre essas e outras categorias.
Programa:
Introdução
Aula 1: A natureza tem história?
WORSTER, D. “Para fazer história ambiental”. Estudos Históricos, v. 4, n. 8. 1991.
Aula 2: A natureza tem natureza?
WILLIAMS, R. “Ideias sobre a natureza”. In: Cultura e materialismo. São Paulo: UNESP,
2011, p. 89-114.
Avaliações:
Prova em sala 1 – mín. 2 páginas – 25 pontos
Resenha de filme 2 – 2 páginas – 20 pontos
Trabalho final 3 – 4 páginas – 25 pontos
1ª condução de discussão em sala 4 – 10 pontos
2ª condução de discussão em sala – 10 pontos
3ª condução de discussão em sala – 10 pontos
1
A prova em sala consistirá na resolução (individual e sem consulta) de uma questão, escolhida entre três opções,
que contemplará de forma interrelacionada os temas das unidades I, II e III.
2
A resenha deverá abordar questões indicadas previamente em sala de aula e demais percepções da/o aluna/o.
3
O trabalho final consistirá na produção individual de um artigo, em conformidade com as normas da ABNT, que
deverá apresentar uma reflexão acerca do tema de uma unidade do programa, a partir da unidade IV, utilizando
como referência todos os textos propostos para as aulas de tal unidade e as discussões realizadas em sala.
4
A partir da unidade I, os textos serão distribuídos entre a/os alunas/os, de forma que cada um/a fique responsável
por participar da condução das discussões (juntamente com o professor) em, no mínimo, três ocasiões. Tal
responsabilidade implica a leitura ativa dos textos propostos para as respectivas aulas, isto é, a/o aluna/o deve se
empenhar no confronto às dificuldades conceituais e de vocabulário presentes nos textos, bem como levantar
questões pertinentes para discussão em sala com toda a turma.
Bibliografia complementar:
CABRAL, D. Na presença da floresta: Mata Atlântica e história colonial. Rio de Janeiro:
Garamond, 2014.
CARSON, R. Primavera silenciosa. São Paulo: Melhoramentos, 1969.
CARVALHO, A.; WAIZBORT, R. “Os mártires de Bernard: a sensibilidade do animal
experimental como dilema ético do darwinismo na Inglaterra vitoriana”. Scientiae Studia, v.
10, n. 2, p. 355-400. 2012.
CARVALHO, E. “No fundo da mata virgem: a complexidade de um elemento mítico no
imaginário ocidental sobre a natureza”. Tempo & argumento, v. 2, n. 2, p. 135-153. 2010.
CARVALHO, E. A “História Ambiental e a crise ambiental contemporânea: um desafio
político para o historiador”. Esboços, v. 11, n. 11, 2004.
CORBIN, A. Saberes e odores. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.
DEAN, W. A luta pela borracha no Brasil: um estudo de história ecológica. São Paulo: Nobel,
1989.
DIAMOND, J. Armas, germes e aço: os destinos das sociedades humanas. Rio de Janeiro,
Record, 2001.
DIAMOND, J. Colapso: como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Rio de Janeiro,
Record, 2007.
DIEGUES, A. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 2008.
DUARTE, R. “Por um pensamento ambiental histórico: o caso do Brasil”. Luso-Brazilian
Review v. 41, n. 2, p. 144-161. 2004.
DUARTE, R. História e natureza. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
LADURIE, E. L. R. “O clima: história da chuva e do bom tempo”. In: LE GOFF, J. (org).
História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.
LATOUR, B. et al. “Para distinguir amigos e inimigos no tempo do Antropoceno”. Revista de
Antropologia, v. 57, n. 1, p. 11-31. 2014.
PÁDUA, J. “As bases teóricas da história ambiental”. Estudos Avançados, v. 24, n. 68, p. 81-
101. 2010.
PADUA, J. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil
escravista, 1786-1888. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
PERLIN, J. História das florestas: a importância da madeira no desenvolvimento da
civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1992.
SCHAMA. S. Paisagem e Memória. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.