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Decreto n° 56/2003 de24deDezembro Tornando-se necessério regulamentar a taxa sobre os combustiveis erada pela Lei 15/2002, de26 de Iunho, 0 Conselho de Ministros, no uso das competéncias estabelecidas no artigo 71 damesma tei decreta: Artigo 1. E aprovado o Regulamento da Txa sobre os Combustiveis em anexo, o qual consttui parte integrante do presente decreto. ‘Art. 2. presente Decreto entra em vigor em 1 de Janeiro de 2004, Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 11 de Dezembro, de2003, Publique-se. 0 Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. Regulamento da Taxa sobre os Combustiveis ARTIGO | (Incidéneia objectiva) 1. & sujeito & taxa sobre os combustiveis todo o combustivel produzido ou importado ¢ comercializado no territério nacional. 2. Para efeitos do presente Decreto, consideram-se combustiveis, a gasolina auto come sem chumbo,agssolina de aviaglo(AVGAS), ‘© jet fuel, 0 gasbleo, o fuel oil, os gases de petréleo liqueteitos (LPG) e outros produtos petroliferos andlogos com outras designagies. 3. Fica temporariamente suspensa a incidéncia da taxa sobre ‘0s combustiveis relativamente 20 petroleo de iluminagao. ARTIGO2 Incidéncia subjectiva) Sao sujeitos passivos da taxa sobre os combustives: @) Os refinadores, importadores ou distribuidores que produzam industrialmente ou por qualquer forma comercializam combustivel em tetitério mogambieano; 4) Os importadores individuais, pessoas singulares ou coleetivas, que introduzam em territério nacional, por vvia terresire ou maritima, combustivel para uso proprio ou alheio. ARTIGO3 (Liquidasio) 1. A liquidagdo da taxa sobre os combustiveis seré efectuada pelds refinadores ou importadores e pelos distribuidores no acto de venda a porta da refinaria ou instalagdes ocedinicas. Ou no caso de importagto individval para uso proprio ou alheio, pelas Alffndegas, nas fronteiras respectivas. 2. A taxa ¢ repercutivel nica ¢ exclusivamente nesta fase de comercializag2o e faz parte integrante do custo. ARTIGOS (Entrega) 1. As empresas distribuidoras depositario, até ao dia 20 do més seguinte ao que respeita a facturagdo, areceita correspondente I SERIE— NUMERO 52 850% da taxa cobrada sobre a gasolina ¢ 75% da taxa cobrada sobre 0 gaséleo numa conta especifica a indicar, tutelada pela Repartio de Finangas da respectiva érea fiscal com indicagdo do e6digo do beneticidrio, 2.0 e6digo referido no némero anterior estard de acordo com 0s procedimentos para o SISTAFE. 3. A receita correspondente a 25% da taxa incidente sobre 0 gaséleo, 50% sobre a gasolina e a correspondente aos restantes produtos nos termos deste Regulamento, serd entregue por guia propria, até.aodia 20 domés seguinte ao que respeita a facturagao, na Repartigdo de Finangas da respectiva drea fiscal. 4. No caso de importagdo individual a taxa sera liquidada © cobrada pelas competentes autoridades alfandegérias. ARTIGOS (Valor das faxas) 1. As taxas sobre os combustiveis so as que constam da seguinte tabela: odio] LPG [AVGAS |Gasotna | Gasolina] Jet Gustin] Fl] Ro 58_/vChunto ai mace oo | wf wo | a | mo) mo rr lees leo lieeel ecci70,70). 31,10] 5.482,30| 3.289, |713,00}3.024.70| 544.20 por ide 2. Os montantesreferidos no nimero anterior sertoactualizados trimestralmente, por despacho da Ministra do Plano ¢ Finangas, de acordo com a variagio da taxa de inflagdo, nfo devendo contudo o factor de correccao ser superior a 5%. 3. Quando o gaséleo se destina a0 consumo na agricultura ‘mecanizada, a0 consumo ne indistria mineira, ao consumo dos geradores de produgio de energia nos distritos € a0 consumo dos barcos de pesca, sero concedidos incentivos que consistirao ‘num mecanismo de reembolso em percentagem a far ou naredugio dataxaa que se refere o presente Decreto 4. Competiré & Ministra do Plano ¢ Finangas a emissio de intrugdes especifieas sobre o uso do incentivo estabelecido no ‘iimero anterior, ouvidos os ministros de tutela. ARTIGO6 (Consignago) |. Parte da receita proveniente da taxa sobre os combustiveis serd distribuida da seguinte forma: ) 75% da receita obtida da taxa incidente sobre o gaséleo para o fundo de estradas; 1) 50% da receta obtida da taxa incidente sobre as gasolinas auto com e sem chumbo pata o fundo de estrada; ©) 5% da receite obtida da taxa incidente sobre 0 gaséleo para o sector de transportes, por afectagdo mensal, destinando-se a projectos de desenvolvimento do sector; ) 20% da receita obtida da taxa incidente sobre o gassleo, 50% da obtida da taxa incidente sobre a gasolina e totalidade da receita da taxa inoidente sobre os outros combustiveis para o Orgaimento Cental. 2. 10% das receitas do fundo de estradas, referidas nas alineas 4) © b) do presente mimero, serdo aplicadas no pagamento de 24DE DEZEMBRO DE 2003 servigos € trabalhos prestados a reabilitagao de estradas urbanas ¢ infrastrturas conexas. 3. Competira& Ministra do Plano Finan, ouvdes os Ministros de tutela dos sectores referidos nas alineas a), 8) € ) do n° 1 deste artigo definir, no prazo de 30 dias apés a aprovacio deste Decreto, os mecanismos de transferéncia dos respectivos fundos. ARTIGOT (Obrigagdes dos sujeitos passivos) 1. As empresas distribuidoras deverdo, no acto da entraga dos, valores da taxa, previstos non®3 do artigo 4, anexarojustificativo do depésito dos valores previstos no n® | do mesmo artigo. 2. As empresas dstribuidoras devem, igualmente, no acto da entrega dos valores da taxa, previstos no n® 3 do artigo 4, anexar 4 guia de entrega, um mapa contendo a informacao relativa & quantidade de combustiveis comercializados no periodo, discriminando as quantidades sujeitas&taxas sujeitas ao incentivo previsto no n?3 do artigo Seas vendidas em regime dereexportagio. ARTIGOS (Penatidades) O nao cumprimento de qualquer dos preceites do presente Decreto sera punido nos termos do disposto do Regime Geral das Infracgdes Tributérias, aprovado pelo Decreto n° 46/2002, de 26 de Dezembro. Decreto n.” 57/2003 de24de Dezembro Tornando-se necessario definir novos mecanismos ¢ procedimentos para a contratagdo de cidadaos de nacionalidade estrangeira € dadas as novas exigéncias do desenvolvimento econémico e social do pais. Nos termos do n.° 3 do artigo 171 da Lei n° 8/98, de 20 de Julho, Lei do Trabalho, o Consetho de Ministros decreta: CAPETULOL Regime juridico de trabalho de estrangeiros ARTIGO | (Objecto e Ambito de aplicasao) 1. O presente Decreto visa regulamentar o regime juridicode trabalho do cidadio estrangeiro em territ6rio nacional. 2. A contratagiio de cidadaos de nacionalidade estrangeira por cntidades empregadoras nacionais e estrangeiras fica sujeita & autorizagao do Ministro do Trabalho ou de quem este delegar. 3. O disposto no nmero anterior aplica-se ainda aos administradores, directores, gerentes e mandatarios, bem como a ‘entidades representantes de empresas estrangeiras em relago aos empregados ou delegados das suas representagies. 4. Aos mandatirios e representantes das entidades empregadoras, ser emitida permissao de trabalho. 5. AS disposigdes do presente Decreto no prejudicam as normas existentes relativamente a entrada e permanéneia do ccidadao estrangeiro em territorio nacional. 626—(5) CAPITULOIL Contrato de trabalho ARTIGO 2 (Condigdes de contratacio de cidadiios estrangeiros) A autorizagao para contratagio de trabalhadores estrangeiros fica condicionada & comprovagao pelo Centro de Emprego do Instituto Nacional de Emprego e Formagao Profissional de que possuem qualificagdes académicas ou profissionais necessérias @ que no existem cidadaos nacionais que possuam tais, qualificagdes ou o seu niimero seja insuficiente. ARTIGO 3 (Projectos de investimento) Sem prejuizo do regime especial aplicivel as zonas francas industriais, as entidades empregadoras cujos projectos de investimento.tenham passado pelo Centro de Promogio de Investimentos ¢ aprovados pelas entidades competentes ficam igualmente sujeitas ao regime estabelecido neste Decreto. Arrigo 4 (Formalidades) 1.0 requerimento para autorizagdo de trabathadores estrangeiros deve dar entrada nas Delegagies Provinciais e da Cidade de Maputo ou nos Centros de Emprego do Instituto Nacional de Emprego e Formagio Profissional do lugar onde se situa a empresa, que notificaré a mesma da decisdo no prazo maximo de 15 dias e deverd conter: 42) A denominagio, sede e amo de actividade da entidade requerente; yA idemtficagao do cidadio estrangeiro cuja contratagio ‘se requer, ua categoria, tarefas ou fungdes a exercer a duragao do contrato, 2. Ao requerimento deve-se juntat: 4) Trés exemplares do contrato de trabalho; ) Certficado de habilitagbes académicas ou téenico- profissionais do trabalhador estrangeiro a contratar ‘ou documentos comprovativos da experiéncia profissional; _¢) Parecer do Comité Sindical da empresa. 3.As entidades empregadoras referidas no artigo 3 do presente Decteto devem requerer a contratagao de trabalhadores que pretendam recruta, junta trés exemplares do contato de trabalho € cépia autenticada do documento comprovative da autorizagio do projecto de investimento passado pelo Centro de Promogio de Investimentos. ARTIGO 5 (Regime detrabatho eventual) 1. 0 trabalho por periodos no superiores a noventa. dias seguidos ounterpolados no mesmo ano, de dads estrangeitos tedaqueles quejiestejam vinculados por contrato com a empresa sede ou suas representadassediadas num outro pais, ie isento dda autorizagdo prevista non? 2 do artigo 1, dando porém lugar ‘comunicagao a0 Minsto do Trabalho por parte das entidades tempregadoras ou de quem as represent no prazo de qunze dis, anexando 0 comprovativo do cumprimento das disposigdes feltivas a entrada e a permanncia do cidadao estrangeio em teritério nacional

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