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ES PEDAGOGICAS Volume 133 Pro| ATUALI Diregio de J.B. Dawasco Pexwa 67 carwen Becsas OS GRANDES PEDAGOGISTAS XU JOHN DEWEY (1859-1952) Em 1894, John Dewey foi convidado a dirigir a segio de e de’ psicologia na entio recente Universidade de A tinica razo que o decidiu a aceitar & que a cadeira » a pedagogia, ao lado da havia Dewey chegado a convicgio de que os métodos das escolas elementares nao estavam de acordo filosi Chicago ¢ nadas com 0s pri na escola, Em empreendiment a criar les cooperativas ssados iboratério, chamada comu uma escola , em relagio & secéo icologia, a mesma situagio dos labor relagio as ciéncias Talvez as caracter! (*)_ A. Universidade de Chicago comegou a funcionar em 1892, (Nota eos trads.) 284 contra a qual Dewey se erguia, Essa escola tradicional tinka grande niimero de caracteres dos quais, evidentemente, nem todos se encontravam em cada escola tomada de pet si. O fim essencial da escola tradicional, segundo Dewey, era a preparagio Para uma vida adulta que, por sua ver, era a preparagio para uma vida apés a morte, A crianga e, mais tarde, 0 adulto, estavam mais preocupados com preparar-se para qualquer fase futura da vida que com viver rican © presente, Para da época, a de Aristételes, a educa~ a a atalizagao das potencialidades era um desenvolver-se ou um 's préprias. \s capacidades da eldades como a vida por essas facul- ida de uma atividade para matéria do programa se tornava mais ido se tornava mais considerivel. Engen- drar esse poder em oposigéo a0 implicava di mental tanto como certa disciplina moral, Em conseqiiéncia, muitas vezes as matérias do programa eram esco- Thidas e ordenadas em fungio de seu valor disciptinar, mais que cos da vida, lo de instrugio era larga- do qual as criangas se deviam desenvolver le ensino da época, o de Herbart, era, de fases, para cada io desse ensino era, também, testemunho escola, © mestre era o monarca da sala ra administrago da escola. Se os alunos atendiam aos decretos do mestre, o mestre atendia aos do diretor 285 © meio fisico e com 0 Ja que, para a crianga, a maior parte desses contatos wa da casa e da comunidade, Dewey fazia questio, especial- mente, de que a escola fosse prolonga © orde- nado dessas situagdes socias. Para realizar esse fim tradicional, parti crianga, Ma pedra de a “Escol capacidades € como a escola les, Dewey concebia o jo que ajudasse a erianga a realizar todos 05 projetos que ela, crianca, pudesse haver form © fim de controlar 0 restitado de s : estava novidade notavel, que dava realce a grande porcao do escolar consagrada, pelo fim do século, mais a assuntos formais que @ assuntos concretos, Além disso, insistindo na facilidade da Passagem da casa para a escola, Dewey fazia repousar 0 pro- rama dos primeiros anos em necessidades da crianga, como a ov dizer que Dewey vitais de base, como a abrigo ou feitura de 1 () Lembremas numa cidade ow 5 cinais Citineaw) tos BUA. © uperintentente que di mum gry i de comunas, depenide das aut fades de um dos. Pstados 286 bora Dewey nie 0 seu How wwe ja publicado sendo apés a saida de ink, © qual estabelece, mais precisa- ido pelo nome de “métedo do problema” 4 podia ser entrevisto na maneira pela considerava © programa como meio de realizar os fins da Vida cor ia década do século xix, Dewey pretendia ia dos métocos de entao residia no divorcio iso. Segundo ele, nenhuma instrugio do o saber ¢ fazer. Ainda mais! 0 ‘ugdo motivada consistia em ter cons- no espirito a relagio entre os fins © os meios. Se nS ou Os propésitos da educagio na matriz vida corrente dla crianga, setia muito mais provavel que a crianga tomasse interesse em aprender 0 programa, pois - pro- grama apareceria, entio, como meio necessario em vista de fins accitos. O realce dado na escola a atividades manuais tais com marcenatia, cozinh era claramente motivad Preocupagio de procurar nutrigio, no da crianga. Mas, agui ai lava que essa ligagio estreita era menos um a escola, ocupagées praticadas em 1, que para assegurar a crianga a mesma base de interesse @ respeito das atividades escolares que a apresentada em casa € na vizinhanga, Tudo isso jé basta para tornar perfeitamente claro 0 fato de ser a atmosfera social da “Escola Dewey” inteiramente dife- rente da de uma escola tradicional. Embora mais de doze anos devessem passar antes de que Dewey viesse a escrever Democracy and education, sua escola-laboratério assentava jé as bases de novo I. Nao somente seu programa se referia as ocupacdes lade, mas sua prépria vida era a de uma comunidade Nessa_comunidade, cada crianga tina sua parte, cada ho, Aproveitando ocasibes de dividir 0 nga, 0 sentimento de coope- nto de trabalhar de maneira positiva para a ordem ¢ a disciplina se desen- wo a partir de um mandado do mestre, mas a partir do respeito proprio da crianga pelo trabalho que efetuava, e da cons. alho, fazia-se dese ragio miitua ¢ 0 sent (*) A primeira edigio de How we think & de 1910. Dewey tevin e, praticamente, reesereveu seu livro em 1933, Desta edigdo revista € ques fez teadusdo para 0 portugués: Como pensamos, trad. e notas de Haydée Famargo Campos, vol. 2 destas “Atualidades Pedagégicas”, Sto Pesto, 3* ed., 1959. (Nota dos wads.) 287 \dividuos empenhados Dewey procurava maneira que sentia que a icipacio nos mesmos Dewey 0 declarava scolares sio tio rigidas e tio formais que no tém nenhum paralelo fora da escola, 1 ordem exterior e a etiqueta podem ser preservadas(.. externos de atengio € de sujeigéo podem a, nenhuma autodisci 's partes da tarefa Fonte da teoria ais foram os principios e as priticas da “Escola Dewey”. A escola nao durou uma década, Pouco depois do fim do século, Dewey ia para a Universidade de Col € ai, desde entao, seu pensamento pedagégico se exprimiu largamente por publi Antes de empreender a exposisao sistemética de sua filosofia da educagio, pode ser itil notar os fatores pr ruados em sua fonte, Por alto, hi trés. Talvez seja preciso mencionar em primeiro lugar a democracia, pois que ele incorporou 0 termo no titulo de sun mais importante obra de pedagogia, Democracy end Quando publicow essa obra, os Unidos da ida A influéncia da pedagir Dewey. Parte dessa influéncia vem do papel da cigncia como fonte da revolugio indus- tril. Outra parte cabe a uma ciéncia parti uma parte, parte muito import: ise do método cientifico, a qual desempenha papel de primeiro plano no pragmatisma de Dewey. Orientacao filoséfica geral central, cumpre sob 0 termo los de trés das obras de Dewey comportam esse termo: Experience Art as experience ¢ Experience and education, Para de uma parte, » em provar. Uma pessoa tenta fazer uma va altera as circunstancias; tem conseqiiéncias. é cata penton anf on prova A chave que faz todo malogro icagdo da realidade nio pode ser sanado que est ue a expe- Dewey formou, da ido experimental. A experiéncia, para ele, com- assim a prova como o conhecimento. Ademais, & ses da experiéncia — fazer e provar — so, e, 05 fatores essenciais do método experimental. Nesse étodo, formula-se uma hipétese para a solugéo de um problema, depois ‘experimenta-se essa hipétese para ver 0 que acontece. Para Dewey, a verdade, ou o valor, de uma experiéncia depende da relagio observada entre o que se experimenta e 0 que daf resulta, los concordam com as previsoes, a hipétese “fica de s da experiéncia. Modi- jados anteriores, eis uma igente, Assim, o papel d (0 das conseqiiéncias, torna o homem capaz de ligar as duas fases da expei er” © 0 “provar™ Entretanto, como vi aspecto, jamais con 259 tivos. Experimentar ou empreender uma aco, é, s do futuro, Pois que 0 futuro apresenta, tragos i conflito e de contingéneia, experi Fins da educagéo Se tivermos claramente pres des fundament Feencontrar tamente a previsio decorrer desta ou da medida, a que vai fazer, ter erdade de escolher e de controlar dest dos acontecimentos, Doutra part meio de apreciar se as circunstanci ‘ar, 0 projeto, Entim, a escolha do fim qual cumpre proceder. para Em caso algum, render, apés haver feito a escol ias The vo favorecer, ou entra » ter we sugeriré a ordem na 6, [hes io estranhos. De fato, acontece, muita e muita ver, que OS mestres imponham as eriangas fins educacionais, sem’ nem Seer consulticlas. E esse defeito dos fins impostos de for nao fica Feqiientemente, como ja 0 indicamos a propésito Treg cola tradicional, os fins que os mestees impsem as’ crlantes [iss sto, também para cles, impostos pelos superioves, Segundo dois perigos principais envolvem fins impostos deetory, fins educacionais a outrem & privé-lo » ou de inteligéncia, guiando o que ele faz Pode por & prova mais tarde, B absurdo, por da educago que podem ter as criangas puma situaso escolar em que o mestre Ihes comanda a atividade. bea segundo lugar, os fins impostos de fora tendem a ser inflexiveis, Gomo, de fato, poderia ser diferente, j& que no tém relagio alguma com as atividades de que sic Para fazer prevalecer fins impostos de fora, di-se io ir procurar apoio em poderosas instituiges pol eclesiisticas. Ainda fora de semelhante motivacio, sm dores ha que ainda pensam deva a escola tomar seus objetivos ie diversas fungdes da sociedade 4 qual serve. Mas Dewey nio queria que a escola tomasse emprestados seus fins a fontes estranhas. Ao contrério, a empresa educacional deve ser auténoma, Pois a propria educagio € um proceso de descobrimento, pelo qual se encontram os fins que valem ser tomados como objetivos, Se ela tirar seus fins das previsées de outras instituigées, ela Propria se privara da responsabilidade de exercer a previsic, ¢ + inteligéncia que, repitamo-lo, séo a propria esséncia da constitu. sio dos fins, Se os fins educacionais tirarem sua origem das atividades feais da vida, serio tio numerosos ¢ variados quanto a propria Vida. ‘Seria, entretanto, dirigir mal 0 esforco 0 estabelecer abreviadas de fins educacionais, como o rismo, consciéncia, Profissional, a moralidade, a realizagao do eu, a disciplina, etc, como é feito de maneira convencional. Dewey nao nega que essan tas representem valores educacionais importantes ; mas, como jue fornecem néo € tanto fim como perspectiva segun- ‘To a qual julgar a harmonia global e a suficiéncia do progeane de 21 pessoas —— , mestres e alunos — que tém porque sio las’ que estio empenhadas nas atividades cot da vida, & porque devem assumir o trabalho de guid-las até conclusio, Dene, RUeEaia adequado para restizar gener de fins que e deve er, necetsariamente, programa de ‘Malgrado, entretanto, sua propensio a restringir toda consi- deracéo vilida dos fins aos casos em que como da casa € da c n por isso deix que a tenta fazer, Assim, se deve estar pet do ‘com as pr rrais do. passado, stre concentrar a al jo em transmitir 0 passado como rejeitava 2 nogto passado, mas em ver como a crianga usa 0 pasado como capital consiste em desenvolver capacidades ja latentes na crianga. im de explorar o presente ¢ construir o fut idéia de que o adulto jd esta compreendido na crianga, pressupde te i aaa Sete a : F 2 pets : experiéncia dos outros. Todavia, 0 mestre we a educagéo procede de maneira aniloga & do crescimento das Ey ¢ da experiéncia ¥ plantas. Essa analogia explica porque Froebel chamou sta escola devera velar por no a submergir sob a experiéncia dos outros fl ponto que sejam desprezadas, ou, até, apagadas as expe- ias que a crianga encontra na vida cotidiana, Quando tanta experiéncia esté.armazenada em manuai enciclopédias, em atlas e em obras do mesmo género, € mui de jardim da inféncia, Dum ponto de vista filositico, como jé foi sugerido, essa concepsio remonta a Aristoteles, Dewey censurava nessa analogia, & que ela impli licitado do fim do desenv 0 para fazer alguma coisa, Dewey F esse erro € mostrar que os dados 103 sfo apenas wa boas razbes pedagégicas para fazer dis- iGo entre conhecimento € informacio. Para comesar, néo podemos estar seguros de gue a_previsio que a experiéncia passada nos fornece é uma previsio sadia antes de, em nossa wermos fundado nela € notado o resultado. O que se evolugio, 0 desenvolvimento deve ter fim dinamico e, Pois que desenvolvimento € erescimento, Dewey no’ po pensar, para criangas em vias de crescimento, m que néo ado, isso, podemos, confiantes, contar eomo fo crescimento. Tgualmente, 0 nico fim aproprindo 4 educagio era 81 60 se se manifestara da mais edueagio, Assim, 0 fim € 0 processo da educagi vee. com base, embora, passada, ni £, simples” idade, fundada em dados tirados da exper formagio. Dewey se queixava de que ito freqtiente dos programas reside em que os alunos iplesmente, informagio; dela néo usam de maneira la em conhecimento. Aprendem a informado em ' vista de fins escolares — recitag6es, exames e promogées; nao The percebem, todavia, a relagio com a vida de cada dia, se uma s6'e mesma coisa. A € constante reconstrucio do que a que faz. B essa revisio do proceso de educagio que torna a educacéo progressiva; e foi ela que pos Dewey a frente do movimento de educagiio progressiva. sophy", Popular 293 fo a jardinag a costura e a cozinha vida real.’ Por estavam compreendidas no programa da “Escola Dewey Chicago, nio era com o fim de fazer, das criangas, jard marcenciros, costureiras ou cozinheiras, a Dewey seme- Thante objetivo projissional estr propésito era ue essas ocupacies fornecess ni itemiticas, mara exercer es ia, as m & miisica, & pintura e & poesia menos que cada assunto vomento, apreciado por sua props + Muito pre} sdo da pertinéncia ou da andlise que Dewey revela a extraordindria Pensamento, dos métodos modernos de pesquisa ci le, tanto © método de ensino do mest aprendizagem do aluno, se tornam ca Pesquisa. Pois que a mudanea e a con ticos da realidade, due necessitamn de Poderia ser mais apropriado a0 ensino que 9 Problema de Dewey? Com ef se, em cinco pontos, nto, tornou-se que tivaliza com os do problema comesa cor O mestre, entretanto, de Herbart; paginas at issica & passes ou, de tais passos em compéndio de um ponto: A. M. Acuayo, do da oprendisagem, trad. py 18 destas “At 6 Ev, ido mestas notas dos tradutores, de HeawANoez Rew, Pris interesse, pp. 286-289. (Nota dos trads.) B, Damasco ; Paulo, 11° ed, 1967, pp. 24 uma vez refer pedagoyia do i 295 razio pela qual Dewey lares da crianga deviam munidade, vc se havia tentedo na exp 40 realizadas, prope problema, 0 tempo necessirio a d © que € a dificuldade, ou ‘0 problema. Depois de haver-se decidido nesse ponto, seré tempo de atacar a terceira fase do método do problema. uma inspecio dos dados @ mao © que podem fornecer solugéo. Aqui, crianca € mestre precisaréo apelar para o capital da experiéncia passada. O material escol de contas, tornar-se-d natural- te parte do programa. Ai também, o mestre pode topar com ‘dade se considerar 0 programa como algo de pronto € acabado €, pois, separado do método de ensino. Para Dewey, 0 método nao é a antitese das matérias do programa, mas, antes, a orientagéo efetiva destas no rumo dos resultados desejados, Armados de dados escolhidos vindos da experiéncia passada, wstre ¢ aluno esto, desde agora, prontos para a quarta fase métedo, a formagio de uma hi com 0 fim de restaurar @ continuidade interrompida’ da experiéncia. Para formular tese cumpre pensar. O processo & mui . Encarando varios caminhos possiveis para continuar a © aluno desenvolve, na imaginagio, as conseqiiéncias de cada um. Naturalmente, em nenhum o res . inevitével em qualquer inferéncia, Mas uma qualidade da experiéncia que dela faz verdadeiro des 4, a0 estudo, cardter aventuroso, Depois de haver escolhido © fim ou a hipétese mais apta, sequndo parece, a restaurar a continuidade quebrada da expe 296 era ética e de verdade de valor, Bem m: do que se passa também uma acd de laboratério. Nada por ido no fato de que cumpria aios pedagogicos, Dewey descreve 0 interesse 10 © produto dos impulsos ¢ das tendéncias primitivas da crianga, Mestre sabio, por conseqiiéncia, é aquele que pode aplicar ao programa essas reservas de energia. O metodo do probie suas duas primeiras fases, assegura praticam vigorosos esforgos para vencer 0s obstaculos intervenientes. momento, do fato de que a crianga vé — 0 programa — dev éxito do método do problema, a um tempo, em suas fases tica © lgica, depende, em grande parte, do fato de que se co ceda, a crianga, vivo sentimento de seu empenho pessoal no Processo, Nesse ponto, a chave do éxito consiste na selecio problema, Se possivel, o problema deve ser tal que o proprio al {9 recomhega ¢ aceite como problema, Se for, na realidade, problem do mestre ou, simplesmente, do manual, pode-se perder grande parte da vantagem que di 0 aproche do problema descrito por Dewey. Significara isso, pois, que as criangas nao devem apren- der seniio o que desejem aprender? fi ditvida de que alguns educadores progressistas subscrevem esse sistema; mas esse nao € 0 caso de Dewey! A idéia de que o mestre nao deveria sugerir, as criancas, © que devem fa isso. seria usurpa gitima, no recinto sagrado idades, Dewey a considerava como estipida . Impedir a pessoa que, na classe, tem mais experiéncia, de fazer sugesties sobre a maneira de gu a experiéncia, é uma perda de entendimento e, pois, ipso facto algo de estipido. Em verdade, & mais que. provivel q criancas nao somente acolherio, mas procurarao. as sugestses mestre, se forem dadas como conselhos vindos de unt camar: de estudos €, nio, como o fiat de um est and effort in € um dos enssios te tradugio e estuda dates. Pedagégicas trads.) (Q) Dewex, Art ond education, Foundation Press, 1929, " Pp 180-181, Mer 298 Teoria social da educagao do simples adestramento dos jo rende a conduzir-se de certa mancira, ‘a de modo a agir como adult das mesmas idéias e 05, trata-se mais de a ducagao, Dado que Dewey acentuou a co: iquilo que a gente esti em vias de fazer, ue ele tinha por bom tratar a crianga mais como © que como mio companheiro no processo da part essoa por educar mais que como pessoa por amestrar. Na opiniio de Dewey, nao basta chamar a at fato de que a educagio é, essencialmente, proceso soc ha muita espécie de organizacio social, cumpre estabele: 2 itério segundo o qual julgar de suas diversas capaciades educa- tivas. Essa medida comum, ele a encontrava no proprin processo de partitha. Boa sociedade é aquela na qual ha experiéncia repartida nao somente entre seus memos, também, entre seus membros e os de outras sociedades. sociedade que, segundo Dewey, melh Se a demoeracia tem falhas, devem ser sanada: ndo por menos, mas por mais democracia. A democracia as concebida niio é simplesmente, forma de re antes, um modo geral de vida em associag: a familia, a igreja, aos negocios, tanto q As vantagens educacionais da sociedade democratica so evidentes, Poder-se-ia dar-lhe uma razio superficial: quando € 0 Povo que comanda, um governo esclarecido depende da editcacio dos eleitores. Mas’ Dewey atribuia razo mais profunda ao papel da democracia em educagio, Sua vantagem vinha, para ele, de que a democracia concedia primado & aprendizagem da atividale Fealizada a luz da mais larga partilha possivel da experiéncia pelo maior niimero possivel de pessoas. Isso ndo pede apenas ampla liberdade a fim de repartir a experiéncia, mas, também, a sub versao das antigas barreiras de ragas, classes ou seitas que pertur- bam a livre comunicagio. Agindo segundo tais principios, 0 300, autoridade, enco- raja as disposigbes e os. interesses voluntirios de patie das Préprias criangas, E_os principios democriticos que se aplicam na classe, aplicam-se, igualmente, a todo o sistema de administragao do ensino, rey ude era, entretanto, homem que se deixasse prender no ema de saber se a escola é a criadora, ou a criatura, da . De eeu ponto de vista, a educagio e a politica ., na medida em que cada uma tem pre- xedanga. so sio uma e ente dos negocios sociais. Seja qual uma mudanga social — ainda quando movimentos revolucionatios estejam no ponto de transferit © poder de uma classe social para outra — Dewey nio estava disposto a abandonar 03 esforgos da educagéo para reconstrair a ordem social por meio de tentativas violentas. Segundo ele, se uma revolugio resultar unicamente de mudanga externa do poder, esté votada’a correr 0 isco de uma contra-revolugio. Para ter éxito, uma revolugio deve ser acompanhada de mudanca interna das disposigées mentais e morais. Sé a educacio pode efetuar tais modificagées, Mas a educagio pede tempo. Por isso, o mestre ‘que se inclina para 0s resultados rapidos de uma revolugio, de preferéncia a lon falta de f€ na disci consagrou, Em iiltima anilise, o senso da democracia, em educagio, lum senso moral. Para Dewey, social € moral nio sio sendo um. A marca moral de uma sociedade democriitica esté em qne trata a experiéncia de maneira a partilhar, com os jovens, as oportu- nidades de gestio inteligente dos negécios sociais. A pedagogia apropriada consiste, aqui, em partilhar, com o aluno, no somente © capital baseado na experiéncia da raga, mas, também, 2 expe- riéncia de fazer e agir segundo as proprias decisées. ‘Na base de sua doutrina, Dewey punha a confianga na inteligéncia humana mestria dessa infeligéncia no dirigir a experimentagio. mum ts0 precatio. A busca de alguma certeza absoluta, ti, das atividedes ¢ das provas ordindrias da experiéncia, mn encorajamento, Mas a auséncia desse 300 lar ctiangas de diversas classes diversas tradigées € de diversos credos reli- i, a0 menos, havia o comeso de uma unidade social da qual, no futuro, devia nascer toda unidade religiosa auténtica, John S, Brusacher (Traduzido do inglés por J. Cuareav.) BIBLIOGRAFIA Obras de Dewey and the curriculuy, Chicago, University of Chicago Press, Democracy and education, New York, Mac Bsperience and education, New York, Mac © francés) (***), Boston, D.C. Heath & Co, 1910 (tradusido para 0 25, lan Co, 1916 (**). an Co, 1958 (traduzido para of igo Press, 1899 (#4804), a € 0 programa ivro de Dewey agora mesmo citado, Vida ¢ edu i osto em portugues, hé j& muitos anos, o livro clissico de eracia e educagio, trad. de Godofredo Rangel ¢ At , vol. 21 destas “Atualidades Pedagégicas”, 3° ed, SSo Pat (Nota dos trads.) (8) Também esti em portust Anisio Teixeira, vol, 131 destas “At Paulo, 1976. (Nota dos trads.) (#8) Ji referinos, numa destas nossas notas de How we think, (Nota dos trads.) (ot9*) Este fivro esti em espanhol de, Domingo Barnés, col, * Actuatidades 3 ed, 1929. (Nota dos trads.) Experiéncia e educasao, trad. de idades Pedagégicas”, 2° ed, Sao a edigio brasileira Lo escuela y la sociedad, trad. Pedagégicas”, Madri, Beltran, 301 XIV MARIA MONTESSORI (1870-1952) no qu nio se pode dizer, todavia, que seja HOGRAPIA, — A Sra. Maria Monresson, nastila ia,das Mareas)-eat WT de gosto Ge TW, douters G- depois encarregada”de uni ctirso sobre a\ educacio” dase Chiaravalte de Koma ¢ 1907, € a publicagio de ,, como as seguintes, foi traduzida pat curso para 03 n di Castello, pro i sua mulher de propaganda, de organizagio de Case, mundo intciro durante quarenta, anos © Centro de cstudos pedagdgicos na Universidade Perisia, onde dew cursos © teve larga pat Morreu' em 6 de maio de 1952 em Noordwijck, nos es dignas de lembranga, cumpre dos pequenos, fundada en enciona a [greja reslona depois de"1916, segundo os mcmooe 303

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