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u
Bruna Bassani:
Conteúdo para ler e ficar em
casa! (Parte V)
u
Em Destaque:
Outras people da cidade
revelam do sentem falta
e aonde pretendem ir,
assim que terminar o
distanciamento social.
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Dinalva de Souza:
Bússola avariada.
Foto: Cleison Radons
Foto: Vick Almeida
RECADO
O recado de hoje é transformado em
homenagem da famíliia Tonetto Didonet para
EDIÇÃO E PRODUÇÃO
a Júlia, que ilustra a nossa capa de hoje!
Jornalista Amauri Lírio
Foto: Cleison Radons
COLABORAÇÃO
Bruna Bassani de Mello
Dinalva de Souza
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Juliano Zancan
BERDADE DE EXPRESSÃO
Courrèges. A coleção apresentava O movimento hippie tinha como
minissais, botas brancas e vestidos com principal bandeira se opor à Guerra
corte reto. As calças estilo Saint-Tropez do Vietnã. Estilistas como Emílio Pucci
que deixam o umbigo de fora também foram inspirados pelo movimento
começaram a aparecer nas ruas. de contracultura da época. Estampas
A década de 1960 é lembrada também e roupas em tecidos leves foram
pelas roupas unissex, as mulheres usavam incorporados pela alta-costura.
calças jeans e camisas sem gola. Um bom O festival de música Woodstock,
exemplo é o smoking feminino criado ocorrido em 1969, teve importância
pelo estilista Yves Saint Laurent, em inigualável para o movimento hippie,
1966. Como resultado da perspicácia do contribuindo para a sua popularização.
estilista, a peça marcou o século XX. Cantores como Jimi Hendrix, Janis
Emílio Pucci: “o príncipe das estampas” Joplin e grupos como Jefferson Airplane
O estilista Emílio Pucci também é participaram do festival. Os jovens
outro importante nome da história da simpatizantes do movimento hippie
moda. Suas peças coloridas de inspiração preferiam fibras naturais, fazendo menção
psicodélica marcaram a época. à ideia “de volta à natureza”.
Seu nome também é lembrado por ele O ano de 1966 foi muito significativo
ter lançado em 1960, as peças conhecidas para o estilista Yves Saint Laurent e para
como “cápsulas” . Tais peças consistiam em a história da moda. Neste ano, o estilista
conjuntos em nylon elástico e de seda – lançou a Rive Gauche, uma rede de
antecessoras do famoso collant e roupas butiques com roupas mais baratas que
de ginástica em lycra popularizados na faziam referência à vida boêmia da região
década de 1980. de Paris de mesmo nome.
Emílio Pucci foi apelidado pelo A fase mais radical da moda foi
imprensa especializada da época de “o protagonizada pelo estilista Paco
príncipe das estampas”. Rabanne, que em 1967, apresentou uma
As roupas também foram influenciadas coleção com inspiração espacial. Peças
pelo movimento hippie. Cabelos longos, de argola de metal e discos de plástico
batas indianas, saias longas e calças estavam presentes na coleção.
estilo boca de sino faziam parte da Nos acompanhe no instagram da Filo
indumentária dos jovens. (@lojafilo).
6 JORNAL O MENSAGEIRO | Sábado, 18 de julho de 2020
Foto: Divulgação
EMILENA LEMES
“
todos os lugares, mas não é fácil, a vida
segue, e vamos ter que nos adaptar a um
novo normal. Para mim o que mais me
entristece são as crianças, a escola é o
segundo “Porto Seguro” delas, as aulas on-
line são ótimas assim como os professores
se adaptando, mas o calor de uma sala de
aula cheia de crianças aprendendo juntas
isso não tem preço. Lugar onde gostaria
de ir? Primeiro sem máscaras em todos os
lugares, e viajar claro, praia, e lugares que
“
ainda não conheço.
Foto: Vick Almeida
HAPPY BIRTHDAY
Foto: Divulgação
Foto: Vick Almeida
ROSANA ENGELMANN DE
OLIVEIRA, ontem, 17, foi o centro
das atenções de seu marido Valdo,
filha Dani e demais familiares. O
motivo: a sua troca de idade.
Ao Fabiano e à Rosana,
parabéns e sucesso sempre!
JORNAL O MENSAGEIRO | Sábado, 18 de julho de 2020 9
ATENDIMENTO
&
Adulto Pediátrico
Especialista em catarata e glaucoma pela UFPR;
Bússola avariada
Julho de 2020. Sétimo mês do ano. E a pandemia melhor prevenir do que remediar”. O Presidente
do coronavírus continua. Quando iniciamos a não considerou que ele, como chefe da nação,
quarentena, a expectativa era de que em pouco deveria ser o primeiro a adotar medidas de
tempo voltássemos à normalidade, com o precaução, tornando-se um exemplo a ser seguido.
problema superado e o vírus combatido. Durante Ao contrário disso, o que vimos foi ele tripudiar
esse período, alternamos medidas governamentais, de todas as medidas preventivas, não apenas
oscilamos entre as cores das bandeiras, vimos tratando a Covid-19 como uma “gripezinha”, mas
comércio abrir e fechar suas portas... Vimos (e e principalmente não aceitando o posicionamento
continuamos vendo), a cada dia, centenas de do Ministério da Saúde e ainda exonerando os
pessoas perderam suas vidas, aumentando todo o Ministros que apontaram o isolamento social como
rastro de dor e de desordem que o coronavírus tem uma das melhores formas de prevenção.
deixado por onde passa. Mais da metade do ano já foi. Os próximos meses
Todos nós, independentemente de quem somos que temos pela frente ainda estão com a bússola
ou do que fazemos, estamos no percurso desse avariada, com o ponteiro indo de um lado a outro,
vírus, indefesos na nossa limitada capacidade de sem condições de reconhecer o rumo a ser tomado
proteção. A invisibilidade desse minúsculo inimigo e sem poder apontar para o sentido norte. E nós
supera nossa massa física e não há tipo de corpo ou estamos em meio a isso tudo, acompanhando
cor de pele que possa garantir a imunidade contra o diariamente os índices de mortos e de infectados,
vírus. Ninguém poderá dizer, ao fim desse trágico com a nossa bússola interna totalmente
cenário, que passou incólume por essa pandemia. desregulada, sem possibilidade de vislumbrar
De uma forma ou de outra, todos nós viveremos o futuro, mesmo que esse futuro sejam os meses
as consequências disso tudo, quer seja chorando restantes do ano em curso.
a dor dos que se foram (milhares de famílias já No poema “Ou isto ou aquilo”, Cecília Meireles
estão nessa situação), quer seja amargando a crise diz “Ou se tem chuva e não se tem sol, /ou se tem
econômica resultante de tudo isso, que deverá sol e não se tem chuva!”, concluindo ao dizer:
atingir sem piedade a maioria da população. “Não sei se saio correndo ou fico tranquilo./Mas
Enquanto vivemos do jeito que é possível, tendo não consegui entender ainda/ qual é melhor:
de nos adaptar a tudo isso, presenciamos a guerra se é isto ou aquilo”. Assim estamos nós, sem
política que o vírus causou. É lamentável que, alternativas e sem possibilidades de decisão
em meio ao medo e ao desespero provocado pela individual. O momento é crucial e exige acima
Covid-19, o governo federal não tenha dado a essa de tudo respeito. Respeito ao problema, não
doença a necessária e devida atenção, cumprindo menosprezando a gravidade da doença; respeito
seu papel de governança desde o início, quando o às medidas de prevenção que devem ser adotadas
vírus desembarcou em solo brasileiro. O descaso pela coletividade; respeito aos outros, com a
mais especificamente por parte do Presidente Jair consciência de que a responsabilidade de cada um
Bolsonaro e a consequente guerra que se travou é decisiva no combate à pandemia; e respeito a esse
a partir daí com a mídia, em especial com a Rede trágico contexto que requer sacrifícios de todos,
Globo, deu ao caso uma conotação política que para que a bússola possa finalmente apontar a
infelizmente se colocou acima da gravidade da direção certa.
doença e do caráter pandêmico da situação.
Nesse sentido, podemos constatar que foi Dinalva Agissé Alves de Souza
desconsiderado o velho ditado que diz “que é dinalvas@urisan.tche.br
JORNAL O MENSAGEIRO | Sábado, 18 de julho de 2020 11