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Atributos do Espírito

Nem sempre nos apercebemos das concessões do Pai de Amor a todos nós;
nem a importância de cada uma delas para nossa evolução, como Espíritos
imortais. Talvez, por isso, não as valorizemos, como necessário, sobretudo para
desenvolver todo nosso potencial, de forma consciente. Quando privados delas,
é que nos damos conta de seus verdadeiros sentidos. Assim, listamos alguns
dos significativos atributos do Espírito: 
– Consciência de si mesmo;
– Inteligência;
– Visão;
– Audição;
– Pensamento e liberdade de pensar;
– Escrita direta;
– Vontade;
– Livre-arbítrio;
– Intuição;
– Sexo;
– Mediunidade.
 
                    Em O Livro dos Espíritos:      

“(...) É a consciência de si mesmo que constitui o principal atributo do


Espírito (...)”. 1 

O espírito é sinônimo de inteligência?

“A inteligência é um atributo essencial do espírito, mas ambos se


confundem num princípio comum, de sorte que, para vós, são a mesma
coisa.” 2 

“(...) No Espírito, como a faculdade de ver é um atributo próprio, (...) a


visão independe da luz. (...)” 3        

O Espírito percebe os sons?

“Sim, e percebe até mesmo os sons que os vossos sentidos obtusos são
incapazes de perceber.” 4 

No Espírito, a faculdade de ouvir está em todo o seu ser, como a de ver?


“Todas as percepções são atributos do Espírito e fazem parte do seu ser.
Quando está revestido de um corpo material, elas só lhe chegam pelo conduto
dos órgãos; mas, no estado de liberdade, deixam de estar
localizadas.” 5
 
                    Há preciosos registros em O Livro dos Médiuns: 

“O pensamento é um dos atributos do Espírito”.  6 

“(...) a possibilidade de escrever sem intermediário é um dos atributos do


Espírito; (...).” 7 

“A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante.

(...) a vontade é atributo do Espírito encarnado, tanto quanto do Espírito


errante.” 8
 
                    Eis o que encontramos em A Gênese: 

“A inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados,


combinados, de acordo com a oportunidade das circunstâncias.  É
incontestavelmente um atributo exclusivo da alma”. 9
        
                    Em O Que é o Espiritismo  (esclarecimentos de Kardec a um abade): 

“A liberdade de consciência é consequência da liberdade de pensar, que é


um dos atributos do homem; (...)”.  10
 
                    Do livro Sexo e Destino: 

“Entre os Espíritos desencarnados, a partir daqueles de evolução mediana, o


sexo é categorizado por atributo divino na individualidade
humana, qual ocorre com a inteligência, com o sentimento, com
o raciocínio e com faculdades outras, até agora menos aplicadas nas
técnicas da experiência humana. Quanto mais se eleva a criatura, mais se
capacita de que o uso do sexo demanda discernimento pelas
responsabilidades que acarreta”.  11
 
                    MEDIUNIDADE:

“Sendo luz que brilha na vida, a mediunidade é atributo do espírito,


patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição evolutiva da
criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo do sentimento
e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na
sua trajetória pela face do mundo”.’12 

“A aura é (...) a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as


rotas alheias (...)
É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada
consciência constrói o seu ninho ideal, que começaram todos os serviços da
mediunidade na Terra, considerando-se a mediunidade como atributo do
homem encarnado para corresponder-se com os homens liberados do corpo
físico.”  13 

“Mediunidade não é disposição da carne transitória e sim expressão do Espírito


imortal.”  14 

“Q. 382 - Qual a verdadeira definição da mediunidade?

– A mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda carne e


prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso
na Terra.

A missão mediúnica, se tem os seus percalços e as suas lutas dolorosas, é uma


das mais belas oportunidades de progresso e de redenção concedidas por Deus
aos seus filhos misérrimos.

Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do Espírito,


patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura
terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da
inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua
trajetória pela face do mundo.” 15
 
        Ela é atributo do Espírito, mas radica-se no organismo:

“A mediunidade é faculdade da alma, que se reveste de células no corpo, a fim


de permitir a decodificação da onda do pensamento procedente de outra
dimensão, para torná-la entendimento objetivo.

Allan Kardec informa que se trata de uma faculdade que todos os seres
humanos possuem, em diferentes graus de percepção, como uma certa
predisposição orgânica, sendo raro aquele que não lhe possua qualquer
rudimento”. 16

“(...) a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica , de que todo


homem pode ser dotado, como da de ver, ouvir, falar.” 17

“Q. 383 – É justo considerarmos todos os homens como médiuns?

– Todos os homens têm o seu grau de mediunidade, nas mais variadas


posições evolutivas, e esse atributo do espírito representa, ainda, a alvorada
de novas percepções para o homem do futuro, quando, pelo avanço da
mentalidade do mundo, as criaturas humanas verão alargar-se a janela
acanhada dos seus cinco sentidos. (...).” 18
“– Todas as criaturas terrestres – Espíritos reencarnados que são – possuem
percepção mediúnica, que o futuro se encarregará de estudar com seriedade, a
fim de ser utilizada com elevação, tornando-se um sentido a mais que
será conquistado a pouco e pouco, lentamente incorporando-se aos demais
sensoriais. O eminente Codificador informou que a mediunidade radica-se no
organismo, sendo, portanto, uma conquista do processo evolutivo para facilitar
o crescimento do Espírito, que no corpo imprimiu essa função.”  19

“A mediunidade foi, para o mundo espiritual, o que o telescópio representou


para o mundo astral e o microscópio para o dos infinitamente pequenos.” 20

A mediunidade, entre os atributos do Espírito, é uma das infinitas dádivas a nós


concedidas pelo Criador e Pai Nosso. A evolução da mediunidade nos seres
humanos dar-nos-á novas percepções, hoje não apreendidas pelos seres
encarnados.

Vemos, pois, que há muito a aprender sobre os atributos do Espírito; sobre o


corpo espiritual, instrumento fundamental para que, pela mediunidade,
tenhamos notícias do Plano Espiritual e de nossas relações com os Espíritos, a
nos favorecer a evolução de forma consciente! (Todos os grifos são nossos.)

Referências:
 
1.           KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.  Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. –
1ª reimpressão Rio de Janeiro: FEB, 2011. Livro 2, cap. 11, Q. 600, p. 388.
2.           ______, ______. Livro I, cap. 2, Q. 24, p. 88.
3.           ______, ______. Livro II, cap. VI, Q. 247, p. 221.
4.           ______, ______. Livro II, cap. VI, Q. 249, p. 222.
5.           ______, ______. Livro II, cap. VI, Q. 249-a, p. 222.
6.           ______. O Livro dos Médiuns.  Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro:
FEB, 2009, pt. 1, cap. 2, it. 7, p. 32.
7.           ______. ______. pt. 2, cap. XII, it. 147, p. 245.
8.           ______, ______. pt. 2, cap. VIII, it. 131, p. 216.
9.           ______. A Gênese.  Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Brasília: FEB, 2013,
cap. 3, it. 12, p. 66.
10.        ______. O Que é o Espiritismo. 50. ed. Brasília: FEB, 2004. Cap. 1, Terceiro
diálogo – O Padre, p. 123.
11.        XAVIER, Francisco. C. e VIEIRA, Waldo. Sexo e Destino. Pelo Espírito André
Luiz. 13. ed. Brasília: FEB, 1987. Cap. 9, p. 272.
12.        XAVIER, Francisco C. Visão Nova. Pelo Espírito Emmanuel. Araras: IDE, 1987.
Cap. 13, p. 65.
13.        XAVIER, Francisco. C. e VIEIRA, Waldo. Evolução em dois Mundos. Pelo
Espírito André Luiz. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979. Cap. XVII, p. 130.
14.        XAVIER, Francisco C. Missionários da Luz. Pelo Espírito André Luiz. Rio de
Janeiro: 12. ed. FEB, 1979. Cap. 9, p. 103.
15.        XAVIER, Francisco C. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 7. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 1977. Q. 382, p. 213 e 214.
16.        FRANCO, Divaldo P. Mediunidade: Desafios e Bênçãos. Pelo Espírito Manoel P.
de Miranda. 2. ed. LEAL: Salvador, 2012. Apresentação, p. 7.
17.        KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. FEB: Rio de Janeiro, 2010. Cap. 24, it. 12, p. 434.
18.        XAVIER, Francisco C. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 7. ed. FEB: Rio
de Janeiro, 1977. Q. 383, p. 214.
Tormentos da Obsessão – Divaldo...:
19.        FRANCO, Divaldo P. Tormentos da Obsessão. Pelo Espírito Manoel Philomeno
de Miranda. 3. ed. LEAL: Salvador, 2001. Cap. ‘Experiências gratificadoras’, p. 136.
20.        KARDEC, Allan. A Gênese.  Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. FEB: Rio de
Janeiro, 2013. Cap. 4, it. 16, p. 79.

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