Você está na página 1de 1

Soneto IV

 
 
Um mancebo no jogo se descora,
Outro bêbedo passa noite e dia,
Um tolo pela valsa viveria,
Um passeia a cavalo, outro namora.
 

Um outro que uma sina má devora


Faz das vidas alheias zombaria,
Outro toma rapé, um outro espia...
Quantos moços perdidos vejo agora!
 

Oh! não proíbam, pois, no meu retiro


Do pensamento ao merencório luto
A fumaça gentil por que suspiro.
 

Numa fumaça o canto d'alma escuto...


Um aroma balsâmico respiro,
Oh! deixai-me fumar o meu charuto!

Você também pode gostar