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Universidade Federal do ABC

CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS POLIMÉRICOS

Prof. Dr. Suel Eric Vidotti


suel.vidotti@ufabc.edu.br
Materiais Poliméricos – Classificação

• Macromolécula: molécula de alta massa molar, mas que não tem


necessariamente, em sua estrutura, uma unidade de repetição.
• Polímeros: do grego πολυ (poli – muitas) + μέρος (meros – partes),
são macromoléculas formadas pela repetição de unidades simples
(baixa massa molar), os meros, ou unidades monoméricas, ligados
covalentemente entre si.
• Monômeros: são as moléculas de baixa massa molar que dão
origem aos polímeros através de reações de polimerização.

Molécula de Polietileno
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• A formação de uma molécula polimérica só é possível quando


as unidades básicas (monômeros) conseguem formar cadeias
sequenciais (funcionalidade ≥ 2).

Não forma o polímero!!

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• Funcionalidade ≥ 2:
1- Duplas Ligações

Polimerização em cadeia

2- Grupos Funcionais Reativos

Polimerização por etapas


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▪ Ligações químicas primárias (intramoleculares)


✓ Ligações covalentes
▪ Ligações químicas secundárias (intermoleculares)
✓ Ligações do tipo dipolo-dipolo
✓ Forças de dispersão (dipolos induzidos): dipolos instantâneos
✓ Ligações de hidrogênio (H – F,O,N)

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Ligações covalentes comuns em polímeros


▪ Ligações químicas primárias (intramoleculares)

Hidrólise
(poliamida)

Envelhecimento
borracha

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Ligações químicas secundárias (intermoleculares)


▪ Ligações do tipo dipolo-dipolo
✓ Moléculas polares: CN da poliacrilonitrila (PAN), Cl no PVC.

▪ Forças de dispersão
✓ Moléculas apolares: flutuações momentâneas da nuvem
eletrônica podem induzir uma polarização instantânea na
molécula, provocando interação com as moléculas vizinhas;
✓ Força de atração em moléculas alifáticas (poliolefinas),
permitindo o estado sólido do PE, PP.
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Ligações químicas secundárias (intermoleculares)

▪ Ligações de hidrogênio (H – F,O,N)

✓ Poliamida: H da amida e O da carbonila;

✓ Tfusão da PA 6.6 é 130ºC acima do HDPE


(ligações H x forças de dispersão).

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Esqueleto da cadeia principal:

• Cadeia homogênea: somente C na cadeia principal.


✓ Poliolefinas: são polímeros que têm como monômero uma olefina
simples (CnH2n) - PP, PE;
✓ Dienos: 2 duplas ligações C=C reativas (PB, NR... elastômeros);
✓ Estirênicos: grupo lateral estireno (PS);
✓ Clorados, fluorados, acrílicos: Cl, F e acrilato como grupos laterais.

• Cadeia heterogênea: outros átomos na cadeia principal (O, N, S, Si...).


✓ Poliéter, poliéster, policarbonato, poliamida, poliuretano, silicones....

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TIPOS DE CADEIA POLIMÉRICA:

Ramificada

Linear
polietileno (PEBD):
termoplásticos
polietileno (PEAD), PVC, poliestireno, nylon:
termoplásticos

em Rede ou
Reticulada

com Ligações Cruzadas


borrachas (vulcanização): Epóxi, PU (meros com funcionalidade > 2 e
elastômeros polímeros com muitas ligações cruzadas):
termofixos 10
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ESTRUTURA → CRISTALINIDADE → PROPRIEDADES

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▪ Homopolímero: polímero formado a partir de um único monômero.

Ex.: PP, PE, PVC

▪ Copolímero: polímero cuja cadeia principal é formada por mais de


um tipo de mero.
✓ bipolímero (2 monômeros): SBR
✓ terpolímero (3 monômeros): ABS

Obs.: classificação homo e copolímeros é aplicada para


polímeros obtidos por polimerização em cadeia (ou adição).

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ABS: cadeia de polibutadieno com ramificações de um copolímero


aleatório de estireno-acrilonitrila

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• Polipropileno copolímero: polipropileno homopolímero / elastômero etileno


propileno e polietileno.
• Dependendo da concentração de elastômero, pode-se obter polipropileno de
médio e alto impacto, sendo que o polipropileno de alto impacto apresenta boa
tenacidade até a temperatura de -18 ºC.

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Tipos de Copolímeros
mero A mero B

(a) Copolímero aleatório

(b) Copolímero alternado

(c) Copolímero em bloco

(d) Copolímero enxertado


ou graftizado

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• Mistura física de dois (ou mais) polímeros, sem reação química intencional entre
os componentes.
• Interação molecular entre as cadeias é por ligação secundária (intermolecular).

Vantagens:
• baixo custo;
• técnica simples (modificar polímeros já existentes);
• satisfazer propriedades que determinadas aplicações necessitam.

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- Uma blenda pode ser miscível ou imiscível, dependendo das


características termodinâmicas de seus componentes,
compatibilizada ou não, dependendo do interesse tecnológico.

Miscibilidade → solubilidade

Blendas Miscíveis (parcialmente miscíveis):

– segmentos moleculares dos componentes poliméricos se misturam, não


havendo separação entre as fases.
- única fase com comportamento físico-químico intermediário ao
comportamento de cada componente individualmente.
- solução de um polímero no outro.

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Será que a miscibilidade é comum?

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▪ Arranjo molecular restrito;


▪ Termodinâmica da blenda é
praticamente inviável.
• Portanto, a maioria das blendas
poliméricas são imiscíveis!
• Geralmente formam microestrutura de
dispersão de gotas ou partículas
(fase dispersa). Blenda de PP/PEAD
A.M.C. de Souza, N.R.Demarquette,
• Matriz/fase dispersa. Polymer, 4,43:1313, 2002
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Compatibilização
• As blendas imiscíveis podem passar por um processo chamado compatibilização,
onde processos químicos ou físico-químicos diminuem a energia interfacial,
aumentando a adesão entre as fases e, portanto, melhorando suas
propriedades.
• Interface entre os 2 componentes
da blenda é estabilizada com a
adição de um outro componente
(compatibilizante) que reduz a
energia interfacial e estabiliza a
morfologia multifásica (redução
do tamanho de partícula).
• Um dos principais critérios para
estudar compatibilidade de
blendas é através da análise das
propriedades mecânicas.

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• Compósitos são materiais constituídos por dois ou mais constituintes


distintos, existindo entre eles interfaces bem definidas.
• Formados, portanto, de uma ou mais fases descontínuas (reforços)
dispersas numa fase contínua (matriz).
• Projetados para apresentar as melhores características de cada um dos
materiais envolvidos.
• Três elementos básicos que compõem o compósito polimérico:
1) a fibra ou carga de reforço;
2) a matriz polimérica;
3) a interface polímero-reforço.

Superfície de fratura de um compósito de matriz


polimérica com reforço de fibras de vidro
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• Matriz polimérica: componente de baixa densidade e de relativa baixa rigidez e


resistência, razoável tenacidade ou ductilidade e coeficiente de expansão térmica
superior ao do componente de reforço.
✓ Função: transmitir e distribuir as tensões para as fibras ou partículas de
reforço.

• Fibra ou Reforço: alto módulo e resistência e normalmente frágil.


✓ Função: suportar a maior parte da carga mecânica ou tensão aplicada ao
sistema.

• Interface polímero-fibra ou reforço mineral: é o fator crítico que determina até


que ponto as propriedades mecânicas em potencial do compósito serão atingidas
e mantidas durante seu uso em serviço.
✓ Função: deve apresentar características físicas e químicas adequadas para
promover uma eficiente transferência de tensão da matriz para o elemento
de reforço.
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Tipos de reforço:
a) Fibras de reforço: fibras de alto módulo e resistência tais como as fibras de vidro,
carbono, aramida e grafite;
b) Cargas de reforço: alguns minerais de estrutura fibrosa/acicular ou lamelar tais
como mica, argila e alguns tipos de talco e caulim (também flocos de vidro);
c) Cargas de enchimento: cargas minerais ou sintéticas de partículas com formato
esferoidal como CaCO3, talco, caulim, sílica, quartzo, alumina, feldspato e esferas de
vidro.

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Principais vantagens na utilização de fibras e cargas em Termoplásticos:


1. aumento substancial no módulo de elasticidade/rigidez do compósito;
2. aumento expressivo na resistência mecânica (tração, flexão ou compressão) e, às
vezes, nas propriedades de tenacidade/resistência ao impacto do compósito,
dependendo do tipo de carga e matriz polimérica (não usual aumento na
resistência ao impacto);
3. melhoria substancial na resistência à fluência (deformação lenta);
4. melhoria na resistência mecânica à longo prazo (durabilidade e resistência à
fadiga), dependendo do tipo de reforço e da natureza das interações na interface
polímero-reforço;
5. aumento expressivo na temperatura de distorção térmica (HDT);
6. aumento na estabilidade dimensional, redução da expansão térmica e
encolhimento de moldados;
7. modificação nas características reológicas, elétricas e de permeabilidade dos
compósitos.
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As principais limitações no uso de fibras e cargas minerais (reforçantes ou não)


em matrizes de polímeros termoplásticos

1) difícil processabilidade e ação abrasiva nos equipamentos de compostagem e


transformação de termoplásticos, principalmente à teores elevados de fibra/carga
mineral incorporada.
2) queda acentuada na resistência ao impacto e tenacidade (e/ou ductilidade) do
compósito, principalmente em matrizes de termoplásticos tenazes.
3) efeito de anisotropia nas propriedades mecânicas e empenamento de peças
moldadas, principalmente à elevados teores de fibras incorporadas.

Estes efeitos negativos podem ser minimizados pela combinação


criteriosa de cargas minerais com fibras de reforço.

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• São materiais adicionados como componentes auxiliares visando uma ou mais


aplicações específicas como, por exemplo, abaixar o custo, modificar e/ou
melhorar propriedades, facilitar o processamento, colorir etc.

* Plastificantes
* Estabilizantes
Classificação de
Aditivos * Cargas
* Antiestáticos
* Nucleantes
* Lubrificantes
De acordo com sua * Pigmentos
funcionalidade * Retardantes de Chama
* Modificadores de Impacto

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• Auxiliares de Polimerização
✓ Catalizadores, iniciantes, agentes de reticulação etc.
• Auxiliares de Processamento
✓ Lubrificantes, auxiliares de fluxo, solventes, plastificantes, agentes de secagem etc.
• Estabilizantes
✓ Antioxidantes, estabilizantes térmicos, desativadores de metais, estabilizantes a UV.
• Aditivos Modificadores de Propriedades
✓ Mecânicas: compatibilizantes, agentes de reticulação, reforços, modificadores de
impacto, agentes nucleantes, plastificantes etc.
✓ Performance: antiestáticos, agentes de expansão, retardantes de chamas,
supressores de fumaça, modificadores de odor etc.
✓ Superfície: agentes anti-embaçamento, agentes promotores de adesão, antiestáticos,
anti-risco, compatibilizantes, surfactantes etc.
✓ Propriedades ópticas: agentes nucleantes, pigmentos e colorantes, agentes
fosqueantes.
• Redutores de Custo
✓ Cargas.
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Estabilizantes: evitar/diminuir a Agentes de expansão: produtos que


degradação dos materiais geram gases durante o processamento
provocando a expansão do material
(isolamento térmico e acústico).

Pigmentos: são substâncias insolúveis nos Colorantes: são substâncias solúveis nos
polímeros (são opacos). polímeros (são transparentes).

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Quanto ao comportamento mecânico


▪ Termoplásticos: polímeros com a capacidade de amolecer e fluir quando
submetidos a um aumento de temperatura (T) e/ou pressão (P). Quando a T
(e/ou P) são retiradas, o polímero solidifica.
▪ Novas aplicações de T e P produzem o mesmo efeito de amolecimento e
fluxo. Reprocessáveis → Recicláveis.
✓ Estrutura molecular: cadeia linear ou ramificada;
✓ Interações intermoleculares (dispersão, dipolo, ligações de H) entre as
cadeias:  T (P) podem “quebrar” essas interações → cadeias ganham
mobilidade novamente → reprocessamento.
✓ Microestrutura: semicristalinos (Tg e Tm) ou amorfos (Tg).
✓ Exemplos: PE, PP, PS, PA, PET, PC....

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Quanto ao comportamento mecânico


▪ Termofixos (termorrígidos): polímeros que são conformáveis plasticamente
apenas em um estágio intermediário de sua fabricação, sofrem o processo de
reticulação (ou cura) com a formação de ligações covalentes entre as cadeias,
tornando-se duros, insolúveis e infusíveis.
▪ Apresentam ligações químicas primárias covalentes de alta energia entre as
cadeias (ligações cruzadas e/ou reticulação):  T (P) não são suficientes para
“quebrar” essas ligações e conferir mobilidade às cadeias, ou seja, degradam
(quebra de ligações primárias) antes de se tornarem moldáveis novamente. Não
são reprocessáveis → Não são recicláveis.
✓ Estrutura molecular: altamente reticulada (grande quantidade de
ligações cruzadas ou reticulação – ligações covalentes entre as cadeias
poliméricas);
✓ Microestrutura: amorfos (Tg).
✓ Exemplos: resinas epóxi, resinas fenólicas (fenol-formaldeído), poliéster
insaturado, poliuretano.
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Quanto ao comportamento mecânico


• Elastômeros: material polimérico que exibe elasticidade em longas faixas de
deformação, na temperatura ambiente.
✓ Quando submetidos a tensão, os elastômeros se deformam, mas voltam ao
estado inicial quando a tensão é removida.
✓ Para as borrachas tradicionais esta característica é obtida após a vulcanização
(formação de ligações cruzadas).
✓ Estrutura molecular: baixa densidade de ligações cruzadas.
✓ Microestrutura: amorfos (Tg). Em alguns casos podem cristalizar sob tensão
(exceção).
✓ Exemplos: borracha natural (poli(cis-isopreno)), borracha butílica, nitrílica,
polibutadieno, policloropreno.

• Elasticidade: flexibilidade/mobilidade das cadeias do polímero (Tg < Tuso) +


a restrição imposta à deformação plástica (irrecuperável) pela presença das ligações
cruzadas (químicas ou “físicas”).
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Quanto ao comportamento mecânico


• Elastômeros
Caso especial: elastômeros termoplásticos
• São materiais termoplásticos com comportamento mecânico de elastômeros.
• Apresentam características elastoméricas mesmo não tendo ligações cruzadas.
• Estrutura: domínios flexíveis (fase elastomérica) e domínios rígidos (fase
termoplástica rígida).
• As interações secundárias entre os domínios rígidos atuam como “ligações
cruzadas físicas” ou “pontos de ancoramento”, impedindo o escoamento relativo
das cadeias poliméricas.
• T quebra essas “ligações físicas” e se tornam processáveis como termoplásticos.

• São em geral copolímeros em bloco que


apresentam fases separadas que comportam-
se como ligações cruzadas reversíveis.
• Ex.: SBS (estireno-butadieno-estireno).
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Quanto ao desempenho mecânico


1. Termoplásticos de massa (commodities): baixo custo, baixo nível de
exigência mecânica, alta produção (aproximadamente 90% da produção total),
facilidade de processamento, etc.
Exemplos: PP, PE, PS e PVC.

2. Termoplásticos especiais: polímeros com custo levemente superior aos


convencionais, porém com características melhores.
Exemplos: EVA, SAN, PTFE, PMMA...

3. Termoplásticos de engenharia: polímeros que apresentam bom desempenho


mecânico.
Exemplos: PAs, PET, PBT, PC, ABS, PPO...

4. Termoplásticos de alto desempenho: polímeros que apresentam elevado


desempenho.
Exemplos: polisulfonas, poliimidas, polieter-eter-cetona, poliaramidas (Kevlar)...

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Quanto ao desempenho mecânico

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A. Nomes Químicos

→ Normalmente coloca-se o prefixo poli no nome do


monômero (Ex. etileno → polietileno)

→ Quando o nome do monômero é uma expressão, esta


deve estar contida entre parênteses.
(Ex. cloreto de vinila → poli (cloreto de vinila)

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B. Marcas Registradas
• Os polímeros quando registrados recebem um nome (marca registrada).
• As marcas são muito utilizadas. Em alguns casos, as marcas acabam
sendo empregadas para substituir, de modo incorreto, a nomenclatura
adequada dos polímeros.

Exemplos de nomenclatura dos polímeros:


✓ Neoprene- policloropreno
✓ Teflon® - poli(tetrafluoretileno)
✓ Noryl® - blenda polimérica formada pelos polímeros PPO e PS
✓ KEVLAR® - poliaramida

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C. Siglas

O uso de siglas para representar ou substituir a nomenclatura


química de polímeros é muito frequente, e praticamente todos os
polímeros têm suas siglas.

Exemplos:
✓ PEBD – polietileno de baixa densidade (LDPE)
✓ PEAD – polietileno de alta densidade (HDPE)
✓ PP – polipropileno
✓ PS – poliestireno
✓ HIPS – poliestireno de alto impacto
✓ PC – policarbonato
✓ SBR – borracha de butadieno-estireno
✓ PET – poli(tereftalato de etileno )
✓ PBT – poli(tereftalato de butileno)
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D. Códigos e Tipos

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Bibliografia:
CANEVAROLO JÚNIOR, S V.; Ciência dos polímeros: um texto básico para
tecnólogos e engenheiros. Capítulo: Estrutura molecular dos polímeros.
SPERLING, L H.; Introduction to physical polymer science. Capítulos: Chain
Structure and Configuration e Multicomponent Polymeric Materials.

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