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MISSION COMO CONPASSION

Jos� Miguez Bonino

Pentecostales

pp.113

Naquela oportunidade, M�guez Bonino apresentou uma s�ntese de conte�dos da


produ��o teol�gica crist� em Abya-Yala, o nome Kuna para a Am�rica Latina, �s
v�speras do
novo s�culo.161 Chama a aten��o nesse texto como o autor se situava diante da
realidade
contempor�nea. Ele afirmou, por exemplo, que no final do s�culo 20 o campo
religioso se
ampliou, tornando-se mais pluralista e din�mico. Isto se deve a que os novos
movimentos
religiosos cresceram e assumiram maior visibilidade, o mesmo acontecendo com os
movimentos carism�ticos e pentecostais, bem como a manifesta��o vis�vel de antigas
tradi��es religiosas e diversas cria��es �sincr�ticas�, isto �, �populares,
ind�genas,
afroamericanas�, manifesta��es religiosas historicamente ocultadas, ignoradas ou
perseguidas. A este quadro religioso bastante complexo, vem se somar conflitos e
tens�es
teol�gicas e ideol�gicas nas igrejas tradicionais, inclusive na Igreja Cat�lica
Romana.

Pentecostalismo

p. 119

Eis a� uma possibilidade de definirmos miss�o desde uma perspectiva trinit�ria,


cristol�gica e pneumatologicamente. Nessa altura M�guez Bonino dialoga com o
protestantismo pentecostal e evang�lico-carism�tico. Ele faz uma constata��o
importante:
embora a tradi��o evang�lica mission�ria latino-americana seja marcada fortemente
por
experi�ncias pneumatol�gicas, tanto nos avivamentos quanto nos movimentos de
santidade do
s�culo 19 ou o pentecostalismo no s�culo 20, faltou a estes movimentos desenvolver
uma
verdadeira teologia do Esp�rito Santo, sobretudo uma pneumatologia no contexto
trinit�rio. (...)

� interessante observar para onde se dirige esta reflex�o, porque justamente uma
palavra que ultimamente tem aparecido no contexto da teologia feminista e, mais
recentemente, tamb�m na teologia da miss�o � a palavra empowerment, do ingl�s � tem
sua
origem no pentecostalismo dos EUA. Esta palavra se aproxima do que em portugu�s
poderia
se traduzir por �receber o Esp�rito�, ou �ficar cheio do poder do Esp�rito�, ou
ainda �agir no
poder do Esp�rito�, express�es que denotam o �poder para testemunhar, para curar,
para
expressar-se em l�nguas, para ser �inteiramente santificados�� (p. 113).

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