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Lagoa das Sete Cidades

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Lagoa das Sete Cidades

Lagoa das Sete Cidades, Lagoa Verde e Lagoa Azul

Localização

Coordenadas 37° 52' N 25° 47' O

Localização Ilha de São Miguel

País  Portugal

Características

Tipo lago de cratera

Área * 4,35 km²

Comprimento máximo 4,2 km

Largura máxima 2,0 km

Profundidade máxima 33 m

Efluentes túnel de descarga (artificial)


*
 Os valores do perímetro, área e volume podem ser imprecisos devido às estimativas
envolvidas, podendo não estar normalizadas.

A Lagoa das Sete Cidades localiza-se no fundo da caldeira das Sete Cidades, na freguesia
de mesmo nome, na ilha de São Miguel, nos Açores.
Características[editar | editar código-fonte]
A caldeira foi formada por colapsos sucessivos de dois relevos que a circundam, e tem um
diâmetro de cerca de 5 km e profundidade máxima de 400 metros. Constitui-se numa das
maiores caldeiras de abatimento do arquipélago. Os seus bordos apresentam, em sua maior
parte, vertentes muito inclinadas.
Inscreve-se numa área de montanha de relevo bastante acentuado, com falésias interiores,
profundas ravinas e sulcos em cujos leitos correm águas torrenciais. O Pico das Éguas, com 873
metros de altitude, é a maior elevação desta zona.[1] A zona inclui uma área urbana, terrenos
agrícolas e maciços florestais de produção de criptoméria.
É uma área importante em termos de endemismo, conservando vestígios da vegetação primitiva
do arquipélago, com destaque para o cedro-do-mato ("Juniperus brevifolia"), o "Chaerophyllum
azoricum", a angélica ("Angelica lignescens"), o azevinho ("Ilex perado ssp. azorica"), a "Tolpis
azorica", o queiró ("Daboecia azorica"), a urze ("Erica azorica"), a "Lysimachia azorica", a uva-
da-serra ("Vaccinium cylindraceum"), o folhado ("Viburnum tinus ssp. subcordatum"), a
"Cardamine caldeirarum", as margaridas("Beilis azorica"), assim como os musgos "Breutelia
azorica", "Campylopus azoricus" e "Grimmia tricophylla ssp. azorica".
Representa também uma importante zona de passagem para aves migratórias, muitas das quais
em perigo de extinção. Encontram-se igualmente aves endémicas dos Açores, como o pombo-
torcaz-dos-Açores ("Columba palumbus azorica"), omelro-preto ("Turdus merula azorensis") e
a estrelinha ("Regulus regulus azoricus").
Nas águas das lagoas da região encontram-se várias espécies de peixes introduzidas pelo
Homem, como por exemplo a carpa("Cyprinus carpio"), o lúcio ("Esox lucius"), a perca ("Perca
fluviatilis"), o ruivo ("Rutílus rutílus") e a truta ("Salmo iridens gibrons").
A lagoa das Sete Cidades constitui-se no maior reservatório natural de água doce de superfície
dos Açores, ocupando uma vasta área que chega aos 4,35 quilómetros quadrados, com uma
profundidade de 33 metros.
Caracteriza-se pela dupla coloração das suas águas, sendo dividida por um canal pouco
profundo, atravessado por uma ponte baixa que separa de um lado um espelho de águas
de tom verde e, do outro, um espelho de tom azul.
Essas características, e a beleza da paisagem envolvente, deram lugar a que surgissem belas
lendas sobre a sua origem e formação, inclusive a que a liga ao mito da Atlântida.
A lagoa, bem como a sua zona envolvente, encontra-se classificada como Paisagem Protegida.[2]

Panorama da Lagoa das Sete Cidades, mostrando as lagoas Verde e Azul.

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