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1- Em nenhum momento o autor disse que no local havia apenas o réu Thiago.

Ao
contrário, a própria decisão da juiza informa sobre a retirada de Thiago e OCUPANTES.
Então não havia porquê deixar de se cumprir o mandado de reintegração diante da
constatação pela OJA de que há mais moradores no local.
2- Embora a certidão da OJA ora fale em quartos, ora fale em casas, o imóvel se trata de
uma construção (conforme RGI), que vem sendo subdividida em quartos, por meio de
obras irregulares, pelo réu Thiago (o que vem gerando multas pela prefeitura). Estes
novos quartos vem sendo utilizados para fins comerciais pelo réu, para auferir renda
mediante locações, além do bar/restaurante que o réu abriu na parte da frente do
imóvel(conforme foto nos autos). Os ocupantes são locatários do réu, não se devendo
falar portanto em “sem-teto” ou pessoas que não tem capacidade econômica.
3- O imóvel não tem qualquer semelhança com uma comunidade, ou favela. Trata-se de
imóvel regularizado, uma propriedade particular, dotada de RGI em nome do autor,
imóvel que foi financiado pela PREVIRIO (conforme RGI), situada em rua nobre do
bairro de Santa Teresa. Lembremos que, caso se tratasse de um imóvel em
comunidade, como a certidão dá a entender, não haveria RGI, muito menos
financiamento pela PREVIRIO e nem multas por obras irregulares pela Prefeitura, que
não vai às favelas fiscalizar esse tipo de irregularidades. Nao cabe, portanto, falar-se
em vedação do STF ao uso de força policial (o que nem sabemos ainda se será
necessário), por não se tratar de nenhuma comunidade. Lembremos também que já
houve uma diligência no local por OJA na ação que correu no juizado especial, cuja
certidão foi anexada aos autos, e na qual o Oficial de Justiça não faz qualquer menção
a impossibilidade de cumprir a diligencia.
4- Vale destacar que, se a a realização da reintegração for postergada, há perigo real para
o autor, pois as multas altas e crescentes em nome do autor pela Secretaria
Municipal de Urbanização vão se acumular, diante de novas obras no local e da nao
resolução das obras ja infracionadas, com toda a tendência de virar uma bola de neve
para o mesmo, que estará incapaz de evitá-las, já que o imóvel se encontra invadido.

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