TAREFA 3.

Banimento do Asbesto ou Amianto no Brasil

O asbesto ou amianto é uma substância potencialmente danosa à saúde humana, e não há

sombra de dúvidas como já foi cientificamente comprovado através de estudos e laudos em
trabalhadores que tiveram contato com o agente. O contato com asbesto ou amianto causa, dentre
outras coisas, micro lesões no tecido pulmonar que mais tarde veem a se tornar tumores malignos ou
acarretam na insuficiência respiratória.

Em face de tal maleficio é conveniente questionar qual seria a relação entre custo versus
benefício para a sociedade, enquanto bem maior, da manufatura de produtos que tenham em sua
composição o asbesto ou amianto. Pois como o professor doutor Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira
salientou, em audiência publica promovida pelo Supremo Tribunal Federal no dia 28 de agosto de 2012,
o mal causado pela exposição ao asbesto ou amianto resulta em doenças e incapacidade para o trabalho
o que implica em aposentadorias e benefícios concedidos pela Previdência Nacional para um tempo de
contribuição menor do trabalhador resultando desequilíbrio e sobrecarga da Previdência. Daí pode-se
inferir que a sociedade toda paga para que alguns se beneficiem da manufatura dessa substância
altamente carcinogênica. Ainda na audiência pública promovida pelo Supremo Tribunal a doutora Rúbia
Kuno da divisão de toxicologia da CETESB, expôs o que talvez seja o maior entrave para a manufatura do
asbesto ou amianto, o seu controle. Uma vez que o mesmo deixa a fábrica e vai para residências e
comércios se difunde e impossibilita o controle de descarte e exposição.

Então fica claro que a medida mais sensata de controlar a exposição da população a esse
material é atuando diretamente na fonte, ou seja, controlando sua produção e impedindo que esse
material seja comercializado, até que se tenha um meio alternativo eficaz de controle para o mesmo.
Principalmente no Brasil que possui um vasto território e não há recursos humanos necessários para
uma fiscalização completa.