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Fichas Técnicas de Resíduos - v2 PDF
Fichas Técnicas de Resíduos - v2 PDF
Coordenação
Paulo Nunes de Almeida
Equipa
Conceição Vieira
Benedita Machado
Nuno Ferraz
José Monteiro
Sofia Roque
Título
Fichas Técnicas de Resíduos
Projecto
Resíduos Menos
Tiragens
100 exemplares
ISBN
978-972-8702-69-4
Depósito Legal
338678/12
Dezembro 2011
PREFÁCIO
Umas das mais recentes iniciativas foi o Projecto “ ” que teve como objectivo
potenciar a competitividade das empresas, principalmente das PME, mediante um conjunto
integrado de acções colectivas que pretenderam sensibilizar os empresários para as vantagens duma
gestão adequada dos resíduos produzidos nas suas actividades, promovendo simultaneamente o
desenvolvimento sustentável.
Estes documentos, com especificidades relativas a diversos resíduos, constituem uma preciosa fonte
de informações e orientações para técnicos, empresários e todos os interessados na implementação
de medidas ecologicamente correctas na gestão da vertente dos resíduos.
A AEP- Associação Empresarial de Portugal está convicta que, com esta iniciativa, dá um precioso e
incontornável contributo para que o desempenho robusto das empresas seja acompanhado de uma
utilização racional dos recursos naturais e de níveis sustentáveis na produção de resíduos.
CAPÍTULO LER 02 1
Resíduo: Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria das Conservas de Peixe (LER 02 03 05)
Resíduo: Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria dos Lacticínios (LER 02 05 02)
CAPÍTULO LER 03 2
Resíduo: Resíduos do Descasque de Madeira (LER 03 01 01)
Resíduo: Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados, contendo
Substâncias Perigosas (LER 03 01 04 *)
Resíduo: Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados (LER 03 01 05)
Resíduo: Pó de Cortiça (LER 03 01 99)
CAPÍTULO LER 04 3
Resíduo: Fibras Têxteis não Processadas (LER 04 02 21)
CAPÍTULO LER 08 4
Resíduo: Tintas de Base Solvente (LER 08 01 11 *)
Resíduo: Tintas de Base Aquosa (LER 08 01 12)
Resíduo: Lamas Aquosas contendo Tintas e Vernizes com Solventes Orgânicos ou outras Substâncias
Perigosa (LER 08 01 15 *)
Resíduo: Colas, Vedantes contendo Solventes Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas
(LER 08 04 09 *)
CAPÍTULO LER 12 5
Resíduo: Aparas e Limalhas de Metais Ferrosos (LER 12 01 01)
Resíduo: Poeiras e Partículas de Metais Ferrosos (LER 12 01 02)
Resíduo: Aparas e Limalhas de Metais não Ferrosos (LER 12 01 03)
Resíduo: Poeiras e Partículas de Metais não Ferrosos (LER 12 01 04)
CAPÍTULO LER 13 6
Resíduo: Óleos Hidráulicos Minerais não Clorados (LER 13 01 10 *)
Resíduo: Óleos Hidráulicos Sintéticos (LER 13 01 11 *)
Resíduo: Óleos Lubrificantes Minerais não Clorados (LER 13 02 05 *)
Resíduo: Óleos Lubrificantes Sintéticos (LER 13 02 06 *)
Resíduo: Óleos contendo PCB (LER 13 03 01 *)
Resíduo: Águas Oleosas (LER 13 05 07 *)
Fichas Técnicas de Resíduos
CAPÍTULO LER 14 7
Resíduo: CFC, HCFC ou HFC (LER 14 06 01 *)
Resíduo: Solventes Halogenados (LER 14 06 02 *)
Resíduo: Solventes não Halogenados (LER 01 06 03 *)
CAPÍTULO LER 15 8
Resíduo: Embalagens de Papel e Cartão (LER 15 01 01)
Resíduo: Embalagens de Plástico (LER 15 01 02)
Resíduo: Embalagens de Madeira (LER 15 01 03)
Resíduo: Embalagens de Vidro (LER 15 01 07)
Resíduo: Embalagens contendo ou contaminadas por Resíduos de Substâncias Perigosas
(LER 15 01 10 *)
Resíduo: Absorventes, Materiais Filtrantes, Panos de Limpeza e Vestuário de Protecção, contaminados
por Substâncias Perigosas (LER 15 02 02 *)
CAPÍTULO LER 16 9
Resíduo: Pneus Usados (LER 16 01 03)
Resíduo: Veículos em Fim de Vida (LER 16 01 04 *)
Resíduo: Transformadores e Condensadores contendo PCB (LER 16 02 09 *)
Resíduo: Equipamentos fora de uso contendo Fluidos de Refrigeração (LER 16 02 11 *)
Resíduo: Toners e Tinteiros (LER 16 02 16)
CAPÍTULO LER 17 10
Resíduo: Sucata de Alumínio (LER 17 04 02)
Resíduo: Sucata de Ferro e Aço (LER 17 04 05)
Resíduo: Materiais de Construção contendo Amianto (LER 17 06 05 *)
CAPÍTULO LER 20 11
Resíduo: Papel e Cartão (LER 20 01 01)
Resíduo: Vidro (LER 20 01 02)
Resíduo: Resíduos Alimentares de Cantinas (LER 20 01 08)
Resíduo: Lâmpadas Fluorescentes (LER 20 01 21 *)
Resíduo: Pilhas e Acumuladores Usados (LER 20 01 33 *)
Resíduo: Equipamento Eléctrico e Electrónico fora de uso (Computadores, Monitores, Teclados,
Impressoras) contendo Componentes Perigosos (LER 20 01 35 *)
Resíduo: Lâmpadas Incandescentes (LER 20 01 99)
Resíduo: Resíduos Indiferenciados (LER 20 03 01)
1
CAPÍTULO LER 02
Resíduo: Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria das Conservas de Peixe (LER 02 03 05)
Resíduo: Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria dos Lacticínios (LER 02 05 02)
Resíduo: Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria das
Conservas de Peixe
LER
O código do resíduo Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria das Conservas de Peixe, de acordo
com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 02 03 05 - Lamas do Tratamento Local de Efluentes
As águas residuais apresentam uma elevada carga de cloretos, gorduras e de matéria orgânica (partículas de peixe
libertadas na operação de imersão), que facilmente entram em decomposição, libertam fortes odores e contaminam
o solo e as águas se não forem devidamente tratadas.
Os maus cheiros provocados por este tipo de resíduo podem provocar náuseas e vómitos ao trabalhador.
Capítulo LER 02 - Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria das Conservas de Peixe 1/5
Fichas Técnicas de Resíduos
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção deste tipo de resíduo aconselha-se a aplicação de tecnologias na Indústria do Pescado, que
permitam reduzir a quantidade de águas consumidas no processo de fabrico, reduzindo a quantidade de
efluentes que vai para tratamento e consequentemente a quantidade de lamas geradas.
Sempre que possível deverá ainda:
segregar-se as águas residuais poluentes das águas residuais não poluentes, enviando para tratamento
apenas as poluentes;
recircular a água não poluente (dos circuitos de refrigeração, etc.);
automatizar os processos de limpeza por forma a minimizar o consumo de água nos processos de
desinfecção e lavagem;
utilizar da última água de lavagem como água de reposição para desinfecção e ou limpeza inicial.
2/5
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
De acordo com o Artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de Outubro:
O produtores de lamas devem dispor de uma capacidade mínima de armazenagem de lamas equivalente à
produção média de três meses.
No caso de várias estações de tratamento de águas residuais pertencentes à mesma entidade, a
armazenagem pode ser efectuada numa única estação dessa entidade.
A capacidade de armazenagem deve ser calculada com base na produção média de três meses de todas
as estações produtoras.
A capacidade das instalações de armazenagem e, ou, de tratamento de lamas deve ser calculada tendo em
conta os períodos de não aplicação de lamas.
A capacidade de armazenagem prevista anteriormente pode ser reduzida caso seja demonstrada a
contratualização da transferência de lamas para operador devidamente licenciado.
Os locais de armazenamento devem ser impermeabilizados e cobertos de forma a evitar infiltrações ou
derrames que possam originar a contaminação dos solos e das massas de águas superficiais e
subterrâneas.
É obrigatória a realização de análises às lamas e aos solos, nos termos do anexo II do
Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de Outubro, devendo os respectivos resultados ser expressos nas unidades
nele indicadas.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
OUTROS TIPO DE R13: Acumulação de resíduos para serem submetidos a uma das operações
VALORIZAÇÃO referidas anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário,
antes da recolha, no local onde esta é efectuada.
Capítulo LER 02 - Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria das Conservas de Peixe 3/5
Fichas Técnicas de Resíduos
A actividade de valorização agrícola de lamas só pode ser exercida por produtores de lamas ou por
operadores que comprovem dispor de um técnico responsável acreditado nos termos do artigo 8º do
Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de Outubro e que sejam titulares de alvará para a armazenagem e, ou,
tratamento de lamas, emitido ao abrigo do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, sem prejuízo do disposto nos artigos 14.º a 18.º do Decreto-Lei
n.º 276/2009, de 2 de Outubro.
De acordo com o artigo 14º do Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de Outubro, a utilização de lamas em
solos agrícolas, num determinado perímetro de intervenção, está sujeita a um plano de gestão de lamas
(PGL) aprovado pela DRAP territorialmente competente.
O PGL deve evidenciar a aptidão dos solos para a valorização agrícola de lamas, demonstrar que a
mesma é compatível com os objectivos definidos no Decreto-Lei nº 276/2009 e prever destinos
alternativos adequados quando não seja possível a valorização agrícola da totalidade das lamas. A
elaboração do PGL compete ao técnico responsável.
4/5
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Capítulo LER 02 - Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria das Conservas de Peixe 5/5
Resíduo: Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria dos Lacticínios
LER
O código do resíduo Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria dos Lacticínios, de acordo com a
Lista Europeia de Resíduos (LER), é 02 05 02 - Lamas do Tratamento Local de Efluentes
As águas residuais na indústria dos lacticínios apresentam elevados teores em matéria orgânica dissolvida e
gorduras, devido essencialmente, ao soro lácteo rejeitado no fabrico do queijo. O ácido lácteo forma-se facilmente a
partir da lactose, provocando fortes odores.
Os maus cheiros provocados por este tipo de resíduo podem provocar náuseas e vómitos ao trabalhador.
Capítulo LER 02 - Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria dos Lacticínios 1/6
Fichas Técnicas de Resíduos
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção deste tipo de resíduo aconselha-se a aplicação de tecnologias na Indústria dos Lacticínios, que
permitam reduzir a quantidade de soro do leite que não é processado (especialmente no fabrico de queijos),
reduzindo a quantidade de efluentes que vai para tratamento e consequentemente a quantidade de lamas geradas.
Sempre que possível deverá ainda:
segregar-se as águas residuais poluentes das águas residuais não poluentes, enviando para tratamento
apenas as poluentes;
recircular a água não poluente ( dos circuitos de refrigeração, etc.);
automatizar os processos de limpeza por forma a minimizar o consumo de água nos processos de
desinfecção e lavagem;
utilizar a última água de lavagem como água de reposição para desinfecção e/ou limpeza inicial.
2/6
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
TRANSPORTE
Capítulo LER 02 - Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria dos Lacticínios 3/6
Fichas Técnicas de Resíduos
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
OUTROS TIPO DE R13: Acumulação de resíduos para serem submetidos a uma das operações
VALORIZAÇÃO referidas anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário,
antes da recolha, no local onde esta é efectuada.
A actividade de valorização agrícola de lamas só pode ser exercida por produtores de lamas ou por
operadores que comprovem dispor de um técnico responsável acreditado nos termos do artigo 8º do
Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de Outubro e que sejam titulares de alvará para a armazenagem e, ou,
tratamento de lamas, emitido ao abrigo do Decreto -Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo
Decreto-Lei n.º 73/11, de 17 de Junho, sem prejuízo do disposto nos artigos 14.º a 18.º do Decreto-Lei
n.º 276/2009, de 2 de Outubro.
De acordo com o artigo 14º do Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de Outubro, a utilização de lamas em solos
agrícolas, num determinado perímetro de intervenção, está sujeita a um plano de gestão de lamas (PGL)
aprovado pela DRAP territorialmente competente.
O PGL deve evidenciar a aptidão dos solos para a valorização agrícola de lamas, demonstrar que a
mesma é compatível com os objectivos definidos no Decreto-Lei nº 276/2009 e prever destinos alternativos
adequados quando não seja possível a valorização agrícola da totalidade das lamas. A elaboração do
PGL compete ao técnico responsável.
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d) Entregar ou aplicar lamas destinadas à utilização em determinados períodos do ano, fixados no
Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de Outubro ou em solos destinados ao modo de produção biológica;
e) Aplicar lamas em margens de águas, de acordo com o estipulado na alínea e) do artigo 12 ºdo
Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de Outubro;
f) Aplicar lamas na zona terrestre de protecção das albufeiras de águas públicas de serviço público,
numa faixa, medida na horizontal, com a largura de 100 m contados a partir da linha do nível de
pleno armazenamento, sem prejuízo de, nos casos em que exista plano de ordenamento de albufeira de
águas públicas, o regulamento do plano estabelecer uma faixa de interdição com uma largura superior a
100 m;
g) Aplicar lamas na zona terrestre de protecção das lagoas ou lagos de águas públicas constantes
do anexo I do regime de protecção das albufeiras de águas públicas de serviço público e das
lagoas ou lagos de águas públicas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 107/2009, de 15 de Maio, numa
faixa, medida na horizontal, com a largura de 100 m contados a partir da linha limite do leito da lagoa ou
lago de águas públicas em causa, sem prejuízo de, nos casos em que exista plano especial de
ordenamento do território aplicável, o regulamento do plano estabelecer uma faixa de interdição com
uma largura superior a 100 m;
h) Aplicar lamas sob condições climatéricas adversas, designadamente em situações de alta
pluviosidade.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
(Art. 21º) acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Capítulo LER 02 - Lamas do Tratamento Local de Efluentes na Indústria dos Lacticínios 5/6
Fichas Técnicas de Resíduos
Aplicam-se ainda os requisitos do Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de Outubro, resumidos anteriormente nesta
Ficha Técnica de Gestão de Resíduos.
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CAPÍTULO LER 03
Resíduo: Resíduos do Descasque de Madeira (LER 03 01 01)
Resíduo: Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados,
contendo Substâncias Perigosas (LER 03 01 04 *)
Resíduo: Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados (LER 03 01 05)
Resíduo: Pó de Cortiça (LER 03 01 99)
Resíduo: Resíduos do Descasque de Madeira
LER
O código do resíduo Resíduos do Descasque de Madeira, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
03 01 01 – Resíduos do Descasque de Madeira e de Cortiça.
Os resíduos do descasque de madeira (carrasca ou casca de madeira e toros de madeira rejeitados) não são
considerados perigosos para o meio ambiente devido às suas características naturais e não perigosas. No entanto,
se estes resíduos não forem eliminados de forma adequada, podem danificar o solo, provocando a proliferação de
pragas e doenças em florestas, evitando a regeneração natural, sendo o maior problema, o perigo de incêndio.
Os resíduos de descasque da madeira, troncos e outros resíduos de madeira depositados indevidamente em cursos
de águas cobrem o fundo e matam microrganismos essenciais à vida aquática.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Nas indústrias transformadoras de madeira os principais resíduos em volume são os provenientes das
operações de descasque, serração, maquinagem de madeira maciça e derivados de madeira. No entanto,
existem já técnicas de prevenção dos resíduos, neste sector industrial nomeadamente através de:
Aplicação de tecnologias inovadoras que permitam reduzir os desperdícios de madeira e desta
forma, minimizar a necessidade de recorrer ao descasque da madeira. Exemplo: Finger Jointing
A madeira vulgarmente utilizada na Europa apresenta nós. Em Portugal e por exigências do mercado, os
nós têm de ser eliminados. A madeira aproveitável que se encontra entre dois nós é muitas vezes de
pequenas dimensões, o que impossibilita a sua utilização directa no fabrico de mobiliário.
Aos desperdícios de madeira com comprimento compreendido entre 15 e 120 cm e espessura adequada, é
conferida uma forma dentada às extremidades, sendo depois anexados e colados uns aos outros formando
painéis que podem ser utilizados directamente na fabricação do mobiliário.
Um dos métodos de Finger Jointing é o denominado processo Greenweld, cuja investigação e
desenvolvimento tiveram origem na Nova Zelândia.
É um processo flexível com capacidade para colar peças secas ou húmidas (entre 9% e 180 % de
humidade) e que representa uma possibilidade de aproveitamento de grande volume de desperdícios de
madeira (Fonte: Guia Técnico sectorial INETI).
Figura 1- Máquina de formação de painéis de madeira com a aplicação da tecnologia de Finger Jointing
2/8
Automatização dos processos de corte madeira para redução de desperdícios. Exemplos:
A produção de folhas de madeira passa em muitas situações, pelo corte com lâmina de toros em
rotação, sujeitos a cozimento prévio. Com a aplicação de um sistema automatizado, dotado de
sensores laser é possível maximizar a quantidade e o tamanho das folhas, através da medição
constante da superfície do toro à medida que este gira em torno do eixo. O computador calcula a
posição que possibilita o máximo aproveitamento das folhas de madeira com consequente redução de
desperdícios.
O objectivo desta tecnologia é aumentar a quantidade de folhas de madeira obtidas de cada toro,
diminuir a quantidade de desperdícios e o consumo de colas utilizada para colagem de folhas de
madeira de tamanho mais reduzidos ocorridas durante os processos de desenrolamento tradicionais.
Com a aplicação deste método, estima-se uma diminuição da quantidade de desperdícios de 10 a 15%
(Fonte: Guia Técnico sectorial INETI).
Este tipo de máquinas estabelece um melhor plano de corte de acordo com as dimensões e defeitos da
peça, permitindo um maior aproveitamento da madeira. Este tipo de tecnologia permite uma redução
de 3 a 5 % de desperdícios (aparas e serraduras) (Fonte: Guia Técnico sectorial INETI).
São máquinas com lâminas que funcionam em simultâneo com movimento alternado, permitindo obter
várias folhas ou pranchas de madeira de espessura variável, com várias aplicações nos subsectores
do mobiliário e parquetaria.
Os sistemas de corte fino mais recentes possuem lâminas extremamente finas (em alguns casos com
espessura inferior a 1,25 mm) permitindo a obtenção de um maior número de pranchas e uma
diminuição da quantidade de serradura. A grande precisão de corte assegura ainda que o número de
rejeitados seja menor (Fonte: Guia Técnico sectorial INETI).
A casca/carrasca dos toros de madeira é enviada principalmente para empresas de hortifloricultura (uso em
jardinagem e espaços verdes). Tem procura superior à oferta falando-se do seu potencial de exportação. Por
vezes pode também ser enviada para explorações animais (principalmente avícolas mas também bovina). Nos
aviários são possíveis duas utilizações como composição das camas e/ou para queima nas caldeiras de
aquecimento ambiente. Também são vendidas para empresas que aparentam ser agentes intermediários
especializados em compra e venda destes subprodutos.
4/8
Aspectos importantes a considerar no acondicionamento deste tipo de resíduos
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem, desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação dos ecopontos (devidamente identificados)
nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a
correcta separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento desadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004,
de 3 de Março).
Figura 4- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos do descasque de madeira
Nos contentores de resíduos do descasque de madeira para reutilização/reciclagem não deverá colocar-se por
exemplo: madeira podre, madeira impregnada com óleos, aglomerados, platex, serrim impregnado com óleos.
Atendendo a que este tipo de resíduos é facilmente inflamável, deve ser acondicionado longe de fontes de
ignição.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Compostagem
Se as alternativas acima descritas não forem possíveis de colocar em prática, pode recorrer-se à valorização
energética.
Nas próprias unidades industriais de transformação de madeira é vulgar a valorização energética nas
caldeiras a biomassa existentes e que fornecem energia térmica nomeadamente para:
Secagem de madeira / tratamentos por choque térmico em estufa;
Cozimento” de toros por imersão ou vapor em estufa;
Aquecimento da linha de pintura e envernizamento (principalmente no inverno);
Aquecimento do ar ambiente da nave industrial.
Os bioresiduos podem também ser enviados para valorização energética em outras empresas como
indústrias cerâmicas e centrais de biomassa.
6/8
Técnicas / Tecnologias emergentes de Valorização;
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao
produtor inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte,
ao produtor do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse
produto se tal decorrer de legislação específica aplicável
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos
Princípio da municípios.
Responsabilidade pela O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar
o tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma
(Art. 5º)
entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma
entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência
para uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos
ou para uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos
de resíduos.
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
Princípio da Hierarquia
dos Resíduos Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos
(Art. 7º) economicamente sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais
através da sua reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas
noutros domínios.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
Resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico
de Resíduos (SIRER):
Obrigatoriedade de
inscrição e de registo a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem
mais de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º)
b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
8/8
Resíduo: Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e
Folheados, contendo Substâncias Perigosas
LER
O código do resíduo Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados, contendo
Substâncias Perigosas, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 03 01 04 * – Serradura, Aparas,
Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados, contendo Substâncias Perigosas.
Os resíduos resultantes de madeira tratada contêm vulgarmente substâncias perigosas e devem ser tratados como
resíduos perigosos. Muitos tratamentos de madeira são realizados com a aplicação de produtos químicos de
preservação classificados como tóxicos. Estes compostos incluem por exemplo, formaldeídos, resinas fenólicas e de
ureia que são consideradas substâncias perigosas. O tratamento da madeira pode incluir também por exemplo a
adição de clorofenóis, heptacloro e cloronaftalenos. Existem ainda outros tratamentos de superfície que envolvem a
aplicação de óleos à base de petróleo, tintas, velaturas e vernizes. Caso os resíduos de madeira tratada ou
aglomerados de madeira, que contêm substâncias perigosas, não sejam geridos adequadamente, estes compostos
podem causar sérios danos ao ecossistema. O armazenamento deste tipo de resíduos perigosos, não protegido das
intempéries ou a deposição em aterro não controlado pode produzir lixiviados muito tóxicos, contaminando águas
subterrâneas e superficiais.
Capítulo LER 03 - Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados, contendo Substâncias
Perigosas 1/8
Fichas Técnicas de Resíduos
São vários os estudos que comprovam a existência de uma associação entre a exposição a poeiras de madeira e o
desenvolvimento de patologias do foro respiratório e cutâneo.
Os agentes responsáveis por estas patologias podem ser classificados segundo duas categorias:
Agentes que são elementos integrantes da madeira: alcaloides, taninos, corantes naturais, resinas, fenóis,
quinonas, entre outros;
Outros agentes: bactérias, fungos, produtos de tratamento, entre outros.
A exposição repetida a poeiras de maior granulometria nas vias respiratórias superiores pode estar na origem de
cancros nas cavidades nasais e seios paranasais. O risco de contrair cancro é inferior para a exposição a poeiras
com origem em espécies resinosas (pinheiro, abeto, abeto vermelho) do que quando a exposição se dá com
madeira de espécies folhosas (carvalho, castanheiro).
As partículas mais finas poderão chegar aos alvéolos pulmonares e aí causar lesões, como a fibrose pulmonar. As
poeiras poderão ainda conduzir ao aparecimento de lesões por irritação cutânea e das mucosas podendo levar ao
desenvolvimento de fenómenos alérgicos (eczema, rinite e asma).
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
2/8
Aos desperdícios de madeira com comprimento compreendido entre 15 e 120 cm e espessura adequada, é
conferida uma forma dentada às extremidades, sendo depois anexados e colados uns aos outros formando
painéis que podem ser utilizados directamente na fabricação do mobiliário.
Um dos métodos de Finger Jointing é o denominado processo Greenweld, cuja investigação e
desenvolvimento tiveram origem na Nova Zelândia.
É um processo flexível com capacidade para colar peças secas ou húmidas (entre 9% e 180 % de humidade)
e que representa uma possibilidade de aproveitamento de grande volume de desperdícios de madeira. (Fonte:
Guia Técnico sectorial INETI)
Figura 1- Máquina de formação de painéis de madeira com a aplicação da tecnologia de Finger Jointing
Este tipo de máquinas estabelece um melhor plano de corte de acordo com as dimensões e defeitos da
peça, permitindo um maior aproveitamento da madeira. Este tipo de tecnologia permite uma redução de
3 a 5 % de esperdícios (aparas e serraduras) (Fonte: Guia Técnico sectorial INETI).
São máquinas com lâminas que funcionam em simultâneo com movimento alternado, permitindo obter
várias folhas ou pranchas de madeira de espessura variável, com várias aplicações nos subsectores do
mobiliário e parquetaria.
Capítulo LER 03 - Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados, contendo Substâncias
Perigosas 3/8
Fichas Técnicas de Resíduos
Os sistemas de corte fino mais recentes possuem lâminas extremamente finas (em alguns casos com
espessura inferior a 1,25 mm) permitindo a obtenção de um maior número de pranchas e uma
diminuição da quantidade de serradura. A grande precisão de corte assegura ainda que o número de
rejeitados seja menor (Fonte: Guia Técnico sectorial INETI).
Considere-se o Ofício do Instituto dos Resíduos ref. SRR.206, de 03-08-1998, que especifica que os resíduos de
madeira produzidos na actividade das indústrias de serração, poderão ser considerados como subprodutos
desde que cumulativamente obedeçam aos seguintes requisitos:
4/8
Equipamento de Protecção Individual para o Manuseamento do Resíduo
Figura 4- Contentores em aço e com tampa para Figura 5- Big-bag para armazenagem temporária de serraduras
armazenagem temporária de serraduras
Capítulo LER 03 - Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados, contendo Substâncias
Perigosas 5/8
Fichas Técnicas de Resíduos
Figura 6- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira,
Aglomerados e Folheados contendo substâncias perigosas
Nos contentores de resíduos do processamento de madeira para reciclagem não deverá colocar-se por
exemplo: madeira podre, madeira impregnada com óleos, aglomerados, platex, serrim impregnado com óleos.
Visto este tipo de resíduos ser facilmente inflamável devem ser acondicionados longe de fontes de ignição
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
RECICLAGEM
Não Aplicável.
6/8
Reciclagem
Valorização Energética
Se as alternativas acima descritas não forem possíveis de colocar em prática, pode recorrer-se à valorização
energética.
Nas próprias unidades industriais de transformação de madeira é vulgar a valorização energética nas
caldeiras a biomassa existentes e que fornecem energia térmica nomeadamente para:
Secagem de madeira / tratamentos por choque térmico em estufa;
“Cozimento” de toros por imersão ou vapor em estufa;
Aquecimento da linha de pintura e envernizamento (principalmente no inverno);
Aquecimento do ar ambiente da nave industrial.
Os bioresiduos podem também ser enviados para valorização energética em outras empresas como
indústrias cerâmica e centrais de biomassa.
Capítulo LER 03 - Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados, contendo Substâncias
Perigosas 7/8
Fichas Técnicas de Resíduos
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
(Art. 21º) acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade de Resíduos (SIRER):
inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem
registo mais de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º)
b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Informação objecto c) Identificação das operações efectuadas;
de registo d) Identificação dos transportadores.
(Art. 49º)
Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a
seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
(Art. 49º- A) As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e
do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
(Art. 49º- B) O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
Taxas de registo uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
Se for efectuado a aproveitamento de resíduos como combustível em Caldeiras de Biomassa, apenas poderão
ser utilizados resíduos vegetais fibrosos, abrangidos pelas exclusões previstas na alínea b) do ponto 2 do
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 85/2005, de 28 de Abril, caso contrário seria necessária uma Licença de acordo
com o referido diploma.
8/8
Resíduo: Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e
Folheados
LER
O código do resíduo Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados, de acordo
com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 03 01 05 – Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira,
Aglomerados e Folheados não Abrangidos em 03 01 04.
Os resíduos de madeira não tratada não são considerados perigosos para o meio ambiente devido às suas
características naturais e não perigosas. No entanto, se estes resíduos não forem eliminados de forma adequada,
podem danificar o solo, provocando a proliferação de pragas e doenças em florestas, evitando a regeneração
natural e o maior problema, o perigo de incêndio. A maioria dos impactes ambientais advém dos resíduos de
descasque da madeira, de aparas ou serraduras provenientes das operações de processamento. O pó de
serraduras representa um grave risco de incêndio e explosão nas oficinas. Por outro lado, os resíduos de descasque
da madeira, troncos e outros resíduos de madeira depositados indevidamente em cursos de águas cobrem o fundo
e matam microrganismos essenciais à vida aquática.
Capítulo LER 03 - Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados 1/9
Fichas Técnicas de Resíduos
São vários os estudos que comprovam a existência de uma associação entre a exposição a poeiras de madeira e o
desenvolvimento de patologias do foro respiratório e cutâneo.
Os agentes responsáveis por estas patologias podem ser classificados segundo duas categorias:
Agentes que são elementos integrantes da madeira: alcaloides, taninos, corantes naturais, resinas, fenóis,
quinonas, entre outros;
Outros agentes: bactérias, fungos, produtos de tratamento, entre outros.
A exposição repetida a poeiras de maior granulometria nas vias respiratórias superiores pode estar na origem de
cancros nas cavidades nasais e seios paranasais. O risco de contrair cancro é inferior para a exposição a poeiras
com origem em espécies resinosas (pinheiro, abeto, abeto vermelho) do que quando a exposição se dá com
madeira de espécies folhosas (carvalho, castanheiro).
As partículas mais finas poderão chegar aos alvéolos pulmonares e aí causar lesões, como a fibrose pulmonar. As
poeiras poderão ainda conduzir ao aparecimento de lesões por irritação cutânea e das mucosas podendo levar ao
desenvolvimento de fenómenos alérgicos (eczema, rinite e asma).
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Aplicação de tecnologias inovadoras que permitam reduzir os desperdícios de madeira Exemplo: Finger
Jointing
A madeira vulgarmente utilizada na Europa apresenta nós. Em Portugal e por exigências do mercado, os nós
têm de ser eliminados. A madeira aproveitável que se encontra entre dois nós é muitas vezes de pequenas
dimensões, o que impossibilita a sua utilização directa no fabrico de mobiliário.
2/9
Aos desperdícios de madeira com comprimento compreendido entre 15 e 120 cm e espessura adequada, é
conferida uma forma dentada às extremidades, sendo depois anexados e colados uns aos outros formando
painéis que podem ser utilizados directamente na fabricação do mobiliário.
Um dos métodos de Finger Jointing é o denominado processo Greenweld, cuja investigação e desenvolvimento
tiveram origem na Nova Zelândia.
É um processo flexível com capacidade para colar peças secas ou húmidas (entre 9% e 180 % de humidade) e
que representa uma possibilidade de aproveitamento de grande volume de desperdícios de madeira. (Fonte:
Guia Técnico sectorial INETI)
Figura 1- Máquina de formação de painéis de madeira com a aplicação da tecnologia de Finger Jointing
A produção de folhas de madeira passa em muitas situações, pelo corte com lâmina de toros em rotação,
sujeitos a cozimento prévio. Com a aplicação de um sistema automatizado, dotado de sensores laser é
possível maximizar a quantidade e o tamanho das folhas, através da medição constante da superfície do
toro à medida que este gira em torno do eixo. O computador calcula a posição que possibilita o máximo
aproveitamento das folhas de madeira com consequente redução de desperdícios.
O objectivo desta tecnologia é aumentar a quantidade de folhas de madeira obtidas de cada toro, diminuir
a quantidade de desperdícios e o consumo de colas utilizada para colagem de folhas de madeira de
tamanho mais reduzidos ocorridas durante os processos de desenrolamento tradicionais. Com a aplicação
deste método, estima-se uma diminuição da quantidade de desperdícios de 10 a 15 % (Fonte: Guia
Técnico sectorial INETI).
Este tipo de máquinas estabelece um melhor plano de corte de acordo com as dimensões e defeitos da
peça, permitindo um maior aproveitamento da madeira. Este tipo de tecnologia permite uma redução de 3
a 5 % de esperdícios (aparas e serraduras) (Fonte: Guia Técnico sectorial INETI).
Máquinas de corte fino
São máquinas com lâminas que funcionam em simultâneo com movimento alternado, permitindo obter
várias folhas ou pranchas de madeira de espessura variável, com várias aplicações nos subsectores do
mobiliário e parquetaria.
Capítulo LER 03 - Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados 3/9
Fichas Técnicas de Resíduos
Os sistemas de corte fino mais recentes possuem lâminas extremamente finas (em alguns casos com
espessura inferior a 1,25 mm) permitindo a obtenção de um maior número de pranchas e uma diminuição
da quantidade de serradura. A grande precisão de corte assegura ainda que o número de rejeitados seja
menor (Fonte: Guia Técnico sectorial INETI).
Considere-se o Ofício do Instituto dos Resíduos ref. SRR.206, de 03-08-1998, que especifica que os resíduos de
madeira produzidos na actividade das indústrias de serração, poderão ser considerados como subprodutos
desde que cumulativamente obedeçam aos seguintes requisitos:
4/9
Equipamento de Protecção Individual para o Manuseamento do Resíduo
Para o acondicionamento dos resíduos do processamento de madeira devem adoptar-se ecopontos para
recolha nos locais de produção, sendo que esses ecopontos deverão ser descarregados posteriormente em
contentores/locais apropriados no parque de resíduos da empresa para a sua armazenagem temporária, até
recolha por operador licenciado para o efeito.
Dependendo da quantidade a armazenar poderá optar-se por acondicionar os resíduos do processamento de
madeira no solo, em zonas delimitadas, em contentores ou big-bag;
Um dos modos mais comuns de armazenamento na indústria transformadora da madeira são contentores
metálicos. Os custos para os industriais da madeira são muito variáveis: alguns operadores de gestão de
resíduos alugam contentores (taxa mensal) acrescido de uma taxa de recolha, outros recebem a “custo zero”
e há operadores que pagam pelo resíduo. Os factores diferenciadores para os custos são a qualidade da
madeira como resíduo, a distância ao destino e a competição entre destinos.
No caso específico das serraduras e uma vez que são facilmente dispersáveis, independentemente do tipo de
recipiente escolhido é importante que possa ser hermeticamente fechado.
Figura 4- Contentores em aço e com tampa para Figura 5- Big-bag para armazenagem temporária de serraduras
armazenagem temporária de serraduras
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem, desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação dos ecopontos (devidamente identificados)
nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a
correcta separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento desadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004,
de 3 de Março).
Capítulo LER 03 - Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados 5/9
Fichas Técnicas de Resíduos
Figura 7- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento,
Madeira, Aglomerados e Folheados
Nos contentores de resíduos do processamento de madeira para reciclagem não deverá colocar-se por
exemplo: madeira podre, madeira impregnada com óleos, aglomerados, platex, serrim impregnado com óleos.
Visto este tipo de resíduos ser facilmente inflamável devem ser acondicionados longe de fontes de ignição.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
6/9
Reciclagem
Valorização Energética
Se as alternativas acima descritas não forem possíveis de colocar em prática, pode recorrer-se à valorização
energética.
Nas próprias unidades industriais de transformação de madeira é vulgar a valorização energética nas
caldeiras a biomassa existentes e que fornecem energia térmica nomeadamente para:
Secagem de madeira / tratamentos por choque térmico em estufa;
Cozimento” de toros por imersão ou vapor em estufa;
Aquecimento da linha de pintura e envernizamento (principalmente no inverno);
Aquecimento do ar ambiente da nave industrial.
Os bioresiduos podem também ser enviados para valorização energética em outras empresas como
indústrias cerâmicas e centrais de biomassa.
Capítulo LER 03 - Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados 7/9
Fichas Técnicas de Resíduos
8/9
Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A)
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
(Art. 49º- B) O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
Taxas de registo
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
Caso os resíduos de serradura, aparas, fitas de aplainamento, madeira, aglomerados e folheados satisfaçam
as condições de subproduto, não se aplicam as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
Se for efectuado a aproveitamento de resíduos como combustível em Caldeiras de Biomassa, apenas poderão
ser utilizados resíduos vegetais fibrosos, abrangidos pelas exclusões previstas na alínea b) do ponto 2 do
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 85/2005, de 28 de Abril; caso contrário seria necessária uma Licença de acordo
com o referido diploma.
Capítulo LER 03 - Serradura, Aparas, Fitas de Aplainamento, Madeira, Aglomerados e Folheados 9/9
Resíduo: Pó de Cortiça
LER
O código do resíduo Pó de Cortiça, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 03 01 99 – Outros
Resíduos não Anteriormente Especificados.
O pó de cortiça produz impactes ambientais negativos, se for indevidamente depositado em linhas de água,
impedindo a circulação habitual da água, bem como se for depositado de forma não controlada no solo, visto ser
facilmente inflamável e propiciar a ocorrência de incêndios.
A “suberose” é uma doença bronco-pulmonar, com o aspecto de bronquite crónica, ocasionada pela inalação de pó
de cortiça. O surgimento desta doença profissional está associada à transformação industrial de cortiça, onde as
operações verificadas nesta indústria dão origem a pós e a partículas de cortiça de pequeníssima dimensão. Nos
dias de hoje, este problema está minorado pela existência de modernos processos de aspiração e condução de
partículas em suspensão e pelo acréscimo verificado na prevenção desta doença, com a utilização de máscaras nas
zonas mais críticas.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
O pó de cortiça é o resíduo produzido em maior quantidade pelo sector da indústria da cortiça e é proveniente
essencialmente das operações de granulação/trituração da cortiça e das operações de rectificação e
acabamentos. Assim sendo deverão ser implementadas medidas tais como:
2/6
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Para o acondicionamento dos resíduos do pó de cortiça devem adoptar-se ecopontos para recolha nos locais
de produção, sendo que esses ecopontos deverão ser descarregados posteriormente em contentores ou big-
bags no parque de resíduos da empresa para a sua armazenagem temporária, até recolha por operador
licenciado para o efeito.
Uma vez que é um resíduo facilmente dispersável, independentemente do tipo de recipiente escolhido é
importante que possa ser hermeticamente fechado.
Figura 1 - Contentores em aço e com tampa para Figura 2 - Big-bag para armazenagem temporária de pó de cortiça
armazenagem temporária de pó de cortiça
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem. Desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação dos ecopontos (devidamente identificados)
nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a
correcta separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004,
de 3 de Março).
Atendendo que este tipo de resíduos é facilmente inflamável, deve ser acondicionado longe de fontes de
ignição.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Reciclagem
4/6
Compostagem
Valorização Energética
Se as alternativas acima descritas não forem possíveis de colocar em prática, pode recorrer-se à valorização
energética.
Nas próprias unidades industriais de transformação de cortiça é vulgar a valorização energética nas
caldeiras a biomassa existentes.
Os bioresiduos podem também ser enviados para valorização energética em outras empresas como
indústrias cerâmica e centrais de biomassa.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao
produtor do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse
produto se tal decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
Princípio da
O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
Responsabilidade
pela gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
(Art. 5º) licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência
para uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou
para uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de
resíduos.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
Princípio da
Hierarquia dos Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos
Resíduos economicamente sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais
através da sua reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas
(Art. 7º)
noutros domínios.
O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
Transporte de detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
Resíduos acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
(Art. 21º)
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Resíduos (SIRER):
Obrigatoriedade de
inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem
registo mais de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º) b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
c) Identificação das operações efectuadas;
Informação objecto
de registo d) Identificação dos transportadores.
(Art. 49º) Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a
seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos termos do artigo 49º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A) sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B) mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
Taxas de registo
A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
(Art. 57º)
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
6/6
3
CAPÍTULO LER 04
Resíduo: Fibras Têxteis não Processadas (LER 04 02 21)
Resíduo: Fibras Têxteis não Processadas
LER
O código do resíduo Fibras Têxteis não Processadas, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
04 02 21 – Resíduos de Fibras Têxteis não Processadas.
Os resíduos de fibras têxteis não processadas produzem impactes ambientais negativos, se forem indevidamente
depositados em linhas de água, impedindo a circulação habitual da água, bem como se forem depositados de forma
não controlada no solo.
Os resíduos de fibras têxteis não processadas, libertam poeiras e podem provocar a quem está exposto uma série
de doenças agudas, como é o caso das alergias. Podem ainda provocar doenças crónicas como é o caso da
bissinose.
Aplicação de tecnologias inovadoras que permitam reduzir os desperdícios, por exemplo através da
automatização dos processos e condensação num só equipamento, do máximo de operações possíveis.
Aplicação de um sistema de controlo de qualidade da matéria-prima.
Reutilização dos resíduos de fibras têxteis no enchimento de colchões e almofadas.
2/5
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Para o acondicionamento dos resíduos de fibras têxteis não processadas devem adoptar-se ecopontos para
recolha nos locais de produção, sendo que esses ecopontos deverão ser descarregados posteriormente em
recipientes apropriados no parque de resíduos da empresa para a sua armazenagem temporária, até recolha
por operador licenciado para o efeito.
No parque de resíduos e dependendo da quantidade a armazenar poderá optar-se por acondicionar este tipo
de resíduos em contentor ou big-bag.
Uma vez que as fibras têxteis não processadas libertam poeiras e partículas facilmente dispersáveis,
independentemente do tipo de recipiente escolhido é importante que possa ser hermeticamente fechado
Figura 1- Ecoponto para recolhas de fibras têxteis nos locais Figura 2- Contentores em aço e com tampa para armazenagem
de produção temporária de fibras têxteis não processadas
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem, desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente identificados) nos
locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a correcta
separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento desadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de fibras têxteis não processadas
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Os resíduos de fibras têxteis podem ser preparados para serem reutilizados
no enchimento de colchões e almofadas.
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
OUTROS TIPO DE
R13: Acumulação de resíduos para serem submetidos à operação referida
VALORIZAÇÃO anteriormente com a exclusão do armazenamento temporário, antes da
recolha, no local onde esta é efectuada.
Reciclagem
O processo de reciclagem de fibras têxteis, é um procedimento menos dispendioso e consome menos
energia do que produzir fibras a partir das matérias-primas virgens. Além de economia de energia, existem
outros benefícios tais como, economia no uso de materiais virgens, redução das emissões atmosféricas,
libertação de espaço em aterros para outros materiais e produtos não recicláveis.
Actualmente existem em Portugal diversas empresas de reciclagem de fibras têxteis, fabricando produtos com
as mais diversas aplicações em diferentes sectores industriais, designadamente: colchoaria, geotêxtil,
construção, fiação, automobilística, metalurgia, etc.
4/5
Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
Princípio da
promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
hierarquia dos
Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos economicamente
resíduos
(Art. 7º) sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais através da sua
reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas noutros domínios.
O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
Transporte de
detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
resíduos
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º)
Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade Resíduos (SIRER):
de inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem mais
registo de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º) b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Informação c) Identificação das operações efectuadas;
objecto de registo d) Identificação dos transportadores.
(Art. 49º) Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a
seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A)
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
Prazo de inscrição
funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
e de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B)
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma
Taxas de registo taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
CAPÍTULO LER 08
Resíduo: Tintas de Base Solvente (LER 08 01 11 *)
Resíduo: Tintas de Base Aquosa (LER 08 01 12)
Resíduo: Lamas Aquosas contendo Tintas e Vernizes com Solventes Orgânicos
ou outras Substâncias Perigosa (LER 08 01 15 *)
Resíduo: Colas, Vedantes contendo Solventes Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas (LER 08 04 09 *)
Resíduo: Tintas de Base Solvente
LER
O código do resíduo Tintas de Base Solvente, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
08 01 11* – Resíduos de Tintas e Vernizes contendo Solventes Orgânicos ou Outras Substâncias Perigosas.
* Resíduo considerado perigoso
Deve ser consultada a ficha de dados segurança do produto. No entanto, de uma forma geral têm efeitos nefastos
tanto no solo, como na água.
Deve ser consultada a ficha de dados segurança do produto. No entanto, geralmente têm na sua composição
elementos tóxicos, podendo originar problemas de saúde quando em contacto com a pele, por ingestão e inalação.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
No fabrico de tintas, vernizes e similares de base solvente verifica-se que, apesar da grande maioria dos
processos de mistura ainda funcionarem em sistema aberto ou semiaberto (com utilização de tampas metálicas
ou coberturas plásticas), quase todas as unidades efectuam regeneração do solvente de limpeza das cubas (na
sua grande maioria com equipamento próprio, apesar de algumas o mandarem regenerar em empresas
especializadas), possibilitando assim a sua reutilização. Por outro lado, algumas indústrias procedem à
reincorporação, quer do solvente de limpeza quer, por vezes das lamas de destilação, no processo de fabrico de
produtos menos exigentes e cujas especificações o permitem, como é por exemplo, o caso dos primários ou dos
betumes (Fonte: Guia Técnico sectorial, INETI, 2000).
Existem também medidas de carácter geral, que poderão ser aplicadas em todas as indústrias onde
sejam utilizados processos de pintura, tais como:
usar preferencialmente tintas à base de água;
determinar previamente a quantidade de tinta necessária para realizar a tarefa, o que significa fazer
alguns cálculos básicos, tendo em conta a área a ser pintada e o rendimento da tinta. Para isso, devem
ser consultados a embalagem e/ou o fabricante da tinta;
armazenar correctamente a tinta; as latas de tinta que já não estão em uso, devem ser fechadas
para evitar que o solvente evapore, que sequem ou se estraguem;
minimizar a utilização de solvente na lavagem dos utensílios utilizados na pintura; por exemplo pincéis,
rolos, bandejas e outros instrumentos só devem ser limpos ao fim do dia. Nos intervalos do trabalho, as
ferramentas devem ficar imersas na tinta que está a ser aplicada, coberta com plástico.
se houver sobra de tinta, não se deve guardá-la por muito tempo: depois de aberta a embalagem, a tinta
dura pouco tempo. O melhor é doá-la a uma instituição onde possa ser utilizada imediatamente – como
orfanatos, escolas, igrejas e outras – ou misturar todas as tintas que sobraram para pinturas de grades,
tapumes, etc. Porém, a mistura de tintas só deve ser feita com produtos do mesmo tipo e com as mesmas
características: não se pode juntar uma tinta de base solvente com outra de base aquosa.
aplicar tecnologias inovadoras que permitam reduzir os desperdícios de tinta durante a sua
aplicação, por exemplo através da automatização dos processos de pintura;
utilizar bacias de retenção em zonas onde haja possibilidade de derrames de tintas;
adquirir e utilizar de kit de contenção de derrames;
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com regras
de prevenção deste tipo de resíduo;
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/6
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Para o acondicionamento dos resíduos de tintas de base solvente, recomendam-se recipientes fechados.
Poderá optar-se por armazenar os resíduos de tintas de base solvente nas embalagens vazias do
produto original, desde que sejam devidamente identificadas e rotuladas.
Devem adoptar-se ecopontos para recolha deste resíduo nos locais da sua produção, sendo que esses
recipientes, uma vez completos, deverão ser colocados posteriormente no parque de resíduos da empresa
para a sua armazenagem temporária, até recolha por operador licenciado para o efeito.
TRANSPORTE
Nem todos os resíduos classificados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER) são considerados
matérias perigosas para o transporte, e por este facto, deverá(ão)ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados de
segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo, bem como, o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29
de Abril (posteriormente rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18/2010, de 28 de Junho), que regula
o transporte terrestre, rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas, por forma a averiguar se o resíduo em
questão é considerado mercadoria perigosa para o transporte.
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Tratamento do resíduo
Actualmente os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER) estão aptos
à valorização de resíduos de fabrico e remoção de tintas e vernizes.
No entanto, quando os resíduos possuem um poder calorífico significativo, como é o caso dos solventes, a sua
destruição em processos industriais, substituindo combustíveis fósseis, pode ser considerada como um processo de
valorização energética. Se as suas emissões não forem significativamente diferentes, o seu uso, por substituição de
combustíveis fósseis, pode ser positivo. Os resíduos de tintas de base solvente poderão assim tornar-se
Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR). Geralmente os CDR não constituem combustíveis principais da
instalação, são incinerados em simultâneo ou em alternância com outros combustíveis, processo este denominado
co-incineração.
4/6
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao
produtor inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte,
ao produtor do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse
produto se tal decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos
Princípio da municípios.
responsabilidade pela
gestão O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar
(Art. 5º) o tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma
entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma
entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência
para uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos
ou para uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos
de resíduos.
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
Princípio da hierarquia
dos Resíduos Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos
economicamente sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais
(Art. 7º)
através da sua reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas
noutros domínios.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados
Manutenção dos
nos termos do artigo 49º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades
(Art. 49º- A)
competentes, sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e
do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
(Art. 49º- B) O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
Taxas de registo uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
6/6
Resíduo: Tintas de Base Aquosa
LER
O código do resíduo Tintas de Base Aquosa, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 08 01 12 –
Resíduos de Tintas e Vernizes não Abrangidos em 08 01 11.
Deve ser consultada a ficha de dados segurança do produto. No entanto, de uma forma geral têm efeitos nefastos
tanto no solo, como na água.
Deve ser consultada a ficha de dados segurança do produto. No entanto, não são geralmente tóxicos.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Especificamente na produção de tintas, vernizes e similares de base aquosa, verifica-se que muitos dos
processos de fabrico, nomeadamente no caso de tintas brancas, já funcionam com sistemas
automatizados, sendo já significativa a implementação de cubas em aço inox polido e de sistemas de
lavagem a alta pressão que permitem minimizar a quantidade de água utilizada na lavagem de cubas (Fonte:
Guia Técnico sectorial, INETI, 2000).
Existem também medidas de carácter geral, que poderão ser aplicadas em todas as indústrias onde
sejam utilizados processos de pintura, tais como:
determinar previamente a quantidade de tinta necessária para realizar a tarefa, o que significa fazer
alguns cálculos básicos, tendo em conta a área a ser pintada e o rendimento da tinta. Para isso, devem
ser consultados a embalagem e/ou o fabricante da tinta;
armazenar correctamente a tinta, as latas de tinta que já não estão em uso devem ser fechadas
para evitar que sequem ou se estraguem;
minimizar a utilização de água na lavagem dos utensílios utilizados na pintura; por exemplo pincéis,
rolos, bandejas e outros instrumentos só devem ser limpos ao fim do dia. Nos intervalos do trabalho, as
ferramentas devem ficar imersas na tinta que está a ser aplicada, coberta com plástico.
se houver sobra de tinta, não se deve guardá-la por muito tempo: depois de aberta a embalagem, a tinta
dura pouco tempo. O melhor é doá-la a uma instituição onde possa ser utilizada imediatamente – como
orfanatos, escolas, igrejas e outras – ou misturar todas as tintas que sobraram para pinturas de grades,
tapumes, etc. Porém, a mistura das tintas, só deve ser feito com produtos do mesmo tipo e com as
mesmas características: não se pode juntar uma tinta de base aquosa com outra de base solvente.
aplicar tecnologias inovadoras que permitam reduzir os desperdícios de tinta durante a sua
aplicação, por exemplo através da automatização dos processos de pintura;
utilizar bacias de retenção em zonas onde haja possibilidade de derrames de tintas;
aquirir e utilizar de kit de contenção de derrames;
elaborar, implementar e comunicar instruções/procedimentos a todos os trabalhadores com regras
de prevenção deste tipo de resíduo;
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/6
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Deverão ser utilizados os equipamentos de protecção individual recomendados na respectiva ficha de dados de
segurança. No entanto, geralmente aconselha-se a utilização de luvas apropriadas e vestuário de protecção no
manuseamento deste tipo de resíduo.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Tratamento do resíduo
As tintas de base aquosa, contêm um nível incomparavelmente menor de Compostos Orgânicos Voláteis (COV),
relativamente às tintas tradicionais. Mas porque não se eliminaram totalmente os níveis de COV, é imperativo ter em
conta o tratamento adequado dos resíduos resultantes (restos de tinta, efluentes resultantes da limpeza dos
equipamentos, latas, etc.). A quantidade de solventes contidos nas tintas à base de água ainda oscila entre os 10-
15%, contra os aproximadamente 80% nas tintas de base solvente convencionais.
4/6
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao
produtor inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte,
ao produtor do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse
produto se tal decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos
Princípio da municípios.
responsabilidade pela O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar
(Art. 5º) o tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma
entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma
entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência
para uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos
ou para uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos
de resíduos.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados
Manutenção dos
nos termos do artigo 49º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades
(Art. 49º- A)
competentes, sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e
do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
(Art. 49º- B) O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
Taxas de registo uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
6/6
Resíduo: Lamas Aquosas contendo Tintas e Vernizes com Solventes
Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas
LER
O código do resíduo Lamas Aquosas contendo Tintas e Vernizes com Solventes Orgânicos ou Outras
Substâncias Perigosas, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 08 01 15 * - Lamas Aquosas
contendo Tintas e Vernizes com Solventes Orgânicos ou Outras Substâncias Perigosas
(* Resíduo considerado perigoso)
As lamas aquosas contendo tintas e vernizes com solventes orgânicos ou outras substâncias perigosas,
contaminam o solo e as águas se não forem devidamente tratadas.
Uma vez que contêm solventes orgânicos ou outras substâncias perigosas, a exposição a este tipo de resíduos
provoca efeitos nefastos na saúde humana. Deve(m ) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dado(s ) de segurança do(s)
produto(s) que deu/deram origem às lamas.
Capítulo LER 08 - Lamas Aquosas contendo Tintas e Vernizes com Solventes Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas 1/5
Fichas Técnicas de Resíduos
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Figura 1- Diagrama esquemático da regeneração de solventes de limpeza de cubas por destilação (Fonte: Guia Técnico sectorial Sector
das Tintas, Vernizes e Colas, 2000).
2/5
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Figura 2 - Contentores em aço e com tampa para Figura 3 - Exemplo de rótulo a ser utilizado para
armazenagem temporária de lamas aquosas contendo identificação dos resíduos de lamas aquosas contendo
solventes orgânicos ou outras substâncias perigosas solventes orgânicos ou outras substâncias perigosas
Capítulo LER 08 - Lamas Aquosas contendo Tintas e Vernizes com Solventes Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas 3/5
Fichas Técnicas de Resíduos
TRANSPORTE
Nem todos os resíduos classificados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER) são considerados
matérias perigosas para o transporte, e por este facto, deverá(ão)ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados de
segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo, bem como, o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29
de Abril (posteriormente rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18/2010, de 28 de Junho), que regula
o transporte terrestre, rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas, por forma a averiguar se o resíduo em
questão é considerado mercadoria perigosa para o transporte.
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
RECICLAGEM
R5: Reciclagem/recuperação de outros materiais inorgânicos.
OUTROS TIPO DE R13: Acumulação de materiais para serem submetidos a uma das operações
VALORIZAÇÃO referidas anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário,
antes da recolha, no local onde esta é efectuada.
4/5
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Capítulo LER 08 - Lamas Aquosas contendo Tintas e Vernizes com Solventes Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas 5/5
Resíduo: Colas, Vedantes contendo Solventes Orgânicos ou outras
Substâncias Perigosas
LER
O código do resíduo Colas, Vedantes contendo Solventes Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas, de
acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 08 04 09* – Resíduos de Colas ou Vedantes contendo
Solventes Orgânicos ou Outras Substâncias Perigosas.
* Resíduo considerado perigoso
Deve ser consultada a ficha de dados segurança do produto. No entanto, de uma forma geral têm efeitos nefastos
tanto no solo, como na água.
Deve ser consultada a ficha de dados segurança do produto. No entanto, geralmente têm na sua composição
elementos tóxicos, podendo originar problemas de saúde quando em contacto com a pele, por ingestão e inalação.
Capítulo LER 08 - Colas, Vedantes contendo Solventes Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas 1/6
Fichas Técnicas de Resíduos
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
No subsector das colas e gelatinas, verifica-se que os processos de fabrico utilizados são bastante mais
"limpos", quando comparados com os que ocorrem no subsector das Tintas, Vernizes e Similares. Na realidade,
no subsector das colas e gelatinas, a quantidade de resíduos decorrentes directamente do fabrico tem muito
menor expressão, dado haver maior compatibilidade entre as formulações dos produtos fabricados, bem
como (nalguns casos) menor grau de exigência, o que permite uma maior reincorporação nas
formulações seguintes, quer do solvente de limpeza, quer das águas de lavagem (Fonte: Guia Técnico
sectorial, INETI, 2000).
Existem também medidas de carácter geral, que poderão ser aplicadas em todas as indústrias onde
sejam utilizados este tipo de produtos, tais como:
usar preferencialmente colas ou vedantes de base aquosa;
determinar previamente a quantidade de colas ou vedantes necessários para realizar a tarefa, o que
significa fazer alguns cálculos básicos, tendo em conta a área a ser colada/vedada e o rendimento da
cola/vedante. Para isso, devem ser consultados a embalagem e/ou o fabricante da cola/vedante;
armazenar correctamente a cola e os vedantes que já não estão em uso, as embalagens devem ser
fechadas para evitar que o solvente evapore, que sequem ou se estraguem;
minimizar a utilização de solvente na lavagem dos utensílios utilizados, por exemplo pincéis, rolos,
bandejas e outros instrumentos só devem ser limpos ao fim do dia. Nos intervalos do trabalho, as
ferramentas devem ficar imersas na cola/vedante que está a ser aplicado, coberto com plástico;
se houver sobra de cola/vedante, não se deve guardá-la por muito tempo: depois de aberta a
embalagem, a cola/vedante dura pouco tempo. O melhor é doá-la a uma instituição onde possa ser
utilizada imediatamente – como obras em orfanatos, escolas, igrejas e outras;
aplicar tecnologias inovadoras que permitam reduzir os desperdícios de cola/vedante durante a
sua aplicação;
utilizar bacias de retenção em zonas onde haja possibilidade de derrames de colas ou vedantes;
aquisição e utilização de kit de contenção de derrames;
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com regras
de prevenção deste tipo de resíduo;
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/6
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Figura 1- Recipiente para recolha de resíduos de colas ou vedantes sobre bacia de retenção.
Capítulo LER 08 - Colas, Vedantes contendo Solventes Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas 3/6
Fichas Técnicas de Resíduos
Existe também o risco de explosão. Cada solvente tem um intervalo de concentrações no qual é possível
ocorrer a explosão. Tanto acima quanto abaixo, não haverá riscos dela vir a produzir-se. Desta forma, deverá
promover-se a ventilação nos locais de armazenamento para evitar concentrações perigosas
Deve estar disponível uma lista de compostos compatíveis e incompatíveis, devendo ser respeitadas as
incompatibilidades de armazenamento deste tipo de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 2- Exemplo de rótulo a ser utilizado para colas ou vedantes contendo solventes orgânicos ou outras substâncias
perigosas
TRANSPORTE
Nem todos os resíduos classificados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER) são considerados
matérias perigosas para o transporte, e por este facto, deverá(ão)ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados de
segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo, bem como, o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29
de Abril (posteriormente rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18/2010, de 28 de Junho), que regula
o transporte terrestre, rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas, por forma a averiguar se o resíduo em
questão é considerado mercadoria perigosa para o transporte.
4/6
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
D9 : Tratamento físico-químico.
Pior Solução ELIMINAÇÃO D15: Armazenamento antes de uma das operações referidas anteriormente,
com a exclusão do armazenamento temporário, antes da recolha, no
local onde esta é efectuada
Tratamento do resíduo
Actualmente os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER) estão aptos à
valorização de resíduos de colas ou vedantes contendo solventes orgânicos ou outras substâncias perigosas.
No entanto, quando os resíduos possuem um poder calorífico significativo, como é o caso dos solventes, a sua destruição
em processos industriais, substituindo combustíveis fósseis, pode ser considerada como um processo de valorização
energética. Se as suas emissões não forem significativamente diferentes, o seu uso, por substituição de combustíveis
fósseis, pode ser positivo. Os resíduos de colas ou vedantes de base solvente poderão assim tornar-se Combustíveis
Derivados de Resíduos (CDR). Geralmente os CDR não constituem combustíveis principais da instalação, são
incinerados em simultâneo ou em alternância com outros combustíveis, processo este denominado co-incineração.
Capítulo LER 08 - Colas, Vedantes contendo Solventes Orgânicos ou outras Substâncias Perigosas 5/6
Fichas Técnicas de Resíduos
6/6
5
CAPÍTULO LER 12
Resíduo: Aparas e Limalhas de Metais Ferrosos (LER 12 01 01)
Resíduo: Poeiras e Partículas de Metais Ferrosos (LER 12 01 02)
Resíduo: Aparas e Limalhas de Metais não Ferrosos (LER 12 01 03)
Resíduo: Poeiras e Partículas de Metais não Ferrosos (LER 12 01 04)
Resíduo: Aparas e Limalhas de Metais Ferrosos
LER
O código do resíduo Aparas e Limalhas de Metais Ferrosos, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos
(LER), é 12 01 01 – Aparas e Limalhas de Metais Ferrosos
Os óxidos e hidróxidos de ferro possuem alta capacidade de fixar metais pesados. Além disso, estes compostos são
finamente dispersos no solo. Todas essas mudanças na composição do solo causam danos às plantas, que exigem
determinadas condições para sobreviver adequadamente. Por outro lado, o contacto dos metais ferrosos com água
ou humidade, forma ferrugem, que por sua vez provoca o aumento da concentração de iões de ferro, contaminando
as linhas de água.
Os resíduos sólidos de metais ferrosos não representam um risco significativo para a saúde humana. No entanto,
existe o risco potencial da projecção de limalhas nos olhos. Este tipo de partículas podem causar abcesso e no
limite perda de visão.
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Aplicação de tecnologias inovadoras que permitam rentabilizar a chapa e reduzir os desperdícios nas
operações de corte, designadamente através de corte por:
oxicorte com controlo numérico ( é o melhor processo de corte térmico para chapas de aço ligado e não
ligado na gama de espessuras de 3 a 30 mm);
plasma (é indicado para o corte de aços de construção e de Cr-Ni) ;
plasma de alta definição (proporciona melhor qualidade de corte numa gama mais alargada de
espessuras);
laser (ideal para cortar metais de pequena espessura);
jacto de água com abrasivos ( geralmente permite cortar uma grande variedade de metais
designadamente aço macio e aço inoxidável; no entanto por vezes pode não ser aplicável por razões de
ordem técnica ou económica).
centrifugação;
hidrociclonagem;
decantação;
filtração ou ultrafiltração.
Sistema de exaustão de limalha seca nas máquinas, permitindo a protecção do indivíduo e posterior
reciclagem das limalhas.
2/7
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Para o acondicionamento dos resíduos de aparas e limalhas de metais ferrosos devem adoptar-se
ecopontos para recolha nos locais de produção, sendo que esses ecopontos deverão ser descarregados
posteriormente em contentores/locais apropriados no parque de resíduos da empresa para a sua
armazenagem temporária, até recolha por operador licenciado para o efeito.
No parque de resíduos e dependendo da quantidade a armazenar poderá optar-se por acondicionar este tipo
de resíduos em contentor ou big-bag.
Pelo seu valor de mercado, as aparas e limalhas de metais ferrosos, são um resíduo valorizável, isto é, os
operadores de gestão de resíduos pagam às empresas pela sua recolha e frequentemente disponibilizam ou
alugam os contentores para a armazenagem temporária na empresa.
Figura 1- Contentor em chapa de aço para aparas e limalhas Figura 2- Contentor em chapa de aço para aparas e limalhas de
de metais ferrosos metais ferrosos
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de aparas e limalhas de metais ferrosos
Nos contentores de resíduos de aparas e limalhas de metais ferrosos para reciclagem não deverá colocar-se por
exemplo: aparas e limalhas impregnadas com óleos, emulsões oleosas ou contaminadas com substâncias
perigosas, nem aparas e limalhas de metais não ferrosos. Caso se verifique uma separação ineficiente do
resíduo poderá optar-se pelo seguinte rótulo:
Figura 4- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de aparas e limalhas de metais ferrosos com indicação de
outros resíduos que não devem misturados
TRANSPORTE
4/7
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável.
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
OUTROS TIPO DE
R13: Acumulação de resíduos para serem submetidos à operação referida
VALORIZAÇÃO anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário, antes da
recolha, no local onde esta e efectuada.
Reciclagem
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos termos
das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e
as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
No caso das aparas e limalhas de metais ferrosos aplicam-se os critérios estipulados no Regulamento (UE)
n.º 333/2011 do Conselho, de 31 de Março de 2011. Para melhor percepção e a título explicativo, são
resumidamente esquematizados de seguida:
• Só devem ser utilizadas como matérias-primas sucatas que contenham ferro ou aço
valorizáveis;
Resíduos utilizados • Resíduos com compostos perigosos devem ser despoluídos, caso contrário não podem
como matérias-primas ser utilizados
na operação de • Não devem ser utilizados como matéria prima os seguintes resíduos:
valorização a) Limalhas e aparas que contenham fluidos, como óleos ou emulsões oleosas;
b) Barris e outros recipientes, excepto equipamento de veículos em fim de vida,
que contenham ou tenham contido óleos ou tintas.
• A sucata de ferro/aço deve ter sido separada na origem ou na recolha e assim mantida;
Processos e técnicas • Devem ter sido concluídos todos os tratamentos mecânicos necessários à preparação
da sucata metálica para utilização final directa em aciarias e fundições
de tratamento
• Aos resíduos que contêm componentes perigosos, aplicam-se requisitos específicos
estipulados no Regulamento.
6/7
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Princípio da Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
hierarquia dos promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
resíduos Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos economicamente
sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais através da sua
(Art. 7º) reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas noutros domínios.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores, detentores,
resíduos transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de acompanhamento de resíduos
(Art. 21º) electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade de Resíduos (SIRER):
inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem mais de
registo 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º) b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam resíduos
perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Informação objecto c) Identificação das operações efectuadas;
d) Identificação dos transportadores.
de registo
Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a
(Art. 49º)
seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
Manutenção dos As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A) sempre que solicitado.
Prazo de inscrição e A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
de registo funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no mercado
(Art. 49º- B)
termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma taxa
Taxas de registo anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
LER
O código do resíduo Poeiras e Partículas de Metais Ferrosos, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos
(LER), é 12 01 02 – Poeiras e Partículas de Metais Ferrosos.
Os óxidos e hidróxidos de ferro possuem alta capacidade de fixar metais pesados. Além disso, estes compostos são
finamente dispersos no solo. Todas essas mudanças na composição do solo causam danos às plantas, que exigem
determinadas condições para sobreviver adequadamente. Por outro lado, o contacto dos metais ferrosos com água
ou humidade, forma ferrugem, que por sua vez provoca o aumento da concentração de iões de ferro, contaminando
as linhas de água.
A inalação do pó de metais ferrosos quer durante o processo produtivo, quer na gestão desses resíduos, pode
causar impactes graves na saúde. Existe ainda o risco potencial da projecção de pó nos olhos. Este tipo de
partículas podem causar abcesso e no limite perda de visão.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
As poeiras e partículas de metais ferrosos resultam das operações de corte e maquinagem de metais
ferrosos essencialmente, na fabricação de produtos metálicos, fabricação de máquinas não eléctricas e fabricação
de material de transporte. Actualmente existem já técnicas de prevenção dos resíduos, nestes sectores
industriais nomeadamente através de:
2/6
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Aconselha-se a utilização de luvas, máscara e óculos apropriados no manuseamento deste tipo de resíduo.
Figura 1- Contentores em aço e com tampa para Figura 2- Big-bag para armazenagem temporária de poeiras e
armazenagem temporárias de poeiras e partículas partículas de metais não ferrosos
de metais não ferrosos
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem, desta forma
deverá ser analisada e considerada a colocação de ecopontos (devidamente identificados) em pontos
estratégicos nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser
sensibilizados para a correcta separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de poeiras e partículas de metais ferrosos
Nos contentores de resíduos de aparas e limalhas de metais ferrosos para reciclagem não deverá colocar-se
por exemplo: poeiras e partículas de metais não ferrosos.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
RECICLAGEM
4/6
FIM DO ESTATUTO DO RESÍDUO
(ARTIGO 44.º - B DO DECRETO-LEI Nº 73/2011, DE 17 DE JUNHO)
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e
as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
No caso das poeiras e partículas de metais ferrosos aplicam-se os critérios estipulados no Regulamento (UE)
n.º 333/2011 do Conselho, de 31 de Março de 2011.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos.
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao
produtor inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte,
ao produtor do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse
produto se tal decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos
Princípio da municípios.
responsabilidade pela O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar
(Art. 5º) o tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma
entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma
entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência
para uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos
ou para uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos
de resíduos.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e -GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Caso os resíduos de poeiras e partículas de metais ferrosos, satisfaçam as condições de fim do estatuto de
resíduo, não se aplicam as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
6/6
Resíduo: Aparas e Limalhas de Metais não Ferrosos
LER
O código do resíduo Aparas e Limalhas de Metais não Ferrosos, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos
(LER), é 12 01 03 – Aparas e Limalhas de Metais não Ferrosos
Alumínio: A acumulação de grandes concentrações de alumínio no solo danifica-o e prejudica as plantas, causando
também problemas de saúde aos animais que as ingerem. Por outro lado, elevadas concentrações de alumínio em
linhas de água, acidificam o meio e afectam peixes e anfíbios, afectando todos os animais que consomem o peixe
contaminado.
Bronze: O bronze degrada-se lentamente, e o resultado quando em contacto com o solo, será eventualmente a
formação de uma camada de sais de cobre. No entanto, não tem impactes significativos no meio ambiente.
Cobre: A libertação do cobre em linhas de água pode originar a corrosão do meio aquoso. Quando libertado no solo
e em grandes quantidades pode inibir o desenvolvimento das plantas e microrganismos e afectar animais.
Estanho: O metal de estanho quando libertado no meio ambiente rapidamente forma compostos de estanho na
forma inorgânica. Estanho na forma inorgânica não pode ser destruído no meio ambiente, apenas pode mudar de
forma, acumulando-se no solo, em sedimentos e na água.
Zinco: Materiais de zinco depositados em linhas de água, acidificam o meio e afectam peixes e anfíbios. Sendo
uma substância bioacumulável, prejudica toda a restante cadeia alimentar.
O contacto com resíduos de aparas e limalhas de metais não ferrosos não tem efeitos negativos na saúde pública.
No entanto, existe o risco potencial da projecção de limalhas nos olhos. Este tipo de partículas podem causar
abcesso e no limite perda de visão.
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Aplicação de tecnologias inovadoras que permitam rentabilizar a chapa e reduzir os desperdícios nas
operações de corte, designadamente através de corte por:
oxicorte com controlo numérico ( é o melhor processo de corte térmico para chapas de aço ligado e não
ligado na gama de espessuras de 3 a 30 mm);
plasma (é indicado para o corte de alumínio com espessuras compreendidas entre 0,8 e 15,2 mm) ;
plasma de alta definição (permite cortar com grande precisão espessuras de alumínio numa gama entre
1,3 e 12,7 mm );
laser (ideal para cortar metais de pequena espessura - no caso do alumínio, gamas entre 1 e 16 mm);
jacto de água com abrasivos (geralmente permite cortar uma grande variedade de metais e suas ligas
como cobre, bronze, alumínio, entre outros; no entanto por vezes pode não ser aplicável por razões de
ordem técnica ou económica).
centrifugação;
hidrociclonagem;
decantação;
filtração ou ultrafiltração.
2/6
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Para o acondicionamento dos resíduos de aparas e limalhas de metais não ferrosos devem adoptar-se
ecopontos para recolha nos locais de produção, sendo que esses ecopontos deverão ser descarregados
posteriormente em contentores/locais apropriados no parque de resíduos da empresa para a sua
armazenagem temporária , até recolha por operador licenciado para o efeito.
No parque de resíduos e dependendo da quantidade a armazenar poderá optar-se por acondicionar este tipo
de resíduos em contentor ou big-bag.
Pelo seu valor de mercado, as aparas e limalhas de metais não ferrosos, são um resíduo valorizável, isto é, os
operadores de gestão de resíduos pagam às empresas pela sua recolha e frequentemente disponibilizam ou
alugam os contentores para a armazenagem temporária na empresa.
Figura 1- Contentor em chapa de aço para aparas e limalhas de Figura 2- Contentor em chapa de aço para aparas e limalhas de
metais não ferrosos metais não ferrosos
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de aparas e limalhas de metais não ferrosos
Nos contentores de resíduos de aparas e limalhas de metais não ferrosos para reciclagem não deverá
colocar-se por exemplo: aparas e limalhas impregnadas com óleos, emulsões oleosas ou
contaminadas com substâncias perigosas, nem aparas e limalhas de metais ferrosos. Caso se verifique
uma separação ineficiente do resíduo poderá optar-se pelo seguinte rótulo:
Figura 4- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de aparas e limalhas de metais não ferrosos
TRANSPORTE
4/6
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
OUTROS TIPO DE
R13: Acumulação de resíduos para serem submetidos a uma das operações
VALORIZAÇÃO referidas anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário,
antes da recolha, no local onde esta é efectuada.
Reciclagem
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação
e as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma taxa
Taxas de registo anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
Caso os resíduos de aparas e limalhas de metais não ferrosos, satisfaçam as condições de fim do estatuto de
resíduo, não se aplicam as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
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Resíduo: Poeiras e Partículas de Metais não Ferrosos
LER
O código do resíduo Poeiras e Partículas de Metais não Ferrosos, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos
(LER), é 12 01 04 – Poeiras e Partículas de Metais não Ferrosos.
Alumínio: A acumulação de grandes concentrações de alumínio no solo danifica-o e prejudica as plantas, causando
também problemas de saúde aos animais que as ingerem. Por outro lado, elevadas concentrações de alumínio em
linhas de água, acidificam o meio e afectam peixes e anfíbios, afectando todos os animais que consomem o peixe
contaminado.
Bronze: O bronze degrada-se lentamente, e o resultado quando em contacto com o solo, será eventualmente a
formação de uma camada de sais de cobre. No entanto, não tem impactes significativos no meio ambiente.
Cobre: A libertação do cobre em linhas de água pode originar a corrosão do meio aquoso. Quando libertado no
solo e em grandes quantidades pode inibir o desenvolvimento das plantas e microrganismos e afectar animais.
Estanho: O metal de estanho quando libertado no meio ambiente rapidamente forma compostos de estanho na
forma inorgânica. Estanho na forma inorgânica não pode ser destruído no meio ambiente, apenas pode mudar de
forma, acumulando-se no solo e sedimentos na água.
Zinco: Materiais de zinco depositados em linhas de água, acidificam o meio e afectam peixes e anfíbios. Sendo
uma substância bioacumulável, prejudica toda a restante cadeia alimentar.
A exposição dos trabalhadores, a elevadas quantidades do pó de metais quer durante o processo produtivo, quer na
gestão desses resíduos, pode causar impactes graves na saúde.
Alumínio: Exposição a altas concentrações de alumínio, podem causar problemas de saúde graves, tais como:
distúrbios gastrointestinais, nervosismo, dores de cabeça, anemia, deficiência na função hepática e renal,
perturbações na memória, fragilização dos ossos e sensação de músculos doridos, danos no sistema nervoso
central, demência, apatia, tremores graves, entre outros.
Cobre: O pó de cobre irrita os olhos, pele e membranas mucosas. Por outro lado, partículas de cobre acumuladas
nos olhos, podem causar abcesso e no limite perda de visão. A inalação prolongada de fumos de cobre (resultantes
essencialmente da fundição ou corte de materiais de cobre) pode causar intoxicação aguda acompanhada de "febre
de fumos". Esta condição é caracterizada por febre, calafrios, dores musculares e vómitos.
Estanho: O pó de estanho é moderadamente irritante para os olhos e vias respiratórias.
Zinco: A inalação prolongada de fumos de zinco (resultantes essencialmente da fundição ou corte de materiais de
zinco) pode causar intoxicação aguda acompanhada de "febre de fumos". Esta condição é caracterizada por febre,
calafrios, dores musculares e vómitos.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
As poeiras e partículas de metais não ferrosos resultam das operações de corte e maquinagem de metais não
ferrosos essencialmente, na fabricação de produtos metálicos, fabricação de máquinas não eléctricas e fabricação
de material de transporte. Actualmente existem já técnicas de prevenção dos resíduos, nestes sectores
industriais nomeadamente através de:
Aplicação de tecnologias inovadoras que permitem optimizar as operações de corte, designadamente
através de corte por:
oxicorte com controlo numérico (é o melhor processo de corte térmico para chapas de aço ligado e não
ligado na gama de espessuras de 3 a 30 mm);
2/7
plasma (é indicado para o corte de alumínio com espessuras compreendidas entre 0,8 e 15,2 mm) ;
plasma de alta definição (permite cortar com grande precisão espessuras de alumínio numa gama entre 1,3
e 12,7 mm );
laser (ideal para cortar metais de pequena espessura - no caso do alumínio, gamas entre 1 e 16 mm);
jacto de água com abrasivos (geralmente permite cortar uma grande variedade de metais e suas ligas como
cobre, bronze, alumínio, entre outros, no entanto por vezes pode não ser aplicável por razões de ordem
técnica ou económica).
Figura 1- Contentores em aço e com tampa para Figura 2- Big-bag para armazenagem temporária
armazenagem temporárias de poeiras e de poeiras e partículas de metais não ferrosos
partículas de metais não ferrosos
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem, desta forma
deverá ser analisada e considerada a colocação de ecopontos (devidamente identificados) em pontos
estratégicos nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser
sensibilizados para a correcta separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Poeiras e partículas de
metais não ferrosos
LER 12 01 04
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de poeiras e partículas de metais não ferrosos
Nos contentores de resíduos de aparas e limalhas de metais não ferrosos para reciclagem não deverá
colocar-se por exemplo: poeiras e partículas de metais ferrosos.
TRANSPORTE
4/7
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e
as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
No caso das poeiras e partículas de metais não ferrosos aplicam-se os critérios estipulados no Regulamento
(UE) n.º 333/2011 do Conselho, de 31 de Março de 2011.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao produtor
do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse produto se tal
decorrer de legislação específica aplicável
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
Princípio da
responsabilidade O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
pela gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
(Art. 5º) licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência para
uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou para
uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e -GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
6/7
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo 49º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A)
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
Prazo de inscrição
funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
e de registo
(Art. 49º- B) O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma
Taxas de registo taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
Caso os resíduos de poeiras e partículas de metais não ferrosos, satisfaçam as condições de fim do estatuto
de resíduo, não se aplicam as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
LER
O código do resíduo Óleos Hidráulicos Minerais, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
13 01 10* - Óleos Hidráulicos Minerais não Clorados.
(* Resíduo considerado perigoso)
A maior parte dos óleos hidráulicos é produzida com óleos minerais devido ao custo. Para atender as exigências,
estes produtos tem de ser melhorados com uma variedade de aditivos, tais como: inibidores de corrosão,
antioxidantes, detergentes, antiespumantes, anticongelantes, etc. Por outro lado, o óleo hidráulico usado ou
contaminado, além de carregar essa carga original de perigo, recebe um reforço extra na sua toxidade porque os
seus componentes, ao sofrerem degradação, geram compostos mais perigosos para a saúde e o ambiente, tais
como dioxinas, ácidos orgânicos, cetonas e hidrocarbonetos, policíclicos aromáticos. Além disso, o óleo hidráulico
usado ou contaminado contém diversos elementos tóxicos (por exemplo cromo, cádmio, chumbo e arsénio),
oriundos da fórmula original e absorvidos do próprio motor ou equipamento. Esses contaminantes são na sua
maioria bioacumulativos (permanecem no organismo) e causam diversos problemas graves no ambiente e na saúde.
Curiosidades:
1 litro de óleo hidráulico usado, derramado na água, pode atingir 1.000 m² de superfície aquosa;
se for queimado de forma não controlada (o que é ilegal e constitui crime), os óleos hidráulicos usados ou
contaminados causam forte concentração de poluentes num raio de 2 km, em média;
quando derramado no solo o óleo hidráulico usado, inutiliza o solo atingido, tanto para a agricultura, como
para a edificação, matando a vegetação e os micro-organismos, destruindo o húmus, causando infertilidade da
área, e pode atingir o lençol freático, inutilizando os poços da região.
Os principais contaminantes, presentes nos óleos usados são considerados cancerígenos, sendo na sua maioria
bioacumulativos.
O chumbo pode provocar alterações graves no sangue, rins, órgãos do sistema respiratório, cérebro, ossos, tecidos
musculares, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
O cádmio pode originar transtornos gastrointestinais, anemia, enfisema pulmonar, doenças renais entre outras
patologias no ser humano.
O cromo é extremamente tóxico, podendo causar transtornos gastrointestinais, alterações graves no fígado, pele,
órgãos do sistema respiratório, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Nos vários sectores industriais, onde são utilizados os óleos hidráulicos minerais:
prolongar o tempo de vida dos óleos, aplicando técnicas (por exemplo instalação de filtros) que
permitam minimizar a sua contaminação, efectuar a limpeza e recuperação dos óleos.
promover e divulgar regras de segurança no armazenamento e manuseamento dos óleos e
respectivas embalagens, para minimizar a ocorrência de derrames.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/9
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
O espaço a ser utilizado para a mudança do óleo usado, por mais variadas que sejam as situações em que esta
operação se possa dar, tem que possuir as seguintes características:
local reservado, onde não haja trânsito de pessoas ou veículos que possam interferir ou atrapalhar a operação
de troca;
local distante de fontes de calor, chamas, descargas eléctricas e outros elementos que possam ocasionar a
combustão do óleo hidráulico usado ou contaminado ou dos gases dele originados, tais como caldeiras,
chaminés, quadros de força, motores, etc.;
local arejado para que os gases desprendidos do óleo hidráulico não se acumulem e não haja risco de
intoxicação;
embora arejado, deve ser coberto e protegido contra ventos e chuvas;
local com piso impermeável evitando que eventuais derrames acidentais atinjam o solo;
local organizado, limpo e livre de quaisquer elementos estranhos à operação de troca ( como ferramentas,
resíduos, etc.), para que esta não seja atrapalhada, bem como a limpeza de eventuais derrames;
local sinalizado, informando que é (ou está) destinado à troca de óleo e, caso seja um local de trocas
constantes ou permanentes, colocar avisos de segurança e informações essenciais e úteis aos trabalhadores.
Em oficinas de manutenção, ou locais específicos para trocas de óleo hidráulico, é essencial que o local destinado à
operação possua calhas de segurança (colocadas no piso, circulando inteiramente a área de trocas, destinadas a
conter eventuais derrames). Ligada a essas calhas deverá ser colocada uma caixa separadora de água/óleo (ver
figura seguinte), com a finalidade de recuperar o máximo de óleo possível em casos de eventuais derrames.
Existem vários modelos de caixas separadora água e óleo disponíveis no mercado e, ainda, podem ser construídas
sob medida no próprio local, atendendo necessidades específicas.
Figura 1- Exemplos de caixas separadora água e óleo Figura 2- Exemplos de caixas separadora água e sob medida
comercial
Devem ser adquiridos kit de contenção de derrames e utilizados sempre que necessário, encaminhando-os
posteriormente para o contentor adequado para o efeito.
Relativamente ao equipamento de protecção individual, aconselha-se a utilização de luvas apropriadas e vestuário
de protecção no manuseamento deste tipo de resíduo.
Dos recipientes possíveis, destacam-se os recipientes plásticos, pela sua praticidade, resistência e
durabilidade.
Também são muito utilizados contentores metálicos, que merecem cuidado especial em relação ao possível
ataque por ferrugem, amassados e rasgões;
Por se tratar de um resíduo perigoso, o acondicionamento deve ser efectuado em solo impermeável, ou
dotado de bacia de retenção. Caso o acondicionamento seja efectuado em contentores estes devem ser
estanques. Em ambos os casos este tipo de resíduos deve ser armazenado ao abrigo da exposição do sol,
calor ou chuva.
Figura 5 - Recipiente para armazenamento com bacia de Figura 6 - Tanque horizontal em bacia de
retenção contenção
4/9
Existem ainda contentores, criados especificamente para armazenar óleos usados, que oferecem maior
segurança, duração e facilidade de utilização. Este tipo de recipientes são constituídos por dois contentores –
um dentro do outro. O contentor interior armazena o óleo usado, o exterior, que engloba totalmente o outro,
funciona como bacia de retenção para prevenir eventuais fugas. Na parte superior, possui uma abertura para
colocar uma grelha amovível para escoar os filtros ou latas de óleos usados, com uma tampa hermética. Um
indicador de nível, de fácil leitura, permite avaliar o estado do contentor.
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem, desta forma, se
necessário devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente
identificados) nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser
sensibilizados para a correcta separação dos resíduos.
Os resíduos de óleos usados, devem ser armazenados respeitando as indicações constantes na ficha de
dados de segurança.
Se os óleos usados forem armazenados juntamente com outros produtos químicos, deve estar disponível uma
lista de compostos compatíveis e incompatíveis, devendo ser respeitadas as incompatibilidades de
armazenamento deste tipo de resíduos.
Os óleos usados devem estar armazenados longe das fontes de ignição.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 8- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Óleos Hidráulicos Minerais.
TRANSPORTE
6/9
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
RECICLAGEM
R 9: Refinação de óleos e outras reutilizações de óleos.
Com o uso normal ou como consequência de problemas ou acidentes, o óleo hidráulico sofre deterioração ou
contaminação, perde as suas propriedades e deixa de servir para a finalidade para a qual foi elaborado. Para
garantir a integridade e o bom funcionamento do motor ou equipamento, é então necessário proceder à substituição
do óleo, passando este, a constituir um resíduo perigoso chamado óleo hidráulico usado ou contaminado. Apesar de
constituir um resíduo, o óleo hidráulico usado ou contaminado contém cerca de 80% a 85% de óleo hidráulico
básico. O processo de “regeneração” é capaz de extrair desse resíduo essa importante matéria-prima com a
mesma qualidade do produto de primeiro refino. Por essa capacidade de recuperação da matéria-prima nobre e pela
minimização da geração de resíduos, de acordo com o Decreto-Lei nº 153/2003, de 11 de Julho, alterado pelo
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, a regeneração de óleos usados constitui a primeira opção na
hierarquia de operações de gestão de óleos usados.
Em Portugal não existe nenhuma instalação de regeneração de óleos usados em funcionamento, estando prevista
abrir em 2012 a primeira no Parque Industrial da Chamusca. Assim sendo, no contexto actual existe uma fracção
considerável de óleos recolhidos em Portugal que são exportados para regeneração, ou após realização de
tratamento prévio nas empresas licenciadas para esta operação, seguem para as seguintes opções disponíveis em
Portugal:
a) Reciclagem de óleos usados na ENVIROIL, para produção de um produto designado “simil-gasóleo”,
mediante um processo de destilação, que subsequentemente é utilizado em motogeradores para produção
de energia eléctrica;
b) Reciclagem de óleos usados na LECA, para utilização na produção de argilas expandidas, mediante
incorporação de óleo na pasta de argila;
c) Valorização energética em instalações de combustão (fornos e caldeiras), em diversas empresas de vários
sectores.
Nota: Os óleos hidráulicos minerais são, mais facilmente “recicláveis” do que os óleos hidráulicos sintéticos.
8/9
Decreto-Lei n.º 153/2003 , de 11 de Junho, alterado pelos: Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro e
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de óleos usados
Constituem princípios fundamentais de gestão de óleos usados a prevenção da produção, em
quantidade e nocividade, destes resíduos e a adopção das melhores técnicas disponíveis nas
Princípios de operações de recolha/transporte, armazenagem, tratamento e valorização, por forma a minimizar os
riscos para a saúde pública e para o ambiente.
gestão
Estabelece-se a seguinte hierarquia de operações de gestão de óleos usados:
(Art. 3º)
a) Regeneração;
b) Outras formas de reciclagem;
c) Outras formas de valorização.
Sem prejuízo do cumprimento de outras disposições legais aplicáveis, é expressamente proibido:
a) Qualquer descarga de óleos usados nas águas de superfície, nas águas subterrâneas, nas águas
de transição, nas águas costeiras e marinhas e nos sistemas de drenagem, individuais ou colectivos,
de águas residuais;
Proibições b) Qualquer depósito e ou descarga de óleos usados no solo, assim como qualquer descarga não
controlada de resíduos resultantes das operações de gestão de óleos usados;
(Art. 5º ) c) Qualquer operação de gestão de óleos usados ou de resíduos resultantes dessas operações sem
a respectiva autorização exigível nos termos do Decreto-Lei n.º 153/2003 e demais legislação
aplicável;
d) Qualquer operação de gestão de óleos usados susceptível de provocar emissões atmosféricas que
ultrapassem os valores limite previstos no Decreto-Lei n.º 153/2003 e demais legislação aplicável;
e) A valorização energética de óleos usados na indústria alimentar, nomeadamente em padarias, nos
casos em que os gases resultantes estejam em contacto com os alimentos produzidos;
f) Qualquer mistura de óleos usados de diferentes características ou com outros resíduos ou
substâncias, que dificulte a sua valorização em condições ambientalmente adequadas,
nomeadamente para fins de regeneração.
LER
O código do resíduo Óleos Hidráulicos Sintéticos, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
13 01 11* - Óleos Hidráulicos Sintéticos.
(* Resíduo considerado perigoso)
Um óleo hidráulico sintético novo é em si um produto com certo grau de perigo porque, além de ser produzido a
partir de reacções químicas, de produtos vulgarmente extraídos do petróleo, contém diversos tipos de aditivos que
em altas concentrações são tóxicos, desta forma, deve ser consultada a ficha de dados segurança do produto. Por
outro lado, o óleo hidráulico usado ou contaminado, além de carregar essa carga original de perigo, recebe um
reforço extra na sua toxidade porque os seus componentes, ao sofrerem degradação, geram compostos mais
perigosos para a saúde e o ambiente, tais como dioxinas, ácidos orgânicos, cetonas e hidrocarbonetos, policíclicos
aromáticos. Além disso, o óleo hidráulico usado ou contaminado contém diversos elementos tóxicos (por exemplo
cromo, cádmio, chumbo e arsénio), oriundos da fórmula original e absorvidos do próprio motor ou equipamento.
Esses contaminantes são na sua maioria bioacumulativos (permanecem no organismo) e causam diversos
problemas graves no ambiente e na saúde.
Curiosidades:
1 litro de óleo hidráulico usado, derramado na água, pode atingir 1.000 m² de superfície aquosa;
se for queimado de forma não controlada (o que é ilegal e constitui crime), os óleos usados ou contaminados
causam forte concentração de poluentes num raio de 2 km, em média;
quando derramado no solo o óleo usado, inutiliza o solo atingido, tanto para a agricultura, como para a
edificação, matando a vegetação e os micro-organismos, destruindo o húmus, causando infertilidade da área,
e pode atingir o lençol freático, inutilizando os poços da região.
Os principais contaminantes, presentes nos óleos usados são considerados cancerígenos, sendo na sua maioria
bioacumulativos.
O chumbo pode provocar alterações graves no sangue, rins, órgãos do sistema respiratório, cérebro, ossos, tecidos
musculares, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
O cádmio pode originar transtornos gastrointestinais, anemia, enfisema pulmonar, doenças renais entre outras
patologias no ser humano.
O cromo é extremamente tóxico, podendo causar transtornos gastrointestinais, alterações graves no fígado, pele,
órgãos do sistema respiratório, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Nos vários sectores industriais, onde são utilizados os óleos hidráulicos sintéticos:
prolongar o tempo de vida dos óleos, aplicando técnicas (por exemplo instalação de filtros) que
permitam minimizar a sua contaminação, efectuar a limpeza e recuperação dos óleos.
promover e divulgar regras de segurança no armazenamento e manuseamento dos óleos e
respectivas embalagens, para minimizar a ocorrência de derrames.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/9
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Em oficinas de manutenção, ou locais específicos para trocas de óleo lubrificante, é essencial que o local destinado
à operação possua calhas de segurança (colocadas no piso, circulando inteiramente a área de trocas, destinadas a
conter eventuais derrames). Ligada a essas calhas deverá ser colocada uma caixa separadora de água/óleo (ver
figura seguinte), com a finalidade de recuperar o máximo de óleo possível em casos de eventuais derrames.
Existem vários modelos de caixas separadora água e óleo disponíveis no mercado e, ainda, podem ser construídas
sob medida no próprio local, atendendo necessidades específicas.
Figura 1 - Exemplos de caixas separadora água e óleo Figura 2 - Exemplos de caixas separadora água e óleo sob
comercial medida
Devem ser adquiridos kit de contenção de derrames e utilizados sempre que necessário, encaminhando-os
posteriormente para o contentor adequado para o efeito.
Relativamente ao equipamento de protecção individual, aconselha-se a utilização de luvas apropriadas e vestuário
de protecção no manuseamento deste tipo de resíduo.
Também são muito utilizados contentores metálicos, que merecem cuidado especial em relação ao possível
ataque por ferrugem, amassados e rasgões;
Figura 5 - Recipiente para armazenamento com bacia de Figura 6 - Tanque horizontal em bacia de
retenção contenção
4/9
Existem ainda contentores, criados especificamente para armazenar óleos usados, que oferecem maior
segurança, duração e facilidade de utilização. Este tipo de recipientes são constituídos por dois contentores –
um dentro do outro. O contentor interior armazena o óleo usado, o exterior, que engloba totalmente o outro,
funciona como bacia de retenção para prevenir eventuais fugas. Na parte superior, possui uma abertura para
colocar uma grelha amovível para escoar os filtros ou latas de óleos usados, com uma tampa hermética. Um
indicador de nível, de fácil leitura, permite avaliar o estado do contentor.
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem, desta forma, se
necessário devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente
identificados) nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser
sensibilizados para a correcta separação dos resíduos.
Os resíduos de óleos usados, devem ser armazenados respeitando as indicações constantes na ficha de
dados de segurança.
Se os óleos usados forem armazenados juntamente com outros produtos químicos, deve estar disponível uma
lista de compostos compatíveis e incompatíveis, devendo ser respeitadas as incompatibilidades de
armazenamento deste tipo de resíduos.
Os óleos usados devem estar armazenados longe das fontes de ignição.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 8- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Óleos Hidráulicos Sintéticos.
TRANSPORTE
é proibida a mistura de óleos usados de características diferentes bem como a mistura de óleos usados
com outros tipos de resíduos ou substâncias se tecnicamente exequível e economicamente viável e
quando a mistura em causa impeça o tratamento dos óleos usados.
a Portaria n.º 1028/92 de 5 de Novembro disciplina o transporte de óleos usados, assim sendo:
As embalagens a utilizar no transporte de óleos usados devem ser estanques e a sua taxa de
enchimento não pode ultrapassar 98% da sua capacidade.
Os diferentes elementos de um carregamento de óleos usados devem ser convenientemente
arrumados nos veículos e escorados, por forma a evitar deslocações entre si ou contra as paredes
do veículo, bem como a evitar contaminações de outras mercadorias.
No caso de transporte de óleos usados em cisternas a sua taxa de enchimento não pode ultrapassar
98% da sua capacidade.
Quando, no carregamento, durante o percurso ou na descarga de um veículo de transporte de óleos
usados se verificar algum derrame, a zona contaminada deve ser imediatamente limpa com recurso
a produtos absorventes.
Se o transporte de óleos usados for efectuado em cisternas, devem as mesmas ostentar uma
identificação escrita donde conste, de forma bem legível e indelével, a expressão «Transporte de
óleos usados».
Durante a operação de transporte, carga ou descarga o transportador deve conservar na cabina dos
veículos uma ficha de segurança, de formato A4, cujo texto reproduz integralmente o do modelo que
constitui o anexo da Portaria n.º 1028/92 de 5 de Novembro.
6/9
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
R 9: Refinação de óleos e outras reutilizações de óleos.
RECICLAGEM
R3: Reciclagem/recuperação de substâncias orgânicas não utilizadas como
solventes
Com o uso normal ou como consequência de problemas ou acidentes, o óleo lubrificante sofre deterioração ou
contaminação, perde as suas propriedades e deixa de servir para a finalidade para a qual foi elaborado. Para
garantir a integridade e o bom funcionamento do motor ou equipamento, é então necessário proceder à substituição
do óleo, passando este, a constituir um resíduo perigoso chamado óleo lubrificante usado ou contaminado. Apesar
de constituir um resíduo, o óleo lubrificante usado ou contaminado contém cerca de 80% a 85% de óleo lubrificante
básico. O processo de “regeneração” é capaz de extrair desse resíduo essa importante matéria-prima com a
mesma qualidade do produto de primeiro refino. Por essa capacidade de recuperação da matéria-prima nobre e pela
minimização da geração de resíduos, de acordo com o Decreto-Lei nº 153/2003, de 11 de Julho, alterado pelo
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, a regeneração de óleos usados constitui a primeira opção na
hierarquia de operações de gestão de óleos usados.
Em Portugal não existe nenhuma instalação de regeneração de óleos usados em funcionamento, estando prevista
abrir em 2012 a primeira no Parque Industrial da Chamusca. Assim sendo, no contexto actual existe uma fracção
considerável de óleos recolhidos em Portugal que são exportados para regeneração, ou após realização de
tratamento prévio nas empresas licenciadas para esta operação, seguem para as seguintes opções disponíveis em
Portugal:
a) Reciclagem de óleos usados na ENVIROIL, para produção de um produto designado “simil-gasóleo”,
mediante um processo de destilação, que subsequentemente é utilizado em motogeradores para produção
de energia eléctrica;
b) Reciclagem de óleos usados na LECA, para utilização na produção de argilas expandidas, mediante
incorporação de óleo na pasta de argila;
c) Valorização energética em instalações de combustão (fornos e caldeiras), em diversas empresas de vários
sectores.
Nota: Os óleos de lubrificação sintéticos não são, tão facilmente “recicláveis” como os óleos de lubrificação minerais.
8/9
Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Junho, alterado pelos: Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro e
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de óleos usados
Constituem princípios fundamentais de gestão de óleos usados a prevenção da produção, em quantidade e
nocividade, destes resíduos e a adopção das melhores técnicas disponíveis nas operações de
Princípios de recolha/transporte, armazenagem, tratamento e valorização, por forma a minimizar os riscos para a saúde
pública e para o ambiente.
gestão
Estabelece-se a seguinte hierarquia de operações de gestão de óleos usados:
(Art. 3º )
a) Regeneração;
b) Outras formas de reciclagem;
c) Outras formas de valorização.
Sem prejuízo do cumprimento de outras disposições legais aplicáveis, é expressamente proibido:
a) Qualquer descarga de óleos usados nas águas de superfície, nas águas subterrâneas, nas águas de
transição, nas águas costeiras e marinhas e nos sistemas de drenagem, individuais ou colectivos, de
águas residuais;
b) Qualquer depósito e ou descarga de óleos usados no solo, assim como qualquer descarga não
controlada de resíduos resultantes das operações de gestão de óleos usados;
Proibições c) Qualquer operação de gestão de óleos usados ou de resíduos resultantes dessas operações sem a
respectiva autorização exigível nos termos do Decreto-Lei n.º 153/2003 e demais legislação aplicável;
(Art. 5º ) d) Qualquer operação de gestão de óleos usados susceptível de provocar emissões atmosféricas que
ultrapassem os valores limite previstos no Decreto-Lei n.º 153/2003 e demais legislação aplicável;
e) A valorização energética de óleos usados na indústria alimentar, nomeadamente em padarias, nos
casos em que os gases resultantes estejam em contacto com os alimentos produzidos;
f) Qualquer mistura de óleos usados de diferentes características ou com outros resíduos ou substâncias,
que dificulte a sua valorização em condições ambientalmente adequadas, nomeadamente para fins de
regeneração.
LER
O código do resíduo Óleos Lubrificantes Minerais, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
13 02 05* - Óleos Minerais não Clorados de Motores, Transmissões e Lubrificação.
(* Resíduo considerado perigoso)
Um óleo lubrificante mineral novo é em si um produto com certo grau de perigo porque, além de ser feito
basicamente a partir da refinação do petróleo, geralmente contém diversos tipos de aditivos que em altas
concentrações são tóxicos, desta forma, deve ser consultada a ficha de dados segurança do produto. Por outro lado,
o óleo lubrificante usado ou contaminado, além de carregar essa carga original de perigo, recebe um reforço extra
na sua toxidade porque os seus componentes, ao sofrerem degradação, geram compostos mais perigosos para a
saúde e o ambiente, tais como dioxinas, ácidos orgânicos, cetonas e hidrocarbonetos, policíclicos aromáticos. Além
disso, o óleo lubrificante usado ou contaminado contém diversos elementos tóxicos (por exemplo cromo, cádmio,
chumbo e arsénio), oriundos da fórmula original e absorvidos do próprio motor ou equipamento. Esses
contaminantes são na sua maioria bioacumulativos (permanecem no organismo) e causam diversos problemas
graves no ambiente e na saúde.
Curiosidades:
1 litro de óleo lubrificante usado, derramado na água, pode atingir 1.000 m² de superfície aquosa;
se for queimado de forma não controlada (o que é ilegal e constitui crime), os óleos lubrificantes usados ou
contaminados causam forte concentração de poluentes num raio de 2 km, em média;
quando derramado no solo o óleo lubrificante usado, inutiliza o solo atingido, tanto para a agricultura, como
para a edificação, matando a vegetação e os micro-organismos, destruindo o húmus, causando infertilidade da
área, e pode atingir o lençol freático, inutilizando os poços da região.
Os principais contaminantes, presentes nos óleos usados são considerados cancerígenos, sendo na sua maioria
bioacumulativos.
O chumbo pode provocar alterações graves no sangue, rins, órgãos do sistema respiratório, cérebro, ossos, tecidos
musculares, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
O cádmio pode originar transtornos gastrointestinais, anemia, enfisema pulmonar, doenças renais entre outras
patologias no ser humano.
O cromo é extremamente tóxico, podendo causar transtornos gastrointestinais, alterações graves no fígado, pele,
órgãos do sistema respiratório, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Nos vários sectores industriais, onde são utilizados os óleos minerais de lubrificação:
prolongar o tempo de vida dos óleos , por exemplo aplicando técnicas que permitam recuperar os
óleos de lubrificação.
promover e divulgar regras de segurança no armazenamento e manuseamento dos óleos e
respectivas embalagens, para minimizar a ocorrência de derrames.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/9
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Em oficinas de manutenção, ou locais específicos para trocas de óleo lubrificante, é essencial que o local destinado
à operação possua calhas de segurança (colocadas no piso, circulando inteiramente a área de trocas, destinadas a
conter eventuais derrames). Ligada a essas calhas deverá ser colocada uma caixa separadora de água/óleo (ver
figura seguinte), com a finalidade de recuperar o máximo de óleo possível em casos de eventuais derrames.
Existem vários modelos de caixas separadora água e óleo disponíveis no mercado e, ainda, podem ser construídas
sob medida no próprio local, atendendo necessidades específicas.
Figura 1 - Exemplos de caixas separadora água e óleo Figura 2 - Exemplos de caixas separadora água e óleo
comercial sob medida
Os poços de lubrificação devem ser evitados, preferindo-se o uso de rampas de lubrificação pela facilidade de
contenção de eventuais derrames e pela minimização de risco de infiltrações.
Devem ser adquiridos kit de contenção de derrames e utilizados sempre que necessário, encaminhando-os
posteriormente para o contentor adequado para o efeito.
Relativamente ao equipamento de protecção individual, aconselha-se a utilização de luvas apropriadas e vestuário
de protecção no manuseamento deste tipo de resíduo.
Também são muito utilizados contentores metálicos, que merecem cuidado especial em relação ao possível
ataque por ferrugem, amassados e rasgões.
Por se tratar de um resíduo perigoso, o acondicionamento deve ser efectuado em solo impermeável, ou
dotado de bacia de retenção. Caso o acondicionamento seja efectuado em contentores estes devem ser
estanques. Em ambos os casos este tipo de resíduos deve ser armazenado ao abrigo da exposição do sol,
calor ou chuva.
Figura 6 - Recipiente para armazenamento com bacia de Figura 7 - Tanque horizontal em bacia de
retenção contenção
4/9
Existem ainda contentores, criados especificamente para armazenar óleos usados, que oferecem maior
segurança, duração e facilidade de utilização. Este tipo de recipientes são constituídos por dois contentores –
um dentro do outro. O contentor interior armazena o óleo usado, o exterior, que engloba totalmente o outro,
funciona como bacia de retenção para prevenir eventuais fugas. Na parte superior, possui uma abertura para
colocar uma grelha amovível para escoar os filtros ou latas de óleos usados, com uma tampa hermética. Um
indicador de nível, de fácil leitura, permite avaliar o estado do contentor.
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem, desta forma, se
necessário devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente
identificados) nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser
sensibilizados para a correcta separação dos resíduos.
Os resíduos de óleos usados, devem ser armazenados respeitando as indicações constantes na ficha de
dados de segurança.
Se os óleos usados forem armazenados juntamente com outros produtos químicos, deve estar disponível uma
lista de compostos compatíveis e incompatíveis, devendo ser respeitadas as incompatibilidades de
armazenamento deste tipo de resíduos.
Os óleos usados devem estar armazenados longe das fontes de ignição.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 9- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Óleos Lubrificantes Minerais.
TRANSPORTE
6/9
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
OUTROS TIPO DE R13: Acumulação de materiais para serem submetidos a uma das operações
VALORIZAÇÃO referidas anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário,
antes da recolha, no local onde esta é efectuada.
D9 : Tratamento físico-químico.
Com o uso normal ou como consequência de problemas ou acidentes, o óleo lubrificante sofre deterioração ou
contaminação, perde as suas propriedades e deixa de servir para a finalidade para a qual foi elaborado. Para
garantir a integridade e o bom funcionamento do motor ou equipamento, é então necessário proceder à substituição
do óleo, passando este, a constituir um resíduo perigoso chamado óleo lubrificante usado ou contaminado. Apesar
de constituir um resíduo, o óleo lubrificante usado ou contaminado contém cerca de 80% a 85% de óleo lubrificante
básico. O processo de “regeneração” é capaz de extrair desse resíduo essa importante matéria-prima com a
mesma qualidade do produto de primeiro refino. Por essa capacidade de recuperação da matéria-prima nobre e pela
minimização da geração de resíduos, de acordo com o Decreto-Lei nº 153/2003, de 11 de Julho, alterado pelo
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, a regeneração de óleos usados constitui a primeira opção na
hierarquia de operações de gestão de óleos usados.
Em Portugal não existe nenhuma instalação de regeneração de óleos usados em funcionamento, estando prevista
abrir em 2012 a primeira no Parque Industrial da Chamusca. Assim sendo, no contexto actual existe uma fracção
considerável de óleos recolhidos em Portugal que são exportados para regeneração, ou após realização de
tratamento prévio nas empresas licenciadas para esta operação, seguem para as seguintes opções disponíveis em
Portugal:
a) Reciclagem de óleos usados na ENVIROIL, para produção de um produto designado “simil-gasóleo”,
mediante um processo de destilação, que subsequentemente é utilizado em motogeradores para
produção de energia eléctrica;
b) Reciclagem de óleos usados na LECA, para utilização na produção de argilas expandidas, mediante
incorporação de óleo na pasta de argila;
c) Valorização energética em instalações de combustão (fornos e caldeiras), em diversas empresas de
vários sectores.
Nota: Os óleos de lubrificação minerais são, mais facilmente “recicláveis” do que os óleos de lubrificação sintéticos.
8/9
Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Junho, alterado pelos: Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro e
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de óleos usados
Constituem princípios fundamentais de gestão de óleos usados a prevenção da produção, em
Princípios de
quantidade e nocividade, destes resíduos e a adopção das melhores técnicas disponíveis nas
gestão operações de recolha/transporte, armazenagem, tratamento e valorização, por forma a minimizar
os riscos para a saúde pública e para o ambiente.
(Art. 3º )
Estabelece-se a seguinte hierarquia de operações de gestão de óleos usados:
a) Regeneração;
b) Outras formas de reciclagem;
c) Outras formas de valorização.
Sem prejuízo do cumprimento de outras disposições legais aplicáveis, é expressamente proibido:
a) Qualquer descarga de óleos usados nas águas de superfície, nas águas subterrâneas, nas
águas de transição, nas águas costeiras e marinhas e nos sistemas de drenagem, individuais ou
colectivos, de águas residuais;
b) Qualquer depósito e ou descarga de óleos usados no solo, assim como qualquer descarga não
controlada de resíduos resultantes das operações de gestão de óleos usados;
c) Qualquer operação de gestão de óleos usados ou de resíduos resultantes dessas operações
Proibições sem a respectiva autorização exigível nos termos do presente diploma e demais legislação
aplicável;
(Art. 5º ) d) Qualquer operação de gestão de óleos usados susceptível de provocar emissões atmosféricas
que ultrapassem os valores limite previstos no presente diploma e demais legislação aplicável;
e) A valorização energética de óleos usados na indústria alimentar, nomeadamente em padarias,
nos casos em que os gases resultantes estejam em contacto com os alimentos produzidos;
f) Qualquer mistura de óleos usados de diferentes características ou com outros resíduos ou
substâncias, que dificulte a sua valorização em condições ambientalmente adequadas,
nomeadamente para fins de regeneração.
LER
O código do resíduo Óleos Lubrificantes Sintéticos, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
13 02 06* - Óleos Sintéticos de Motores, Transmissões e Lubrificação.
(* Resíduo considerado perigoso)
Um óleo lubrificante sintético novo é em si um produto com certo grau de perigo porque, além de ser produzido a
partir de reacções químicas, de produtos vulgarmente extraídos do petróleo, contém diversos tipos de aditivos que
em altas concentrações são tóxicos, desta forma, deve ser consultada a ficha de dados segurança do produto. Por
outro lado, o óleo lubrificante usado ou contaminado, além de carregar essa carga original de perigo, recebe um
reforço extra na sua toxidade porque os seus componentes, ao sofrerem degradação, geram compostos mais
perigosos para a saúde e o ambiente, tais como dioxinas, ácidos orgânicos, cetonas e hidrocarbonetos, policíclicos
aromáticos. Além disso, o óleo lubrificante usado ou contaminado contém diversos elementos tóxicos (por exemplo
cromo, cádmio, chumbo e arsénio), oriundos da fórmula original e absorvidos do próprio motor ou equipamento.
Esses contaminantes são na sua maioria bioacumulativos (permanecem no organismo) e causam diversos
problemas graves no ambiente e na saúde.
Curiosidades:
1 litro de óleo lubrificante usado, derramado na água, pode atingir 1.000 m² de superfície aquosa;
se for queimado (o que é ilegal e constitui crime), os óleos lubrificantes usados ou contaminados causam forte
concentração de poluentes num raio de 2 km, em média;
quando derramado no solo o óleo lubrificante usado, inutiliza o solo atingido, tanto para a agricultura, como
para a edificação, matando a vegetação e os micro-organismos, destruindo o húmus, causando infertilidade da
área, e pode atingir o lençol freático, inutilizando os poços da região.
Os principais contaminantes, presentes nos óleos usados são considerados cancerígenos, sendo na sua maioria
bioacumulativos.
O chumbo pode provocar alterações graves no sangue, rins, órgãos do sistema respiratório, cérebro, ossos, tecidos
musculares, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
O cádmio pode originar transtornos gastrointestinais, anemia, enfisema pulmonar, doenças renais entre outras
patologias no ser humano.
O cromo é extremamente tóxico, podendo causar transtornos gastrointestinais, alterações graves no fígado, pele,
órgãos do sistema respiratório, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Nos vários sectores industriais, onde são utilizados os óleos sintéticos de lubrificação:
prolongar o tempo de vida dos óleos, aplicando técnicas (por exemplo instalação de filtros) que
permitam minimizar a sua contaminação, efectuar a limpeza e recuperação dos óleos.
promover e divulgar regras de segurança no armazenamento e manuseamento dos óleos e
respectivas embalagens, para minimizar a ocorrência de derrames.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/9
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Figura 1 - Exemplos de caixas separadora água e óleo Figura 2 - Exemplos de caixas separadora água e óleo sob
comercial medida
Os poços de lubrificação devem ser evitados, preferindo-se o uso de rampas de lubrificação pela facilidade de
contenção de eventuais derrames e pela minimização de risco de infiltrações.
Figura 6- Recipiente para armazenamento com bacia de Figura 7- Tanque horizontal em bacia de
retenção contenção
4/9
Existem ainda contentores, criados especificamente para armazenar óleos usados, que oferecem maior
segurança, duração e facilidade de utilização. Este tipo de recipientes são constituídos por dois contentores –
um dentro do outro. O contentor interior armazena o óleo usado, o exterior, que engloba totalmente o outro,
funciona como bacia de retenção para prevenir eventuais fugas. Na parte superior, possui uma abertura para
colocar uma grelha amovível para escoar os filtros ou latas de óleos usados, com uma tampa hermética. Um
indicador de nível, de fácil leitura, permite avaliar o estado do contentor.
Figura 9 - Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Óleos Lubrificantes Sintéticos.
TRANSPORTE
6/9
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
D9 : Tratamento físico-químico.
ELIMINAÇÃO D15: Armazenamento antes de uma das operações referidas anteriormente,
com a exclusão do armazenamento temporário, antes da recolha, no
Pior Solução local onde esta é efectuada
Com o uso normal ou como consequência de problemas ou acidentes, o óleo lubrificante sofre deterioração ou
contaminação, perde as suas propriedades e deixa de servir para a finalidade para a qual foi elaborado. Para
garantir a integridade e o bom funcionamento do motor ou equipamento, é então necessário proceder à substituição
do óleo, passando este, a constituir um resíduo perigoso chamado óleo lubrificante usado ou contaminado. Apesar
de constituir um resíduo, o óleo lubrificante usado ou contaminado contém cerca de 80% a 85% de óleo lubrificante
básico. O processo de “regeneração” é capaz de extrair desse resíduo essa importante matéria-prima com a
mesma qualidade do produto de primeiro refino. Por essa capacidade de recuperação da matéria-prima nobre e pela
minimização da geração de resíduos, de acordo com o Decreto-Lei nº 153/2003, de 11 de Julho, alterado pelo
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, a regeneração de óleos usados constitui a primeira opção na
hierarquia de operações de gestão de óleos usados.
Em Portugal não existe nenhuma instalação de regeneração de óleos usados em funcionamento, estando prevista
abrir em 2012 a primeira no Parque Industrial da Chamusca. Assim sendo, no contexto actual existe uma fracção
considerável de óleos recolhidos em Portugal que são exportados para regeneração, ou após realização de
tratamento prévio nas empresas licenciadas para esta operação, seguem para as seguintes opções disponíveis em
Portugal:
a) Reciclagem de óleos usados na ENVIROIL, para produção de um produto designado “simil-gasóleo”, mediante
um processo de destilação, que subsequentemente é utilizado em motogeradores para produção de energia
eléctrica;
b) Reciclagem de óleos usados na LECA, para utilização na produção de argilas expandidas, mediante
incorporação de óleo na pasta de argila;
c) Valorização energética em instalações de combustão (fornos e caldeiras), em diversas empresas de vários
sectores.
Nota: Os óleos de lubrificação sintéticos não são, tão facilmente “recicláveis” como os óleos de lubrificação minerais.
8/9
Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Junho, alterado pelos: Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro e
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de óleos usados
Constituem princípios fundamentais de gestão de óleos usados a prevenção da produção, em
quantidade e nocividade, destes resíduos e a adopção das melhores técnicas disponíveis nas
Princípios de operações de recolha/transporte, armazenagem, tratamento e valorização, por forma a minimizar
os riscos para a saúde pública e para o ambiente.
gestão
Estabelece-se a seguinte hierarquia de operações de gestão de óleos usados:
(Art. 3º )
a) Regeneração;
b) Outras formas de reciclagem;
c) Outras formas de valorização.
Sem prejuízo do cumprimento de outras disposições legais aplicáveis, é expressamente proibido:
a) Qualquer descarga de óleos usados nas águas de superfície, nas águas subterrâneas, nas
águas de transição, nas águas costeiras e marinhas e nos sistemas de drenagem, individuais ou
colectivos, de águas residuais;
Proibições b) Qualquer depósito e ou descarga de óleos usados no solo, assim como qualquer descarga não
controlada de resíduos resultantes das operações de gestão de óleos usados;
(Art. 5º ) c) Qualquer operação de gestão de óleos usados ou de resíduos resultantes dessas operações
sem a respectiva autorização exigível nos termos do Decreto-Lei n.º 153/2003 e demais
legislação aplicável;
d) Qualquer operação de gestão de óleos usados susceptível de provocar emissões atmosféricas
que ultrapassem os valores limite previstos no Decreto-Lei n.º 153/2003 e demais legislação
aplicável;
e) A valorização energética de óleos usados na indústria alimentar, nomeadamente em padarias,
nos casos em que os gases resultantes estejam em contacto com os alimentos produzidos;
f) Qualquer mistura de óleos usados de diferentes características ou com outros resíduos ou
substâncias, que dificulte a sua valorização em condições ambientalmente adequadas,
nomeadamente para fins de regeneração.
LER
O código do resíduo Óleos contendo PCB, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 13 03 01* -
Óleos Isolantes e de Transmissão de Calor contendo PCB
(* Resíduo considerado perigoso)
Apesar de os PCB não serem produzidos actualmente, o ser humano continua a estar exposto a estes compostos,
uma vez que os mesmos persistem no ambiente por décadas devido à sua resistência à degradação. Por outro lado,
a libertação dos PCB para o ambiente pode ainda ocorrer, nomeadamente através de situações de descargas
indevidas de fluidos contendo PCB, fugas de equipamentos eléctricos contaminados, armazenamento irregular de
resíduos contaminados, entre outras.
Os PCB possuem características de perigosidade para o ambiente e para a saúde humana, as quais se devem à
sua persistência e bio-acumulação, fazendo com que estejam incluídos na lista de poluentes orgânicos persistentes
(POP) listados no Protocolo UN/CE acordado em Estocolmo em Maio de 2001 (Fonte: APA, 2010).
Os seres vivos em geral e o próprio homem absorvem os PCB através da pele, da cadeia alimentar e por inalação.
Além de serem bio-acumuláveis os PCB apresentam ainda a capacidade para se bioamplificar (i.e. acumulação
progressiva ao longo da cadeia alimentar) em condições ambientais específicas, podendo atingir concentrações
toxicológicas importantes.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos na compra de equipamentos usados deverão ser tomadas
as medidas necessárias para garantir, que não contém PCB na sua constituição.
2/6
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
O período de armazenamento de PCB usados e equipamentos contendo PCB, à espera de eliminação, por
parte do detentor não pode exceder os 18 meses (número 5 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 277/99, alterado
pelo Decreto-Lei n.º 72/2007).
O armazenamento temporário de PCB deve obedecer às seguintes condições:
o espaço destinado ao armazenamento de PCB usados ou equipamentos contendo PCB deve ser
coberto e deve estar individualizado, não devendo verificar-se mistura com outro tipo de resíduos,
sobretudo resíduos facilmente inflamáveis como solventes;
O local deve estar identificado e devidamente assinalado com placa de Entrada Proibida;
Figura 1- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Óleos contendo PCB
Este espaço deverá, também, estar dotado de bacia de retenção, revestida de material impermeável que
constitua uma superfície lisa, continua resistente aos PCB, cujo volume seja equivalente a pelo menos 25% do
total do volume líquido do PCB armazenado;
O local deve ser bem ventilado;
O local deve estar suficientemente afastado de zonas de armazenamento de outros produtos, especialmente
alimentos e bebidas;
Todos os equipamentos armazenados contendo PCB deverão ser vistoriados regularmente verificando a
ocorrência de derrames;
O equipamento deve estar devidamente rotulado, devendo ostentar o símbolo de perigo com a seguinte
estrutura:
a) A cruz de Santo André, com a inscrição "NOCIVO";
b) Frases de risco e conselhos de prudência, consoante o caso: "Contém policlorobifenilos" – PCB; "Perigo
de efeitos cumulativos"; "Em caso de incêndio ou explosão, não respirar os fumos".
Em caso de incêndio, a intervenção deverá ser feita usando máscaras contra gases, com filtro orgânico código
B Norma DIN 3181.
Não poderão ser vendidos tambores contaminados, nem utilizá-los para acondicionar outros produtos.
O responsável pelo local de armazenamento deverá manter um registo dos equipamentos armazenados no
local. Deverão constar no registo as seguintes informações:
Data de entrega do equipamento;
Tipo (transformador, condensador);
Origem, com indicação do detentor;
Quantidade de óleo contendo PCB.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Descontaminação dos PCB
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
Após descontaminação:
R5 - Reciclagem/recuperação de outros materiais inorgânicos.
RECICLAGEM
R13 - Armazenamento de resíduos destinados a uma das operações
enumeradas de R 1 a R 12 (com exclusão do armazenamento
temporário, antes da recolha, no local onde os resíduos foram
produzidos).-
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
Não Aplicável.
Descontaminação
Por descontaminação de PCB entende-se, na acepção do Decreto-Lei n.º 277/99, "o conjunto das operações que
tornam reutilizáveis ou recicláveis os equipamentos, objectos, materiais ou fluidos contaminados por PCB ou
que permitem a sua eliminação em condições de segurança, e que podem incluir a sua substituição, ou seja, o
conjunto de operações que consistem em substituir os PCB por um fluido adequado que não contenha PCB”.
Eliminação de PCB
Por eliminação de PCB entende-se, na acepção do Decreto-Lei n.º 277/99, “as operações D8, D9, D10, D12
(somente em condições de armazenamento subterrâneo seguro e profundo em formação rochosa seca e apenas
para equipamentos que contenham PCB ou PCB usados que não possam ser descontaminados) e D15, previstas
na Decisão n.º 96/350/CE, de 24 de Maio”.
Sendo que:
D8 – Tratamento biológico que produz compostos ou misturas finais que são rejeitados por meio de qualquer das operações
enumeradas de D1 a D12 (ver Anexo III da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março);
D9 - Tratamento físico-químico que produz compostos ou misturas finais rejeitados por meio de qualquer das operações
enumeradas de D1 a D12 (por exemplo, evaporação, secagem, calcinação, etc.);
D10 – Incineração em terra;
D12 – Armazenagem permanente, por exemplo, armazenagem de contentores numa mina, etc.;
D15 - Armazenagem enquanto se aguarda a execução de uma das operações enumeradas de D1 a D14 (com exclusão do
armazenamento temporário, antes da recolha, no local onde esta é efectuada).
4/6
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
6/6
Resíduo: Águas Oleosas
LER
O código do resíduo Águas Oleosas, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 13 05 07* – Água
com Óleo proveniente dos Separadores Óleo/Água.
(* Resíduo considerado perigoso)
Água Oleosa é um termo genérico usado para descrever todas as águas que apresentam quantidades variáveis de
óleos, além de uma variedade de outros materiais em suspensão, que podem incluir areia, terra, argila, entre outros,
e uma gama de substâncias coloidais e dissolvidas, tais como detergentes, sais, metais pesados, etc.
Os óleos podem estar presentes na água oleosa em duas formas distintas: livres ou emulsionados. O óleo livre é
aquele que corresponde a uma fase visivelmente distinta da fase aquosa. Quando a água oleosa contém óleo
emulsionado, o óleo encontra-se tão intimamente misturado e estabilizado na água que a sua presença não pode
ser distinguida a olho nu.
Além de serem produzidos a partir de petróleo, os óleos contêm uma variedade de aditivos, tais como: inibidores de
corrosão, antioxidantes, detergentes, antiespumantes, anticongelantes, etc. Por outro lado, os óleos usados, além
de carregarem essa carga original de perigo, recebem um reforço extra na sua toxidade porque os seus
componentes, ao sofrerem degradação, geram compostos mais perigosos para a saúde e o ambiente, tais como
dioxinas, ácidos orgânicos, cetonas e hidrocarbonetos, policíclicos aromáticos. Além disso, os óleos contêm
diversos elementos tóxicos (por exemplo crómio, cádmio, chumbo e arsénio), oriundos da fórmula original e
absorvidos dos equipamentos onde são utilizados. Esses contaminantes são na sua maioria bioacumulativos
(permanecem no organismo) e causam diversos problemas graves no ambiente e na saúde. Estima-se que um litro
de óleo usado, derramado na água, pode poluir 1.000 m² de superfície aquosa.
Alguns dos principais contaminantes, presentes nas águas oleosas são considerados cancerígenos, sendo na sua
maioria bioacumulativos.
O chumbo pode provocar alterações graves no sangue, rins, órgãos do sistema respiratório, cérebro, ossos, tecidos
musculares, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
O cádmio pode originar transtornos gastrointestinais, anemia, enfisema pulmonar, doenças renais entre outras
patologias no ser humano.
O crómio é extremamente tóxico, podendo causar transtornos gastrointestinais, alterações graves no fígado, pele,
órgãos do sistema respiratório, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Nos vários sectores industriais, onde são utilizados os óleos hidráulicos minerais:
prolongar o tempo de vida dos óleos, aplicando técnicas (por exemplo instalação de filtros) que
permitam minimizar a sua contaminação, efectuar a limpeza e recuperação dos óleos;
utilizar bacias de retenção para contenção de derrames;
adquirir kit de contenção de derrames e utilizar sempre que necessário, encaminhando os
materiais absorventes contaminados para o contentor adequado para o efeito;
impermeabilização do solo;
instalação de caixas separadoras de água e óleo disponíveis no mercado ou construídas sob
medida no próprio local, atendendo às necessidades específicas.
2/8
Figura 1- Exemplo de caixas separadora água e óleo Figura 2- Exemplo de caixas separadora água e óleo
comercial comercial e sob medida
Também são muito utilizados contentores metálicos, que merecem cuidado especial em relação ao possível
ataque por ferrugem, amassados e rasgões;
Por se tratar de um resíduos perigoso, o acondicionamento deve ser efectuado em solo impermeável, ou
dotado de bacia de retenção.
Caso a quantidade seja mais elevada o acondicionamento deve ser efectuado em contentores (ver figuras
seguintes) e estes devem ser estanques. Em ambos os casos este tipo de resíduos deve ser armazenado ao
abrigo da exposição do sol, calor ou chuva.
4/8
Figura 6- Recipiente para armazenamento com bacia de Figura 7- Tanque horizontal em bacia de
retenção contenção
Figura 8- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Águas Oleosas.
TRANSPORTE
Nem todos os resíduos classificados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER) são considerados
matérias perigosas para o transporte, e por este facto, deverá(ão)ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados de
segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo, bem como, o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29
de Abril (posteriormente rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18/2010, de 28 de Junho), que regula
o transporte terrestre, rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas, por forma a averiguar se o resíduo em
questão é considerado mercadoria perigosa para o transporte.
Melhor
Solução PREVENÇÃO E REDUÇÃO
D9 : Tratamento físico-químico.
D15: Armazenamento antes de uma das operações referidas anteriormente, com
ELIMINAÇÃO a exclusão do armazenamento temporário, antes da recolha, no local onde
esta é efectuada.
Pior Solução
6/8
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Junho, alterado pelos: Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro e
Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de óleos usados
Constituem princípios fundamentais de gestão de óleos usados a prevenção da produção, em
quantidade e nocividade, destes resíduos e a adopção das melhores técnicas disponíveis nas
operações de recolha/transporte, armazenagem, tratamento e valorização, por forma a minimizar
Princípios de os riscos para a saúde pública e para o ambiente.
gestão
Estabelece-se a seguinte hierarquia de operações de gestão de óleos usados:
(Art. 3º ) a) Regeneração;
b) Outras formas de reciclagem;
c) Outras formas de valorização.
Sem prejuízo do cumprimento de outras disposições legais aplicáveis, é expressamente proibido:
a) Qualquer descarga de óleos usados nas águas de superfície, nas águas subterrâneas, nas
águas de transição, nas águas costeiras e marinhas e nos sistemas de drenagem, individuais ou
colectivos, de águas residuais;
b) Qualquer depósito e ou descarga de óleos usados no solo, assim como qualquer descarga não
controlada de resíduos resultantes das operações de gestão de óleos usados;
c) Qualquer operação de gestão de óleos usados ou de resíduos resultantes dessas operações
Proibições sem a respectiva autorização exigível nos termos do Decreto-Lei nº 153/2003 e demais
legislação aplicável;
(Art. 5º )
d) Qualquer operação de gestão de óleos usados susceptível de provocar emissões atmosféricas
que ultrapassem os valores limite previstos no Decreto-Lei nº 153/2003 e demais legislação
aplicável;
e) A valorização energética de óleos usados na indústria alimentar, nomeadamente em padarias,
nos casos em que os gases resultantes estejam em contacto com os alimentos produzidos;
f) Qualquer mistura de óleos usados de diferentes características ou com outros resíduos ou
substâncias, que dificulte a sua valorização em condições ambientalmente adequadas,
nomeadamente para fins de regeneração.
8/8
CAPÍTULO LER 14
Resíduo: CFC, HCFC ou HFC (LER 14 06 01 *)
Resíduo: Solventes Halogenados (LER 14 06 02 *)
Resíduo: Solventes não Halogenados (LER 01 06 03 *)
7
Resíduo: CFC, HCFC ou HFC
LER
O código do resíduo CFC, HCFC ou HFC, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
14 06 01* – Clorofluorcarbonetos, HCFC, HFC.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos na compra de equipamentos novos ou usados devem tomar-
se as medidas necessárias para garantir, que os equipamentos possuem fluidos ou gases potencialmente
não perigosos.
2/6
Quadro 1- Principais utilizações dos CFC e HCFC que destroem a camada do ozono
Os técnicos qualificados deverão preencher uma ficha modelo constante do diploma legal sempre que seja
efectuada uma intervenção técnica em equipamentos nos equipamentos que contenham estas substâncias.
O reconhecimento como técnico qualificado para efeitos das intervenções acima referidas é da competência da
Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que emite para o efeito, um certificado, mediante a apresentação de
requerimento dirigido ao Director-geral da APA, por parte do interessado.
A Agência Portuguesa do Ambiente disponibiliza através do seu site, a lista dos certificados emitidos.
TRANSPORTE
Nem todos os resíduos classificados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER) são considerados
matérias perigosas para o transporte, e por este facto, deverá(ão) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados de
segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo, bem como, o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29 de
Abril (posteriormente rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18/2010, de 28 de Junho), que regula o
transporte terrestre, rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas, por forma a averiguar se o resíduo em
questão é considerado mercadoria perigosa para transporte.
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável.
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO Não Aplicável.
D9 - Tratamento físico-químico.
D15 - Armazenagem enquanto se aguarda a execução de uma das operações
ELIMINAÇÃO
enumeradas de D1 a D14 (com exclusão do armazenamento
temporário, antes da recolha, no local onde esta é efectuada).
Pior Solução
4/6
Recuperação, reciclagem, valorização e destruição de substâncias regulamentadas
As substâncias listadas no Regulamento (CE) n.º 2037/2000, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de
Junho contidas em equipamentos de refrigeração e de ar condicionado, bombas de calor, sistemas de protecção
contra incêndios e extintores e equipamentos que contenham solventes devem ser recuperadas para reciclagem,
valorização ou destruição durante as operações de assistência ou manutenção ou antes das operações de
desmantelamento ou destruição definitiva do equipamento em fim de vida, através de tecnologias
ecologicamente aceitáveis.
Apenas os técnicos qualificados de acordo com o Decreto-Lei nº152/2005, alterado pelo Decreto-Lei nº35/2008
podem assegurar as operações de trasfega, reciclagem, valorização e destruição das substâncias que
empobrecem a camada de ozono, as operações de recuperação para reciclagem, valorização e destruição dessas
substâncias contidas em equipamentos de refrigeração e de ar condicionado, bombas de calor, sistemas de
protecção contra incêndios e extintores, bem como as operações de manutenção, reparação e de assistência
desses mesmos equipamentos, incluindo a detecção de eventuais fugas das referidas substâncias, aplicando-se
quanto aos equipamentos contendo solventes o disposto em legislação própria.
6/6
Resíduo: Solventes Halogenados
LER
O código do resíduo Solventes Halogenados, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
14 06 02* – Outros Solventes e Misturas de Solventes Halogenados.
(* Resíduo considerado perigoso)
Deve(m) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados segurança do(s) solvente(s) que deu/deram origem ao resíduo.
No entanto a exposição a estes solventes causa lesões no fígado e nos nervos periféricos e irritação pulmonar.
Alguns solventes, como por exemplo, tetracloreto de carbono, são cancerígenos, podendo a exposição a grandes
concentrações levar à morte.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos deverão ser implementadas acções tais como:
alterações ao processo produtivo que permitam, substituir este tipo de solventes por outros não
perigosos;
utilização de bacias de retenção em zonas/máquinas/equipamentos que possam originar derrames
deste tipo de solventes;
aquisição e utilização de kit de contenção de derrames,
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/6
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Para o acondicionamento dos resíduos de solventes halogenados, recomendam-se recipientes fechados.
Poderá optar-se por armazenar os resíduos de solventes halogenados nas embalagens vazias do
produto original, desde que sejam devidamente identificadas e rotuladas.
Devem adoptar-se ecopontos para recolha deste resíduo nos locais de produção, sendo que esses recipientes,
uma vez completos, deverão ser colocados posteriormente no parque de resíduos da empresa para a sua
armazenagem temporária, até recolha por operador licenciado para o efeito.
Solventes Halogenados
LER 14 06 02*
Figura 1- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Solventes Halogenados
Se durante o processo de segregação ocorrer qualquer contaminação dos solventes não halogenados com
algum solvente halogenado, essa mistura deverá, então, ser considerada halogenada.
TRANSPORTE
Nem todos os resíduos classificados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER) são considerados
matérias perigosas para o transporte, e por este facto, deverá(ão) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados de
segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo, bem como, o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29 de
Abril (posteriormente rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18/2010, de 28 de Junho), que regula o
transporte terrestre, rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas, por forma a averiguar se o resíduo em
questão é considerado mercadoria perigosa para transporte.
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
D9 : Tratamento físico-químico.
4/6
Dois dos aspectos em que a co-incineração se comporta de um modo menos perfeito dizem respeito às emissões
de ácido clorídrico e de metais voláteis como o mercúrio, tálio, entres outros. Assim sendo, os solventes
halogenados contendo altos níveis de cloro e/ou mercúrio, são possivelmente melhor destruídos termicamente em
incineradoras especializadas que têm métodos sofisticados e dedicados de remoção do ácido clorídrico e do
mercúrio.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
(Art. 49º- A) As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
(Art. 49º- B) O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
6/6
Resíduo: Solventes não Halogenados
LER
O código do resíduo Solventes não Halogenados, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
14 06 03* – Outros Solventes e Misturas de Solventes.
(* Resíduo considerado perigoso)
Deve(m) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo.
Deve(m) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados segurança do(s) solvente(s) que deu/deram origem ao resíduo. No
entanto, são geralmente tóxicos por contacto e ingestão. Um dos efeitos mais gerais é o efeito narcótico,
considerando que os solventes actuam sobre o sistema nervoso central. Os solventes podem ainda actuar sobre
diferentes órgãos, chegando a causar lesões em determinadas circunstâncias, no fígado, rins, etc. A exposição
prolongada pode dar origem a doenças, algumas já reconhecidas como doenças profissionais.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos deverão ser implementadas acções tais como:
alterações ao processo produtivo que permitam, substituir este tipo de solventes por outros não
perigosos;
utilização de bacias de retenção em zonas/máquinas/equipamentos que possam originar derrames
deste tipo de solventes;
aquisição e utilização de Kit de contenção de derrames;
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/6
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Para o acondicionamento dos resíduos de solventes não halogenados, recomendam-se recipientes
fechados. Poderá optar-se por armazenar os resíduos de solventes não halogenados nas embalagens
vazias do produto original, desde que sejam devidamente identificadas e rotuladas.
Devem adoptar-se ecopontos para recolha deste resíduo nos locais de produção, sendo que esses recipientes,
uma vez completos, deverão ser colocados posteriormente no parque de resíduos da empresa para a sua
armazenagem temporária, até recolha por operador licenciado para o efeito.
Figura 1- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Solventes não Halogenados
Se durante o processo de segregação ocorrer qualquer contaminação dos solventes não halogenados com
algum solvente halogenado, essa mistura deverá, então, ser considerada halogenada.
TRANSPORTE
Nem todos os resíduos classificados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER) são considerados
matérias perigosas para o transporte, e por este facto, deverá(ão) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados de
segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo, bem como, o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29 de
Abril (posteriormente rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18/2010, de 28 de Junho), que regula o
transporte terrestre, rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas, por forma a averiguar se o resíduo em
questão é considerado mercadoria perigosa para transporte.
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
RECICLAGEM
R5: Reciclagem ou recuperação de outras matérias inorgânicas.
Actualmente os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER) estão aptos
ao tratamento e valorização de solventes halogenados. No entanto, quando os resíduos possuem um poder
calorífico significativo, como é o caso dos solventes, a sua destruição em processos industriais, substituindo
combustíveis fósseis, pode ser considerada como um processo de valorização energética. Se as suas emissões não
forem significativamente diferentes, o seu uso, por substituição de combustíveis fósseis, pode ser positivo. Os
resíduos solventes não halogenados poderão assim tornar-se Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR).
Geralmente os CDR não constituem combustíveis principais da instalação, são incinerados em simultâneo ou em
alternância com outros combustíveis, processo este denominado co-incineração.
4/6
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
6/6
CAPÍTULO LER 15
Resíduo: Embalagens de Papel e Cartão (LER 15 01 01)
Resíduo: Embalagens de Plástico (LER 15 01 02)
8
Resíduo: Embalagens de Madeira (LER 15 01 03)
Resíduo: Embalagens de Vidro (LER 15 01 07)
Resíduo: Embalagens contendo ou contaminadas por Resíduos de Substâncias Perigosas (LER 15 01 10 *)
Resíduo: Absorventes, Materiais Filtrantes, Panos de Limpeza e Vestuário de Protecção,
contaminados por Substâncias Perigosas (LER 15 02 02 *)
Resíduo: Embalagens de Papel e Cartão
LER
O código do resíduo Embalagens de Papel e Cartão, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
15 01 01 - Embalagens de Papel e Cartão.
As embalagens de papel e cartão produzem impactes ambientais negativos, se forem indevidamente depositadas
em linhas de água, impedindo a circulação habitual da água, bem como se forem depositadas de forma não
controlada no solo.
Os resíduos de embalagens de papel e cartão não têm efeitos negativos na saúde pública.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Todos os intervenientes no ciclo de vida de embalagens de "papel e cartão", desde a sua concepção e utilização
até ao manuseamento dos respectivos resíduos, deverão contribuir, na medida do seu grau de intervenção e
responsabilidade, para o correcto funcionamento dos sistemas de gestão criados a nível nacional para o fluxo
das embalagens e resíduos de embalagens, adoptando as práticas de Ecodesign e de consumo
sustentável mais adequadas face às disposições legais e às normas técnicas em vigor (Decreto-Lei
n.º366-A/97, de 20 de Dezembro alterado pelo Decreto-Lei nº 92/2006, de 25 de Maio).
Os embaladores e/ou os responsáveis pela colocação de embalagens no mercado nacional, bem como os
produtores de embalagens, devem assegurar o preenchimento dos requisitos essenciais de fabrico e
composição das embalagens previstos na regulamentação adoptada, nomeadamente no Decreto-Lei
n.º407/98, de 21 de Dezembro, em conformidade com as normas comunitárias harmonizadas, em especial com
a NP EN 13428:2005, ‘Embalagem -Requisitos específicos para o fabrico e composição - Prevenção por
redução na fonte’, e a EN 13429:2004, ‘Packaging-Reuse’ (Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro
alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio).
Especificamente na indústria do papel e cartão, análise da aplicação de tecnologias, modificações ao
processo ou equipamentos que permitam reduzir os desperdícios e produtos não conformes.
Nos vários sectores industriais:
promover a reutilização de embalagens de papel e cartão sempre que possível.
elaborar um contrato com fornecedores por forma a estes aceitarem as embalagens vazias para
reutilização, deixando estas de constituir um resíduo para a empresa.
separar as embalagens de papel e cartão, conforme a perigosidade dos produtos que contiveram.
armazenar as embalagens de papel e cartão, em locais cobertos de forma a garantir que a embalagem
não se deteriore, por acção da chuva ou sujidade.
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/7
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Figura 1- Contentores em chapa de aço para embalagens de Figura 2- Contentor compactador para embalagens de papel e
papel e cartão cartão
Pelo seu valor de mercado, as embalagens de papel e cartão, são um resíduo valorizável, isto é, os
operadores de gestão de resíduos pagam às empresas pela sua recolha e frequentemente disponibilizam ou
alugam os contentores para a armazenagem temporária na empresa.
Se a empresa estiver localizada numa zona abrangida pelo circuito de recolha camarária, se as embalagens
não estiveram contaminadas com substâncias perigosas e se o volume não exceder os 1100 l diários, poderá
solicitar-se um ecoponto à respectiva Câmara Municipal para colocação na via pública adjacente à unidade
industrial.
Para os resíduos de embalagens de papel e cartão que contenham substâncias perigosas deve ser
considerada a aquisição de contentores estanques, devidamente impermeáveis e deverão ser colocados ao
abrigo da chuva e do sol no parque de resíduos.
TRANSPORTE
Melhor
Solução PREVENÇÃO E REDUÇÃO
OUTROS TIPO DE R1: Utilização principal como combustível ou outro meio de produção de
VALORIZAÇÃO energia.
4/7
Reciclagem
O processo industrial de reciclagem de papel é semelhante ao fabrico de papel virgem, tendo o primeiro
muito menos impactes ambientais. As maiores vantagens da reciclagem de papel são a diminuição de
resíduos sólidos e a economia de recursos naturais. A reciclagem permite libertar espaço nos aterros para
outros materiais e produtos não recicláveis.
A reciclagem do papel é conseguida através do aproveitamento das fibras de celulose existentes nos papéis
usados. O papel pode ser fabricado exclusivamente com fibras secundárias (papel 100% reciclado) ou ter a
incorporação de pasta para papel. As fibras podem ser recicladas apenas cinco a sete vezes, pelo que a
obtenção de papel reciclado por vezes implica adicionar alguma quantidade de pasta de papel virgem para
substituir fibras degradadas.
Para que a reciclagem seja bem sucedida, não devem colocar-se no “ecoponto do papel e cartão” outros
materiais ou objectos, tais como: papel e cartão impregnado com óleos, emulsões oleosas ou outras
substâncias contaminantes, metais, plásticos, entre outros.
Os embaladores e/ou os responsáveis pela colocação de produtos no mercado nacional, que aderirem à
Sociedade Ponto Verde (SPV), asseguram a retoma e encaminhamento para reciclagem de resíduos de
embalagens de papel e cartão.
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação
e as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
6/7
Decreto – Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, alterado pelo Decreto – Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho
Estabelece os princípios e as normas aplicáveis à gestão de embalagens e resíduos de embalagens
Responsabilidade pela Os operadores económicos são co-responsáveis pela gestão das embalagens e resíduos de
gestão das embalagem.
embalagens e
resíduos de
embalagens Os embaladores e importadores de produtos embalados são responsáveis pela prestação de
(Art 4º) contrapartidas financeiras destinadas a suportar os acréscimos de custos com a recolha
selectiva e triagem de resíduos.
Os embaladores e responsáveis por colocação de produtos no mercado nacional devem remeter ao Instituto dos
Resíduos até 31 de Março do ano imediato àquele a que se reportam os dados, os dados estatísticos relativos às suas
actividades – Modelo n.º 1585 INCM.
Caso os resíduos embalagens de papel e cartão satisfaçam as condições de fim do estatuto de resíduo, não
se aplicam as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
LER
O código do resíduo Embalagens de Plástico, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
15 01 02 - Embalagens de Plástico.
Uma vez que a maioria dos plásticos não são biodegradáveis, as embalagens de plástico produzem impactes
ambientais negativos, se forem indevidamente depositadas em linhas de água, impedindo a circulação habitual da
água, bem como, se forem depositadas de forma não controlada no solo.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Todos os intervenientes no ciclo de vida de embalagens de "plástico", desde a sua concepção e utilização até
ao manuseamento dos respectivos resíduos, deverão contribuir, na medida do seu grau de intervenção e
responsabilidade, para o coreto funcionamento dos sistemas de gestão criados a nível nacional para o fluxo das
embalagens e resíduos de embalagens, adoptando as práticas de Ecodesign e de consumo sustentável
mais adequadas face às disposições legais e às normas técnicas em vigor (Decreto-Lei. n.º 366-A/97, de
20 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio).
Os embaladores e/ou os responsáveis pela colocação de embalagens no mercado nacional, bem como os
produtores de embalagens, devem assegurar o preenchimento dos requisitos essenciais de fabrico e
composição das embalagens previstos na regulamentação adoptada, nomeadamente no Decreto-Lei
n.º407/98, de 21 de Dezembro, em conformidade com as normas comunitárias harmonizadas, em especial com
a NP EN 13428:2005, ‘Embalagem -Requisitos específicos para o fabrico e composição - Prevenção por
redução na fonte’, e a EN 13429:2004, ‘Packaging-Reuse’ (Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio).
Especificamente na indústria do plástico, análise da aplicação de tecnologias, modificações ao processo ou
equipamentos que permitam reduzir os desperdícios e produtos não conforme.
Nos vários sectores industriais:
promover a reutilização de embalagens de plástico sempre que possível.
elaborar um contrato com fornecedores por forma a estes aceitarem as embalagens vazias para
reutilização, deixando estas de constituir um resíduo para a empresa.
separar as embalagens de plástico, conforme a perigosidade dos produtos que contiveram.
armazenar as embalagens de plástico, em locais cobertos de forma a garantir que a embalagem não se
deteriore, por acção da chuva e sujidade.
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/7
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Figura 1- Contentores em chapa de aço para embalagens de Figura 2- Contentor compactador para embalagens de plástico
plástico
Pelo seu valor de mercado, as embalagens de plástico são um resíduo valorizável, isto é, os operadores de
gestão de resíduos pagam às empresas pela sua recolha e frequentemente disponibilizam ou alugam os
contentores para a armazenagem temporária na empresa.
Se a empresa estiver localizada numa zona abrangida pelo circuito de recolha camarária, se as embalagens não
estiveram contaminadas com substâncias perigosas e se o volume não exceder os 1100 l diários, poderá solicitar-
se um ecoponto à respectiva Câmara Municipal para colocação na via pública adjacente à unidade industrial.
Para os resíduos de embalagens de plástico que contenham substâncias perigosas deve ser considerada a
aquisição de contentores estanques, devidamente impermeáveis e deverão ser colocados ao abrigo da chuva e
do sol no parque de resíduos, sendo identificadas como "embalagens contendo ou contaminadas por resíduos de
substâncias perigosas", com o código LER 15 01 10*.
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de embalagens de plástico
Nos contentores de resíduos de embalagens de plástico para reciclagem não deverão colocar-se embalagens
de plástico contaminadas com óleos, emulsões de óleos ou outras substâncias contaminantes.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
OUTROS TIPO DE
R1: Utilização principal como combustível ou outro meio de produção de
VALORIZAÇÃO energia.
Pior Solução
4/7
Reutilização, Reciclagem ou Valorização Energética
A embalagem de plástico pode ser reutilizada, reciclada ou valorizada energeticamente.
A reutilização de embalagens de detergentes, por exemplo, - por meio de recargas - estende a vida útil das
embalagens e reduz a quantidade de matéria plástica necessária de 70% (detergentes líquidos) a 90%
(detergentes em granulado).
A reciclagem de embalagens dá origem a novos produtos de plástico de elevada qualidade e a valorização
dos restantes resíduos plásticos é uma importante fonte energética.
Os benefícios ambientais da valorização dos resíduos são evidentes, pois a reciclagem de 1 tonelada de
resíduos de plástico permite poupar a emissão de 1,3 toneladas de CO2 equivalente e em termos energéticos,
a reciclagem de plástico exige cerca de 10% da energia utilizada no processo primário de produção.
Para que a reciclagem seja bem sucedida, não devem colocar-se no “ecoponto de embalagens de plástico”
outros materiais ou objectos, tais como: plástico impregnado com óleos, emulsões oleosas ou outras
substâncias contaminantes.
Os embaladores e/ou os responsáveis pela colocação de produtos no mercado nacional, que aderirem à
Sociedade Ponto Verde (SPV), asseguram a retoma e encaminhamento para reciclagem de resíduos de
embalagens de plástico.
Eliminação
A maioria dos plásticos não são biodegradáveis, resistindo à decomposição por acção dos micro-organismos
durante bastante tempo mas uma grande parte deles, são fotodegradáveis, isto é, decompõem-se por acção
da luz.
Estas características desaconselham que os resíduos de plásticos não biodegradáveis, sejam depositados em
aterro sanitário, já que se manterão inalteráveis ao longo do tempo por falta de luz suficientemente para a
fotodegrabilidade. A sua deposição em aterros não é, portanto, o melhor destino final para estes resíduos.
Por outro lado a incineração dos plásticos também não é um destino adequado, pois a queima de alguns
plásticos, particularmente os halogenados (PVC) liberta gases tóxicos.
Assim, por razões ambientais e económicas o destino final dos resíduos de plástico deve ser a sua deposição
numa unidade de valorização e tratamento de plásticos de forma a que possam ser valorizados, quer por
reciclagem, quer por recuperação energética.
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos termos
das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e as
normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
6/7
Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
Taxas de registo uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
Decreto – Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, alterado pelo Decreto – Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho
Estabelece os princípios e as normas aplicáveis à gestão de embalagens e resíduos de embalagens
Responsabilidade pela Os operadores económicos são co-responsáveis pela gestão das embalagens e resíduos de
gestão das embalagem.
embalagens e
resíduos de Os embaladores e importadores de produtos embalados são responsáveis pela prestação de
embalagens contrapartidas financeiras destinadas a suportar os acréscimos de custos com a recolha
(Art 4º) selectiva e triagem de resíduos.
Os embaladores e responsáveis por colocação de produtos no mercado nacional devem remeter ao Instituto
dos Resíduos até 31 de Março do ano imediato àquele a que se reportam os dados, os dados estatísticos
relativos às suas actividades – Modelo n.º 1585 INCM.
Caso os resíduos embalagens de plástico satisfaçam as condições de fim do estatuto de resíduo, não se
aplicam as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
.
LER
O código do resíduo Embalagens de Madeira, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
15 01 03 - Embalagens de Madeira
Os resíduos de madeira não tratada não são considerados perigosos para o meio ambiente devido às suas
características naturais e não perigosas. No entanto, se estes resíduos não forem eliminados de forma adequada,
podem danificar o solo, provocando a proliferação de pragas e doenças em florestas, evitando a regeneração
natural e o maior problema, o perigo de incêndio. A maioria dos impactes ambientais advém dos resíduos de
descasque da madeira, de aparas ou serraduras provenientes das operações de processamento.
Os resíduos resultantes de madeira tratada contêm vulgarmente substâncias perigosas e devem ser tratados como
resíduos perigosos. Muitos tratamentos de madeira são realizados com a aplicação de produtos químicos de
preservação classificados como tóxicos. Estes compostos incluem por exemplo, formaldeídos, resinas fenólicas e de
ureia que são consideradas substâncias perigosas. O tratamento da madeira pode incluir também por exemplo a
adição de clorofenóis, heptacloro e cloronaftalenos. Existem ainda outros tratamentos de superfície que envolvem a
aplicação de óleos à base de petróleo, tintas, velaturas e vernizes. Caso os resíduos de madeira tratada ou
aglomerados de madeira, contendo substâncias perigosas, não sejam geridos adequadamente, estes compostos
podem causar sérios danos ao ecossistema. O armazenamento deste tipo de resíduos perigosos, não protegido das
intempéries ou a deposição em aterro não controlado pode produzir lixiviados muito tóxicos, contaminando águas
subterrâneas e superficiais.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Todos os intervenientes no ciclo de vida de embalagens de "madeira", desde a sua concepção e utilização
até ao manuseamento dos respectivos resíduos, deverão contribuir, na medida do seu grau de intervenção e
responsabilidade, para o correcto funcionamento dos sistemas de gestão criados a nível nacional para o fluxo
das embalagens e resíduos de embalagens, adoptando as práticas de Ecodesign e de consumo
sustentável mais adequadas face às disposições legais e às normas técnicas em vigor (Decreto-Lei n.º 366-
A/97, de 20 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio).
Os embaladores e ou os responsáveis pela colocação de embalagens no mercado nacional, bem como os
produtores de embalagens, devem assegurar o preenchimento dos requisitos essenciais de fabrico e
composição das embalagens previstos na regulamentação adoptada, nomeadamente no Decreto-Lei
n.º407/98, de 21 de Dezembro, em conformidade com as normas comunitárias harmonizadas, em especial com
a NP EN 13428:2005, ‘Embalagem -Requisitos específicos para o fabrico e composição - Prevenção por
redução na fonte’, e a EN 13429:2004, ‘Packaging-Reuse’ (Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio).
Especificamente na indústria da madeira, análise da aplicação de tecnologias, modificações ao processo
ou equipamentos que permitam reduzir os desperdícios e produtos não conforme.
Nos vários sectores industriais:
promover a reutilização de paletes, bobines e outros tipos de embalagens de madeira.
elaborar um contrato com fornecedores por forma a estes aceitarem as embalagens vazias para
reutilização, deixando estas de constituir um resíduo para a empresa.
separar as embalagens de madeira, conforme a perigosidade dos produtos que contiveram.
armazenar as embalagens de madeira, em locais cobertos de forma a garantir que a embalagem não se
deteriore, por acção da chuva ou sujidade.
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/8
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Figura 1- Contentor em chapa de aço para embalagens Figura 2- Resíduos de paletes armazenados em zona
de madeira delimitada no solo
Pelo seu valor de mercado, as embalagens de madeira, são um resíduo valorizável, isto é, os
operadores de gestão de resíduos pagam às empresas pela sua recolha e frequentemente disponibilizam
ou alugam os contentores para a armazenagem temporária na empresa.
Para os resíduos de embalagens de madeira que contenham substâncias perigosas deve ser considerada
a aquisição de contentores estanques, devidamente impermeáveis e deverão ser colocados ao abrigo da
chuva e do sol no parque de resíduos.
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem; desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente identificados)
nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a
correcta separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria
n.º209/2004, de 3 de Março).
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de embalagens de madeira
Nos contentores de resíduos de embalagens de madeira para reciclagem não deverá colocar-se por
exemplo: embalagens de madeira impregnada com óleos, emulsões oleosas ou contaminadas com
substâncias perigosas, nem madeira podre. Caso se verifique uma separação ineficiente do resíduo
poderá optar-se pelo seguinte rótulo:
Figura 4- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de embalagens de madeira com indicação para não
misturar embalagens de madeira impregnadas com óleos ou outros contaminantes, ou madeira podre.
TRANSPORTE
4/8
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
Melhor
Solução PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Reciclagem
Compostagem
Valorização Energética
Se as alternativas acima descritas não forem possíveis de colocar em prática, pode recorrer-se à valorização
energética.
Nas próprias unidades industriais de transformação de madeira é vulgar a valorização energética nas
caldeiras a biomassa existentes e que fornecem energia térmica nomeadamente para:
Secagem de madeira / tratamentos por choque térmico em estufa;
“Cozimento” de toros para por imersão ou vapor em estufa;
Aquecimento da linha de pintura e envernizamento (principalmente no inverno);
Aquecimento do ar ambiente da nave industrial.
Os bioresíduos podem também ser enviados para valorização energética em outras empresas como
indústrias cerâmicas e centrais de biomassa.
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e
as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
6/8
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Decreto – Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, alterado pelo Decreto – Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho
Estabelece os princípios e as normas aplicáveis à gestão de embalagens e resíduos de embalagens
Responsabilidade Os operadores económicos são co-responsáveis pela gestão das embalagens e resíduos de
pela gestão das embalagem.
embalagens e
resíduos de
embalagens Os embaladores e importadores de produtos embalados são responsáveis pela prestação de
(Art. 4º) contrapartidas financeiras destinadas a suportar os acréscimos de custos com a recolha
selectiva e triagem de resíduos.
Os embaladores e responsáveis por colocação de produtos no mercado nacional devem remeter ao Instituto dos
Resíduos até 31 de Março do ano imediato àquele a que se reportam os dados, os dados estatísticos relativos às suas
actividades – Modelo n.º 1585 INCM.
Caso os resíduos embalagens de madeira satisfaçam as condições de fim do estatuto de resíduo, não se
aplicam as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
.
8/8
Resíduo: Embalagens de Vidro
LER
O código do resíduo Embalagens de Vidro, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
15 01 07 - Embalagens de Vidro
Ao longo de sua história, o vidro tem provado ser uma das embalagens mais amigas do meio ambiente. Não apenas
por causa de ser 100% reciclável, mas também por ser reciclável várias vezes.
O vidro tem a particularidade de ser inerte e mais importante ainda é que 100% da sua composição é mineral, o que
dá a possibilidade de ser altamente resistente ao meio ambiente. Se exposto às forças de erosão, o vidro é
quebrado em pequenos pedaços de sílica e areia, um dos elementos mais comuns na Terra.
Relativamente aos impactes na saúde pública, o vidro em si não liberta substâncias tóxicas que possam afectar o
organismo humano. Os únicos riscos que podem surgir como resultado da má deposição deste tipo de resíduos, são
eventuais cortes provocados por cacos de vidro.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Todos os intervenientes no ciclo de vida de embalagens de "embalagens de vidro", desde a sua concepção e
utilização até ao manuseamento dos respectivos resíduos, deverão contribuir, na medida do seu grau de
intervenção e responsabilidade, para o correcto funcionamento dos sistemas de gestão criados a nível nacional
para o fluxo das embalagens e resíduos de embalagens, adoptando as práticas de Ecodesign e de consumo
sustentável mais adequadas face às disposições legais e às normas técnicas em vigor (Decreto-Lei.
n.º366-A/97, de 20 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio).
Os embaladores e ou os responsáveis pela colocação de embalagens no mercado nacional, bem como os
produtores de embalagens, devem assegurar o preenchimento dos requisitos essenciais de fabrico e
composição das embalagens previstos na regulamentação adoptada, nomeadamente no Decreto-Lei
n.º407/98, de 21 de Dezembro, em conformidade com as normas comunitárias harmonizadas, em especial com
a NP EN 13428:2005, ‘Embalagem - Requisitos específicos para o fabrico e composição - Prevenção por
redução na fonte’, e a EN 13429:2004, ‘Packaging-Reuse’ (Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio).
Especificamente na indústria vidreira:
- análise da aplicação de "tecnologias do vidro leve" para redução da quantidade de matéria-prima
necessária para fabricar produtos. Estes processos consistem por exemplo, em reduzir a espessura das
paredes de uma embalagem de vidro, melhorando o seu “design” de forma a que a garrafa tenha a mesma
resistência com menos consumo de matéria-prima e de energia. Estas tecnologias traduzem-se em
poupança de matéria-prima e de combustíveis para os fornos de fusão.
- redução de desperdícios (vidro partido) através da implementação de sistemas de transporte
automatizados.
2/8
Existem também medidas de carácter geral, que poderão ser aplicadas em todas as indústrias onde existem
este tipo de embalagens, tais como:
Elaborar, implementar e comunicar instruções/procedimentos a todos os trabalhadores com regras de
prevenção deste tipo de resíduo;
Sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de resíduos.
Figura 4- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de embalagens de vidro
Nos contentores de resíduos de embalagens de vidro para reciclagem não deverá colocar-se por exemplo:
louças, lâmpadas, vidros de janelas ou espelhos.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Para ser reutilizável a embalagem tem de ser transformada vazia e lavada
antes de nova utilização.
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
OUTROS TIPO DE
R13: Acumulação de resíduos para serem submetidos a uma das operações
VALORIZAÇÃO referidas anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário,
antes da recolha, no local onde esta e efectuada.
4/8
Reciclagem
O vidro é um material facilmente reciclado e pode, dependendo das circunstâncias, ser infinitamente
reciclado. O uso de vidro reciclado em novos recipientes e cerâmicas possibilita a conservação de materiais, a
redução do consumo de energia e reduz o volume de lixo que é enviado para aterros sanitários.
Todas as embalagens de vidro são recicláveis, quer se tratem de garrafas reutilizáveis que já fizeram
várias viagens, quer se trate de garrafas sem retorno. Todas as empresas fabricantes de vidro de embalagem
que operam em Portugal realizam recolha de casco e aproveitam garrafas rejeitadas internamente. A
partir de uma tonelada de casco, pode produzir-se uma tonelada de vidro novo. Trata-se de um rendimento de
100 %, logo uma situação extremamente favorável à indústria do vidro de embalagem. Para obter a mesma
quantidade de vidro a partir de matéria-prima seria necessário 1,2 toneladas da mesma. Por cada 10 % de
casco adicional que é introduzido num forno, obtém-se 2,5 a 3 % de poupança no consumo de energia. Caso
fosse possível obter casco em qualidade e quantidade suficiente, para ser 100 % o valor de incorporação
deste num forno, então a poupança seria de 25 a 30 %. É de salientar que as fábricas de vidro de embalagem
existentes em Portugal (algumas delas bastante antigas) possuem de um modo geral a melhor tecnologia
disponível internacionalmente, pois caso contrário não teriam capacidade competitiva.
Para que a reciclagem seja bem sucedida, não devem colocar-se no “vidrão” outros materiais ou objectos, tais
como metais, plásticos, pedras, louças, lâmpadas, vidros de janelas ou espelhos, restos de comida, papéis,
etc. A Sociedade Ponto Verde (SPV) assegura a retoma e encaminhamento para reciclagem de resíduos de
embalagens de vidro.
Os resíduos de vidro plano e espelho são também resíduos com grande potencialidade de reciclagem.
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e
as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
6/8
Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo
Electrónico de Resíduos (SIRER):
Obrigatoriedade de
a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que
inscrição e de registo
empreguem mais de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º)
b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas
a registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Informação objecto de c) Identificação das operações efectuadas;
registo d) Identificação dos transportadores.
(Art. 49º) Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo
menos, a seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados
Manutenção dos
nos termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades
(Art. 49º- A)
competentes, sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade
Prazo de inscrição e de
ou do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados
(Art. 49º- B)
no mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
Taxas de registo uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento
disciplinados pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
Decreto – Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, alterado pelo Decreto – Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho
Estabelece os princípios e as normas aplicáveis à gestão de embalagens e resíduos de embalagens
Responsabilidade pela Os operadores económicos são co-responsáveis pela gestão das embalagens e resíduos
gestão das embalagens de embalagem.
e resíduos de
embalagens Os embaladores e importadores de produtos embalados são responsáveis pela prestação
de contrapartidas financeiras destinadas a suportar os acréscimos de custos com a recolha
(Art 4º) selectiva e triagem de resíduos.
Os embaladores e responsáveis por colocação de produtos no mercado nacional devem remeter ao Instituto dos
Resíduos até 31 de Março do ano imediato àquele a que se reportam os dados, os dados estatísticos relativos às suas
actividades – Modelo n.º 1585 INCM.
Caso os resíduos de sucata de vidro satisfaçam as condições de fim do estatuto de resíduo, não se aplicam
as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
.
8/8
Resíduo: Embalagens contendo ou contaminadas por Resíduos de
Substâncias Perigosas
LER
Deve(m) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo.
Deve(m) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo.
Capítulo LER 15 - Embalagens contendo ou contaminadas por Resíduos de Substâncias Perigosas . 1/7
Fichas Técnicas de Resíduos
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Todos os intervenientes no ciclo de vida de embalagens, desde a sua concepção e utilização até ao
manuseamento dos respectivos resíduos, deverão contribuir, na medida do seu grau de intervenção e
responsabilidade, para o correcto funcionamento dos sistemas de gestão criados a nível nacional para o fluxo
das embalagens e resíduos de embalagens, adoptando as práticas de Ecodesign e de consumo
sustentável mais adequadas face às disposições legais e às normas técnicas em vigor (Decreto-Lei n.º 366-
A/97, de 20 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio).
Os embaladores e ou os responsáveis pela colocação de embalagens no mercado nacional, bem como os
produtores de embalagens, devem assegurar o preenchimento dos requisitos essenciais de fabrico e
composição das embalagens previstos na regulamentação adoptada, nomeadamente no Decreto-Lei
n.º407/98, de 21 de Dezembro, em conformidade com as normas comunitárias harmonizadas, em especial com
a NP EN 13428:2005, ‘Embalagem -Requisitos específicos para o fabrico e composição - Prevenção por
redução na fonte’, e a EN 13429:2004, ‘Packaging-Reuse’. (Decreto-Lei. n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio).
Nos vários sectores industriais:
promover a reutilização deste tipo de embalagens, por exemplo através da elaboração de um contrato
com fornecedores por forma a estes aceitarem as embalagens vazias para reutilização, deixando estas
de constituir um resíduo para a empresa.
separar as embalagens contaminadas, conforme a perigosidade dos produtos que contiveram.
promover e divulgar regras de segurança no armazenamento de embalagens contendo substâncias
perigosas, para minimizar danos neste tipo de embalagens e a ocorrência de derrames.
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com regras
de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/7
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Dependendo da quantidade a armazenar poderá optar-se por acondicionar os resíduos directamente no solo
em zona delimitada ou em contentor;
Por se tratarem de resíduos contaminados com substâncias perigosas, o acondicionamento deve ser
efectuado em solo impermeável, ou dotado de bacia de retenção. Caso o acondicionamento seja efectuado
em contentores estes devem ser estanques. Em ambos os casos este tipo de resíduos deve ser armazenado
ao abrigo da exposição do sol, calor ou chuva.
Parque de Resíduos
Perigosos
Capítulo LER 15 - Embalagens contendo ou contaminadas por Resíduos de Substâncias Perigosas . 3/7
Fichas Técnicas de Resíduos
Os resíduos de embalagens contendo ou contaminadas por resíduos de substâncias perigosas, devem ser
armazenados respeitando as indicações constantes na ficha de dados de segurança dos
produtos nelas contidos ou que deram origem à contaminação.
Deve estar disponível uma lista de compostos compatíveis e incompatíveis, devendo ser respeitadas as
incompatibilidades de armazenamento deste tipo de resíduos.
Se as embalagens estiverem contaminadas, ou contiverem substâncias inflamáveis devem estar
armazenadas longe das fontes de ignição.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 2 - Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de embalagens contendo ou contaminadas por
resíduos de substâncias perigosas.
TRANSPORTE
4/7
OPÇÕES DE GESTÃO DO RESÍDUO
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Para ser reutilizável a embalagem tem de ser transformada vazia e lavada antes
de nova utilização.
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
OUTROS TIPO DE
R1: Utilização principal como combustível ou outro meio de produção de energia.
VALORIZAÇÃO
R13: Acumulação de resíduos para serem submetidos a uma das operações
referidas anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário, antes
da recolha, no local onde esta é efectuada.
D9 : Tratamento físico-químico.
ELIMINAÇÃO
D15: Armazenamento antes de uma das operações referidas anteriormente, com
a exclusão do armazenamento temporário, antes da recolha, no local onde esta
é efectuada.
Pior Solução
Reutilização e Reciclagem
Actualmente os Centros Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER) estão aptos à
valorização de embalagens contaminadas através da preparação para reutilização ou por reciclagem do material.
Para o efeito, dispõem de linhas de lavagem, trituração de embalagens, entre outros processos, que permitem a
obtenção de embalagens prontas para serem reutilizadas ou para reciclagem.
Capítulo LER 15 - Embalagens contendo ou contaminadas por Resíduos de Substâncias Perigosas . 5/7
Fichas Técnicas de Resíduos
Decreto – Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, alterado pelo Decreto – Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho
Estabelece os princípios e as normas aplicáveis à gestão de embalagens e resíduos de embalagens
Responsabilidade Os operadores económicos são co-responsáveis pela gestão das embalagens e resíduos de
pela gestão das embalagem.
embalagens e
resíduos de
embalagens Os embaladores e importadores de produtos embalados são responsáveis pela prestação de
(Art. 4º) contrapartidas financeiras destinadas a suportar os acréscimos de custos com a recolha
selectiva e triagem de resíduos.
6/7
Portaria n.º 29-B/98, de 15 de Janeiro
Estabelece as regras de funcionamento dos sistemas de consignação aplicáveis às embalagens
reutilizáveis e às não reutilizáveis, bem como as do sistema integrado aplicável apenas às embalagens
não reutilizáveis
Embalagens
reutilizáveis Os embaladores e ou os responsáveis pela colocação de produtos no mercado nacional que
empreguem embalagens reutilizáveis para acondicionar os seus produtos devem estabelecer
Sistemas de
um sistema de consignação que permita recuperar e reutilizar as suas embalagens depois de
consignação
usadas pelos consumidores.
(Art. 2º)
Embalagens não
reutilizáveis
Os embaladores e responsáveis pela colocação no mercado nacional de produtos embalados
Sistemas de gestão: são responsáveis pela gestão e destino final dos seus resíduos de embalagem, podendo
integrado e de transferir essa responsabilidade para entidade gestora do sistema integrado – Sociedade Ponto
consignação Verde – ou desenvolvendo um sistema de consignação para gestão de embalagens.
(Art. 6º)
Os embaladores e responsáveis por colocação de produtos no mercado nacional devem remeter ao Instituto dos
Resíduos até 31 de Março do ano imediato àquele a que se reportam os dados, os dados estatísticos relativos às suas
actividades – Modelo n.º 1585 INCM.
Capítulo LER 15 - Embalagens contendo ou contaminadas por Resíduos de Substâncias Perigosas . 7/7
Resíduo: Absorventes, Materiais Filtrantes, Panos de Limpeza e Vestuário de
Protecção, contaminados por Substâncias Perigosas
LER
Deve(m) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo.
Deve(m) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo.
Capítulo LER 15 - Absorventes, Materiais Filtrantes, Panos de Limpeza e Vestuário de Protecção, contaminados por
Substâncias Perigosas 1/5
Fichas Técnicas de Resíduos
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos deverão ser implementadas acções tais como:
manutenção preventiva e curativa das máquinas e equipamentos de forma a evitar fugas e derrames
de óleos, emulsões oleosas, ou outras substâncias perigosas.
utilização de bacias de retenção em zonas/máquinas/equipamentos que possam originar derrames;
aquisição e utilização de kit de contenção de derrames.
-elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/5
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Para o acondicionamento dos resíduos de absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza e vestuário
de protecção, contaminados por substâncias perigosas, devem adoptar-se ecopontos para recolha nos
locais de produção, sendo que esses ecopontos deverão ser descarregados posteriormente em
contentores/locais apropriados no parque de resíduos da empresa para a sua armazenagem temporária, até
recolha por operador licenciado para o efeito.
Figura 1- Contentor em chapa de aço apropriado para Figura 2- Contentor em chapa de aço, com sistema basculante
resíduos de absorventes, materiais filtrantes, panos de apropriado para resíduos de absorventes, materiais filtrantes,
limpeza e vestuário de protecção, contaminados por panos de limpeza e vestuário de protecção, contaminados por
substâncias perigosas. substâncias perigosas.
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem; desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente identificados) nos
locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a correcta
separação dos resíduos.
Por se tratarem de resíduos contaminados com substâncias perigosas, o acondicionamento deve ser
efectuado em contentores estanques, e armazenados ao abrigo da exposição do sol, calor ou chuva.
Se estes resíduos estiverem contaminados com substâncias corrosivas deve ser dada especial atenção à
resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos contentores.
Os resíduos de absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza e vestuário de proteção, contaminados por
substâncias perigosas, devem ser armazenados respeitando as indicações constantes na ficha de dados
de segurança do produto que os contaminou.
Deve estar disponível uma lista de compostos compatíveis e incompatíveis, devendo ser respeitadas as
incompatibilidades de armazenamento deste tipo de resíduos.
Se os resíduos de absorventes estiverem contaminados com substâncias inflamáveis, devem estar
armazenados longe das fontes de ignição.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza
e vestuário de protecção, contaminados por substâncias perigosas.
Capítulo LER 15 - Absorventes, Materiais Filtrantes, Panos de Limpeza e Vestuário de Protecção, contaminados por
Substâncias Perigosas 3/5
Fichas Técnicas de Resíduos
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
Não Aplicável
RECICLAGEM
Valorização energética
Os resíduos de absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza e vestuário de proteção, contaminados por
substâncias perigosas poderão tornar-se Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR). Consideram-se CDR, todos
os resíduos de elevado poder calorífico que, por não serem passíveis de valorização material, acabariam por ser
encaminhados para aterro sanitário. Contudo, após processamento, e de acordo com critérios, regulamentos e
especificações, são convertidos em combustível secundário utilizado em instalações, na produção de energia para o
processo produtivo.
Geralmente os CDR não constituem combustíveis principais da instalação, são incinerados em simultâneo ou em
alternância com outros combustíveis, processo este denominado co-incineração.
4/5
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Capítulo LER 15 - Absorventes, Materiais Filtrantes, Panos de Limpeza e Vestuário de Protecção, contaminados por
Substâncias Perigosas 5/5
CAPÍTULO LER 16
Resíduo: Pneus Usados (LER 16 01 03)
Resíduo: Veículos em Fim de Vida (LER 16 01 04 *)
Resíduo: Transformadores e Condensadores contendo PCB (LER 16 02 09 *)
Resíduo: Equipamentos fora de uso contendo Fluidos de Refrigeração (LER 16 02 11 *)
Resíduo: Toners e Tinteiros (LER 16 02 16)
9
Resíduo: Pneus Usados
LER
O código do resíduo Pneus Usados, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 16 01 03 – Pneus
Usados.
Os pneus usados quando depositados de forma não controlada directamente no solo, ou na água promovem a sua
contaminação. Por outro lado, os pneus oferecem grande risco de incêndio, pois queimam com muita facilidade,
produzindo gases altamente poluidores pela diversidade de compostos que são libertados na combustão, podendo
ainda causar contaminação da água, pois ao serem queimados, os pneus libertam um material oleoso, derivado de
petróleo, que derramado nas linhas de água superficiais ou subterrâneos, tornam-na imprópria para o consumo.
Os resíduos de pneus usados, desde que não estejam contaminados com substâncias perigosas, não têm efeitos
negativos na saúde pública.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Na fase de concepção dos pneus devem ser investigados aspectos, tais como:
Processo de concepção e desenho do pneu garantindo cada vez mais a sua recauchutabilidade;
Utilização de componentes com um menor impacto ambiental, tanto durante o fabrico, como em fim de vida
útil;
Aumento da vida útil dos pneus, através de novos compostos de piso, reforço de cintas, contorno evitando
deformações, reforço do aço do talão, vedação contra penetrações, entre outros, o que se traduz em
economia e diminuição de pneus a tratar em final de vida;
Na fase de fabricação do pneu, as medidas de prevenção mais relevantes para minimizar os resíduos de pneus
prendem-se com o seguimento de processos de qualidade e de sistemas de gestão ambiental, que permitem
minimizar o produto não conforme (rejeitado) e reduzir desperdícios no processo de fabrico.
Existem ainda outras formas de reutilização dos pneus nomeadamente através da:
utilização em trabalhos de construção civil e obras públicas;
utilização como protecção de embarcações, molhes marítimos ou fluviais;
revestimento dos suportes dos separadores de vias de circulação automóvel.
2/7
GESTÃO AMBIENTAL DO RESÍDUO NA EMPRESA
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 2- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de pneus usados
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
4/7
Preparação para a reutilização
A reconstrução do pneu passa por processos de reesculturação e de recauchutagem a frio e a quente, permitindo
prolongar a sua vida útil.
A reesculturação consiste na abertura do piso do pneu quando este já se encontra com desgaste.
A recauchutagem é o processo através do qual ocorre o reacondicionamento de um pneu usado, por aplicação de
um novo piso ou por aplicação de um novo piso e novas paredes laterais.
O processo de recauchutagem contribui claramente para a redução dos consumos de recursos naturais (petróleo e
seus derivados, borracha natural, etc.) economizando cerca de 2/3 das matérias primas e energia indispensáveis
para a produção de um pneu novo. Igualmente, reduz o volume de resíduos produzidos e oferece condições de
segurança idênticas a um pneu novo, respeitando critérios de homologação similares.
Os utilizadores de pneus pesados recorrem à recauchutagem, como método de redução de custos, servindo-se da
recauchutabilidade das carcaças novas, até ao seu limite.
A recauchutagem é em Portugal um destino privilegiado para os pneus usados. Seguem esta via 27% dos pneus
usados gerados anualmente, taxa que corresponde a mais do dobro da média europeia.
Quanto ao fim do estatuto de resíduo, a Comissão Europeia delegou a Joint Research Centre – The Institute for
Prospective Technological Studies (JRC/IPTS) de definir critérios específicos para o estabelecimento do fim do
estatuto de resíduo, pelo menos para agregados, papel, vidro, metal, pneus e têxteis
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao
produtor inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte,
ao produtor do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse
produto se tal decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos
Princípio da municípios.
responsabilidade pela O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar
o tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma
(Art. 5º)
entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma
entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência
para uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos
ou para uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos
de resíduos.
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
Princípio da hierarquia
dos resíduos Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos
economicamente sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais
(Art. 7º)
através da sua reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas
noutros domínios.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
6/7
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados
Manutenção dos
nos termos do artigo anterior por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades
(Art. 49º- A)
competentes, sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e
do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
(Art. 49º- B) O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
Taxas de registo uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
Decreto-Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril, alterado pelos: Decreto-Lei n.º 43/2004, de 2 de Março, Decreto-Lei
n.º 178/2006, de 5 de Setembro e Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de pneus e pneus usados
Princípios de gestão Constituem princípios fundamentais de gestão de pneus e de pneus usados a prevenção da
produção destes resíduos, aliada ao aumento da vida útil dos pneus, a promoção da
(Art. 3º)
recauchutagem e a implementação e desenvolvimento de sistemas de reciclagem e de
outras formas de valorização de pneus usados.
Caso os resíduos de pneus, satisfaçam as condições de fim do estatuto de resíduo, não se aplicam as
disposições legais relativas à gestão do resíduo.
LER
O código do resíduo Veículos em Fim de Vida, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
16 01 04* – Veículos em Fim de Vida
Notas: * Resíduo considerado perigoso.
Um automóvel é um produto complexo, onde se utilizam centenas de materiais e de produtos diferentes, alguns dos
quais perigosos. Assim sendo, se este tipo de resíduos não for desmantelado e fragmentado, além da ocupação de
espaço que representa, contaminará o solo e água.
Tal como referido anteriormente, este tipo de resíduo é um produto complexo, onde se utilizam centenas de
materiais e de produtos diferentes, alguns dos quais tóxicos e que por isso têm impacte negativo na saúde,
designadamente as baterias, fluidos de refrigeração, entre outros.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
O Decreto-Lei n.º 196/2003, de 23 de Agosto, refere que todos os operadores são responsáveis pela gestão dos
VFV, seus componentes e materiais, designadamente, os proprietários e ou detentores de VFV são
responsáveis pelo seu encaminhamento para um centro de recepção ou para um operador de
desmantelamento acreditado.
A VALORCAR é uma entidade privada, sem fins lucrativos, criada em 2003 e possui actualmente licenças
para gerir Veículos em Fim de Vida (VFV) e Baterias de Veículos Usadas (BVU).
O Sistema Integrado de Veículos em Fim de Vida (VFV) abrange os veículos ligeiros de passageiros e de
mercadorias, designadamente:
2/7
Os veículos classificados na categoria M1 (veículos a motor destinados ao transporte de
passageiros, com oito lugares sentados no máximo, além do lugar do condutor);
Os veículos classificados na categoria N1 (veículos a motor destinados ao transporte de
mercadorias, com peso máximo em carga tecnicamente admissível não superior a 3,5 toneladas);
Os veículos a motor de três rodas, com exclusão dos triciclos a motor.
Regra geral, todo o processo de recepção do veículo, reciclagem e tratamento administrativo dos
documentos é inteiramente gratuito. No entanto, de acordo com a legislação aplicável, um centro
poderá cobrar pela recepção de um veículo que já não contiver o motor, os veios de transmissão, a
caixa de velocidades, o catalisador, as unidades de comando electrónico ou a carroçaria.
Certificado de
Destruição
Centros de Recepção Contrato
Autorizados
Transporte de
VFV
Materiais desmantelados o
Mercado de Desmanteladores
Reutilização Autorizados
Transporte de VFV
desmantelado
Resíduos de
Fragmentadores fragmentação Valorização
Autorizados Energética
Materiais desmantelados
Materiais triados e
para a reciclagem
fragmentados
Recicladores
Deposição
Final
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Nos desmanteladores, os VFV passam por duas fases. Numa primeira fase o VFV é descontaminado, ou seja,
são-lhe removidos óleos de motor, hidráulicos e transmissão, óleo de travões, óleo dos amortecedores,
combustível, líquido limpa-vidros, líquido de arrefecimento, bateria, filtros de óleo, pneus, vidros, catalizador,
depósito de gás liquefeito, pára-choques, gás do ar condicionado e são neutralizados os componentes
pritotécnicos (e.g.: airbags e os pré-tensores dos cintos de segurança). Na etapa seguinte é promovida a
remoção de peças para reutilização.
Depois do desmantelamento, a carcaça do VFV segue para fragmentação. Esta operação é realizada num
moinho de martelos, que corta as partes metálicas dos automóveis em pedaços de tamanho reduzido e reduz
a pedaços ainda mais pequenos os outros materiais.
A fragmentação facilita a separação dos materiais com valor económico, como os metais ferrosos, os
alumínios e os cobres, dos outros sem valor económico como os plásticos, os têxteis, as espumas, as
borrachas e o vidro. Estes últimos constituem o ASR (Automotive Shredder Residues ou fluff) e são
colocados em aterro.
4/7
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao produtor
do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse produto se tal
decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no número anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
Princípio da
responsabilidade O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
pela gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
(Art. 5º) tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência para
uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou para
uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
Prazo de inscrição funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
e de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B)
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma
Taxas de registo taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
Decreto-Lei n.º 196/2003, de 23 de Agosto, alterado pelos: Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro,
Decreto-Lei n.º 64/2008, de 8 de Abril, Decreto-Lei n.º 98/2010, de 11 de Agosto e Decreto-Lei n.º 73/2011,
de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de VFV
Constituem princípios fundamentais da gestão de veículos e de VFV a prevenção da produção de
resíduos provenientes de veículos, particularmente reduzindo a incorporação de substâncias
perigosas no seu fabrico, bem como o recurso a sistemas de reutilização, de reciclagem e a outras
formas de valorização, com vista a reduzir a quantidade e a perigosidade dos resíduos a eliminar.
São, nomeadamente, objectivos do presente regime legal:
Princípios de
a) Reduzir a quantidade de resíduos a eliminar provenientes de veículos e de VFV;
gestão
b) A melhoria contínua do desempenho ambiental de todos os operadores intervenientes no ciclo
(Art. 3º ) de vida dos veículos e, sobretudo, dos operadores directamente envolvidos no tratamento de VFV.
Até 1 de Janeiro de 2015 deve ser garantido pelos operadores que:
a) A reutilização e a valorização de todos os VFV aumentem para um mínimo de 95% em peso,
em média, por veículo e por ano;
b) A reutilização e a reciclagem de todos os VFV aumentem para um mínimo de 85% em peso, em
média, por veículo e por ano.
Todos os operadores são responsáveis pela gestão dos VFV, seus componentes e
materiais.
Os operadores de reparação e manutenção de veículos são responsáveis pelo adequado
encaminhamento para tratamento dos componentes ou materiais que constituam resíduos e que
sejam resultantes de intervenções por si realizadas em veículos, sem prejuízo da aplicação de
outros regimes legais, designadamente em matéria de gestão de óleos usados, de acumuladores
usados e de pneus usados, e nos termos dos princípios da regulação da gestão de resíduos.
Os proprietários e ou detentores de VFV são responsáveis pelo seu encaminhamento para
um centro de recepção ou para um operador de desmantelamento.
Responsabilidade
Os fabricantes ou importadores de veículos são responsáveis, directamente ou através de
(Art. 5º ) entidades gestoras, por assegurar a recepção de VFV nos centros de recepção e nos
operadores de desmantelamento, nos termos dos n.os 7 e 10 do artigo 14.º
Os operadores de recepção, transporte e tratamento de VFV são responsáveis por desenvolver a
sua actividade sem colocar em perigo a saúde pública e o ambiente, nos termos dos artigos 18.º,
19.º e 20.º do Decreto-Lei n.º 196/2003.
Os operadores são responsáveis por adoptar as medidas adequadas para privilegiar a reutilização
efectiva dos componentes reutilizáveis, a valorização dos não passíveis de reutilização, com
preferência pela reciclagem, sempre que viável do ponto de vista ambiental, não descurando os
requisitos de segurança dos veículos e do ambiente, tais como o controlo do ruído e das emissões
para a atmosfera.
Com vista à promoção da prevenção e da valorização dos resíduos de veículos e de VFV, os
fabricantes de veículos, em colaboração com os fabricantes de materiais e equipamentos,
devem:
Prevenção a) Controlar e reduzir a utilização de substâncias perigosas nos veículos, a partir da fase da
sua concepção, com vista a evitar a sua libertação para o ambiente, a facilitar a reciclagem e a
(Art. 6º )
evitar a necessidade de eliminar resíduos perigosos;
b) Nas fases de concepção e de produção de novos veículos, tomar em consideração a
necessidade de desmantelamento, reutilização e valorização, especialmente a reciclagem, de
VFV, bem como dos seus componentes e materiais;
6/7
Decreto-Lei n.º 196/2003, de 23 de Agosto, alterado pelos: Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro,
Decreto-Lei n.º 64/2008, de 8 de Abril, Decreto-Lei n.º 98/2010, de 11 de Agosto e Decreto-Lei n.º 73/2011,
de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de VFV
c) Integrar, progressivamente, uma quantidade crescente de materiais reciclados nos
veículos, seus componentes ou outros produtos, com vista ao desenvolvimento do mercado de
materiais reciclados.
Com vista a facilitar a identificação dos componentes e materiais passíveis de reutilização e de
valorização, os fabricantes ou importadores de veículos devem utilizar, para rotulagem e
identificação de componentes e materiais de veículos, a partir de 1 de Setembro de 2003, em
colaboração com os fabricantes de materiais e de equipamentos, a nomenclatura das normas ISO
de codificação referidas no anexo II do Decreto-Lei nº 196/2003.
Os fabricantes ou importadores de veículos fornecerão informações de ordem ambiental aos
eventuais compradores, devendo as mesmas ser incluídas em publicações ou em meios
Codificação e electrónicos de carácter publicitário utilizados na comercialização do novo veículo.
informação Os fabricantes ou importadores de veículos fornecerão, no prazo máximo de seis meses após o
início da sua comercialização, informações de desmantelamento para cada tipo de novo
(Art. 7º) veículo colocado no mercado, devendo as mesmas identificar os diferentes componentes e
materiais, bem como a localização de todas as substâncias perigosas dos veículos, na medida do
necessário para que as instalações de tratamento possam cumprir as disposições estabelecidas
no presente diploma e, nomeadamente, para que sejam atingidos os objectivos previstos no
artigo 4.º.
O disposto neste artigo não é aplicável aos fabricantes ou importadores de veículos que fabriquem
ou importem exclusivamente veículos produzidos em pequenas séries, homologados de acordo
com o disposto no artigo 24.o do Decreto-Lei n.o 72/2000, de 6 de Maio, nem aos veículos a motor
de três rodas, previstos no Decreto-Lei n.o 30/2002, de 16 de Fevereiro.
Para efeitos do cumprimento das obrigações estabelecidas no presente diploma, os fabricantes
ou importadores de veículos ficam obrigados a submeter a gestão de VFV a um sistema
Gestão dos VFV
integrado ou a um sistema individual.
(Art. 8º) Só poderão ser colocados no mercado nacional e comercializados os veículos cujos fabricantes ou
importadores tenham adoptado um dos dois sistemas previstos no ponto anterior para a gestão de
VFV.
Sistema Integrado No âmbito do sistema integrado, a responsabilidade dos fabricantes ou importadores de veículos
pela gestão de VFV é transferida destes para uma entidade gestora do sistema integrado, desde
(Art. 9º) que devidamente licenciada para exercer essa actividade, nos termos do artigo 13º do diploma
legal em questão.
Sistema Individual Em alternativa ao sistema integrado, os fabricantes ou importadores de veículos poderão optar por
assumir as suas obrigações a título individual, carecendo para o efeito de uma autorização
(Art. 16º) específica da APA, a qual apenas será concedida se forem garantidas as obrigações previstas
para o sistema integrado.
O cancelamento da matrícula de um VFV encontra -se condicionado à exibição, perante o Instituto
Cancelamento da da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P. (IMTT), de um certificado de destruição emitido
por um operador de desmantelamento que exerça a respectiva actividade de harmonia com o
matrícula e disposto no artigo 20.º do diploma legal em questão.
emissão de um Para efeitos do disposto no ponto anterior, quando da entrega de um VFV nos termos do n.º 2 do
certificado artigo 14.º o seu proprietário e outros legítimos possuidores devem:
a) Entregar o documento de identificação do veículo e o título de registo de propriedade;
(Art. 17º)
b) Requerer o cancelamento da respectiva matrícula, através do preenchimento de impresso de
modelo legal, que será disponibilizado pelo centro de recepção ou operador de desmantelamento.
LER
O código do resíduo Transformadores e Condensadores contendo PCB, de acordo com a Lista Europeia de
Resíduos (LER), é 16 02 09* – Transformadores e Condensadores contendo PCB
* Resíduo considerado perigoso
Apesar de os PCB não serem produzidos actualmente, o ser humano continua a estar exposto a estes compostos,
uma vez que os mesmos persistem no ambiente por décadas devido à sua resistência à degradação. Por outro lado,
a libertação dos PCB para o ambiente pode ainda ocorrer, nomeadamente através de situações de descargas
indevidas de fluidos contendo PCB, fugas de equipamentos eléctricos contaminados, armazenamento irregular de
resíduos contaminados, entre outras.
Os PCB possuem características de perigosidade para o ambiente e para a saúde humana, as quais se devem à
sua persistência e bio-acumulação, fazendo com que estejam incluídos na lista de poluentes orgânicos persistentes
(POP) listados no Protocolo UN/CE acordado em Estocolmo em Maio de 2001 (Fonte: APA, 2010).
Os seres vivos em geral e o próprio homem absorvem os PCB através da pele, da cadeia alimentar e por inalação.
Além de serem bio-acumuláveis os PCB apresentam ainda a capacidade para se bioamplificar (i.e. acumulação
progressiva ao longo da cadeia alimentar) em condições ambientais específicas, podendo atingir concentrações
toxicológicas importantes.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos na compra de equipamentos usados devem tomar-se as
medidas necessárias para garantir que os equipamentos não contêm PCB.
2/7
Equipamento de Protecção Individual para o Manuseamento do Resíduo
Figura 1- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Transformadores e Condensadores contendo PCB
Este espaço deverá, também, estar dotado de bacia de retenção, revestida de material impermeável que
constitua uma superfície lisa, continua resistente aos PCB, cujo volume seja equivalente a pelo menos 25%
do total do volume líquido do PCB armazenado;
O local deve ser bem ventilado;
É expressamente proibido comer, beber e fumar nos locais onde se encontram PCB;
O local deve estar suficientemente afastado de zonas de armazenamento de outros produtos, especialmente
alimentos e bebidas;
Todos os equipamentos armazenados contendo PCB deverão ser vistoriados regularmente verificando a
ocorrência de derrames;
O equipamento deve estar devidamente rotulado, devendo ostentar o símbolo de perigo com a seguinte
estrutura:
a) A cruz de Santo André, com a inscrição "NOCIVO";
b) Frases de risco e conselhos de prudência, consoante o caso: "Contém policlorobifenilos" – PCB;
"Perigo de efeitos cumulativos"; "Em caso de incêndio ou explosão, não respirar os fumos";”Não se
desfazer deste produto ou do recipiente sem tomar as devidas precauções”.
Em caso de incêndio, a intervenção deverá ser feita usando máscaras contra gases, com filtro orgânico
código B Norma DIN 3181.
Não poderão ser vendidos tambores contaminados, nem utilizá-los para acondicionar outros produtos.
O responsável pelo local de armazenamento deverá manter um registo dos equipamentos armazenados no
local. Deverão constar no registo as seguintes informações:
Data de entrega do equipamento;
Tipo (transformador, condensador);
Origem, com indicação do detentor;
Quantidade de óleo contendo PCB.
TRANSPORTE
Nem todos os resíduos classificados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER) são considerados
matérias perigosas para o transporte, e por este facto, deverá(ão) ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados de
segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo, bem como, o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29 de
Abril (posteriormente rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18/2010, de 28 de Junho), que regula o
transporte terrestre, rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas, por forma a averiguar se o resíduo em
questão é considerado mercadoria perigosa para transporte.
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Após descontaminação:
R5: Reciclagem/recuperação de outros materiais inorgânicos.
RECICLAGEM
R13 Armazenamento de resíduos destinados a uma das operações enumeradas de
R 1 a R 12 (com exclusão do armazenamento temporário, antes da recolha,
no local onde os resíduos foram produzidos).
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO Não Aplicável.
D8: Tratamento biológico que produz compostos ou misturas finais que são
rejeitados por meio de qualquer das operações enumeradas de D1 a D12 (ver
Pior Solução Anexo III da Portaria n.º 209/2004 de 3 de Março).
D9: Tratamento físico-químico que produz compostos ou misturas finais rejeitados
por meio de qualquer das operações enumeradas de D1 a D12 (por exemplo,
ELIMINAÇÃO evaporação, secagem, calcinação, etc.).
D10: Incineração em terra;
D12: Armazenagem permanente, por exemplo, armazenagem de contentores numa
mina, etc.;
D15: Armazenagem enquanto se aguarda a execução de uma das operações
enumeradas de D1 a D14 (com exclusão do armazenamento temporário,
antes da recolha, no local onde esta é efectuada).
Descontaminação
Por descontaminação de PCB entende-se, na acepção do Decreto-Lei n.º 277/99, "o conjunto das operações que
tornam reutilizáveis ou recicláveis os equipamentos, objectos, materiais ou fluidos contaminados por PCB ou
que permitem a sua eliminação em condições de segurança, e que podem incluir a sua substituição, ou seja, o
conjunto de operações que consistem em substituir os PCB por um fluido adequado que não contenha PCB”.
4/7
Eliminação de PCB
Por eliminação de PCB entende-se, na acepção do Decreto-Lei n.º 277/99, “as operações D8, D9, D10, D12
(somente em condições de armazenamento subterrâneo seguro e profundo em formação rochosa seca e apenas
para equipamentos que contenham PCB ou PCB usados que não possam ser descontaminados) e D15, previstas
na Decisão n.º 96/350/CE, de 24 de Maio”.
Sendo que:
D8 – Tratamento biológico que produz compostos ou misturas finais que são rejeitados por meio de qualquer das
operações enumeradas de D1 a D12 (ver Anexo III da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março);
D9 – Tratamento físico-químico que produz compostos ou misturas finais rejeitados por meio de qualquer das
operações enumeradas de D1 a D12 (por exemplo, evaporação, secagem, calcinação, etc.);
D10 – Incineração em terra;
D12 – Armazenagem permanente, por exemplo, armazenagem de contentores numa mina, etc.;
D15 – Armazenagem enquanto se aguarda a execução de uma das operações enumeradas de D1 a D14 (com
exclusão do armazenamento temporário, antes da recolha, no local onde esta é efectuada).
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao produtor
do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse produto se tal
decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
Princípio da
responsabilidade O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
pela gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
(Art. 5º)
licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência para
uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou para
uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade Resíduos (SIRER):
de inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem mais
registo de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º) b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Informação c) Identificação das operações efectuadas;
objecto de registo d) Identificação dos transportadores.
(Art. 49º) Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a
seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo anterior por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A)
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
Prazo de inscrição
funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
e de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B)
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma
Taxas de registo taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
6/7
Decreto-Lei nº 277/99, de 23 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei nº 72/2007
Estabelece as regras a que ficam sujeitas a eliminação dos PCB, a descontaminação ou a eliminação de
equipamentos que contenham PCB e a eliminação de PCB usados, tendo em vista a destruição total
destes
Quando for utilizada a incineração para fins de eliminação, é aplicável o Decreto-Lei n.º 85/2005,
de 28 de Abril, podendo ser autorizados outros métodos de eliminação dos PCB, PCB usados e
ou equipamentos que contenham PCB, desde que atinjam níveis de segurança ambientalmente
equivalentes, por comparação com a incineração, e obedeçam aos requisitos técnicos
considerados como sendo a melhor técnica disponível.
O transporte de PCB, de equipamentos que contenham PCB e dos PCB usados conforme
definidos no artigo 2º rege-se pelo Regulamento Nacional do Transporte de Mercadorias
Perigosas por Estrada (RPE).
Os transformadores que contenham mais de 0,05% de PCB, em peso, no fluido dieléctrico devem
ser descontaminados nas seguintes condições:
a) O objectivo da descontaminação é a redução do teor de PCB para menos de 0,05%, em peso,
e, se possível, para uma quantidade que não ultrapasse 0,005%, em peso;
Condições de b) O fluido de substituição sem PCB deve garantir uma nítida diminuição dos riscos;
descontaminação c) A substituição do fluido não deve comprometer a eliminação posterior dos PCB;
(Art. 6º) d) Após a descontaminação, a inscrição ostentada pelo transformador deve ser substituída pela
inscrição prevista no anexo III do Decreto-Lei n.º 277/99.
Em derrogação do disposto no artigo 3.º, os transformadores cujos fluidos tenham um teor de
PCB, em peso, entre 0,05% e 0,005% devem ser descontaminados, nas condições referidas nas
alíneas b) a d) do ponto anterior, ou eliminados após o final da sua vida útil.
É proibido:
A comercialização e a preparação de PCB;
Qualquer tipo de incineração de PCB e/ou de PCB usados em navios;
A separação de PCB de outras substâncias com vista à sua reutilização;
O enchimento de transformadores com PCB;
Proibições Fica excluída da proibição da comercialização de PCB quando a finalidade for exclusivamente uma
das seguintes:
(Art. 7º)
a) Para eliminação;
b) Para completar níveis em equipamentos já em serviço à data de entrada em vigor do presente
diploma, desde que não seja possível, por razões técnicas, o uso de produtos de substituição.
Até à sua descontaminação, desactivação e ou eliminação, nos termos do Decreto-Lei n.º277/99,
a manutenção dos transformadores que contenham PCB apenas pode continuar se tiver como
objectivo assegurar que os PCB neles contidos satisfazem as regras ou especificações técnicas
relativas à qualidade dieléctrica e desde que os transformadores se encontrem em bom estado e
não apresentem fugas.
LER
O código do resíduo Equipamentos fora de uso contendo Fluidos de Refrigeração, de acordo com a Lista
Europeia de Resíduos (LER), é 16 02 11* - Equipamentos fora de uso contendo Clorofluorcarbonetos, HCFC,
HFC.
(* Resíduo considerado perigoso)
Este tipo de resíduo possui fluidos de refrigeração, que poderão conter CFC, HCFC ou HFC. Um
clorofluorocarboneto (clorofluorcarboneto, clorofluorcarbono ou CFC) é um composto baseado em carbono que
contém cloro e flúor, responsável pela destruição da camada de ozono, e antigamente produzido para aerossóis e
gases para refrigeração.
Apesar de actualmente ser proibida a produção de CFC, estes compostos, ainda existem em equipamentos mais
antigos, contribuindo para a degradação da camada do ozono.
Uma das alternativas tem sido os hidroclorofluorocarbonetos (HCFC), haloalcanos, estimando-se um impacto
ambiental menor relativamente aos CFC, no entanto ainda são responsáveis pela redução da camada do ozono.
Outra alternativa são os hidrofluorcarbonetos (HFC) que não contêm cloro e são ainda menos prejudiciais à camada
de ozono, porém apresentam alto potencial de aquecimento global, ou seja, contribuem para o aumento do efeito
estufa.
Deve ser consultada a ficha de dados de segurança dos fluidos de refrigeração que o equipamento contém.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos na compra de equipamentos novos ou usados devem tomar-
se as medidas necessárias para garantir, que os equipamentos possuem fluidos ou gases potencialmente
não perigosos.
Caso o equipamento fora de uso contenha no seu fluido de refrigeração substâncias que contribuem para
a destruição da camada de ozono - ODS - "Ozone Depleting Substances" (apresentadas no quadro 1), o
proprietário e ou detentor de um equipamento em fim de vida, que contém as referidas substâncias, deve
cumprir os procedimentos impostos na legislação aplicável.
Quadro 1- CFC, e HCFC utilizados em equipamentos de refrigeração e que degradam a camada do ozono
2/5
Assim sendo:
de acordo com a alínea c) do nº 1 do artigo 9º do Anexo do Decreto-Lei n.º 35/2008, de 27 de Fevereiro, o
proprietário ou detentor do equipamento deve encaminhar para um operador de gestão de resíduos
licenciado o equipamento que atinge o fim de vida e se transforma num resíduo, directamente ou
através de entidades responsáveis por um sistema de gestão de fluxos específicos de resíduos.
o armazenamento dos equipamentos antes da extracção dos fluidos/gases de refrigeração deve ser feito em
locais com superfícies impermeabilizadas e com sistema de drenagem controlada. Os equipamentos devem
ser armazenados completos (inteiros) e na vertical e o seu empilhamento deve ser efectuado de forma a
prevenir situações de fugas de substâncias perigosas, assim como não dificultar ou impedir a execução das
operações posteriores de tratamento: altura de empilhamento equivalente à altura de dois equipamentos,
cerca de 3,5 m.
se os equipamentos tiverem sido previamente desmantelados, as condições do armazenamento dos
componentes e peças devem assegurar a protecção das espumas, devendo ser removidos todos os objectos
cortantes, e a altura de empilhamento das peças deve ser condicionada de modo a evitar o esmagamento das
peças.
os locais de armazenamento, deste tipo de resíduo devem evidenciar as condições de segurança no sentido
de evitar acessos não autorizados.
os locais de armazenamento deverão encontrar-se disponíveis e sujeitos a manutenção regular por parte dos
bombeiros todos os mecanismos adequados de combate a incêndios.
Para os equipamentos que contenham fluidos de refrigeração isentos de CFC e HCFC, deverão igualmente
encaminhar-se os equipamentos para um operador de gestão de resíduos licenciado. Por conterem também
elementos com impactes ambientais associados, deverão ser igualmente respeitadas as regras de
armazenamento impostas anteriormente.
TRANSPORTE
De acordo com o Anexo IV do Decreto-Lei n.º 35/2008, de 27 de Fevereiro, para o transporte destes
equipamentos devem ser tomadas precauções especiais no sentido de evitar que perdas líquidas não
controladas causem poluição aquática.
No sentido de prevenir fugas de CFC e outros poluentes, os equipamentos devem ser convenientemente
amarrados no veículo de transporte de forma a evitarem-se danos no equipamento.
Nas operações de carga e descarga destes resíduos para os veículos de transporte os equipamentos não
devem sofrer pancadas nem ser invertidos e devem ser colocados de forma segura evitando que escorreguem
ou caiam durante o transporte.
Os equipamentos devem ser transportados na vertical, sem ser invertidos e sem exercer pressão nos anéis de
refrigeração.
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Caso seja possível trocar o fluido de refrigeração por outro que não contenha
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO CFC, e HCFC e reparar o equipamento para a sua reutilização.
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO Não Aplicável.
4/5
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Aplicam-se ainda os requisitos do Regulamento (CE) nº 2037/2000, do Decreto-Lei nº 119/2002 e do Decreto-Lei nº 152/2005
(alterado pelo Decreto-Lei nº 35/2008), resumidos anteriormente nesta Ficha Técnica de Gestão de Resíduos.
LER
O código do resíduo Toners e Tinteiros, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
16 02 16 – Componentes retirados de Equipamento fora de uso não abrangidos em 16 02 15*.
Nota: Em conformidade com a codificação LER, publicada pela Portaria nº 209/2004, de 3 de Março, os cartuchos
de toner e tinteiros são ambos classificados com o código 16 02 16 - componentes retirados de equipamentos fora
de uso não abrangidos em 16 02 15*, caso se confirme a sua não perigosidade. (Fonte: Gestão de Toners e
Tinteiros, IGAOT, 2008)
Apesar de não ser considerados resíduos perigosos os toners e tinteiros contém elementos tóxicos nos seus vários
componentes. Desta forma, caso estes resíduos sejam indevidamente depositados no solo ou na água, no seu
processo de degradação podem vir a provocar impactes ambientais negativos.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos deverão ser implementadas acções tais como:
no momento da compra, verificar a sua não perigosidade e optar por toners e tinteiros com maior
tempo de vida útil.
reutilizar toners e tinteiros, após regeneração dos mesmos;
promover e divulgar regras para uma utilização cuidada, deste tipo de produtos, evitando danos
no material e potencial necessidade de substituição.
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
Para o manuseamento deste tipo de resíduo, aconselha-se a utilização de luvas apropriadas e vestuário de
protecção no manuseamento deste tipo de resíduo.
2/7
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
O acondicionamento deverá ser realizado de forma a garantir que os toners e tinteiros se mantêm em bom
estado de conservação e que não ficam em contacto com outros resíduos.
Os recipientes utilizados para o acondicionamento devem ser estanques. Em ambos os casos, este tipo de
resíduos deve ser armazenado ao abrigo da exposição do sol, calor ou chuva.
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem; desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente identificados)
nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a
correcta separação dos resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de
3 de Março).
Figura 2- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Toners e Tinteiros
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
4/7
Regeneração dos resíduos de tinteiros
Relativamente aos cartuchos de tinteiros resultantes das impressoras a jacto de tinta, estes são recepcionados e
testados os circuitos eléctricos com o objectivo de verificar a viabilidade da sua regeneração. Dependendo dos
operadores, os cartuchos podem ser submetidos ao processo de lavagem. O procedimento de limpeza dos tinteiros
consiste na sucção da tinta residual contida nos cartuchos, seguido de lavagem, geralmente com água destilada,
culminando numa centrifugação. O seu enchimento realiza-se com o auxílio de um equipamento concebido para o
efeito, que possui um reservatório para cada cor, enchendo os tinteiros por gravidade e por vácuo. Seguidamente,
os tinteiros são pressurizados para evitar as perdas de tinta após o processo de regeneração. As características das
tintas utilizadas variam com as especificidades de cada tinteiro. Seguidamente é efectuado um teste de qualidade,
que consiste na pesagem seguida da impressão e na eventualidade do tinteiro apresentar anomalias não poderá ser
novamente regenerado. No acondicionamento dos tinteiros deve ser tido em atenção a protecção dos circuitos
eléctricos, a qual é efectuada com a colocação de clipes ou tiras plásticas autocolantes e protegidos pelas
embalagens de plástico e cartão utilizadas no seu embalamento.
Como principais matérias-primas consumidas neste processo de regeneração destacam-se a tinta, embalagens,
água destilada e clipes. Um tinteiro só passa à fase seguinte se completar a anterior de forma eficaz, evitando desta
forma as perdas de matéria-prima, designadamente da tinta, caso a anomalia ocorra anteriormente ao processo de
enchimento. Mas a certificação eficiente do funcionamento dos circuitos eléctricos, diminui consideravelmente a
probabilidade de ocorrência de rejeitados ao longo do processo. Em média um tinteiro pode ser regenerado 8
vezes, começando posteriormente a apresentar desgaste nos circuitos eléctricos e a esponja interior vai perdendo
capacidade de absorção da tinta (Fonte: Gestão de Toners e Tinteiros, IGAOT, 2008).
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao
produtor inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte,
ao produtor do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse
produto se tal decorrer de legislação específica aplicável
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos
Princípio da municípios.
responsabilidade pela O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar
(Art. 5º) o tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma
entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma
entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência
para uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos
ou para uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos
de resíduos.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
Transporte de
detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
resíduos
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 174/2005, de 25 de Outubro,
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de Dezembro e Decreto-Lei
n.º73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos e
electrónicos (REEE)
Os EEE pertencentes às categorias indicadas no anexo I do Decreto-Lei nº 230/2004 devem
ser concebidos de forma a:
limitar a utilização de substâncias ou misturas perigosas, reduzindo o carácter
Princípios de nocivo e a quantidade dos resíduos a eliminar.
concepção e gestão de facilitar o seu desmantelamento e valorização e a não impedir a sua reutilização
EEE ou reciclagem, bem como dos seus componentes e materiais, salvo se essas
(Art. 5º) características ou processos de fabrico específicos apresentarem vantagens de maior
relevo, nomeadamente no que respeita à protecção do ambiente ou aos requisitos de
segurança.
Cada EEE colocado no mercado nacional após 13 de Agosto de 2005 deve conter a
identificação do produtor e exibir uma marca que permita distingui-lo dos EEE
colocados no mercado antes da referida data.
Só podem ser colocados no mercado nacional os EEE que preencham todos os requisitos
definidos no Decreto-Lei n.º 230/2004 e demais legislação aplicável.
6/7
Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 174/2005, de 25 de Outubro,
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de Dezembro e Decreto-Lei
n.º73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos e
electrónicos (REEE)
Os EEE abrangidos pelas categoria 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 indicadas no anexo I, bem
como as lâmpadas eléctricas e os aparelhos de iluminação de uso doméstico, só podem ser
Substâncias proibidas colocados no mercado nacional, a partir de 1 de Julho de 2006, se não contiverem
chumbo, mercúrio, cádmio, crómio hexavalente, polibromobifelino (PBB) e ou éter de
(Art. 6º) difenilo polibromado (PBDE).
As excepções são relativas à reutilização de EEE colocados no mercado nacional antes de 1
de Julho de 2006 ou às peças sobresselentes para reparação daqueles equipamentos e às
utilizações indicadas no anexo V do Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro
Responsabilidades
pela gestão Todos os intervenientes no ciclo de vida dos EEE e dos REEE são co-responsáveis pela sua
gestão, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 230/2004 e demais legislação aplicável.
(Art. 8º)
10
Resíduo: Sucata de Alumínio
LER
O código do resíduo Sucata de Alumínio, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 17 04 02 –
Alumínio
A acumulação de grandes concentrações de alumínio no solo, danifica-o e prejudica as plantas, causando também
problemas de saúde aos animais que as ingerem. Por outro lado, elevadas concentrações de alumínio em linhas de
água, acidificam o meio e afectam peixes e anfíbios, afectando todos os seres vivos que consomem o peixe
contaminado.
O alumínio constitui um risco para certos ambientes de trabalho, tais como minas (onde podem ser encontradas
elevadas concentrações de alumínio na água), fábricas onde o alumínio é aplicado durante o processo de
produção, podendo os trabalhadores inalar elevadas quantidades do pó de alumínio quer no processo produtivo
quer na gestão desse resíduo.
Exposição a altas concentrações de alumínio, podem causar problemas de saúde graves, tais como: distúrbios
gastrointestinais, nervosismo, dores de cabeça, anemia, deficiência na função hepática e renal, perturbações na
memória, fragilização dos ossos e sensação de músculos doridos, danos no sistema nervoso central, demência,
apatia, tremores graves, entre outros.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Sendo este tipo de resíduo resultante de obras de construção e demolição, sempre que possível executar o
desmantelamento da obra de forma criteriosa, segregando a sucata de alumínio e recuperar os materiais com
valor comercial.
Elaboração, implementação e divulgação de instruções/ procedimentos com regras de prevenção deste
tipo de resíduo.
Sensibilização e formação para a prevenção de RCD a todos os colaboradores.
2/7
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Dependendo da quantidade a armazenar poderá optar-se por acondicionar os resíduos directamente no solo
em zona delimitada, em contentor ou big-bag ;
Um dos modos comuns de armazenamento são contentores metálicos de chapa de aço (com dimensões entre
30 a 50 m3). Pelo seu valor de mercado, a sucata de alumínio, é um resíduo valorizável, isto é, os
operadores de gestão de resíduos pagam às empresas pela sua recolha e frequentemente disponibilizam ou
alugam os contentores para a armazenagem temporária na empresa.
Figura 1- Contentores em chapa de aço para sucata de Figura 2- Contentor em chapa de aço com sistema basculante
para sucata de alumínio
alumínio
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem; desta forma
deverá ser analisada e considerada a colocação de ecopontos (devidamente identificados) em pontos
estratégicos nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser
sensibilizados para a correcta separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004,
de 3 de Março).
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de sucata de alumínio
Nos contentores de resíduos de sucata metálica para reciclagem não deverá colocar-se por exemplo: sucata
impregnada com óleos ou contaminada com substâncias perigosas.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Reciclagem
4/7
FIM DO ESTATUTO DO RESÍDUO
(ARTIGO 44.º - B DO DECRETO-LEI Nº 73/2011, DE 17 DE JUNHO)
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e
as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
No caso das sucatas de alumínio aplicam-se os critérios estipulados no Regulamento (UE) n.º 333/2011 do
Conselho, de 31 de Março de 2011. Para melhor percepção e a título explicativo, são resumidamente
esquematizados de seguida:
• A sucata de alumínio deve ter sido separada na origem ou na recolha e assim mantida;
Processos e técnicas • Devem ter sido concluídos todos os tratamentos mecânicos necessários à preparação
da sucata metálica para utilização final directa em aciarias e fundições
de tratamento
• Aos resíduos que contêm componentes perigosos, aplicam-se requisitos específicos
estipulados no Regulamento.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao
produtor do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse
produto se tal decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
Princípio da
responsabilidade O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
pela gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
(Art. 5º) licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência
para uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou
para uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de
resíduos.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
6/7
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo 49º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
(Art. 49º- A) As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e
do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B)
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
Taxas de registo uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
Caso os resíduos de sucata de alumínio satisfaçam as condições de fim do estatuto de resíduo, não se
aplicam as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
LER
O código do resíduo Sucata de Ferro e Aço, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 17 04 05 –
Sucata de Ferro e Aço
Os óxidos e hidróxidos de ferro possuem alta capacidade de fixar metais pesados. Além disso, estes compostos são
finamente dispersos nos solos. Todas essas mudanças na composição do solo causam danos às plantas, que
exigem determinadas condições para sobreviver adequadamente. Por outro lado, o contacto dos metais ferrosos
com água ou humidade, forma ferrugem, que por sua vez provoca o aumento da concentração de iões de ferro,
contaminando as linhas de água.
Os resíduos sólidos de metais ferrosos não representam um risco significativo para a saúde humana. No entanto, a
inalação e exposição prolongada a poeiras de ferro, pode provocar irritação e infecções graves nas vias
respiratórias e pulmões, bem como do trato gastrointestinal.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Sendo este tipo de resíduo resultante de obras de construção e demolição (RCD), sempre que possível
executar o desmantelamento da obra de forma criteriosa, segregando a sucata de ferro e aço e recuperar os
materiais com valor comercial.
Elaborar, implementar e divulgar instruções/procedimentos com regras de prevenção deste tipo de
resíduo;
Sensibilizar e formar todos os colaboradores para a prevenção de RCD.
Desde que não estejam contaminados com substâncias perigosas os resíduos de sucata de ferro e aço não são
considerados perigosos; no entanto devido às suas características físicas apresentam alguns riscos (entalamento,
esmagamento, cortes) para quem os manuseia. Desta forma, aconselha-se a utilização de luvas, vestuário e
calçado apropriado no manuseamento deste tipo de resíduo.
2/7
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Dependendo da quantidade a armazenar poderá optar-se por acondicionar os resíduos directamente no solo
em zona delimitada, em contentor ou big-bag;
Um dos modos comuns de armazenamento são contentores metálicos de chapa de aço (com dimensões entre
30 a 50 m3). Pelo seu valor de mercado, a sucata de ferro e aço, é um resíduo valorizável, isto é , os
operadores de gestão de resíduos pagam às empresas pela sua recolha e frequentemente disponibilizam ou
alugam os contentores para a armazenagem temporária na empresa.
Figura 1- Contentores em chapa de aço para sucata de ferro Figura 2- Contentor em chapa de aço com sistema basculante
e aço. para sucata de ferro e aço.
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem; desta forma
deverá ser analisada e considerada a colocação de ecopontos (devidamente identificados) em pontos
estratégicos nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser
sensibilizados para a correcta separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004,
de 3 de Março).
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de sucata de ferro e aço
Nos contentores de resíduos de sucata metálica para reciclagem não deverá colocar-se por exemplo: sucata
impregnada com óleos ou contaminada com substâncias perigosas.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Reciclagem
4/7
FIM DO ESTATUTO DO RESÍDUO
(ARTIGO 44.º - B DO DECRETO-LEI Nº 73/2011, DE 17 DE JUNHO)
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação e
as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
No caso das sucatas de ferro e aço aplicam-se os critérios estipulados no Regulamento (UE) n.º 333/2011 do
Conselho, de 31 de Março de 2011. Para melhor percepção e a título explicativo, são resumidamente
esquematizados de seguida:
• Só devem ser utilizadas como matérias-primas sucatas que contenham ferro ou aço
valorizáveis;
Resíduos utilizados
como matérias-primas • Resíduos com compostos perigosos devem ser despoluídos, caso contrário não podem
ser utilizados
na operação de
valorização • Não devem ser utilizadas limalhas e aparas que contenham fluidos, como óleos ou
emulsões oleosas; barris e outros recipientes, excepto equipamento de veículos em fim
de vida, que contenham ou tenham contido óleos ou tintas.
• A Sucata de ferro/aço deve ter sido separada na origem ou na recolha e assim mantida;
Processos e técnicas • Devem ter sido concluídos todos os tratamentos mecânicos necessários à preparação
da sucata metálica para utilização final directa em aciarias e fundições
de tratamento
• Aos resíduos que contêm componentes perigosos, aplicam-se requisitos específicos
estipulados no Regulamento.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao produtor
do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse produto se tal
decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
Princípio da
responsabilidade O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
pela gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
(Art. 5º) licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência para
uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou para
uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
6/7
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo anterior por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no número anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A)
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
Prazo de inscrição
funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
e de registo
(Art. 49º- B) O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma
Taxas de registo taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
Caso os resíduos de sucata de ferro e aço satisfaçam as condições de fim do estatuto de resíduo, não se
aplicam as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
LER
O Código do resíduo Materiais de Construção contendo Amianto, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos
(LER), é 17 06 05* - Materiais de Construção contendo Amianto.
(* Resíduo considerado perigoso)
A inalação de poeiras de amianto respiráveis pode provocar doenças muito graves designadamente: asbestose,
cancro do pulmão e mesotelioma.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos, deverão ser inventariados todos os materiais de
construção da empresa que contêm amianto e deverá efectuar-se um plano de substituição destes
materiais, recorrendo a uma empresa especializada e devidamente autorizada pela Autoridade para as
Condições de Trabalho, para a sua remoção e encaminhamento por operador licenciado pela Agência
Portuguesa do Ambiente para sua eliminação.
2/6
Equipamento de Protecção Individual para o Manuseamento do Resíduo
A realização dos trabalhos referidos no primeiro ponto depende de autorização prévia da Autoridade para
as Condições de Trabalho, que envolve a aprovação do plano de trabalhos e o reconhecimento de
competências da empresa que os executa.
O empregador que contrate a realização de trabalhos a que se refere o presente artigo deve assegurar-se de
que a empresa contratada lhe remeteu cópia do respectivo plano de trabalhos, depois de aprovado, e
obteve o reconhecimento das suas competências para o desenvolvimento dos trabalhos.
O plano de trabalhos deve estar acessível, no local de realização dos trabalhos, a todos os trabalhadores
e aos representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho que nele trabalhem.
De acordo com o artigo 7º do Decreto-Lei nº 266/2007, de 24 de Julho, o empregador assegura que os
resíduos, com excepção dos resultantes da actividade mineira, sejam recolhidos e removidos do local
de trabalho com a maior brevidade possível, em embalagens fechadas apropriadas, rotuladas com a
menção «Contém amianto», de acordo com a legislação aplicável sobre classificação, embalagem e
rotulagem de substâncias e preparações perigosas.
Os resíduos são tratados de acordo com a legislação aplicável aos resíduos perigosos.
TRANSPORTE
Nem todos os resíduos classificados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER) são considerados
matérias perigosas para o transporte, e por este facto, deverá(ão)ser consultada(s) a(s) ficha(s) de dados de
segurança do(s) produto(s) que deu/deram origem ao resíduo, bem como, o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29
de Abril (posteriormente rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18/2010, de 28 de Junho), que regula
o transporte terrestre, rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas, por forma a averiguar se o resíduo em
questão é considerado mercadoria perigosa para o transporte.
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
Actualmente os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER) estão aptos
à gestão de resíduos contendo amianto.
4/6
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
6/6
CAPÍTULO LER 20
Resíduo: Papel e Cartão (LER 20 01 01)
Resíduo: Vidro (LER 20 01 02)
Resíduo: Resíduos Alimentares de Cantinas (LER 20 01 08)
Resíduo: Lâmpadas Fluorescentes (LER 20 01 21 *)
Resíduo: Pilhas e Acumuladores Usados (LER 20 01 33 *)
Resíduo: Equipamento Eléctrico e Electrónico fora de uso (Computadores, Monitores, Teclados, Impressoras)
contendo Componentes Perigosos (LER 20 01 35 *)
Resíduo: Lâmpadas Incandescentes (LER 20 01 99)
Resíduo: Resíduos Indiferenciados (LER 20 03 01)
11
Resíduo: Papel e Cartão
LER
O código do resíduo Papel e Cartão, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 20 01 01 – Papel e
Cartão.
Os resíduos de papel e cartão produzem impactes ambientais negativos, se forem indevidamente depositados em
linhas de água, impedindo a circulação habitual da água, bem como se forem depositadas de forma não controlada
no solo
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
2/6
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Figura 1- Contentores em chapa de aço para papel e cartão Figura 2- Contentor compactador para papel e cartão
Pelo seu valor de mercado, os resíduos de papel e cartão, são um resíduo valorizável, isto é, os operadores
de gestão de resíduos pagam às empresas pela sua recolha e frequentemente disponibilizam ou alugam os
contentores para a armazenagem temporária na empresa.
Se a empresa estiver localizada numa zona abrangida pelo circuito de recolha camarária, se os resíduos de
papel e cartão não estiveram contaminadas com substâncias perigosas e se o volume não exceder os 1100 l
diários, poderá solicitar-se um ecoponto à respectiva Câmara Municipal para colocação na via pública
adjacente à unidade industrial.
Para os resíduos de papel e cartão que contenham substâncias perigosas deve ser considerada a aquisição
de contentores estanques, devidamente impermeáveis e deverão ser colocados ao abrigo da chuva e do sol
no parque de resíduos.
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem; desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente identificados) nos
locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a correcta
separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004,
de 3 de Março).
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de papel e cartão
Nos contentores de resíduos de papel e cartão para reciclagem não deverão colocar-se resíduos de papel e
cartão contaminadas com óleos, emulsões de óleos ou outras substâncias contaminantes.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO R1: Utilização principal como combustível ou outro meio de produção de energia.
Reciclagem
O processo industrial de reciclagem de papel é semelhante ao fabrico de papel virgem, tendo o primeiro
muito menos impactes ambientais. As maiores vantagens da reciclagem de papel são a diminuição de
resíduos sólidos e a economia de recursos naturais. A reciclagem permite libertar espaço nos aterros para
outros materiais e produtos não recicláveis.
A reciclagem do papel é conseguida através do aproveitamento das fibras de celulose existentes nos papéis
usados. O papel pode ser fabricado exclusivamente com fibras secundárias (papel 100% reciclado) ou ter a
incorporação de pasta para papel. As fibras podem ser recicladas apenas cinco a sete vezes, pelo que a
obtenção de papel reciclado por vezes implica adicionar alguma quantidade de pasta de papel virgem para
substituir fibras degradadas.
4/6
FIM DO ESTATUTO DO RESÍDUO
(ARTIGO 44.º - B DO DECRETO-LEI Nº 73/2011, DE 17 DE JUNHO)
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação
e as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
Decreto-Lei n.º 178/06, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao
produtor inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte,
ao produtor do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse
produto se tal decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos
Princípio da municípios.
responsabilidade pela O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar
(Art. 5º) o tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma
entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma
entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência
para uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos
ou para uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos
de resíduos.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Decreto-Lei n.º 178/06, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico
de Resíduos (SIRER):
Obrigatoriedade de
inscrição e de registo a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem
mais de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º)
b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos.
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Caso os resíduos de papel e cartão satisfaçam as condições de fim do estatuto de resíduo, não se aplicam as
disposições legais relativas à gestão do resíduo.
6/6
Resíduo: Vidro
LER
O código do resíduo Vidro, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é 20 01 02 – Vidro
Ao longo de sua história, o vidro tem provado ser uma das embalagens mais amigas do meio ambiente. Não apenas
por causa de ser 100% reciclável, mas também por ser reciclável várias vezes.
O vidro tem a particularidade de ser inerte e mais importante ainda é que 100% da sua composição é mineral, o que
dá a possibilidade de ser altamente resistente ao meio ambiente. Se exposto às forças de erosão, o vidro é
quebrado em pequenos pedaços de sílica e areia, um dos elementos mais comuns na Terra.
Relativamente aos impactes na saúde pública o vidro em si não liberta substâncias tóxicas que possam afectar o
organismo humano. Os únicos riscos que podem surgir como resultado da má deposição deste tipo de resíduos, são
eventuais cortes provocados por cacos de vidro.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Existem também medidas de carácter geral, que poderão ser aplicadas em todas as indústrias onde há
possibilidade de se gerarem resíduos de vidro, designadamente
Elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com regras de
prevenção deste tipo de resíduo;
Sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de resíduos.
2/7
Equipamento de Protecção Individual para o Manuseamento do Resíduo
Para o acondicionamento dos resíduos de vidro devem adoptar-se ecopontos para recolha nos locais de
produção, sendo que esses ecopontos deverão ser descarregados posteriormente em contentores
apropriados no parque de resíduos da empresa para a sua armazenagem temporária , até recolha por
operador licenciado para o efeito.
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem; desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente identificados)
nos locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a
correcta separação dos resíduos.
Uma vez que os resíduos de vidro são um material abrasivo que provoca desgaste e eventuais cortes
noutros materiais, deverá optar-se por contentores metálicos, por exemplo em aço galvanizado/inoxidável e
deverá ser dada especial atenção ao estado de conservação e capacidade de contenção dos contentores.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º
209/2004, de 3 de Março).
Figura 2- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de vidro
Nos contentores de resíduos de vidro para reciclagem não deverá colocar-se por exemplo: louças, lâmpadas,
espelhos e embalagens de vidro.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Reciclagem
O vidro é um material facilmente reciclado e pode, dependendo das circunstâncias, ser infinitamente
reciclado. O uso de vidro reciclado possibilita a conservação de materiais, a redução do consumo de energia e
reduz o volume de lixo que é enviado para aterros sanitários.
Os resíduos de vidro plano e espelho são resíduos com grande potencialidade de reciclagem.
4/7
Agregado para cimento Portland
O fim do estatuto de resíduo pode aplicar-se a determinados resíduos quando tenham sido submetidos a uma
operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos a estabelecer nos
termos das seguintes condições:
a) A substância ou objecto ser habitualmente utilizado para fins específicos;
b) Existir um mercado ou procura para essa substância ou objecto;
c) A substância ou objecto satisfazer os requisitos técnicos para os fins específicos e respeitar a legislação
e as normas aplicáveis aos produtos; e
d) A utilização da substância ou objecto não acarretar impactes globalmente adversos do ponto de vista
ambiental ou da saúde humana.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao produtor
do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse produto se tal
decorrer de legislação específica aplicável.
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
Princípio da O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
responsabilidade hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
pela gestão tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
(Art. 5º) licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência para
uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou para
uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
6/7
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
(Art. 49º- A) As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
Prazo de inscrição
funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
e de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B)
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma
Taxas de registo taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
Caso os resíduos de sucata de vidro satisfaçam as condições de fim do estatuto de resíduo, não se aplicam
as disposições legais relativas à gestão do resíduo.
.
LER
O código do resíduo Resíduos Alimentares de Cantinas, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
20 01 08 – Resíduos Biodegradáveis de Cozinhas e Cantinas.
Este tipo de resíduos em decomposição, se não forem devidamente acondicionados e tratados, podem originar
efeitos negativos na saúde pública.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Nas cantinas e refeitórios das unidades industriais, adoptar boas práticas tais como:
previamente às refeições obter o número mais aproximado possível das refeições a servir;
evitar a confecção de alimentos em excesso;
segregar os resíduos alimentares dos outros tipos de resíduos gerados na cantina para que possam ser
enviados para compostagem, evitando a ocupação de espaço em aterro.
Para o acondicionamento dos resíduos alimentares devem adoptar-se ecopontos para recolha nos locais de
produção, sendo que esses ecopontos deverão ser descarregados posteriormente em contentores
apropriados no parque de resíduos da empresa para a sua armazenagem temporária, até recolha por
operador licenciado para o efeito.
2/6
Resíduos
Resíduos
Alimentares
Alimentares
Figura 1- Ecopontos em plástico para colocação na cantina Figura 2- Contentor em plástico para colocação no parque de
ou refeitório resíduos
Uma separação ineficiente na origem, qualquer que seja o tipo de resíduo, irá aumentar substancialmente os
custos para o tratamento do mesmo, podendo tornar inviável a sua reutilização ou reciclagem; desta forma
devem ser seleccionados pontos estratégicos para a colocação de ecopontos (devidamente identificados) nos
locais de produção deste tipo de resíduos e todos os trabalhadores deverão ser sensibilizados para a correcta
separação dos resíduos.
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004,
de 3 de Março).
Nos contentores de resíduos alimentares, não deverão ser colocadas as embalagens dos alimentos,
desta forma é desejável que existiam ecopontos para embalagens junto dos ecopontos para resíduos
alimentares.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Compostagem
A melhor solução para os resíduos alimentares é efectuar compostagem. Deste processo resulta o
composto, um fertilizante natural que pode ser utilizado como corretor de solos.
4/6
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES PARA O INDUSTRIAL
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao produtor
do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse produto se tal
decorrer de legislação específica aplicável
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
Princípio da
responsabilidade O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
pela gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
(Art. 5º) licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência para
uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou para
uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade Resíduos (SIRER):
de inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem mais
registo de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º) b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo 49º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
(Art. 49º- A) As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
Prazo de inscrição
funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
e de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B)
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma
Taxas de registo taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
6/6
Resíduo: Lâmpadas Fluorescentes
LER
O código do resíduo Lâmpadas Fluorescentes, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
20 01 21* - Lâmpadas Fluorescentes e outros Resíduos contendo Mercúrio.
( * Resíduo considerado perigoso)
Este tipo de equipamentos contêm metais pesados e tóxicos destacando-se o chumbo e o mercúrio. Estes metais
poluem gravemente o solo, a água, o ar e os organismos vivos, tendo efeito bioacumulativo.
O chumbo pode provocar alterações graves no sangue, rins, órgãos do sistema respiratório, cérebro, ossos, tecidos
musculares, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
O mercúrio afecta o sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais, alterações nos órgãos do sistema
respiratório, lesões renais, entre outras patologias que afectam o ser humano.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos deverão ser implementadas acções tais como:
no momento da compra, optar por adquirir lâmpadas potencialmente não perigosas.
promover e divulgar regras para uma utilização cuidada, deste tipo de equipamentos, evitando danos
no material e potencial necessidade de substituição.
implementar sistemas de iluminação automáticos, minimizando consumos e desgaste das lâmpadas.
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/6
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
As lâmpadas fluorescentes que constituem resíduo, devem ser colocadas na sua embalagem original e
posteriormente acondicionadas em recipiente fechado.
Por se tratarem de resíduos contaminados com substâncias perigosas, os contentores/caixotes devem
ser estanques e armazenados ao abrigo da exposição do sol, calor ou chuva.
Figura 1- Colocação das lâmpadas fluorescentes inutilizadas Figura 2- Caixote para colocação de resíduos de lâmpadas
na sua embalagem original fluorescentes
Este tipo de resíduo deve estar armazenado longe das fontes de ignição.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de lâmpadas fluorescentes.
Nos contentores de resíduos de lâmpadas fluorescentes, não deverão colocar-se outro tipo de lâmpadas,
nomeadamente as que não forem consideradas perigosas.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução Não Aplicável
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
Reciclagem de REEE
O tratamento e valorização de lâmpadas, permite destilar em ambiente controlado, o mercúrio bioacumulável e
tóxico, reduzindo o seu risco de libertação para a atmosfera, solo e água, minimizando os impactes na saúde
humana que daí advêm.
4/6
Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
Princípio da promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
hierarquia dos Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos
resíduos economicamente sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais
(Art. 7º) através da sua reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas
noutros domínios.
O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
Transporte de
detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
resíduos
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º)
Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade de Resíduos (SIRER):
inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem
registo mais de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º) b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Informação objecto c) Identificação das operações efectuadas;
de registo d) Identificação dos transportadores.
(Art. 49º) Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a
seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A)
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e
do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B)
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
Taxas de registo uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 174/2005 de 25 de Outubro,
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de Dezembro e Decreto-Lei
n.º73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos
e electrónicos (REEE)
Os EEE pertencentes às categorias indicadas no anexo I do Decreto-Lei nº 230/2004 devem
ser concebidos de forma a:
- limitar a utilização de substâncias ou misturas perigosas, reduzindo o carácter nocivo
e a quantidade dos resíduos a eliminar.
Princípios de - facilitar o seu desmantelamento e valorização e a não impedir a sua reutilização ou
concepção e gestão reciclagem, bem como dos seus componentes e materiais, salvo se essas características
de EEE ou processos de fabrico específicos apresentarem vantagens de maior relevo, nomeadamente
(Art. 5º) no que respeita à protecção do ambiente ou aos requisitos de segurança.
Cada EEE colocado no mercado nacional após 13 de Agosto de 2005 deve conter a
identificação do produtor e exibir uma marca que permita distingui-lo dos EEE
colocados no mercado antes da referida data.
Só podem ser colocados no mercado nacional os EEE que preencham todos os requisitos
definidos no Decreto-Lei n.º 230/2004 e demais legislação aplicável.
Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 174/2005 de 25 de Outubro,
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de Dezembro e Decreto-Lei
n.º73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos
e electrónicos (REEE)
Os EEE abrangidos pelas categoria 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 indicadas no anexo I, bem como
as lâmpadas eléctricas e os aparelhos de iluminação de uso doméstico, só podem ser
Substâncias colocados no mercado nacional, a partir de 1 de Julho de 2006, se não contiverem chumbo,
proibidas mercúrio, cádmio, crómio hexavalente, polibromobifelino (PBB) e ou éter de difenilo
(Art. 6º) polibromado (PBDE).
As excepções são relativas à reutilização de EEE colocados no mercado nacional antes de 1
de Julho de 2006 ou às peças sobresselentes para reparação daqueles equipamentos e às
utilizações indicadas no anexo V do Decreto-Lei n.º 230/2004 de 10 de Dezembro
Responsabilidades
Todos os intervenientes no ciclo de vida dos EEE e dos REEE são co-responsáveis pela sua
pela gestão
gestão, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 230/2004 e demais legislação aplicável.
(Art. 8º)
Cabe aos produtores de EEE o financiamento e a organização, directamente ou através de
terceiros, das operações de recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização ou
eliminação, de resíduos recolhidos de EEE colocados no mercado após 13 de Agosto de
2005.
Responsabilidades Só poderão ser colocados no mercado nacional os EEE cujos produtores tenham adoptado um
pela recolha, Sistema integrado de gestão de REEE ou um Sistema Individual devidamente licenciado
transporte, pelo Instituto Nacional de Resíduos.
tratamento, Os distribuidores são responsáveis por assegurar a recolha de REEE sem encargos para o
valorização e detentor, à razão de um por um, no âmbito do fornecimento de um novo EEE, desde que os
eliminação de REEE resíduos sejam de equipamentos equivalentes e desempenhem as mesmas funções que os
equipamentos fornecidos;
(Art. 9º a 13º)
Distribuidores podem constituir-se como centros de recepção de REEE;
Sobre os utilizadores particulares impende a obrigação de proceder à entrega gratuita dos
REEE que detenham nas instalações de recolha selectiva a tal destinadas, de acordo com as
informações fornecidas.
Os custos da recolha, tratamento e eliminação ambientalmente sã de REEE não são
Custo ambiental indicados separadamente aos compradores aquando da venda de novos EEE.
Até 13 de Fevereiro de 2013, no que diz respeito aos equipamentos que integram a categoria 1
(Art. 24º)
do anexo I, é permitido aos produtores indicar os custos inerentes à gestão do REEE.
Todos os produtores de EEE, independentemente do sistema de gestão de REEE por que
optarem, estão sujeitos a uma obrigação de registo, de forma a tornar possível acompanhar e
fiscalizar o cumprimento das obrigações e dos objectivos fixados no Decreto-Lei n.º 230/2004 e
demais legislação aplicável, o não cumprimento desta obrigação implica a proibição de
comercialização de EEE no mercado nacional.
Registo de Os produtores devem comunicar à entidade responsável pela organização do registo, numa
produtores de EEE base anual, o tipo e quantidade de equipamentos colocados no mercado nacional, bem
como o sistema de gestão por que optaram em relação a cada tipo de REEE.
(Art. 26º)
Os produtores devem identificar o respectivo número de registo nas facturas que emitem, nos
documentos de transporte e em documentos equivalentes.
Os produtores de EEE que coloquem equipamentos no mercado nacional através de
comunicação à distância (através de Internet, telefone, catálogos, entre outros) também estão
sujeitos às obrigações constantes dos pontos anteriores.
6/6
Resíduo: Pilhas e Acumuladores Usados
LER
O código do resíduo Pilhas e Acumuladores Usados, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
20 01 33* – Pilhas e Acumuladores abrangidos em 16 06 01, 16 06 02 ou 16 06 03 e Pilhas e Acumuladores
não Triados contendo essas Pilhas ou Acumuladores.
Este tipo de equipamentos contém metais pesados e tóxicos destacando-se o cádmio e o mercúrio. Se as pilhas ou
acumuladores forem depositadas directamente no solo, com a sua deterioração, são libertados os metais pesados,
que poluem gravemente o solo, a água, o ar e os organismos vivos, tendo efeito bioacumulativo.
O cádmio pode originar transtornos gastrointestinais, anemia, enfisema pulmonar, doenças renais entre outras
patologias no ser humano.
O mercúrio afecta o sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais, alterações nos órgãos do sistema
respiratório, lesões renais, entre outras doenças graves que afectam o ser humano.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
2/7
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Os resíduos de pilhas e acumuladores usados, devem ser colocadas em recipientes estanques, ou sobre
bacias de retenção e devem ser armazenados ao abrigo da exposição do sol, calor ou chuva.
Figura 1 - Recipiente para colocação de resíduos de Figura 2 - Recipiente para colocação de resíduos de pilhas
acumuladores
Este tipo de resíduos deve estar armazenado longe das fontes de ignição.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com a
designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3
de Março).
Figura 3- Exemplos de rótulos a serem utilizados para identificação dos resíduos de Pilhas e Acumuladores
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
RECICLAGEM
R5: Reciclagem ou recuperação de outras matérias inorgânicas
OUTROS TIPO DE
R13: Acumulação de resíduos para serem submetidos a uma das operações
VALORIZAÇÃO referidas anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário,
antes da recolha, no local onde esta é efectuada.
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao produtor
do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse produto se tal
decorrer de legislação específica aplicável
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
Princípio da exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
responsabilidade O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
pela gestão hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
(Art. 5º) licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência para
uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou para
uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
4/7
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
Princípio da
promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
hierarquia dos
Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos economicamente
resíduos
sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais através da sua
(Art. 7º) reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas noutros domínios.
O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
Transporte de
detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
resíduos
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade de Resíduos (SIRER):
inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem mais
registo de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
(Art. 48º)
resíduos perigosos. (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Informação objecto c) Identificação das operações efectuadas;
de registo d) Identificação dos transportadores.
Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a
(Art. 49º)
seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos termos do artigo 49º do Decreto-Lei nº 178/2006 do por um período mínimo de três anos.
registos As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A) sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
Prazo de inscrição e funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B) mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro e posteriores alterações publicadas no Decreto-Lei n.º 266/2009, de 29 de
Setembro e Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime de colocação no mercado de pilhas e acumuladores e o regime de recolha, tratamento,
reciclagem e eliminação de resíduos de pilhas e dos acumuladores
Os fabricantes de pilhas ou acumuladores devem conceber pilhas e acumuladores que
Obrigações dos
progressivamente contenham menos substâncias perigosas, designadamente através da
fabricantes de
substituição dos metais pesados como o mercúrio, o cádmio e o chumbo, por forma a
pilhas ou
diminuir o seu impacte negativo no ambiente e na saúde humana.
acumuladores e
dos fabricantes Os fabricantes de aparelhos que contêm pilhas ou acumuladores incorporados devem
dos aparelhos que assegurar que os mesmos são:
os contêm a) Concebidos de modo a facilitar a remoção dos resíduos de pilhas ou acumuladores;
incorporados
b) Acompanhados de instruções que informem o utilizador final sobre o tipo de pilhas ou
(Art. 6º) acumuladores neles incorporados e sobre a remoção segura dos respectivos resíduos.
Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro e posteriores alterações publicadas no Decreto-Lei n.º 266/2009, de 29 de
Setembro e Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime de colocação no mercado de pilhas e acumuladores e o regime de recolha, tratamento,
reciclagem e eliminação de resíduos de pilhas e dos acumuladores
É proibida a colocação no mercado de:
– Pilhas e acumuladores (P&A), incorporados ou não em aparelhos, que contenham mais de 5
Proibição de ppm de mercúrio em peso (não se aplica às pilhas-botão com um teor em mercúrio inferior a
colocação no 20.000 ppm);
mercado
– Pilhas e acumuladores (P&A) portáteis, incluindo os incorporados em aparelhos, com mais de
(Art. 7º) 20 ppm de cádmio em peso (não se aplica a pilhas e acumuladores portáteis utilizados em
sistemas de alarme e de emergência, incluindo iluminação de emergência, aparelhos médicos
e ferramentas eléctricas sem fios).
Os produtores, individualmente ou através de entidade gestora licenciada nos termos do
Recolha de
Decreto-Lei n.º 6/2009, devem assegurar a instalação de pontos de recolha selectiva de
resíduos de pilhas
resíduos de pilhas e acumuladores portáteis e suportar os demais custos decorrentes da
e acumuladores referida operação de recolha.
portáteis
Os distribuidores de pilhas e acumuladores portáteis estão obrigados a aceitar a devolução dos
(Art. 9º) respectivos resíduos, independentemente da sua composição química e da sua origem, sem
encargos para os utilizadores finais e sem que estes tenham de adquirir novas pilhas ou
acumuladores.
Os utilizadores finais estão obrigados a proceder à entrega dos resíduos de pilhas e
acumuladores portáteis que detenham, sem quaisquer encargos, em pontos de recolha
selectiva destinados para o efeito.
Os produtores e os distribuidores de baterias e acumuladores industriais estão obrigados a
Recolha de
aceitar a devolução dos respectivos resíduos pelos utilizadores finais, independentemente da
resíduos de
sua composição química e da sua origem.
baterias e
acumuladores Os produtores de baterias e acumuladores para veículos automóveis, individualmente ou
industriais e de através de entidade gestora licenciada nos termos do Decreto-lei n.º 6/2009, devem assegurar
baterias e a existência de pontos de recolha selectiva dos respectivos resíduos e suportar os inerentes
acumuladores custos de instalação e funcionamento.
para veículos Os distribuidores de baterias e acumuladores industriais estão obrigados a aceitar a devolução
automóveis dos respectivos resíduos pelos utilizadores finais, independentemente da sua composição
(Art. 10º) química e da sua origem.
Os resíduos de baterias e acumuladores recolhidos selectivamente devem ser acondicionados
em recipientes estanques, com uma composição que não reaja com os componentes dos
referidos resíduos, e armazenados com o líquido no seu interior e na posição vertical, com
aberturas fechadas e voltadas para cima.
Os utilizadores finais estão obrigados a proceder à entrega dos resíduos de baterias e
acumuladores industriais e de baterias e acumuladores para veículos automóveis que
detenham, sem quaisquer encargos, em pontos de recolha selectiva destinados para o efeito
Os produtores estão obrigados a rotular as pilhas, os acumuladores ou as baterias de
pilhas colocados no mercado comunitário com o símbolo cujo modelo consta do anexo
II do Decreto-Lei n.º 6/2009, do qual faz parte integrante, por forma a facilitar a recolha
Rotulagem selectiva dos respectivos resíduos.
Os produtores de pilhas e acumuladores portáteis e de baterias e acumuladores para veículos
(Art. 12º)
automóveis são obrigados, a indicar nos mesmos de forma visível, legível e indelével a
respectiva capacidade, de acordo com os métodos harmonizados de determinação da
capacidade e do uso apropriado a definir pela Comissão Europeia.
Cabe aos produtores, individualmente ou através da entidade gestora licenciada nos termos do
Tratamento,
Decreto-Lei n.º 6/2009, assegurar o tratamento, reciclagem e/ou eliminação dos resíduos de
reciclagem e
pilhas e acumuladores recolhidos, suportando os custos líquidos decorrentes dessas
eliminação de P&A
operações, bem como os custos das operações intermédias de transporte, armazenagem e
portáteis, de triagem.
baterias,
acumuladores Os processos de tratamento e de reciclagem devem cumprir o disposto no Decreto-Lei
industriais, n.º178/2006, de 5 de Setembro republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, e
baterias e demais legislação aplicável, devendo ainda os operadores observar os requisitos mínimos
acumuladores descritos no ponto 2 do artigo 13º do Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro.
para veículos
automóveis
(Art. 13º)
6/7
Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro e posteriores alterações publicadas no Decreto-Lei n.º 266/2009, de 29 de
Setembro e Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime de colocação no mercado de pilhas e acumuladores e o regime de recolha, tratamento,
reciclagem e eliminação de resíduos de pilhas e dos acumuladores
Tecnologias de
fabrico de pilhas e
acumuladores e de Os produtores de pilhas e acumuladores devem promover a investigação e o desenvolvimento
tratamento e de de novas tecnologias de fabrico, bem como de tratamento e de reciclagem dos respectivos
reciclagem dos resíduos, tendo em vista a melhoria do desempenho ambiental das pilhas e acumuladores ao
respectivos de longo do ciclo de vida.
resíduos
(Art. 14º)
Custo ambiental Os custos da recolha, tratamento e reciclagem de resíduos de pilhas e acumuladores portáteis
não são discriminados no preço de venda ao utilizador final.
(Art. 15º)
Sistemas de
gestão de Todos os produtores de pilhas e acumuladores são obrigados a submeter a gestão dos
resíduos de P&A respectivos resíduos a um sistema integrado ou a um sistema individual, para efeitos do
usados cumprimento das obrigações estabelecidas no Decreto-Lei n.º 6/2009.
(Art. 16º)
Caso o produtor opte pela adesão a um sistema integrado, a responsabilidade pela gestão dos
resíduos de pilhas e acumuladores é transferida para a entidade gestora desse sistema.
Sistema integrado
A transferência de responsabilidade referida pode ser parcial, quando relativa a alguns dos
(Art. 17º) resíduos, ou total, quando abranja todos os resíduos.
A transferência de responsabilidades de cada produtor para a entidade gestora é objecto de
contrato escrito com a duração mínima de dois anos.
A entidade gestora é financiada, nomeadamente, através de uma prestação financeira a
suportar pelos produtores.
O valor da prestação financeira é determinado em função das quantidades de pilhas e
Financiamento da acumuladores colocados anualmente no mercado nacional, características e natureza dos
entidade gestora materiais presentes nos resíduos de pilhas e acumuladores bem como das operações de
tratamento a que os mesmos são sujeitos.
(Art. 19º)
O valor da prestação financeira pode ser actualizado mediante proposta da entidade gestora a
apresentar à APA até 30 de Setembro do ano imediatamente anterior àquele a que diz respeito
e carece de aprovação por despacho do membro do Governo responsável na área do
ambiente.
Em alternativa ao sistema integrado, os produtores de pilhas e acumuladores podem optar por
Sistema individual assumir as suas obrigações de gestão de resíduos de pilhas e acumuladores a título individual.
(Art. 22º) O sistema individual de gestão de resíduos referido no ponto anterior carece de autorização da
APA, a qual é concedida desde que o produtor demonstre cumprir as obrigações previstas para
o sistema integrado.
Os produtores são obrigados a proceder ao registo junto da entidade de registo para
Registo de produtores de P&A (ANREE) e a comunicar as seguintes informações:
produtores
a) O tipo e a quantidade de pilhas e acumuladores colocados no mercado anualmente;
(Art. 23º) b) Indicação do sistema de gestão por que optaram em relação a cada tipo de pilha e
acumulador.
LER
O código do resíduo Equipamento Eléctrico e Eléctrico fora de Uso (Computadores, Monitores, Teclados,
Impressoras) contendo Componentes Perigosos, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
20 01 35* - Equipamento Eléctrico e Electrónico fora de Uso não abrangido em 20 01 21 ou 20 01 23
contendo Componentes Perigosos. (2)
Este tipo de equipamentos contém metais pesados e tóxicos nos seus vários componentes. Desta forma, existem
inúmeros impactes associados à deposição não controlada deste tipo de resíduos. Por exemplo, as placas de
circuito interno contêm chumbo e cádmio e os interruptores contém mercúrio. Estes metais poluem gravemente o
solo, a água, o ar e os organismos vivos, tendo efeito bioacumulativo.
O chumbo pode provocar alterações graves no sangue, rins, órgãos do sistema respiratório, cérebro, ossos, tecidos
musculares, causando doenças graves por vezes irreversíveis.
O cádmio pode originar transtornos gastrointestinais, anemia, enfisema pulmonar, doenças renais entre outras
patologias no ser humano.
O mercúrio afecta o sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais, alterações nos órgãos do sistema
respiratório, lesões renais, etc.
Capítulo LER 20 - Equipamento Eléctrico e Electrónico fora de Uso (Computadores, Monitores, Teclados, Impressoras)
contendo Componentes Perigosos. 1/6
Fichas Técnicas de Resíduos
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos deverão ser implementadas acções tais como:
no momento da compra, optar por aparelhos com maior tempo de vida útil.
efectuar manutenção preventiva e curativa dos equipamentos de forma a evitar a necessidade de
substituição do material e consequente geração deste tipo de resíduo.
reutilização de equipamento, por exemplo para funções, nas quais os equipamentos mais
obsoletos ainda sejam úteis.
promover e divulgar regras para uma utilização cuidada, deste tipo de equipamentos, evitando danos
no material e potencial necessidade de substituição.
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/6
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Se estes resíduos estiverem contaminados com substâncias corrosivas deve ser dada especial atenção
à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos contentores
Este tipo de resíduos devem estar armazenados longe das fontes de ignição.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com
a designação do resíduo e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004,
de 3 de Março).
Figura 2- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de Equipamento Eléctrico e Electrónico fora de
uso contendo componentes perigosos.
TRANSPORTE
Capítulo LER 20 - Equipamento Eléctrico e Electrónico fora de Uso (Computadores, Monitores, Teclados, Impressoras)
contendo Componentes Perigosos. 3/6
Fichas Técnicas de Resíduos
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável.
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
OUTROS TIPO DE
R13: Acumulação de resíduos para serem submetidos a uma das operações
VALORIZAÇÃO referidas anteriormente, com a exclusão do armazenamento temporário,
antes da recolha, no local onde esta é efectuada.
Reciclagem de REEE
Os REEE contêm uma grande variedade de materiais, como o plástico, vidro, metais ferrosos e não ferrosos, metais
preciosos, metais pesados, que através de um processo de valorização poderão ser reutilizados na produção de
novos EEE, minimizando os impactes ambientais do consumo de matérias-primas, bem como contribuindo para a
redução da ocupação de espaço em aterro.
4/6
Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
Princípio da promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
hierarquia dos Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos
resíduos economicamente sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais
(Art. 7º) através da sua reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas
noutros domínios.
O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
Transporte de
detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
resíduos
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º)
Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade de Resíduos (SIRER):
inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem
registo mais de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º) b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Informação objecto c) Identificação das operações efectuadas;
de registo d) Identificação dos transportadores.
(Art. 49º) Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a
seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
(Art. 49º- A) As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou
Prazo de inscrição e
do funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B)
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de
Taxas de registo uma taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados
pelo regulamento de funcionamento do SIRER.
Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 174/2005, de 25 de Outubro,
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de Dezembro e Decreto-Lei
n.º73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos e
electrónicos (REEE)
Os EEE pertencentes às categorias indicadas no anexo I do Decreto-Lei n.º 230/2004 devem
Princípios de
ser concebidos de forma a:
concepção e gestão
- limitar a utilização de substâncias ou misturas perigosas, reduzindo o carácter nocivo e
de EEE
a quantidade dos resíduos a eliminar.
(Art. 5º) - facilitar o seu desmantelamento e valorização e a não impedir a sua reutilização ou
reciclagem, bem como dos seus componentes e materiais, salvo se essas características
ou processos de fabrico específicos apresentarem vantagens de maior relevo, nomeadamente
no que respeita à protecção do ambiente ou aos requisitos de segurança.
Cada EEE colocado no mercado nacional após 13 de Agosto de 2005 deve conter a
identificação do produtor e exibir uma marca que permita distingui-lo dos EEE
colocados no mercado antes da referida data.
Só podem ser colocados no mercado nacional os EEE que preencham todos os requisitos
definidos no Decreto-Lei n.º 230/2004 e demais legislação aplicável.
Capítulo LER 20 - Equipamento Eléctrico e Electrónico fora de Uso (Computadores, Monitores, Teclados, Impressoras)
contendo Componentes Perigosos. 5/6
Fichas Técnicas de Resíduos
Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 174/2005, de 25 de Outubro,
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de Dezembro e Decreto-Lei
n.º73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos e
electrónicos (REEE)
Os EEE abrangidos pelas categoria 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 indicadas no anexo I, bem como
as lâmpadas eléctricas e os aparelhos de iluminação de uso doméstico, só podem ser
Substâncias colocados no mercado nacional, a partir de 1 de Julho de 2006, se não contiverem chumbo,
proibidas mercúrio, cádmio, crómio hexavalente, polibromobifelino (PBB) e ou éter de difenilo
(Art. 6º) polibromado (PBDE).
As excepções são relativas à reutilização de EEE colocados no mercado nacional antes de 1
de Julho de 2006 ou às peças sobresselentes para reparação daqueles equipamentos e às
utilizações indicadas no anexo V do Decreto-Lei n.º 230/2004 de 10 de Dezembro
Responsabilidades
Todos os intervenientes no ciclo de vida dos EEE e dos REEE são co-responsáveis pela sua
pela gestão
gestão, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 230/2004 e demais legislação aplicável.
(Art. 8º)
Cabe aos produtores de EEE o financiamento e a organização, directamente ou através de
Responsabilidades
terceiros, das operações de recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização ou
pela recolha,
eliminação, de resíduos recolhidos de EEE colocados no mercado após 13 de Agosto de
transporte,
2005.
tratamento,
Só poderão ser colocados no mercado nacional os EEE cujos produtores tenham adoptado um
valorização e
sistema integrado de gestão de REEE ou um sistema individual devidamente licenciado
eliminação de REEE
pela Autoridade Nacional de Resíduos.
(Art. 9º a 13º) Os Distribuidores são responsáveis por assegurar a recolha de REEE sem encargos para o
detentor, à razão de um por um, no âmbito do fornecimento de um novo EEE, desde que os
resíduos sejam de equipamentos equivalentes e desempenhem as mesmas funções que os
equipamentos fornecidos;
Distribuidores podem constituir-se como centros de recepção de REEE;
Sobre os utilizadores particulares impende a obrigação de proceder à entrega gratuita dos
REEE que detenham nas instalações de recolha selectiva a tal destinadas, de acordo com as
informações fornecidas.
Os custos da recolha, tratamento e eliminação ambientalmente sã de REEE não são
Custo ambiental
indicados separadamente aos compradores aquando da venda de novos EEE.
(Art. 24º) Até 13 de Fevereiro de 2013, no que diz respeito aos equipamentos que integram a
categoria 1 do anexo I, é permitido aos produtores indicar os custos inerentes à
gestão do REEE.
Todos os produtores de EEE, independentemente do sistema de gestão de REEE por que
Registo de
optarem, estão sujeitos a uma obrigação de registo, de forma a tornar possível acompanhar e
produtores de EEE
fiscalizar o cumprimento das obrigações e dos objectivos fixados no presente diploma e demais
(Art. 26º) legislação aplicável, o não cumprimento desta obrigação implica a proibição de
comercialização de EEE no mercado nacional.
Os produtores devem comunicar à entidade responsável pela organização do registo, numa
base anual, o tipo e quantidade de equipamentos colocados no mercado nacional, bem
como o sistema de gestão por que optaram em relação a cada tipo de REEE.
Os produtores devem identificar o respectivo número de registo nas facturas que emitem, nos
documentos de transporte e em documentos equivalentes.
Os produtores de EEE que coloquem equipamentos no mercado nacional através de
comunicação à distância (através de Internet, telefone, catálogos, entre outros) também estão
sujeitos às obrigações constantes dos pontos anteriores.
6/6
Resíduo: Lâmpadas Incandescentes
LER
O código do resíduo Lâmpadas Incandescentes, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
20 01 99 - Outras Fracções não Anteriormente Especificadas
Este tipo de equipamentos pode conter alguns elementos químicos, tais como, tungsténio, crípton, xénon,
halogéneo, bromo. Estes elementos directamente em contacto com o solo, ou água, constituem agentes
contaminantes, provocando impactes ambientais negativos.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Para a prevenção e redução deste tipo de resíduos deverão ser implementadas acções tais como:
no momento da compra, optar por compra de lâmpadas com maior durabilidade.
promover e divulgar regras para uma utilização cuidada, deste tipo de equipamentos, evitando danos
no material e potencial necessidade de substituição.
implementar sistemas de iluminação automáticos, minimizando consumos e desgaste das lâmpadas.
elaborar, implementar e comunicar instruções/ procedimentos a todos os trabalhadores com
regras de prevenção deste tipo de resíduo.
sensibilizar e formar todos os colaboradores, para a prevenção e minimização da produção de
resíduos.
2/6
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
As lâmpadas incandescentes que constituem resíduo, devem ser colocadas na sua embalagem original e
posteriormente acondicionadas em recipiente fechado.
Figura 1- Colocação das lâmpadas incandescentes Figura 2- Caixote para colocação de resíduos de lâmpadas
inutilizadas na sua embalagem original incandescentes
Figura 3- Exemplo de rótulo a ser utilizado para identificação dos resíduos de lâmpadas incandescentes
Nos contentores de resíduos de lâmpadas incandescentes não deverão colocar-se outro tipo de lâmpadas,
nomeadamente as que forem consideradas perigosas, tais como as lâmpadas fluorescentes.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Não Aplicável
PREPARAÇÃO PARA A REUTILIZAÇÃO
Reciclagem de REEE
O termo reciclagem de lâmpadas refere-se à recuperação de alguns dos seus materiais constituintes e à sua
introdução nas indústrias ou nas próprias fábricas de lâmpadas. Nomeadamente a recuperação de terminais de
alumínio, pinos de latão, componentes de metais ferrosos, vidro, entre outros.
4/6
Decreto-Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
Princípio da
promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
hierarquia dos
Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos economicamente
resíduos
(Art. 7º) sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais através da sua
reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas noutros domínios.
O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
Transporte de
detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
resíduos
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º)
Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade Resíduos (SIRER):
de inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem mais
registo de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º) b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
Informação c) Identificação das operações efectuadas;
objecto de registo d) Identificação dos transportadores.
(Art. 49º) Para efeitos de registo na plataforma, os produtores de produtos devem prestar, pelo menos, a
seguinte informação:
a) Identificação do produtor e marcas comercializadas, se aplicável;
b) Identificação do tipo de produto e quantidades colocadas no mercado anualmente;
c) Indicação do sistema de gestão de resíduos adoptado.
As entidades sujeitas a registo devem manter um registo cronológico dos dados registados nos
Manutenção dos
termos do artigo 49 º do Decreto-Lei nº 178/2006 por um período mínimo de três anos.
registos
As informações referidas no ponto anterior devem ser facultadas às autoridades competentes,
(Art. 49º- A)
sempre que solicitado.
A inscrição no SIRER deve ser efectuada no prazo de um mês após o início da actividade ou do
Prazo de inscrição
funcionamento da instalação ou do estabelecimento.
e de registo
O prazo para registo anual da informação relativa aos resíduos e aos produtos colocados no
(Art. 49º- B)
mercado termina no dia 31 de Março do ano seguinte ao do ano a reportar.
Os produtores e operadores sujeitos a registo no SIRER estão obrigados ao pagamento de uma
Taxas de registo taxa anual de registo destinada a custear a sua gestão.
(Art. 57º) A taxa anual de registo é fixada em € 25, sendo a sua liquidação e pagamento disciplinados pelo
regulamento de funcionamento do SIRER.
Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 174/2005, de 25 de Outubro,
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de Dezembro e Decreto-Lei
n.º73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos
e electrónicos (REEE)
Os EEE pertencentes às categorias indicadas no anexo I do Decreto-Lei nº 230/2004 devem ser
concebidos de forma a:
- limitar a utilização de substâncias ou misturas perigosas, reduzindo o carácter nocivo e
a quantidade dos resíduos a eliminar.
Princípios de - facilitar o seu desmantelamento e valorização e a não impedir a sua reutilização ou
concepção e reciclagem, bem como dos seus componentes e materiais, salvo se essas características ou
gestão de EEE processos de fabrico específicos apresentarem vantagens de maior relevo, nomeadamente no
(Art. 5º) que respeita à protecção do ambiente ou aos requisitos de segurança.
Cada EEE colocado no mercado nacional após 13 de Agosto de 2005 deve conter a
identificação do produtor e exibir uma marca que permita distingui-lo dos EEE colocados
no mercado antes da referida data.
Só podem ser colocados no mercado nacional os EEE que preencham todos os requisitos
definidos no Decreto-Lei nº 230/2004 e demais legislação aplicável.
Decreto-Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro, alterado pelos Decreto-Lei n.º 174/2005, de 25 de Outubro,
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, Decreto-Lei n.º 132/2010, de 17 de Dezembro e Decreto-Lei
n.º73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de resíduos de equipamentos eléctricos
e electrónicos (REEE)
Os EEE abrangidos pelas categoria 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 indicadas no anexo I, bem como as
lâmpadas eléctricas e os aparelhos de iluminação de uso doméstico, só podem ser colocados no
Substâncias mercado nacional, a partir de 1 de Julho de 2006, se não contiverem chumbo, mercúrio,
proibidas cádmio, crómio hexavalente, polibromobifelino (PBB) e ou éter de difenilo polibromado
(Art. 6º) (PBDE).
As excepções são relativas à reutilização de EEE colocados no mercado nacional antes de 1 de
Julho de 2006 ou às peças sobresselentes para reparação daqueles equipamentos e às
utilizações indicadas no anexo V do Decreto-Lei n.º 230/2004 de 10 de Dezembro
Responsabilidade
Todos os intervenientes no ciclo de vida dos EEE e dos REEE são co-responsáveis pela sua
s pela gestão
gestão, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 230/2004 e demais legislação aplicável.
(Art. 8º)
Cabe aos produtores de EEE o financiamento e a organização, directamente ou através de
terceiros, das operações de recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização ou
eliminação, de resíduos recolhidos de EEE colocados no mercado após 13 de Agosto de 2005.
Responsabilidade Só poderão ser colocados no mercado nacional os EEE cujos produtores tenham adoptado um
s pela recolha, Sistema integrado de gestão de REEE ou um Sistema Individual devidamente licenciado
transporte, pelo Instituto Nacional de Resíduos.
tratamento, Os Distribuidores são responsáveis por assegurar a recolha de REEE sem encargos para o
valorização e detentor, à razão de um por um, no âmbito do fornecimento de um novo EEE, desde que os
eliminação de resíduos sejam de equipamentos equivalentes e desempenhem as mesmas funções que os
REEE equipamentos fornecidos;
Distribuidores podem constituir-se como centros de recepção de REEE;
(Art. 9º a 13º)
Sobre os utilizadores particulares impende a obrigação de proceder à entrega gratuita dos REEE
que detenham nas instalações de recolha selectiva a tal destinadas, de acordo com as
informações fornecidas.
Os custos da recolha, tratamento e eliminação ambientalmente sã de REEE não são indicados
Custo ambiental separadamente aos compradores aquando da venda de novos EEE.
Até 13 de Fevereiro de 2013, no que diz respeito aos equipamentos que integram a categoria 1
(Art. 24º)
do anexo I, é permitido aos produtores indicar os custos inerentes à gestão do REEE.
Todos os produtores de EEE, independentemente do sistema de gestão de REEE por que
optarem, estão sujeitos a uma obrigação de registo, de forma a tornar possível acompanhar e
fiscalizar o cumprimento das obrigações e dos objectivos fixados no Decreto-Lei n.º 230/2004 e
demais legislação aplicável, o não cumprimento desta obrigação implica a proibição de
comercialização de EEE no mercado nacional.
Registo de
Os produtores devem comunicar à entidade responsável pela organização do registo, numa
produtores de
base anual, o tipo e quantidade de equipamentos colocados no mercado nacional, bem
EEE
como o sistema de gestão por que optaram em relação a cada tipo de REEE.
(Art. 26º) Os produtores devem identificar o respectivo número de registo nas facturas que emitem, nos
documentos de transporte e em documentos equivalentes.
Os produtores de EEE que coloquem equipamentos no mercado nacional através de
comunicação à distância (através de Internet, telefone, catálogos, entre outros) também estão
sujeitos às obrigações constantes dos pontos anteriores.
6/6
Resíduo: Resíduos Indiferenciados
LER
O código do resíduo Resíduos Indiferenciados, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER), é
20 03 01 – Outros Resíduos Urbanos e Equiparados, incluindo Misturas de Resíduos
Este tipo de resíduos em decomposição, se não forem devidamente acondicionados e tratados, podem originar
efeitos negativos na saúde pública.
RECICLAGEM
OUTROS TIPO DE
VALORIZAÇÃO
ELIMINAÇÃO
Pior Solução
Nos vários sectores industriais promover a segregação dos vários tipos de resíduos gerados, nomeadamente
através de:
definição de regras/ instruções/procedimentos de separação de resíduos;
disponibilização dos meios (ecopontos, contentores, etc) necessários para o efeito;
comunicação, formação e sensibilização para a separação de resíduos.
implementação e manutenção de um sistema de gestão ambiental.
2/5
Acondicionamento e armazenagem temporária do resíduo
Para o acondicionamento dos resíduos indiferenciados devem adoptar-se recipientes fechados e devidamente
identificados.
Se a produção diária deste tipo de resíduos equiparados a urbanos não exceder 1100 l por produtor, a
respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
Figura 1- Ecopontos em plástico para colocação na cantina Figura 2- Contentor em plástico para colocação no parque de
ou refeitório resíduos
Deverá ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção dos
contentores, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dos
resíduos e/ou contentores de resíduos.
Todos os recipientes e locais de armazenamento devem estar devidamente identificados e rotulados com o
processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004,
de 3 de Março).
Nos contentores de resíduos indiferenciados, não deverão ser colocados resíduos perigosos, bem como,
os resíduos provenientes do posto médico.
TRANSPORTE
PREVENÇÃO E REDUÇÃO
Melhor
Solução
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
A responsabilidade pela gestão dos resíduos, incluindo os respectivos custos, cabe ao produtor
inicial dos resíduos, sem prejuízo de poder ser imputada, na totalidade ou em parte, ao produtor
do produto que deu origem aos resíduos e partilhada pelos distribuidores desse produto se tal
decorrer de legislação específica aplicável
Exceptuam-se do disposto no ponto anterior os resíduos urbanos cuja produção diária não
Princípio da exceda 1100 l por produtor, caso em que a respectiva gestão é assegurada pelos municípios.
responsabilidade
pela gestão O produtor inicial dos resíduos ou o detentor devem, em conformidade com os princípios da
hierarquia de gestão de resíduos e da protecção da saúde humana e do ambiente, assegurar o
(Art. 5º) tratamento dos resíduos, podendo para o efeito recorrer: a um comerciante; a uma entidade
licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos; a uma entidade
licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
A responsabilidade do produtor ou detentor de resíduos extingue-se pela sua transferência para
uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de resíduos ou para
uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos.
4/5
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Os produtores de resíduos devem proceder à separação dos resíduos na origem de forma a
Princípio da
promover a sua valorização por fluxos e fileiras.
hierarquia dos
resíduos Deve ser privilegiado o recurso às melhores tecnologias disponíveis com custos economicamente
sustentáveis que permitam o prolongamento do ciclo de vida dos materiais através da sua
(Art. 7º)
reutilização, em conformidade com as estratégias complementares adoptadas noutros domínios.
Transporte de O transporte de resíduos está sujeito a registo electrónico a efectuar pelos produtores,
resíduos detentores, transportadores e destinatários dos resíduos, através de uma guia de
acompanhamento de resíduos electrónica (e-GAR) a disponibilizar no sítio da Autoridade
(Art. 21º) Nacional de Resíduos (ANR) na Internet.
Estão sujeitos a inscrição e a registo de dados no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Obrigatoriedade Resíduos (SIRER):
de inscrição e de a) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem mais
registo de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
(Art. 48º) b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos; (…)
O SIRER agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a
registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;