Você está na página 1de 11
Atividades em ambientes virtuais de aprendiz ee parametros de quali ade et nae erent Introdugao, (Os ambientes viduais de aprendizagem (AVAS) podem ser definidos, na perspeciva do usuirio, como ambientes que si- rmulam os ambientes presenciais de aprendizagem com 0 uso das TIC. Ess defnigso operacional possibilia um entendimento mais imediato. Contudo, para uma compreensio mais ampla € profunda, devemos entender melhor os conceitos de vital de aprendizagem e de TIC. Embora diversos tedricos tenham se dedicado 30 assunto, o conceito de virtual que abordare mos segue a concepcio de Lévy (1996 e 1998), conceito de aprendizagem baseia.se em Pozo (2002), a implicagao das TIC ra educaso, em geal, tem como referencia diverss trabalhos {Aradjo etal, 1999, 2007, 2002%, 2002”, Garrison e Anderson, 2003; Barreto etal, 2006; Tine Rajasinghan, 2007; Vaughan, 20071. Nosso objetivo 6 apresentar uma vsdo geral deses trés aspectos. No entanto, as partcularidades de cada érea do co- ‘nhecimento poderio encontrar outtos subaportes téricos Na sociedade da informaga0 e do conhecimento, os AVAS proporcianam o redimensionamento do ensinar e do aprender ‘que, ants, era realizado principalmente no espaco escolar, Esse redimensionamento permite que 0 espaco e o tempo de aprendi zagem sejam ampliados & o conceito de ensinar tome, por conse- guine, novas proporgies. Nesse contexto, os papéis do aluno & dd professor madam: o akuno necesita de maior autonomia para aprender professor passa a ser um maderadore uma facilitador do processo de aprendizagem (Barto etal, 2006) ‘Nessa nava circunstincia do professor como facilitadot © rmoderadbor,desafios se apresentam a esse profsional, condu- zindo-o a questionamentos sobre como promover o ensino ea aprendizagem efcientemente em AVAs e como produzit con- teddos ou atividades que levem & aprendizagem signficatva nesses ambientes, As atividades realizadas em AVAs podem ser uilizadas como um caminho para promover a autonomia,sis- tematizar 0 conhecimento, posiiltar a exploracio de espacos Vietais e recursos vtuaise avaliagio formativa O virtual e a virtualidade (0s temas viva e virtaidade encontram-se ente os mais, sisseminados ma sociedade atual. Lévy e Deluze trouxeram re centes e importantes abordagens aos conceitos de vitual e de virtualidade. Para Lévy (1996 e 1998), o viral nao se ope a0 real, mas se manifesta como uma poténcia, Essa poténcia gera ‘um né complexo problemstica, que se manifesta peas tendén- cias eforgas que acompanham uma stuago, um acontecimen- to, um objeto qualquer chamado de requista; trata-se de um processo de resalugdo que Lévy denomina de atualizagdo. AS- sim, a atualizagao constitu a resolugdo do problema, do né de tendéncias gerado pela vitualidade. Ao conteiio do que muitos pensam,o viual ea virualidade nao rtram a humanidade das relagoes; a virualidade, na verdade, potencializa a comunica- 480 sem restrigao de tempo e de espaco, possbiltando a mani festagao de idéias publicamente, sendo esse um flsodilema, (s recursos que permitem 0 vital sio as TIC. Estas cons lituem os recursos tecnolégics, software e hardware que eeal- zam as tarefas de receber, processar, distrbuir e armazenar os ddados e infarmagdes, permitindo a interagio e a interatividade sem restrigbes de tempo e espaco.Elas <0, portanto, a base do Virtual eda vitualidade, (© contexto do viral como uma representacao simulada 0u potencializada, segundo Lévy (1996), pode ser observad fem diferentes situacdes no Smbito do processo de ensino- aprendizagem com 0 auxilio do computador. Um exempl que destaca 0 faco de atendo consttui uma vista virtual a lum museu, durante a qual 0 usuitio determina seu tempo e 10s fespacos’ que deseja vista. Em muitos casos, existe a pos- sibilidade de interagir com os objelos (rotacioné-los, aumentar fu diminuir seu tamanho} e avalis-os, segundo o interesse disponibilidade de tempo de cada um para essa alividade. O acesso a0 museu e a interago com os objetos podem ser fei- los quantas vezes o usuario vsitante queira, ou sea, ele pode simular essa experiéncia quantas vezes forem necessirias para aingir seu objetivo de estudo, por exemplo, Essa sivacio & Capitulo 50: Atividades em ambientes viruais de aprendizagem: parmetros de qualidade 359 {geralmente bastante diferente de uma visita a0 espace fico tio muse, em que ovisitantendo pode, por exemplo, apro- ims de objtos expostos. E importante destacar que aio estamos avaliando se ir-20 museu é melhor ou mais adequado do que realizar uma visita veal, ot vice-versa; trata-se apenas de destacar diferencas e paricularidades entre as duas possiblidades, de visita, A Figura 50.1 tazo site do Museo El Pais como ‘exemplo de metaforavirual de um maseu. ‘A suagio apresentada para o muse vitual é semeharte «outassimulagdes poses em ambents vituas, como uma aula. ou uma atividde realizada em laboatvo, No abort, geralmeno, hi procedimentosespecticos a serem reaizds l= Fzando recursos instrumenos laboratorasfscos para analisar determinadofendmeno, Normalmente, em uma atidade dese tipo, os exudantesralzam suas atvidades em grupo, analisan do procedimentas,manipulando os recursos fics eavalindo 10 resultados obidos. Ha ainda tempo e espago determinados para a realzacdo das tarease, muita vezes, os dados cbtidos presenta eos ealhas que dicular a coelusi, A siuacio exerpliicada consitui uma stvagao de atv dade presencal. Contudo, ela pode se reaizada de maneira virtual. Hi atvalmente, muitos softwares que simulam ex petgncas laboratariais a pair de alguns pardmets; esses softwares podem ser execulados quantas vezes 0 estudante ‘quiser ou necessiar. Alem dss, podem ser tlizados, em sua consttgio, diferentes parimettos de entrada e hi posibil ‘ade de diferentes resultados nas. Asim, & perguna “as ai vidades de labortéio poderiam ser ealizadas em ambiente viral” € possivl responder que sim, poderiam. € preciso nals, entretanto, os recursos digits dispanives para cada ‘ea Mas no podemosignorar que esa possibilidade existe 6 bastante utllzada? com as abjetos de aprendizagem. Segundo a norma IEEE 1484 2002), um objeto de aprendia- Cato Femando de Aaj Ke uo isin Marques 06 defindo como qualquer enidade, digtal ou ni, que pos $2 ser usada para aprendizagem, educacio ou tenamento. Sbo exemplos de abeos de aprendzagem, confome Ara (20028) ‘Olvera, Arajoe Léon (2003), fotos ov imagens digits, ani- mages, simulagées e pequenas alicactes, pgnas Web que combinars text, imagens ours meios ou apicagies Olivera, Avatijo e Lédon (2003) destacam que as princi pais vantagens dos ob etos de aprend:zagem sioapossibilda- ‘ie de eullizacio em auas vituais, a possiblidade de adap- tagSalpersonalizagao de um objeto, a ustagio de conceitos absiraios, 0 aspect interativo e a uilizacao de aspectos de visualizaGio de alguns objetos. Os objets de aprendizagem permitem ao professor modelar uma aulajcontetida par meio se diversas formas de visvalizagio ede uso de midis cferen tes, abrangendo, asin, tados os estilos de aprendizagem indi- vidas de seus alunos, que possiilita melhora no processo ‘ée ersino-aprendizagem. Um abjeto de aprendizagem pode se praduzd para per itr uma aprendizagem mais ecinte por meio da interacs0 ‘da prtica dos concetos de um contedido, 0 que demonsia coeréncia com os postlados de Lévy (1993, p. 40), para quem “quanto mais atvamente uma pessoa paricipar da aqusigao de um conhecimento, mais ea id integra ereteraqulo que aprender. Ora, a mulimidia iterativa,gragas 3 dimensio r- ticular ou nao lineas,favorece uma atte exporatéra, ou mesma liza, face a0 material a ser assimilad. €, portato, Lm rstumento bem adaptado a uma pedagogia av. ( objeos de aprendizagem sio encomtads em reposié- os de objeos de aprendizagem,loais em qu fam armazena- ‘ds, no ambient vital. Como exerplo de repositiriopodemos citar oRved, de responsabiidade da SEEDIMEC, um repostrio criado em decoréncia do acordo ete Bras eFtados Unidos para a desenvolvimento da teenologia com uso pedagégico para Imelhoraroensina de cénciase maemstica no ersino mh, Figura 50.1: Interface do Museu El Pais (hp: //muva.elpais.com.uy). 1, Outros sites de muscusviraisoerecem visas interessanes, como, por exemple, o Museu Bini (hp fwwnxthebitshmuseu, cub) eo8 Ms Plo. no site Dominio Pali pire deminiopblien gob. ss do Vaticano (heli vatican va/SlasNew PO hl}. Outros links para museus vss podem ter tion, por exe 2. Bxemplos dese uso enconram-se nos sts pir cepa usp befkwvindex_ Pum), hep wor fc ulscbe-eparcerisiinejavat Index por hunt da Hscolado Futuro da USP LabVin, Rede Ineratve Vitual de Educagdo (ved). # anda hé los outs. 360 Educacio a di (© esado ds ane (0s repositérios de abjetos de aprendizagem sio_vsios como faciltadores na montage de novos cursos em ambiente Virual de aprendizagem , por isso, buscu-se uma padroniza- (a para eles esa padronizacdo segue padres interacionas, como, por exemplo, os estabelecidos pelo IEEE (2002), ‘A Figura 50.2 apresenta um objeto de aprendizagem ob- tido no Rived. Trata-se de um objeto de aprendizagem para auxiliar 0 ensino e aprendizagem de fungdeslineates quae dratcas com animacio e simulagao. ‘Analogamente & visita ao museu virtual, que apresenta- ‘mos anteriormente,atvidades laboratriais realizadas em la- booratéris vinuals podem ser acessadas quando o estudante desejar e podem ser repetidas conforme a necessidade do aprendizado individual ‘Além dos recursos citi, 6 preciso considerar que 0 AVA, permite que pessoas troquem mensagensestando em diferen- tes localidades. Permite que haja roca de significados sobre determinado assunto por um nimero varsvel de partic pantes tem diversos contextose de diferentes culturas. No ambito do pracesso de ensino-aprendizagem, essa possibilidade facta ‘8 estabelecimento de comunidades de aprendizagem, como designam Palla e Prat (2004), cujos membros cooperam uns ‘com 0s outros na construgdo do conhecimento de todos que dela partcipam. & formacio de comunidades de aprendiza- gem virtuais constitu umn tema atual de pesquisa € de pratt a, conforme ressalta Wenger (2001). Em especial, aidia de comunidades de pritica tem se mosirado itil no ambito das empresas na que se refere a gestio do conhecimenta e apren- dizagem organizacional 'Nos exemplos de stuacdes apresentados, merece desta- que como 0 recurso tecnoldgico propicia a simulacio de ali Vidades reaizadas no mundo, potencializando-as de alguma rmaneira, Desse panto de vista, abservamos que uma situacaa ro esté em detrimento da outra; ao contraio, as duas podem ser ullizadas para aingi os objetivo de aprendizager em Context especifco, Na verdade, as situagies do presencial e do virtual promover a aprendizagem de maneia diferencia- dae podem complementars. O ensino e a aprendizagem em ambiente virtual AS TIC € 0s AVAS permite novas e potencialmente dife- rents experiéncias de aprendizagem que no devem ser des- prezadas pelo professor universtrio na busca de esratégias para que seus estudantes atinjam seus objetivos de aprendi- Zager, Enretanto precisamos ter em mente que essas novas e diferentes experiéncias de aprendizagem s6 poderao exis se forem orientadas e maderadas pelo professor. Ele precisa se desprender dos métados radicionas de ensino na busca de uma nava abordagem do ensinar e de aprender no contexto Virtual. Tiffin e Rajasingham (2007) nos mostram a diferenga enire a episteme atual ea nova epsteme que surge no contex- toda sociedade contempordnea. O Quadro 50.1 apresenta as dduas abordagens. 'Na busca da tansiga0 da presencialidade para a viru alidade, 0 fendmeno mais comum & a ansposicio.? Desse ‘modo, com a surgimento da Web, © que mais se produzirarn foram livros eletrinicos que pouco ulilizam os recursos do ambiente virtual propriamente dito. Analogamente, os primei- Figura 50.2: Objto de aprendizagem sobre fungeslineaes e quadrétias (htp:/www.ived.mec govbri). rg Chooses ds es 2 Nowa cones de uanaparieio aqui di pita a mouda de “apa”. Neste seid, transpose sigicaia por aula, on sividades essen de forma diets (sm a adeguaches nessa pra ui ambiente vat Capitulo 50: Atividades em ambientes viruais de aprendizagem: pardmetros de qualidade 361 Carlos Femando de Ara Sue esi Marques Quadro 50.1: Diferenga entre a nova e a velhaepistemes. Vaha episteme Nova epee Proceso canvado no profesor Procesiecenrado no lune Proceso boredo ne conhecineno Process boseado am problamos ‘Aprendzogem fechas Aprendizagem Fave! Post Pesta demoesica Exe individu doom grupo (eooperaéo e colaboraéo) 50 fra ofaeo iliagéo de papel ineragio pela lame ‘Ago enrada no sal da ala gio cenitada no hipeonvaldade ‘Aprendzagem edhiitrada po prlesor Aprendzogem medioda palo computador em AVA Tone (adap de Tine Rajesingham, 2007), ros AVAs comecaram a ser uilizados como uma mera exten- so da sala de aula presencia, isto 6, um ambiente em que © professor podia deixar seus materais para acesso dos alunos € por meio qual os alunos encaminnavam suas atvidades para © professor. As primeras experiéneiastiveram, portant, uso exclusivo para enviar e receber material no formato eletni 0, 0 que, sem divida, é epresentou uma mudanga, apesar de bastante timid, Precisamos lembrat que a aprendizagem acorre com ou sem ensino. Na sociedade da informaco e do conhecimen- to, 2 aprendizagem constitui um imperativa do hamem. Por aquestoes de adaptagio do homem a sociedade, aprender tomou-se essencial. Por conseguinte, no imbito das insti- twigbes de ensino, um novo paradigma parece estar laten- te: insituigoes de ensino ou de aprendizagem? Certamente, 2 denominagio instiuigdes de ensino se estabelece, pois, actedita‘se que o ensino deve associar-se & aprendizagem, tendo-a como meta. Contudo, abservemos que o resultado final € 0 que se aprende. (Os AVAs, potencalizadas pelas TIC, permitem experién- cias de ensino e de aprendizado diferentes das experiéncias presenciais. Assim sendo, nesse novo contexto, as teorias de aprendizagem e as estratégias de ensino devem ser revistas, ‘A Figura 50.3, adaptada de Dale (apud Pastore, 2005), mos tra-nos que o ensino e @ aprendizagem se apresentam como processas com elementos multissens6ris, diversiicados. A ‘Web constitui um espago virtual que permite essa experién- cia multisensdria de maneira bastante intensa,valorizando a diferentes formas de aprendizagem e disponibilzando os recursos mulimidisticos, A Figura 30.3 nos permite observar que as pessoas aprendem dez por cento do que apenas léem fe noventa por cento do que elas executam Figura 503: Cone da experiénia de Dale (apud Pastore, 2005), 10% do que bem 20% do que cure 30% do que véem As potions so capone de Defnie str Desceser ‘ouvem @ véem Profcar 70% do que Assistir a uma Demonstragdo. Smular ou Modear uma Experi Real 362. Educacio a di (© esado ds ane Para desenvolver as procesos de ensno-aprendizagem, 0 professor pode langar mao de diversas estatégias. Na Figura 50.4, so apresentadasalgumas estates conhecidase bas tant utilizadas no ensino superior presencil. Cada esata rmostada pela figura permite que o proessoratnja os objet ‘osde aprendizagem prtendidos relacionados a determinado conte espectico. ‘Da mesma maneira que esas estratégiassio bastante ut- lizadas em context de aprendizagem presencia, elas tam bem podem ser utlizadas em ambiente vual, desde que sejam adequadas a esse contexo endo simplesmente tans posta, simples transposigzo, sem considera os recursos tsponteis no ambiente viral uilzado ou a utlzagio de recursos digitas apopriados para a esata, poderd acar relar ono aproveitamento do potencial do AVAS. Garson, Anderson e Archer (2000), da Universidade de Albert, Canad, desenvolveram um modela testa e ava- liado em atividades de ensino e de aprendizagem em AVA. (0 modelo contém ferramenias que possibiltam ideticar 0s principas elementos que compdem a experiéncia edu- cacional em um AVA. A Fgura 50.5 apresenta os principals elementos consttuinte do modelo: presenga socal, presen- 6a cognitiva epresenca de ensno, ‘0s autores definem a presonca socal coma a habilidade dos esudantes de se projetarem socialmentee afeivamente tem uma comunidade de discusso, Obsewvam que a interagio ¢ fundamental para a presenga social, pois 9 presen social da supore ao discaso que se estabelece ene os partepants, «contri para a criagdo de uma experincia educacional, possibiliando a prcepcao da comunidade no AVA; se hi co- munidade, a pessoas se comunicam, ravam dilogo visando Um objetivo comum, Ainda com respeto& presenca social, (0 autores ressallam que contibuir com uma comunidade de aprendizagem e no oblerrelomo da paticipagao ou dos re sultados desercoraao patcipate. As ‘erramentas de presenga cogntiva permitem que © AVA seja tizado pata o desenvolvimento de suporte a ativdades cognitivas que possibilitam 0 apro‘undamento do conhecimento ea aprendizagem. A ‘presenga de ensino” evidencia-se no papel do proiessor moderador elou tutor, permitindo que ele identifique as estruturas e os processos {que auxiliam a aprendizagem (experiéncia educacional) @ presenga de ensino encontra-s, assim, na base da experién- «ia educacional 'No modelo adotado pela UNICSUL pata a implementacio de estratégas de ensino e aprendizagem em ambiente virtual cesses tr elementos so considerados essencials a tecnolog'a, a comunicagaoe linguagem, ea aprendizagem. Esss rs ele- ‘menos fundamentais podem, ainda, ser potencializados pela rmaneita colaborativa como acontecem em ambiente virtual em conjunto,possalitam a experiencia educacional. Fsses elementos podem ser facilmente associados com o modelo de Garrison etal. (2000), para promover a experiéncia educacio- nal conforme apresentado na Figura 50.5. A tecnologia ‘O-conhecimenta, a competénciae a habildade de utilizar tecnologia determinam os eecursos dgiais a serem utilizados tem determinada esraégia de ensino e possibiltam identi car o potencial do AVA para determinada estratégia, Nossa enfoque a respeito da tecnologia segue 0 pensamento de Lévy (1996) com relagio ao virual e & vinualidade, ou sea, tecnologia poderé potencializar as estratégias de ensino ¢ aprendizagem utlizadas pelo professor. O conhecimento da tecnologia € essencial na sociedade contemporanea. Os es- tudantes devem se incluidos digtalmente e ser competentes ‘no uso tecnologia, além de ter habilidades para buscar dados € informagdes, avaliar e consrair significados que possam ser Utes. Essa nova habilidade é conhecida como information li- teracy (Dudziak, 2003), ov letramento digital ‘tecnologia, por meio do AVA, possibilta, por conseguin te, autilizagao de recursos e mecanismos para promover @ presenga social, a presenga cognitivae a presenga de ensina postuladas no modelo de Garrison et al. (2000), O papel da comunicagao e da linguagem Nao hi divida de que a Intemettrouxe uma nova forma cde comunicagdo, Atualmente nos comunicamos com qualquer pare do mundo com a méxima rapidez, o que gerou grande Figura 50.4: Alguns exemplos de estratégias de ensino e ‘aprendizagem tradicionais. Edo de Toto Figura 50.5: Modelo de Garrison, Anderson e Archer (2000) de comunidade virtual de aprendizogem. * Dando suport Fresengs —/ andicuso .Presengo ‘cia Experécia Defrineo Presenge de orine Capitulo 50: Atividades em ambientes viruais de aprendizagem: parmetros de qualidade 363 proximidade entre as pessoas, Em contrapantida, 3s pessoas, ‘quando se comunicam em ambiente viral, esto distantes ‘entre si em espaco e em tempo, senda que 2 principal forma. ‘de comunicaso em ambiente vidual é a linguagem escrta. AS mudangas trazidas pela Internet e a prOpriasituacao de inte- ragio da maneita Como ela acontece nos ambientes vituais insituiram uma nova forma de uso da lingua, uma linguager ‘especial. Nos AVAS, essa diferenca também se faz notar. A si- luacio é bastante diversa de um ambiente de aprendizagem presencial, em que professor e alunos se encantram no mesmo ‘espace fsico, a comunicacéo se dé de forma oral permitind que as observagbes das agdesereacBes dos alunos conduzam a ‘mudet, por exerpl, oditecionamento de uma propos, Nas situages vituais de ensino, importante assegurar a imeragdo, pois ela permite a presenea social. Assim, podemos cestimular a interacao em AVA por meio de esratégias que permitam que o professor se faca presente tanto nos textos te- ‘ricos por ele produzidos para 0 ambiente virtual quanto nas cdemais siuagdes que o AVA propicia, A linguagem utlizada, ‘em ambientes vitwais assume, assim, duas faetas: ela & mais informal do que a linguagem utilizada nos textos escritos em igeral, na medida em que as pessoas se utiliza dela como es- iratégia de aproximagao, mas possui as peculiaridades do tex to escrt, isto 6, pode ser planejada, pensada, ceformulada. (Os aspectos relacionados ao uso da linguagem em am- bientes viruais de aprendizagem tém sido tatados por Mar- ‘quesi (1999, 2001), Campos (2001), Arcoverde © Cabral (2004), Essa autores destacam a necessidade de uiilizagao de cesralégas especificas de linguagem escrila para proporcionar a motivago, socalizacao e presenca em um ambiente vitual ‘de aprendizagem, pracurando simular a linguagem falada no intuito de criar a sensagi0 de proximidade. ‘linda consideranda a distncia de tempo de espago que separa o professor de seus alunos no ambiente vial e aime portancia da interagio, dois fatres relacionados a0 uso da Tinguagem tomam-se, por conseguinte, relevantes e dever ser observaos tanto por professores como por alunos: a po- lidez e a clareza. Coma no estamos presentes para resolver mak-entendidos, interpretag6es inadequadas que podem gerar confusioe até ofendero interlocutor, assim devernos procurar utilizar uma linguagem que seja educada, simples e clara, a fim de minimizar os desencontros de compreensio. Nossas psquisas apontam estatégas linguisticas que atendem ade- ‘quadamente a essas necessidades, permitindo uma imeracio proveitosa entre os paticipantes do AVA. O papel da aprendizagem colaborativa Diane das transformagies pelas quais as sociedadese, con- sesjientemente, as escolas passam na alualidade, refi e pro- ‘mover a cooperacio consituem agées importantes na busca dos cbjetivos educacionas e na frmacio humana dos aprendizes. grupo cooperativo é um método didatico que possibilta maior interagdo entre os paricipantes e promove uma ago ‘educativa compartlhada, Nele, o estudat © 0 aprender $80 processos consttuidos coletivamente e cenrados na coopera- Ga. Em AVAS € possvel trabalhar com grupos cooperativos

Você também pode gostar