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Verbos auxiliares, helping verbs (verbos de ajuda), são palavras que acompanham um verbo principal pra
complementar o seu significado. No português falado, é muito comum usar o verbo “ir” como verbo auxiliar:
2. Nos dois casos o verbo principal, comer, tem seu significado alterado pelos helping verbs “vou” e “iria”; no
primeiro caso, significa que comer está no futuro e, no segundo, expressa uma situação hipotética, no passado.
3. Nós usamos verbos auxiliares pra facilitar a comunicação. Ao longo do tempo, os falantes de português
foram parando de ‘mexer’ no verbo para poder simplificar a comunicação. Assim, em vez de falar “comerei”
e “comeria”, a gente prefere falar “vou comer” e “iria comer”. Dessa forma, a gente mantém o verbo principal
do jeito que ele é e muda só o helping verb.
4. Existem também outros casos em que não podemos mudar o verbo principal e só com o verbo auxiliar é
possível entender a frase. Por exemplo, correndo. Esse verbo no gerúndio só vai fazer sentido se eu acrescentar
um verbo auxiliar, um verbo pra ajudar:
“Estou correndo”
“Está correndo”
“Estão correndo”
“Estava correndo”
5. Perceba que pra criar um verbo auxiliar, nós pegamos emprestado um verbo que já existe e que tem
significado próprio e usamos em outro contexto. Assim, “vou” significa apenas “ir” em “eu vou lá”. E “estava”
significa “estar” em “estava doente”. Nesses casos, a palavra vou e a palavra estava são as principais e não
auxiliam nenhum outro verbo.
6. É por esse motivo, aliás, que a frase “eu vou ir” não é pleonasmo. Isso porque “vou”, nesse caso, ocupa o
papel de verbo auxiliar e “ir” ocupa o papel de verbo principal. Por essa razão eu posso dizer “eu vou ir”, “ela
vai ir” e “eles vão ir”, alterando o verbo auxiliar e preservando o verbo principal, o que facilita a comunicação.
7. O inglês também possui vários verbos auxiliares como be, will e do. Como os verbos em inglês têm pavor
de mudarem de forma, os verbos auxiliares são muito importantes pra construir o sentido das frases. Isso pode
assustar no começo, mas a verdade é que o português às vezes é muito parecido. Por exemplo, no caso do
verbo auxiliar "to be":
8. Nesses dois casos, a situação do inglês é muito parecida com o português. Na verdade, é até mais difícil
aprender o português do que o inglês. Pra se vingarem e dificultar as coisas, eles inventaram algo que não tem
no português: o do. Assim como "be" e como "will", do é um verbo auxiliar, mas ao contrário desses dois, ele
não tem tradução ou significado preciso.
9. Sozinho, do significa fazer. Ou seja, quando é utilizado como um verbo principal, ele significa fazer. E aí,
nesses casos, ele funciona como um verbo normal do inglês:
Assim, da mesma forma que nós usamos "vou" e "estava" como palavras soltas, como verbos principais, o do
também pode ser usado dessa forma e, nesse caso, ele significa fazer.
10. Como verbo auxiliar, o do é usado em duas situações principais: (a) na formação de perguntas e (b) na
negação.
Nesses dois casos, do não tem significado nenhum. Por esse motivo, o do nunca é traduzido. Porque isso existe?
Ninguém faz ideia. É por isso que às vezes o do é chamado de "dummy auxiliary"ou "auxiliar idiota",
justamente porque ele não possui significado, mas seu uso é obrigatório nessas situações.
Pra facilitar, você pode imaginar que os verbos em inglês tem uma espécie de energia que dá vida pra eles.
Essa energia é o do. O do tá sempre acompanhando os verbos, mas eu só consigo ver quando eu faço uma
pergunta ou quando eu nego alguma coisa. Ou seja, preciso usar o do quando tem algum problema, quando eu
preciso perguntar se aquele verbo tá vivo ou quando eu preciso dizer que ele não tá vivo. Aí, nesses casos, eu
deixo o verbo quieto e mexo no do.
11. Assim, para fazer uma pergunta, eu coloco o do antes da pessoa que faz a ação:
Afirmação:
YOU LIKE MOVIES
Pergunta:
DO YOU LIKE MOVIES?
Essa é a parte mais chatinha sobre o do. Isso porque, pra fazer perguntas no inglês, eu sempre coloco o verbo
auxiliar antes do pronome. É isso que acontece com o do. Só que, às vezes, eu quero saber mais coisas numa
só pergunta, por exemplo:
Since november.
(Desde novembro).
Nesses dois casos, eu to perguntando algo a mais sobre a coisa. A pergunta não é se a pessoa gosta ou não de
carne, mas como ela gosta e, no segundo caso, eu quero saber desde quando ela vai para a igreja. Assim,
quando eu tenho esses complementos pra minha pergunta, quando eu quero saber mais do que simplesmente
se ela "gosta" e sim de que modo ela gosta, eu coloco antes do do. Mas sempre, como se vê, o do fica bonitinho
atrás da pessoa.
Assim:
Positiva:
YES, I LIKE MOVIES.
Negativa:
NO, I DON'T LIKE MOVIES.
Na verdade, a frase completa é "No, I do not like movies". Mas, para facilitar, se escreve e se fala "don't" que
é a contração de do + not.
Na prática, "don't" funciona igualzinho o não em português: "Você gosta de filmes? Não, eu não gosto de
filmes". Ou seja, eu coloco o não antes do verbo para poder criar uma frase negativa. É exatamente assim no
inglês. Agora, como os verbos têm sempre esse "do" escondido, eu preciso falar don't (do not) pra fazer sentido.
Como tem esse do, eu não posso responder simplesmente com "not". É errado dizer: "I not like movies". Em
português seria mais ou menos como responder "não, eu gosto de filmes" querendo dizer que não gosta. Sem
o do eu não dou energia pro verbo.
Não é só em respostas para perguntas que o don't é utilizado. Eu também tenho que usar o don't nas frases
negativas em geral. Por exemplo:
"He made me coffee in the morning, but I don't drink coffee. "
Ele fez café de manhã para mim, mas eu não bebo café.
13. O does é exatamente a mesma coisa que o do. A única diferença é que ele é usada quando a pessoa é "she,
he e it". Fora isso, não tem diferença nenhuma. É só uma mudança na palavra pra concordar com a pessoa do
verbo, assim como "vou, vai e vão".
I DO
WE DO
YOU DO
SHE DOES
HE DOES
IT DOES
THEY DO
14. Geralmente, as perguntas não são feitas com esses pronomes mas sim com nomes, qualificações etc. Nesses
casos, se usa o does normalmente. Por exemplo:
Nesse caso, "your father" poderia ser substituído por he. Por isso substuímos na resposta, igual no português.
Assim, a regra é sempre que eu estiver falando na terceira pessoa eu uso o does, exceto se eu estiver falando
na terceira pessoa do plural, eles ou elas. Nesse caso, eu uso o do:
15. O do e o does também podem ser usado em afirmações de dois modos: (a) pra dar respostas curtas e
(b) para colocar ênfase nas coisas.
a)
Do you like coffee?
I do.
She does.
b)
A ênfase é como se fosse uma resposta muito completa, e é usada em situações especiais. Numa briga de casal,
por exemplo, alguém diz "você não me ama!" e a pessoa pode responder "eu te amo sim!". Ao invés do sim,
em inglês se usa o do, por exemplo:
I do love you!