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DE BLOCOS CERÂMICOS-PARTE I
RESUMO
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 14., 2000, São Pedro - SP. Anais 13301
ABSTRACT
Researches on the recicling of industrial and urban residues have been intensifing in
the last years, in Brazil and in the exterior. The residues incorporation in ceramic masses,
seeking the obtaining of engines for several uses, it is constituted in one of the best solutions
for the environmental problem.
The technological reuse of residues, in a general way in the ceramic industry and
correlate, it can contribute to decrease of the use of the conventional raw materials and
consequently reduction of costs and in the prevention of possible environmental problems. In
this presented healthy work the results of characterization of the coming residues of the cut of
granites and its use as alternative ceramic raw material. The mineralogical characterization
was determined through granulometric analysis, chemistry analysis and Atterberg limits. For
the ceramic rehearsals, they were conformed by extrusion test bodies starting from ceramic
compositions with texts of residues varying between 30% and 60% and burned in the
temperatures of 800o C, 900o C and 1000o C. After analysis of the results was verified its
probable use as raw material for ceramic blocks and roof tiles.
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INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS
Para a realização deste trabalho foram utilizados os seguintes materiais :R 01- resíduo
proveniente da Empresa GRANEX S/A - Recife - PE. localizada na cidade de Cabo - PE;
R 02 -resíduo proveniente da Empresa GRANDON - Fortaleza - Indústria de Granito LTDA,
situada à Av. Washington Soares, Águas frias, Fortaleza – CE e a argila utilizada para uso em
cerâmica vermelha, proveniente da Empresa CINCERA, localizada no Distrito Industrial de
Santa Rita - PB.
MÉTODOS
Ensaios de Caracterização
Distrubuição Granulométrica
Limites de Atterberg
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Os resultados são a média de três determinações, com desvio relativo máximo de 5%,
são apresentados em porcentagem com aproximação de duas casas decimais.
Análise Química
As amostras de resíduos e argila, foram submetidas à análise química de acordo com
normas internas do Laboratório de Análise Minerais do CCT/PRAI/UFPB(10) .
Ensaios Tecnológicos
Propriedades Físico-Mecânicas
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ensaios de Caracterização
Limites de Atterberg
Composição Química
A Tabela III, apresenta a composição química dos resíduos provenientes da serragem
de granito e da argila .
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(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
Resíduo –01 0,78 65,01 7,62 13,86 3,64 - 2,38 3,63
Resíduo-02 6,10 54,75 8,38 12,90 8,40 - 4.05 3,03
CINCERA 7,09 54,79 8,78 22,29 - - 1,35 2,42
- Ausente
Observando os valores da Tabela III, verifica-se que os resíduos apresentam um teor
de SiO2 superior a 55% de Al2O3 e superior a 12%, o que indica serem provenientes de rochas
graníticas. Óxidos de cálcio e ferro(CaO e Fe2O3) são oriundos, principalmente, da granalha e
da cal utilizadas como abrasivo e lubrificante respectivamente .Os óxidos de sódio e de
potássio (Na2O e K2O) presentes nos resíduos são quase que totalmente, oriundos do feldspato
e da mica e são agentes fundentes.
Observando os valores da Tabela III, verifica-se que argila estudada apresenta um teor
de SiO2 superior a 50% e de Al2O3 da ordem de 20% de Fe2O3 acima de 8%, compatíveis com
sua utilização em cerâmica vermelha.
Analisando conjuntamente a composição química das amostras de resíduo , observam-
se elevados teores de ferro, o que indica cores avermelhadas após queima e que os óxidos de
potássio e de sódio favorecem a fusibilidade.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS
18
16
Resíduo 01
14
Resíduo 02
12
10
25 30 35 40 45 50 55 60 65
Resíduo/Argila (%)
Figura 1 - Absorção de água dos corpos de prova das massas queimadas à temperatura de
CONGRESSO800 o
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C.
Tensão de ruptura à
flexão (MPa)
14
12
Resíduo 01
10
8 Resíduo 02
6
4
25 30 35 40 45 50 55 60 65
Resíduo/Argila (%)
Figura 2 - Tensão de ruptura à flexão dos corpos de prova das massas queimadas à
temperatura de 800o C.
17
16
15 Resíduo 01
14
Resíduo 02
13
12
11
25 30 35 40 45 50 55 60 65
Resíduo/Argila (%)
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Flexão (MPa)
18
15 Resíduo 01
12 Resíduo 02
9
6
25 30 35 40 45 50 55 60 65
Resíduo/Argila (%)
Figura 4- Tensão de ruptura à flexão dos corpos de prova das massa queimadas à
temperatura de 900o C.
16
14
12 Resíduo 01
10 Resíduo 02
8
6
25 30 35 40 45 50 55 60 65
Resíduo/Argila (%)
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Observando os valores contidos nas Figuras 5 e 6, verifica-se que todas as amostras
estudadas apresentam absorção de água dentro da faixa indicada por Souza Santos(11) para
cerâmica vermelha após queima à temperatura de 950o C. Pode-se verificar também que as
amostras apresentarem valores de absorção de água inferiores aos limites indicados por Salge
e Barzaghi(12) para tijolos furados(25%) e telhas (20%).
Para tensão de ruptura à flexão verifica-se que todas as massas aditivadas com
resíduos, apresentaram tensão de ruptura à flexão dentro da faixa preconizada por Souza
(11)
Santos para cerâmica vermelha, após queima à temperatura de 950o C. Com relação aos
valores indicados por Salge e Barzaghi(12) todas as amostras analisadas apresentaram
Tensão de ruptura à
24
flexão (MPa)
19 Resíduo 01
Resíduo 02
14
9
25 30 35 40 45 50 55 60 65
Resíduo/Argila(%)
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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(9)ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas , Solo, Determinação do Limite de
Liquidez, Método de Ensaio NBR-6458,1984.
(10) Laboratório de Análise Minerais, Métodos de Ensaio, DMG/CCT/UFPB, Campina
Grande,PB,1977.
(11) Souza Santos,P., Ciência e Tecnologia de Argilas, Editora Edgard Blucher, V.1,São
Paulo, 1987.
(12) Salge,A. Barzaghi,L., Argilas para Materiais de Construção, Anais Assoc.
Brás.Química. 7,38,1982.
(13) Macedo,R.S., Estudo das Matérias-Pirmas e Tijolos Furados Produzidos no Estado da
Paraíba, Campina grande-PB, Dissertação de Mestrado em Eng.Química,CCT/UFPB.1997.
(14) Ferreira,H.C., Ensaios de Laboratório e Específicações para Argilas Brasileiras,
Visando Usos Industriais, São Paulo, Dissertação de Mestrado,EPUSP,1972.
(15) Menezes,R.R.; Wellen,R.M.R.;Neves,G.A.; Mapeamento de Jazimentos de Argilas do
Estado de Paraíba, Anais do 44o Congresso Brasileiro de Cerâmica, São Pedro-SP, 2000. No
Prelo.
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