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Não sei se é o que é

O que sinto frente à ausência.

Não sei. E não sei se sinto


Alguma ausência, ou se é só
a ausência do que sinto. Não minto.

Nesse tempo de amor líquido,


É certo dizer-se que sente?
Dizer-se o que sente? Talvez? Sim?

Não? Sim-não? Senão, o que, então,


Se arranho a tela,
mas não sinto a pele?

Talvez, apenas sinta


Que sinto em uma ausência,
Que é só, e minha.

Em uma saudade que é ou talvez.


Sólidas, só
As nossas solidões...

Edson Sant'Ana

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