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Efêmera

Não é como se sempre,


E nunca não chega ser,
Mas, por seus olhos, de infinito,
Espero o dia amanhecer.

Com o sol de seus cabelos,


De um encontrar sem ver,
Espero o remoto encontro:
Fogo-fátuo de viver.

Se não se pode chamar saudade


A essa ausência que deixa insone,
Chama, chamo à chama
que tantas vezes me consome.

E se, de relance, ouço


o suave de sua voz,
Por fortuito átimo esqueço
Deste não-poder atroz.

Edson Sant'Ana

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