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Trends
O extrato da
síntese das
tendências
reveladas
na NRF 2018
SOBRE O GRUPO GS&
Desde 1989 contribuindo para a expansão e a transformação do mercado varejista, operando uma plataforma completa
de produtos e serviços: especializada em varejo, relações de consumo, marketing e canais de distribuição, com soluções
estratégicas customizadas para empresas em todos os setores e canais de varejo, atacado, indústria e serviços.
UP
GS&BGH Retail Real Estate GS&UP Potencializadora de Negócios
Orientada para oferecer as melhores soluções Potencialização de startups nas áreas de Varejo,
imobiliárias para expansão de redes de varejo, Serviços e Turismo.
entretenimento e ativação digital nos centros comerciais.
GS XTREME VR
S O L U Ç Õ E S A L É M DA R E A L I DA D E
FACEMEDIA
GS&Consult Estratégia com Resultados Inovadora solução global de reconhecimento facial
Consultoria especializada em varejo, relações de segmentado.
consumo, marketing e canais de distribuição, com
soluções estratégicas customizadas para empresas nos
setores de varejo, atacado, indústria e serviços. OMNISTORY Store of the Future
Inovadora plataforma-laboratório omnichannel, que
desenvolve e avalia alternativas para melhoria de
GS&FRIEDMAN Gestão, Treinamento & Talentos desempenho em todos os canais de varejo.
Gestão, treinamento, capacitação técnica e
comportamental de profissionais para transformar
organizações através de seu capital humano. BITTENCOURT Inteligência para Redes de Negócios
Completa atuação e sólido conhecimento no modelo de
expansão de redes de negócios por meio de franquias.
GS&INTELIGÊNCIA Pesquisa & Consumer Insights
Inteligência de mercado, com pesquisas e análises de
tendências do comportamento dos consumidores, com PRIMETOUR Viagens e Experiências
metodologias exclusivas e profundo conhecimento nos Viagens e experiências com especialização no
mais diversos segmentos de varejo e consumo. segmento de luxo e eventos corporativos.
08 Lab It
Como desenvolver uma cultura de inovação no varejo
10 Multipolarização
Valor, Diferenciação e Solução como diferenciais estratégicos
12 Uber Combinatividade
Como a combinação de ideias está revolucionando o varejo
14 RetailTechs
Startups como caminho democrático de inovação em sinergia com o varejo
16 Tecnoera
Desenvolver o que está dando certo é foco para melhores resultados
17 VR-Commerce
Como a Realidade Virtual está transformando o modo de "varejar"
18 Robôs no PDV
Os robôs de ponto de venda estão chegando em uma loja perto de você
20 Data Business
Você possui um banco de dados ou um bando de dados?
22 Services@Retail
Uma nova era de serviços no varejo
24 Estudo de Caso
Como o Grupo Sonae está apostando em serviços
nrf
data business big bang do varejo
2018
H á 29 anos, a GS&MD Gouvêa de Souza organiza uma delegação para a NRF Retail’s Big Show, o maior evento
de varejo do mundo, que em 2018 chegou à sua 107ª edição. O evento reuniu mais de 300 palestrantes, 600
expositores, 3.500 empresas e 18 mil varejistas de 95 países.
Mas a imersão no maior mercado varejista do mundo não fica restrita aos cases apresentados no evento. Soma-se a eles
as visitas técnicas aos players mais inovadores da Big Apple e ainda o encerramento com o Retail Executive Summit.
Após esta jornada de conhecimento e relacionamento, a GS&MD leva os principais insights consolidados de toda essa
experiência para road shows por grandes capitais brasileiras durante o Retail Trends 2018.
E, nas próximas páginas, você tem em mãos uma síntese deste conteúdo, com a visão analítica dos especialistas do
Grupo GS& Gouvêa de Souza e parceiros estratégicos, sobre tendências, cases e melhores práticas que irão impactar os
negócios também aqui no Brasil.
Depois de passar por mais essa edição da NRF Big Show, fica Até que a tecnologia fez uma grande bagunça em todo
claro que o varejo está num ponto de inflexão. Atualmente, esse modelo, permitindo uma incrível fragmentação da
está estruturado para atender um modelo formatado na demanda, quebrando a jornada de consumo tradicional,
década de 1970 quando, se pensarmos de maneira simples, desenvolvendo novos momentos de consumo, exigindo
o varejo era apenas um ponto de encontro entre a demanda e que o varejo se adapte ao meio em que está.
a oferta.
O novo papel do varejo é desenvolver e ampliar
Naquela época, os hábitos de consumo não eram alterados sua atuação com agilidade e conhecimento sobre
tão rapidamente e o “primeiro momento da verdade” estava o consumidor, diferente do que foi até hoje. Uma
claro e acontecia dentro da loja. Isso se manteve “estável” estratégia tão ampla quanto fragmentada, sem pensar
durante décadas. No entanto, o consumidor continuava em um ou outro canal, e sim, em um negócio do varejo
exigindo novas demandas. pós-canal.
O consumidor sempre empurra o negócio do varejo para Três “big players” do varejo global já dão claros sinais
frente. A pressão sobre o papel que o setor desempenha sobre o novo caminho: o caminho da integração
até agora começa a aumentar, exigindo customização, total do físico com o digital, incluindo operação e
personalização, transparência e conveniência. inteligência de dados.
Walmart
Chega um momento que o maior varejista do mundo
tem que se movimentar. Com faturamento de 485,8
bilhões de dólares em 2017, o Walmart acabou de
unir suas operações digitais com o físico e está
desenvolvendo novos modelos, como o pick up in
store, presente em mais de 500 lojas nos Estados
Unidos e com previsão de estar em mais 600 nos
próximos meses. “As aquisições mais recentes de
Walmart, incluindo Bonobos e ShoeBuy, nos Estados
Unidos, mostram que esse será um dos caminhos
a ser considerado para ampliar sua participação de
mercado e incorporar melhores práticas no digital”,
analisa Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral do
Grupo GS& Gouvêa de Souza.
Amazon
Com a Amazon Books, a gigante da internet tem uma
experiência muito bem sucedida: uma livraria física (quanta
ironia) onde toda a loja é baseada em dados coletados pela
operação digital, desde o sortimento em exposição, o visual
merchandising, até o preço dinâmico e os benefícios para
seus clientes fiéis (Prime). Um dos melhores exemplos na
América da utilização da análise de dados digitais aplicada
ao varejo físico. A Amazon ainda está com apetite para novas
aquisições pós-WholeFoods e abriu a Amazon Go para o
“grande público” no final de janeiro (até então a loja estava
restrita a seus funcionários).
Inovar tem sido um desafio constante para a maioria das a inovação está no DNA, permitindo que se arrisquem
empresas e, no varejo – um dos mais frágeis pontos de mais, aprendam rapidamente com os erros e até consigam
contato das marcas com seus consumidores – percebemos reinventar-se completamente se preciso. Pivotar, como é
uma necessidade ainda maior de busca pela inovação. usado no ecossistema de startups.
A revolução digital vem transformando mercados, a maneira Sem medo de errar, acabam mudando mercados de forma
como consumimos e como nos relacionamos com as marcas agressiva – basta lembrar o impacto causado por empresas
que amamos. Isso acontece de forma cada vez mais dinâmica como Uber, Netflix e AirBnb, que reinventaram a maneira
e até mesmo disruptiva, criando desafios para gigantes do como olhamos hoje para serviços como táxi, televisão
mercado, outrora líderes de seus setores e, de outro lado, (agora sob demanda), e hospedagem. Já não se trata mais
enormes lacunas de oportunidades para novos entrantes, de estar à frente do mercado. A questão agora é acompanhar
normalmente startups. o consumidor. Já não se trata de propor o futuro, mas de
ser resiliente ao presente. Para isso, precisamos pensar
Muitas dessas novas empresas que emergem no mercado, em inovação não somente de forma pontual, mas de forma
rapidamente tomando espaço de companhias consolidadas, estruturada, criando, de fato, um ambiente e cultura de
têm como fator de sucesso seu mindset diferenciado. Aqui, inovação dentro da empresa.
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limitado espaço, dezenas de milhares de produtos
através de displays de realidade aumentada, realidade
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digitais da marca.
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Especialistas definiram o cenário atual do varejo, marcado significa deixar de fazer o cliente querer coisas e passar a
pelo fechamento de lojas, fuga de clientes e crescimento fazer coisas que o cliente quer. E o que o cliente quer?
do e-commerce, como o ‘Retail Apocalypse’. Eles estão
enganados. Este não é o final do mundo para o varejo, como Os desejos dos consumidores têm se dividido entre
pode parecer, mas o limiar de uma nova era de prosperidade dois extremos. De um lado estão os que buscam preços
para o setor. No entanto, uma coisa é certa – estamos baixos, crédito e acesso, sem abrir mão de qualidade. De
vivendo a Revolução do Varejo, como definiu a revista Stores, outro, encontramos aqueles que buscam nas lojas prazer,
editada pela NRF. relaxamento, engajamento. Marcas que ignoram esse
movimento de polarização formam o pelotão do varejo
De fato, a multiplicação das ofertas, a fragmentação dos neutro, literal, óbvio, funcional e utilitário. Esse grupo, por
canais de venda e o volume de informação disponível para flertar perigosamente com a irrelevância, pode ser o mais
todos, consolidaram a transferência de poder para a mão dos vulnerável à onda revolucionária que varre os mercados e
consumidores. Customer centricity é hoje obrigação. Isso sacode também o varejo.
Valor
Destes dois, o polo do Valor é o que apresenta mais veloz
crescimento no cenário global, por conta do aumento da
parcela de consumidores que querem ‘mais por menos’.
Estudo feito pela Forrester em diversos países, inclusive
Brasil, apresentado na NRF deste ano, mostrou que preço é o
principal fator de decisão na escolha do local de compras em Preço é o principal fator de decisão
categorias tão diversas como supermercados e moda, para na escolha do local de compras
citar apenas algumas. Não é a toa que a maioria das mais de Trader Joe’s é um excelente exemplo de varejo orientado a
3.200 lojas previstas para abrir este ano nos Estados Unidos Valor. Esta rede de supermercados, originária da Califórnia,
esteja orientada para Valor. possui mais de 460 lojas espalhadas pelos Estados Unidos
e fatura aproximadamente 16 bilhões de dólares ao ano, com
uma venda por m2 duas vezes maior que a da WholeFoods,
adquirida recentemente pela Amazon. A fórmula do sucesso
é oferecer produtos exclusivos, de altíssima qualidade, com
preços entre 20% e 50% menores que os da concorrência,
além de ótimo atendimento ao cliente. Para isso, aposta em
marcas próprias, que representam cerca de 90% dos 4.000
SKUs disponibilizados em suas lojas. Esses produtos são
encomendados a indústrias parceiras e é essa verticalização
e desintermediação que possibilita margens melhores e
custos significativamente menores. Também contribui para
a redução de custos o menor tamanho das lojas em relação
aos concorrentes, sortimento assertivo, localizações menos
concorridas e um time altamente produtivo.
Diferenciação
No outro lado está o polo da Diferenciação, que se aproxima do conceito de luxo para encontrar respostas únicas para clientes
dispostos a pagar mais por produtos e serviços que atendem seus desejos. Estas lojas são acolhedoras, com equipes mais
preocupadas em orientar e servir os clientes do que em vender, e oferecem experiências – muitas experiências.
Solução
Como se a complexidade de mercado não fosse
suficiente, um terceiro polo começa a despontar e ganhar
força, configurando o cenário da Multipolarização. É
o polo da Solução. Theodore Levitt já dizia na década
de 1970 que as pessoas não compram furadeiras
simplesmente, mas meios de obter um furo na parede.
O ritmo alucinante da vida moderna acentua a busca por
soluções, impulsionando setores como o de alimentação,
beleza e conveniência, entre outros. Este assunto será
mais profundamente explorado pelo artigo de Marcos
Gouvêa de Souza, ainda neste documento.
Rent the Runway (www.renttherunway.com) o cliente não quer mais comprar CDs, mas ter acesso a
Na NRF deste ano, tivemos a oportunidade de ouvir da uma biblioteca infinita de músicas, na Rent the Runway,
fundadora e CEO da Rent the Runway, Jennifer Hyman, a cliente pode assinar o serviço por 159 dólares/mês
como ela combinou o modelo de negócios do Spotify para ter acesso a um guarda roupa completo, de marcas
com uma loja de roupas femininas. Com o slogan “Buy famosas, peças da última coleção e com possibilidades
Less, Wear More”, a empresa entendeu que assim como praticamente infinitas de combinação.
Bonobos (www.bonobos.com)
Outro exemplo explorado nas palestras da NRF foi o da Bonobos, que combinou uma
loja tradicional de moda masculina com o fenômeno do Showrooming, tendência onde
os clientes vão até as lojas físicas, experimentam e interagem com produtos, ao mesmo
tempo em que estão conectados aos seus celulares, pesquisando, comparando e até
comprando nos concorrentes online. Na Bonobos, ao entrar na loja, o cliente é recebido
por um consultor de moda que apresenta o conceito da marca: um showroom que serve
para experimentar produtos, descobrir seu estilo e o tamanho certo das roupas para que
possa comprar online. Esse consultor prontamente abre uma conta para o cliente no site
da empresa e começa a explorar o estilo daquele consumidor, onde ele trabalha, como se
veste e do que gosta. Depois de experimentar diferentes looks e estilos, o cliente sai da loja
com uma conta no site criada, todos os seus tamanhos cadastrados e seu estilo mapeado.
A empresa se vale de todas essas informações para se comunicar de maneira extremamente
assertiva com o cliente, ofertando através dos seus canais de comunicação produtos que
combinam com os que ele já comprou, inclusive já mostrando como ficaria a composição
da peça nova com a roupa que eles já compraram. Após ser adquirida pelo Walmart, em
julho de 2017, espera-se uma profusão e expansão desses novos modelos inovadores.
As empresas correm o risco de não acompanhar o ritmo de mudanças que está sendo
imposto. É preciso desafiar os atuais modelos de negócios, combinar ideias e conectar
pontos nunca antes conectados, criando modelos disruptivos e inovadores.
Soluções que visem atrair Soluções que se foquem Soluções que, uma vez
mais clientes, vender de basicamente nas questões implantadas, causem um
forma facilitada, melhorar de produtividade e gestão impacto direto e, no curto-
a experiência de compra de equipes ou processos e médio prazo, reduzam custos.
do consumidor, eliminar que não necessariamente Soluções que foquem na
barreiras ou atritos na cadeia signifiquem uma redução eficiência energética ou no
de compra, entre outras que de custos a curto prazo. melhor gerenciamento de
tenham como resultado final alguns serviços ou processos
o aumento de faturamento. são alguns exemplos.
Tecnoera Desenvolver o que está dando certo é o foco para melhores resultados
Nos últimos anos não vivemos dias fáceis, especialmente ser mais assertivo em sua oferta de produtos e preços.
no varejo. A crise econômica jogou os números do Entretanto, essa tecnologia ainda é usada de forma pontual
comércio para baixo. Mesmo o e-commerce teve e com estratégia delimitada, sem conseguir avançar de
crescimento quase zero se descontarmos a inflação. Nesse forma consistente.
momento, deveríamos falar em novíssimas tecnologias,
como acelerar a implantação de blockchain e o uso das Contudo, dois grandes movimentos parecem ganhar
criptomoedas para transacionar produtos, por exemplo, relevância: usar os recursos que já apresentam resultados
ainda usados de forma especulativa. Até tecnologias mais consistentes no mercado e desenvolver esses recursos
conhecidas poderiam estar navegando com ventos mais através de laboratórios ou investimentos em startups que
favoráveis, como a inteligência artificial, que já poderia apresentam rápido índice de retorno, aperfeiçoando o que
ajudar o varejista a conhecer melhor seu consumidor e já está comprovado.
• O primeiro manteve o conceito original, porém, o design já é possível trabalhar com trilhos eletrificados, permitindo
tornou-se protagonista, trazendo cores e caracteres especiais, investimento único e custo de manutenção bastante reduzido.
eliminando a aparência da etiqueta de papel. • O quarto ponto é a possibilidade de experiência imersiva.
• As mídias sociais aparecem como informação relevante Com testeira e faixa de gôndola, adicionando recurso de
dentro dos novos conceitos. Notas dos consumidores, reconhecimento facial, já é possível customizar a experiência de
premiações e reviews dos clientes acabam trazendo um compra. Assim, quando o consumidor se aproxima da gôndola,
pouco da experiência do e-commerce para o varejo físico. é possível modificar a comunicação visual, personalizando
• Um dos grandes impeditivos para a rápida expansão das conteúdo e até oferecendo descontos especiais para
etiquetas eletrônicas sempre foram os custos elevados de determinadas pessoas (caso a face esteja no banco de dados).
troca de etiqueta ou da bateria. Como a grande vantagem do • Como quinta tendência está a ampliação de uso
uso desse equipamento era a troca constante de preço, os operacional para aumentar o retorno de investimento. Como,
varejistas limitavam essas modificações para economizar agora, algumas etiquetas já incorporam o RFID, permitem,
bateria. Na prática, feito isso, o ganho operacional já estava através de um cartão com chip, realizar compras e fazer
concluído sem precisar de etiquetas eletrônicas. Contudo, gestão de estoque.
Justamente quando você pensou que era bom parar e recuperar o Obviamente, não veremos tais dispositivos aparecendo
fôlego do redemoinho de uma nova e excitante tecnologia, pense da noite para o dia nas lojas, mas a progressão da
novamente. "A robótica será maior que a Internet", disse Marc tecnologia que tornou tudo possível é surpreendente.
Raibert, fundador da Boston Dynamics. Desta vez são robôs de Nos últimos sete anos, testemunhamos importantes
vendas. Imagine um robô auxiliando você, perguntando com uma avanços em tecnologias móveis. Isso mudou a forma
voz semelhante a Siri: "Posso ajudá-lo hoje?" como vivemos, a maneira como fazemos negócios e
como interagimos com os outros. A robótica é um dos
principais subprodutos desta transformação. Os robôs
A pergunta é: como alavancar as últimas
no ponto de venda são o próximo passo lógico em uma
tecnologias para transformar toda a experiência
das mudanças mais disruptivas no histórico do varejo.
de compra? E por quê não? Estamos fazendo
compras da mesma forma há décadas. Entre, Estamos no auge da era das máquinas inteligentes.
pegue um carrinho, procure os corredores dos Como observa o Gartner, "protótipos de veículos
seus itens, leve-os ao pagamento, pague e saia da autônomos, robôs avançados, assistentes pessoais
loja. Chamamos de Ponto de Venda 5.0. Antes eram virtuais e conselheiros inteligentes já existem e evoluirão
pessoas, depois totens e agora os robôs. Essa rapidamente, iniciando uma nova era de robôs. A era
nova experiência é composta por 5 etapas: da máquina inteligente será a mais perturbadora na
história da tecnologia”. Em um futuro não muito distante,
quando você entrar em uma loja, será saudado por um
Ao se aproximar ele
Os robôs geram automaticamente assistente de vendas de robôs que perguntará se você
atração no ponto realiza o precisa de ajuda para encontrar algo. O mesmo vale para
de venda reconhecimento
restaurantes. Que tal um robô concierge?
facial
Quando uma empresa possui uma cultura de dados bem estruturada consegue identificar o perfil
detalhado dos clientes e desvendar seus desejos de consumo, possibilitando assim criar campanhas
personalizadas que alavanquem as vendas. Neste novo universo da publicidade, a inteligência
criativa é o combustível para ganhar mercado, ampliar a geração de leads e engajar consumidores
com conteúdos de alto impacto.
A importância de
Para chegar lá, é essencial o
educar os processos
aculturamento digital, educação,
treinamento e visão de resultados.
A receita é transformar a
relação com os clientes em uma
parceria construtiva e transmitir
Permita-me a liberdade
conhecimento a ponto de não ser
de fazer uma pergunta
preciso que a agência assuma
indelicada: sua empresa
funções operacionais.
já está preparada para a
economia dos dados? Se não
está, fique atento porque
big data não é futuro e a
oportunidade está passando
(se já não passou).
A Sherwin Williams, com mais de 150 anos de atuação A Amazon, empresa nascida pure player digital e com valor
na fabricação de produtos no mundo, em suas mais de de mercado duas vezes superior ao líder global de varejo
4.000 lojas na América do Norte, não vende apenas tintas e Walmart, lançou em 2016 sua área de serviços, reunindo
revestimentos, mas passou a vender “cores para sua vida”, ofertas pessoais e domiciliares que inclui jardineiros,
num posicionamento que inclui serviços de pintura para mecânicos, pintores, instaladores de equipamentos
seus clientes. eletrônicos e até professores particulares em diversas áreas.
de beleza e serviços odontológicos, além de telefonia soluções. Nas economias mais maduras é cada vez maior a
móvel), talvez a mais ambiciosa e estratégica diversificação parcela de dispêndios envolvendo serviços de toda ordem,
de um grupo varejista no mundo. tais como saúde, entretenimento, viagens, lazer e educação.
São exemplos de um movimento que tem crescido Mas é também o caminho natural para empresas varejistas
globalmente e que possui também no Brasil suas iniciativas que buscam alternativas para enfrentar a crescente
estratégicas, como no caso da líder na fabricação de comoditização de seus produtos, num mercado pressionado
revestimentos cerâmicos Portobello, que passou o oferecer, pelo “mais por menos” dos novos formatos e canais que
em algumas de suas lojas Portobello Shop, a instalação emergem globalmente pelo crescimento dos conceitos de
integrada com a venda dos produtos. valor operados por “hard discounters”, clubes de atacado,
outlets e atacarejos, estes no Brasil.
Ou como a Todeschini, também empresa líder na fabricação
de móveis modulados, que reconfigurou estrategicamente
sua atuação para integrar a oferta, envolvendo o projeto
dos ambientes, a fabricação, a entrega e a instalação dos
móveis, além do financiamento aos consumidores, numa
proposta integrada de produtos e serviços.
A Sonae é uma multinacional de origem portuguesa, que gera um portfólio diversificado de negócios nas áreas de varejo, serviços
financeiros, tecnologia, centros comerciais e telecomunicações. Tem um volume de vendas superior a 5.500 milhões de euros,
está presente em 90 países e é composta por 40.000 colaboradores, sendo, por isso, o maior empregador privado português. A
holding é composta por empresas como a Sonae MC, dedicada ao varejo alimentar, saúde e bem-estar; Sonae Sports & Fashion;
Worten, focada no varejo de eletrônicos; Sonae RP, orientada para Retail Real Estate; Sonae FS, de serviços financeiros; Sonae IM,
que faz a gestão de investimentos; Sonae Sierra, dedicada à gestão de Centros Comerciais e, por último, a NOS, uma empresa de
telecomunicações.
Neste cenário complexo, volátil e hipercompetitivo que empresa tomou uma decisão difícil em 2014. Não só parou
caracteriza o varejo atual, como diferenciar-se e engajar os de vender cigarros em suas lojas como criou um centro para
clientes? A resposta passa por um conceito que vem ganhando ajudar quem queria parar de fumar. As perdas em vendas
espaço ano após ano: propósito. chegaram perto de 2 bilhões de dólares. Por outro lado, esta
decisão melhorou a vida de muitas pessoas e representou uma
Mas, o que é propósito? redução no consumo de 93 milhões de pacotes de cigarros
Possuir propósito é bem mais do que simplesmente abraçar em um ano. E consolidou a CVS na lista das empresas mais
causas sociais ou fazer campanhas beneficentes. Significa inovadoras e admiradas dos EUA.
ter clareza sobre a razão de seu negócio existir. Henry Ford já
dizia (no início do século passado!) que “um negócio que não Propósito traz resultados, não apenas em termos de imagem.
produz nada além de dinheiro é um negócio pobre”. Estudos comprovam que empresas com alma atraem melhores
empregados, engajam seus clientes e trazem retornos para
A rede de drogarias americana CVS, por exemplo, não se limita seus acionistas. De acordo com pesquisa da empresa de
a vender remédios. Ela tem como propósito ajudar pessoas Relações Públicas Edelman, 84% dos consumidores fazem
a viver com mais saúde. Coerente com essa promessa, a compras relacionadas a causas ao menos uma vez por ano.