De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde
2017,[5] Lucrécia pertence à região geográfica intermediária de Mossoró e à região imediata de Pau dos Ferros.[1] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Umarizal, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Oeste Potiguar. [6] Lucrécia dista 345 quilômetros (km) de Natal, capital estadual,[7] e 2 146 km de Brasília, capital federal.[8] Ocupando uma área territorial de 30,931 km²,[2] é o segundo menor município do Rio Grande do Norte em tamanho (maior apenas que Senador Georgino Avelino, no litoral leste) e o 21° menor do Brasil. Limita-se a norte com Martins e Umarizal; a sul com Frutuoso Gomes; a leste com Almino Afonso e a oeste com Martins e Frutuoso Gomes.[9]
Açude Lucrécia com a cidade à esquerda (2009). Ao fundo é possível avistar a cidade de Almino Afonso.
O relevo do município está inserido na Depressão Sertaneja, formada por terrenos de
transição entre o Planalto da Borborema e a Chapada do Apodi, com formações rochosas metamórficas do embasamento cristalino, originárias do período Pré-Cambriano superior, com idade entre 570 milhões e 1,1 bilhão de anos. Predomina o solo podzolítico vermelho amarelo equivalente eutrófico, típico de áreas com relevo de suave a ondulado e textura média, além da drenagem acentuada e do alto nível de fertilidade.[9] Segundo a nova classificação brasileira de solos, este tipo de solo passou a constituir os luvissolos.[10] Situado na bacia hidrográfica do rio Apodi-Mossoró, o Açude Lucrécia, com capacidade para represar 27,270 milhões de metros cúbicos (m³), é o principal reservatório do município. Lucrécia está inserido no bioma da caatinga, do tipo hiperxerófila, cuja com espécies de pequeno porte, que perdem suas folhas na estação seca, sendo comum a presença de cactáceas. Dentre as espécies encontradas estão: facheiro (Pilosocereus pachycladus), faveleiro (Cnidoscolus quercifolius), jurema-preta (Mimosa hostilis), marmeleiro (Cydonia oblonga), mufumbo (Combretum leprosum) e o xique- xique (Pilosocereus polygonus).[9] Levando-se em conta apenas o índice pluviométrico, de 877 milímetros (mm) anuais, Lucrécia apresenta características de clima tropical do tipo Aw, com chuvas concentradas no primeiro semestre do ano, mais especificamente de fevereiro até maio. [11] Incluindo-se outros fatores, como a evapotranspiração, o índice de aridez e o risco de seca, o município está incluído na área geográfica de abrangência do clima semiárido delimitada em 2005 e revisada em 2017 pelo antigo Ministério da Integração Nacional (MIN),[12][13] hoje Ministério do Desenvolvimento Regional. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), referentes ao período de 1922 a 1925 e a partir de 1946, o maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 188,6 mm em 15 de abril de 1982. [14] Grandes acumulados superiores a 150 mm também foram observados em 21 de dezembro de 1946 (167 mm),[15] 20 de abril de 1972 (163,5 mm),[16] 11 de fevereiro de 1964 (150,5 mm)[17] e 30 de março de 2008 (150 mm).[18]