A criptomoeda é uma moeda digital que promete ganhos superiores ao
do Mercado Bovespa e sem regulação do Estado. As criptomoedas são moedas virtuais, utilizadas para a realização de pagamentos em transações comerciais. Ou seja, possuem a mesma função de comprar mercadorias e serviços que as moedas já conhecidas por nós como o Real e o Dólar (OLIVEIRA, 2018). De acordo com Maciel (2018) a moeda física possui números de série, marca d´água e outros dispositivos de segurança, a criptomoeda utiliza criptografia, ou seja, códigos difíceis de quebrar, para garantir transações muito mais seguras. A criptomoeda é um código virtual que pode ser convertido em valores reais. Sua negociação se dá pela internet, sem burocracias, sem intermediários, caracterizada pela ausência de um sistema monetário regulamentado e da submissão a uma autoridade financeira como, por exemplo, o Banco Central do Brasil, sendo necessário comprar do emissor ou de alguém que já tenha a moeda digital (MACIEL, 2018). Além do fato de serem completamente virtuais, três características básicas diferenciam as criptomoedas das moedas regulares: a descentralização, essas moedas independem de um banco central do Estado para a sua regulamentação, suas oscilações de preço ocorrem de acordo com a própria economia por trás da moeda, possuindo menor interferência do Estado do que uma moeda regular teria (OLIVEIRA, 2018). Segundo Silva (2017) o anonimato ao usuário, não requer nenhum tipo de informação pessoal para começar a utilizar o serviço, o que leva algumas pessoas a argumentarem que atividades ilegais, como tráfico de drogas e armas, poderiam ser facilitadas por esse meio. A primeira das criptomoedas foi a Bitcoin, idealizada em 2008 por Satoshi Nakamoto e é tida como a grande responsável pela criação do sistema bancário livre (NOVAK, 2014). Assim como outros frutos da era digital, as criptomoedas possuem como características o fato de ser um ativo intangível, hermético e mutável, porém, para uma possível regulação existem algumas dificuldades a ser vencidas (CARVALHO JUNIOR, 2017), como a ausência de conhecimento básico de como as criptomoedas funciona por parte dos representantes legais e elite jurídica.