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Título: Últimos dias da exposição coletiva “Rhythm of Distance – Propositions for

the Repetition”, com participação d’Os Espacialistas

A exposição “Rhythm of Distance – Propositions for the Repetition”, com lugar na Galeria
Vertical do Silo-Auto Porto, patente desde dia 17 de Novembro de 2017, pode ser visitada até
dia 4 de Março de 2018. A peça criada pel’Os Espacialistas intitulada “Corpo Móvel” responde
ao repto temático da curadora Andreia Garcia como uma síntese que integra alguns dos
conteúdos arquitetónicos, artísticos, educativos e lúdicos, desenvolvidos por este Coletivo com
residência artística no Campus do Ar Líquido da Universidade Lusíada de Lisboa.

Segundo os autores, “Corpo Móvel” está “p/referenciado” com a dimensão performativa dos
espaços arquitetónicos, tema que desde o início da sua formação exploram através da
exposição dos seus próprios corpos fotográfico-sensíveis, e que documentam no que designam
por “esquissos fotográficos”. Nesta peça o corpo humano e a sua dimensão cinestésica é, no
entanto, duplamente deslocada: O carrinho de rolamentos, remissivo ao imaginário lúdico
infantojuvenil evoluiu construtivamente tornando-se “corpo modulor” e móvel; ganhando
prateleiras, cujos diferentes níveis mapeiam a localização dos sentidos no corpo humano,
permitindo, deste modo, a recreação e recriação dos diferentes pisos do emblemático Silo-
Auto, visando a articulação do espaço, vivenciado, construído e imaginado. E, atendendo ao
contexto programático onde a peça se insere, o seu deslocamento torna-se, literalmente,
iminente, e não apenas possibilidade imaginada.

O Silo-Auto Porto, construído em 1964, foi desenhado pelo arquiteto Alberto José Pessoa, um
dos coautores do edifício da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), o que se torna
particularmente relevante no contexto do percurso criativo d’Os Espacialistas, na medida em
que o Coletivo já havia desenvolvido um conjunto de atividades por convite desta Instituição, no
âmbito do “Programa Descobrir”, a partir do ano 2014. Data essa, charneira de alteração da
escala das intervenções espacialistas; da oficina de arquitetura, passando pelo conjunto de
instalações artísticas no Jardim da FCG, até à obra de arquitetura resultante da investigação do
complexo sistema de cofragens da Fundação, tornado objeto de espacialização, continuado na
exposição no Palácio Marquês do Pombal em Oeiras – a Casa Primeira da Fundação – até ao
presente “Corpo Móvel” no Silo-Auto Porto.

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