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Conversas sobre relações

raciais na educação
básica: por onde começar?
Profª DrªJanaína de
Azevedo Corenza
IFRJ
O que debater hoje?
 Exposição de vídeo: bonecas negras
 Histórico da luta pela implementação da Lei
10.639/2003
 Histórico do racismo
 Exibição de vídeo: escravizados no Rio de
Janeiro
 Exposição de dados sobre o contexto racial
brasileiro
 A escola e suas mazelas racistas
 Indicações de leitura e
estudos sobre o tema
(Desenvolvimento de 2 jogos)
Referenciais teóricos
 BRASIL. Lei nº. 10.639 de 09 de janeiro de
2003. Inclui a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira” no
currículo oficial da rede de ensino. Diário
Oficial da União, Brasília, 2003.

 Luiz Alberto Oliveira Silva e Petronilha Beatriz


Gonçalves (2000) que tratam sobre o
contexto racial brasileiro, envolvendo o
histórico de luta do Movimento Negro.
 Luiz Fernandes de Oliveira (2010) cuja
pesquisa trata das perspectivas para a
formação dos professores de História no
que tange histórias da África e dos
africanos na escola.

 Nilma Lino Gomes (2004) que colabora na


discussão a respeito das práticas
pedagógicas e a questão racial nas
escolas de educação básica.
 Vídeopara debate
“Bonecas negras”
Histórico do racismo
Histórico do racismo
O racismo consiste numa teoria que defende a
existência de características que podem diferenciar
os homens.
século XVII essa palavra foi empregada com o
sentido de assinalar as diferenças físicas existentes
entre os diferentes tipos humanos.
Foi a partir desse momento que a procura e
identificação das diferenças entre os homens deixou
de ser um simples exercício de classificação e
identificação para ser de distinção.
A distinção racial serviu para que certos cientistas
defendessem a ideia de que existiam raças
“SUPERIORES” e “INFERIORES”.
No século XVIII, as distinções raciais se limitavam à cor
da pele, dividindo os grupos humanos entre as raças
negra, branca e amarela.
SÉCULO XIX
Esses três critérios de distinção racial ganharam novas
características morfológicas que definiram as raças com
maior precisão.
Nessa mesma época, as reinterpretações da teoria
darwinista acabaram legitimando uma hierarquia onde a
raça branca seria vista como o grau máximo do
desenvolvimento físico e mental dos seres humanos.
Com isso, asiáticos, mestiços e negros foram colocados em
patamares de menor grau de desenvolvimento.
SÉCULO XIX
O racismo deixou de incorporar conceitos de natureza
estritamente biológica para também defender a
associação entre certos valores morais e estados
psicológicos de uma raça. Tais conceitos ganharam
enorme força na Europa do século XIX, principalmente a
partir do processo de colonização dos Continentes
africano e asiático.
O predomínio do “homem europeu branco” seria
justificado por meio de uma pseudo-ciência defensora da
necessidade de se civilizar as chamadas “raças
indolentes”.
A interpretação mais conhecida do ator Grande
Otelo foi em Macunaíma, de 1969 (livro é de
1928). Adaptação da célebre obra de Mário de
Andrade, que narra as mudanças de um herói
preguiçoso e sem caráter, que nasce negro, mas
se transforma em branco para emigrar da selva
para a cidade...
Cesare Lombroso, por exemplo, fundou a fisiognomonia
Características dos criminosos
-Criminosos eram mais altos que a média (e isso significava 1,69m na
Veneza e 1,70 na Inglaterra).
-Os loucos tinham crânios menores ou maiores que os dos homens
“normais”.
-Criminosos também tinham aparência desagradável, mas não
deformada,
-Os estupradores e sodomitas teriam feições feminilizadas, com
orelhas de abano, nariz adunco, queixo protuberante, maxilar largo,
maçãs do rosto proeminentes, barba rala, cabelos revoltos, caninos
bem desenvolvidos, cabelos e olhos escuros.
-Ladrões tinham o olhar esquivo.
-Assassinos um olhar firme e vidrado. Seriam
ainda especialmente insensíveis à dor (uso de tatuagens)

-Etc.
Atualmente
As ciências biológicas comprovaram que o racismo não
tem nenhuma sustentação cientificamente verificável.
Cientistas provaram que as raças não existem enquanto
método classificatório, pois todos os homens estão sujeitos
a diferenciações genéticas incapazes de determinar
certas habilidades, valores ou padrões de
comportamento.
Entretanto, muitas pessoas insistem em se auto-afirmar ou
ofender determinados grupos por meio de concepções de
natureza racista.

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