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INTERVENÇÃO EM CENTROS HISTÓRICOS

INTERVENÇÃO
EM RUÍNAS A
UNIVERSIDADES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS ARAPIRACA, ALAGOAS

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Novembro /2019


Apresentação
PATRIMÔNIO CULTURAL URBANO E
INTERVENÇÃO EM CENTROS HISTÓRICOS
Equipe
Profº João Paulo Omena Aurita Melo
Carlos Henrique
Eloá Neto
Mayara Rodrigues
Natali Menezes
Tereza Cristina
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ARAPIRACA, ALAGOAS
Novembro /2019
INTRODUÇÃO

REABILITAÇÃO DE
CENTROS
HISTÓRICOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS ARAPIRACA, ALAGOAS

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Novembro /2019


PROGRAMA DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO
HISTÓRICO URBANO- MONUMENTA
INTRODUÇÃO

Formulado em 1995;

Proposto pelo Ministério da Cultura e a direção do Banco Internacional de


Desenvolvimento;

Baseado na reabilitção do Centro Histórico de Quito, Equador – terremoto em


1987;

Proteger os Centros históricos dos processos econômicos, dinâmica urbana e


falta de consciência da população
ANTECEDENTES DO PROGRAMA MONUMENTA

Final de 1960 e começo de 1970;

Renovação da Política Federal;

Intuito de manter o acervo arquitetônico e


artístico luso-brasileiro.

Primeiros Tombamentos: Igrejas,


fortalezas, fortes, casas nobres, sobrados,
arquedutos, casas de câmara, engenhos e
fazendas.
AS BASES DO PROGRAMA MONUMENTA

Inspirada em experiência realizada em Quito,


capital do Equador.

Ação desenvolvida pelo Fondo não se limitou


ao restauro de monumentos

A ideia era desenvolver um projeto piloto que


poderia ser levado para outros países.

Entre 1997 e 1998, o programa foi


transferido para o Ministério da Cultura e
criou-se a Unidade Central de Gerenciamento
(UCG) para coordená-lo.
Em dezembro de 1999, foi assinado o empréstimo com o
governo brasileiro e, no ano seguinte, o Programa Monumenta
teve efetivo início.

Em 2001, aprovou-se o Regulamento Operativo.

A execução do programa coube à UCG, subordinada ao MinC


até 2005, ficando posteriormente vinculada ao Iphan.
A SELEÇÃO DOS MUNICIPIOS PRIORITÁRIOS

São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e dois núcleos considerados Patrimônio da
Humanidade, Ouro Preto e Olinda.

Porto Alegre, Belém e Manaus; alguns dos mais importantes polos de mineração, como
Mariana, Congonhas do Campo, Diamantina e Serro (MG), Goiás (GO), Natividade (TO) e
Lençóis (BA); núcleos nordestinos ligados à produção de açúcar, algodão e fumo, como
Cachoeira (BA), Laranjeiras e São Cristóvão (SE) e Alcântara (MA); importantes portos, como
Corumbá (MS), Penedo (AL) e São Francisco do Sul (SC), e núcleos históricos
representativos do processo de ocupação do interior do país, como Icó (CE), Pelotas (RS) e
Oeiras (PI).

Em cada uma dessas cidades foi criada uma Unidade de Execução do Projeto (UEP) e
desenvolvido um processo técnico e participativo para definir o que se chamou de Perfil do
Projeto.
OBJETIVOS, DIRETRIZES E ARRANJO
INSTITUCIONAL E FINANCEIRO DO MONUMENTA

O primeiro objetivo do Programa Monumenta é


preservar os sítios urbanos históricos e culturais
prioritários sob proteção federal. No entanto, o que o
distingue no contexto dos programas tradicionais de apoio
ao patrimônio são suas demais finalidades: fomentar o
conhecimento e a apreciação das populações brasileiras
acerca de seu patrimônio, aperfeiçoar a gestão voltada
para a preservação do patrimônio e, sobretudo, fomentar
o uso econômico, cultural e social das áreas restauradas.
COMPONENTES E INVESTIMENTOS ELEGÍVEIS
PARA OS PROJETOS

Os componentes elegíveis pelo programa podem ser


divididos em dois grandes grupos: os investimentos
integrados – ou seja, o financiamento de projetos, obras
e outras intervenções a serem realizadas nas áreas de
projeto dos 26 municípios selecionados – e as ações
concorrentes, voltadas para a educação patrimonial,
formação de mão de obra, fortalecimento institucional e
atividades econômicas.
EM RELAÇÃO AOS INVESTIMENTOS INTEGRADOS,
PODIAM SER APOIADOS TRÊS TIPOS DE
PROJETO:

I. Restauração, reabilitação e adaptação de monumentos e edifícios históricos de


propriedade ou sob proteção federal e, eventualmente, sob proteção dos estados e
municípios.

II. Qualificação e melhorias de espaços públicos e infraestrutura no interior das


áreas de projeto

III. Recuperação de imóveis privados situados na Área de Projeto através da


concessão de financiamento subsidiado aos proprietários.
EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES CONCORRENTES:

I. Capacitação de mão de obra especializada, financiando a formação de instrutores,


agentes culturais e de turismo locais, e de artesãos em técnicas de restauração,
incluindo carpinteiros, pedreiros, ferreiros e pintores.

II. Programas educativos relacionados ao patrimônio cultural.

III. Fortalecimento institucional do Iphan e do MinC.

IV. Promoção de atividades econômicas nos núcleos históricos.


A ELABORAÇÃO DOS PROJETOS E O PROCESSO
PARTICIPATIVO

De acordo com o Regulamento Operativo, elaborado em


comum acordo entre a coordenação do Monumenta e o
BID, o Perfil do Projeto deveria ser desenvolvido a partir
de um processo participativo, que reunisse diferentes
segmentos da comunidade local. Para essa atividade
foram utilizadas, com a assessoria da GTZ, agência da
Cooperação Técnica Alemã, as oficinas ZOPP, um método
voltado para estimular a participação da sociedade,
desenvolvido na Alemanha.
A CONCEPÇÃO DO MONUMENTA: ENTRE A
SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E A FUNÇÃO SOCIAL E
CULTURAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

O modelo institucional e financeiro do Programa Monumenta


está, de uma maneira geral, coerente com as diretrizes que
têm orientado a gestão pública no país após a
redemocratização e a Constituição de 1988, tratando do
patrimônio como uma questão de Estado, baseada nos
princípios da descentralização, municipalização, controle
social, participação da sociedade, gestão integrada,
desenvolvimento local e sustentabilidade ambiental e social.

No entanto, a proposta atribui uma excessiva ênfase à


sustentabilidade econômica, que é um dos principais
pressupostos do programa.
A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

O Programa Monumenta teve início em 1999, com prazo de vigência de cinco


anos. No entanto, foi aditado várias vezes e deve completar sua execução em
2012. Em cada município foi indicada uma “obra de arranque”, visando marcar o
início da intervenção.

O desempenho do programa variou enormemente entre os municípios,


dependendo da capacidade dos agentes locais.

A programação completa de intervenção do Monumenta nas 26 cidades


conveniadas reúne um amplo conjunto de obras que somam cerca de 1500
projetos, sendo que 235 foram efetivamente realizados até a finalização formal
do programa. As demais, não viabilizadas, poderão ainda ser executadas no
âmbito do PAC das Cidades Históricas e/ou numa eventual 2ª Etapa, se for
solicitado um novo financiamento ao BID.
Para a realização desse amplo espectro de projetos, foram mobilizados
cerca de 125 milhões de dólares (225 milhões de reais)

A evolução do Monumenta mostra um caminho que pode ser trilhado


não apenas nos núcleos históricos, mas em boa parte das cidades
brasileiros onde a criação de espaços públicos qualificados é elemento
fundamental para a elevação da civilidade na vida urbana.
CONTEXTUALIZAÇÃO

RECUPERAÇÃO DO
PROGRAMA
MONUMENTA EM
UNIVERSIDADES

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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Novembro /2019


UNIVERSITÁRIOS EM NÚCLEOS HISTÓRICOS

UNIVERSIDADES
DE RUÍNAS A
Atrair recursos de outras

IMPLANTAÇÃO DE CURSOS
esferas do governo;

Propor novos usos dinâmicos


para as edificações;

Criar uma nova demanda para


o s e d i f í c i o s s u b u t i l i za d o s e / o u
em ruínas de área protegida
por tombamento.
CACHOEIRA (BA)

POPULAÇÃO TOTAL – CACHOEIRAS (BA) PIB E PIB PER CAPITA (2000-2013) EM MIL REIAIS

Fonte: Sthel Braga. F o n t e : At l a s d e d e s e n volvime n t o h u ma n o n o Br a s il. Fonte: IBGE.


LARANJEIRAS (SE)
PIB E PIB PER CAPITA (2000-2013) EM MIL REIAIS

Fonte: Adilson Andrade. Fonte: IBGE.


POPULAÇÃO TOTAL – LARANJEIRAS (SE)

F o n t e : At l a s d e d e s e n volvime n t o h u ma n o n o Br a s il.
• Criada em 1876 por Claude

ESCOLA DE MINAS
Henri Gorceix; FONTE: Escola de Minas.

• Pioneira em estudos
geológicos, mineralógicos e
metalúrgicos;

• Localizada em Ouro Preto,


Minas Gerais;

❖ Com 42.000 habitantes,


segundo o recenseamento
do Brasil de 1872.

FONTE: Valter Campanato. FONTE: Walter Antunes.


CONDIÇÕES • A exis t ênc ia de um núc leo
his t óric o c om port e e
c arac t erí st icas adequadas
para abrigar uma
univers idade;

• Interesse de instituições de
educação superior em criar
cursos na região onde as
cidades estão situadas.

Fonte: Carlos Augusto.


O PROCESSO DE EXPANSÃO RECENTE DAS
UNIVERSIDADES FEDERAIS E SUA
PONTENCIALIDADE NA DINAMIZAÇÃO DOS
NÚCLEOS HISTÓRICOS

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• Estagnação de instituições
públicas

UNIVERSIDADES
EXPANSÃO DE

Fonte: REUNI, 2010.

Ab e r t u r a g e n e r a l i z a d a d e i n s t i t u i ç õ e s p r i v a d a s .

Fonte: José Marcelo Traina Chacon, 2015.


UNIVERSIDADES
DE RUÍNAS A
Entrada permanente de
recursos para os centros
históricos ;

VANTAGENS
Entrada permanente de recursos
significativos em relação aos
orçamentos locais;

Dinamização da vida cultural e


intelectual do município;

Divulgação das cidades e dos


seus bens culturais.
INTERVEÇÃO

INTERVENÇÕES
NA ÁREA DE
ESTUDO

O Conjunto do Carmo de Cachoeira/BA.

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Laranjeiras, Sergipe
Mapa de Localização da
Área de intervenção de
estudo,2019.
Linha do tempo
Crescimento
populacional de
Fundação de Definição do Laranjeiras (23,5 mil
Laranjeiras Dinamismo da
traçado urbano habitantes)
1645 1855 indústria açucareira 1890

1605 1734 Fundação de 1840-1870 Período de declínio 1940-2000


Invasão
Holandesa Aracaju e estagnação em
Laranjeiras

[...]a relevância e a riqueza da cidade se encontram no conjunto “Sumacas, patachos e outros tipos de embarcações
urbano composto por uma arquitetura civil imponente e a desciam o rio carregados de açúcar e retornavam com
configuração de seus espaços públicos. Essa característica pode produtos de outras praças, gerando a riqueza deste
ser explicada pelo papel de “Empório Sergipano” desempenhado empório comercial, onde as construções religiosas,
pela cidade nos séculos XVIII e XIX. ocupando as praças e pontos elevados da cidade, e as
edificações portuárias, localizadas à margem do rio,
Relatório Executivo do programa em Laranjeiras. representavam lugares de referência da localidade.”

RIBEIRO, 1995.
Origem da forma urbana de Laranjeiras/SE. Eixo (1) Centro direcional paralelo ao Rio Cotinguiba;
(2) Concentração da zona comercial e residencial; (3) Zona administrativa; (4) áreas de expansão;
em vermelho, o Morro do Bomfim.

Fonte: (AZEVEDO, 1975, V. 1)


Eixo de Crescimento da Cidade de Laranjeiras paralelo ao Rio Cotinguiba

Fonte: AZEVEDO, 1975, V. 1


De trapiches e armazéns ao
campus Universitário de Laranjeiras.
Vista da área geral do Porto e comércio de Laranjeras, século
XX. 1: Trapiche Santo Antônio. 2- Trapiche Confiança.

Fonte: Jorge dos Santos

Centro de Tradições, mais conhecido pelos moradores Trapiche de Santo Antônio em 1960
como um antigo Trapiche, função de "Tecelagem", segundo
inventário do Plano Urbanístico (AZEVEDO, 1975)

Fonte: Jorge dos Santos


Fonte: (AZEVEDO, 1975, V. 1)
Visão geral das edificações da zona portuária
de Laranjeiras/SE, destaque, em vermelho, das Planta de localização do “Quarteirão dos Trapiches” com a identificação de
edificações que compõem o “Quarteirão dos suas seis edificações.
Trapiches”.

Fonte: COSTA, 2012.

Sobrado do século XIX situado na Praça


Samuel de Oliveira, nº 159, integrante do
conjunto do “Quarteirão dos Trapiches”.

Fonte: Acervo da UEP-Laranjeiras/SE, 2010 com alterações feitas por


Tatiane Costa.
Fonte: AZEVEDO, 1975, V. 1
Igreja Matriz do Sagrado Mapa do núcleo Urbano de Laranjeiras, SE. Em vermelho, a área portuária
Coração de Jesus formada pela Av. Municipal e Praça Samuel de Oliveira; em verde, a antiga
Rua Direita, atual Rua Getúlio Vargas, onde se concentravam as casas
comerciais; em preto, o “Quarteirão dos Trapiches”.
Quarteirão dos Trapiches,
século XX

Fonte: BONDUKI, 2010

Fonte: SILVA, 1920.

Rio Cotinguiba
Quarteirão dos Trapiches.

Fonte: Lacerda, et. al, 2013.


Fonte: Acervo da UEP – Unidade Executora de Projetos do Programa Fonte: (Laudiceia, 2015)
Monumenta. Laranjeiras/SE, 2010, com alterações de Tatiane Costa.
A implantação do Campus da UFS – Laranjeiras, Sergipe.
Planta de demolição

A implantação do Campus da UFS – Laranjeiras, Sergipe.


As colunas em Pedra dos Antigos Trapiches, que estavam em
ruínas, foram incorporadas ao projeto de reabilitação dos edifícios,
criando um espaço de excepcional qualidade cênica no pátio do
campus universitário. Ao lado, a situação antes da intervenção e,
abaixo, após a conclusão das obras.

Colunas em Pedra – ruínas dos Antigos


Trapiches. Laranjeiras, SE.
Antes e depois.
Orla Fluvial do Rio
Cotinguiba, com as
ruínas do Quarteirão
dos Trapiches, antes
e depois da
intervenção.
Laranjeiras, SE.
Fonte: Rafael Lorenzete, 2006.
Cachoeira, Bahia
Visão aérea da cidade. Ao centro, a Igreja Matriz
Fonte: Wille Marcel Lima.

Mapa de Localização da
Área de intervenção de
estudo.

Visão aérea da cidade.


Fonte: Prefeitura de Cachoeira
Ponte D. Pedro II Fonte: Rafael Martins.

Mapa do aglomerado urbano entre São Felix e Cachoeira, Bahia.

Porto do Rio Paraguaçu. Fonte: Rafael Martins.

• Situadas a margem do Rio • A cultura da cana


Paraguaçu; de açúcar foi
responsável pelo
desenvolvimento
• Portal de entrada e saída de
cultura e artístico
cana de açúcar e fumo;
da cidade entre o
século XVIII e XIX;
Grande conjunto arquitetônico e urbano
originado no apogeu econômico e cultura até
o século XIX.

Quarteirão
Leite Alves na
época em O Conjunto do Carmo de Cachoeira/BA.
que a fábrica
de charutos
estava em
funcionamento
.
Acima vista
com o rio
Paraguaçu e a
ponte D. Pedro
II em primeiro
plano. Abaixo,
vista aérea no
sentido
contrário.

Casarão no centro histórico de Cachoeira/


BA.
Edifícios em
péssimo estado de
conservação
ou em ruínas, no
núcleo histórico
de Cachoeira/BA.

Imagens da fachada e
do espaço interno
da antiga fábrica e loja
de charutos.
POR QUE A NECESSIDADE DE UMA
Estagnação econômica e causando desativações e
transformando edificações em ruinas

UNIVERSIDADE ?
A riqueza do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de
Cachoeira é tombado em 1971 Vista aérea da praça da Aclamação, em Cachoeira/BA,
onde se localiza a Casa de Câmara e Cadeia.

Em 2002 é lançado um projeto estratégico de


intervenção da cidade, no qual a universidade não está
inclusa e apontava o turismo como principal
potencialidade

o estado de estagnação econômica e demográfica da


cidade permaneceu e em 2004 uma nova estratégia é
pensada: implantação de universidade e recuperação de
imóveis privados.

No alto, fachada desse edifício, restaurado pelo Programa


Monumenta. em Cachoeira/BA
UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO NAS RUÍNAS DE
UMA FÁBRICA EM CACHOEIRA

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Afinal, qual foi o impacto da universidade e
imóveis privados em Cachoeiras ?

Ruínas de uma das


fachadas do Quarteirão
Leite Alves. À esquerda,
início das obras de
reabilitação do edifício,
com as paredes em
ruínas ao fundo.

Gerou demanda para Revitalizou a Viabilizou uma Ampliação da


os imóveis do centro economia frágil recuperação educação
histórico qualificada e
assistida.
O campus da Universidade Federal
do Recôncavo Baiano em Cachoeira
foi implantado no local onde
funcionou a fábrica de charutos Leite
& Alves e está inserido num
quarteirão retangular situado entre a
avenida Antônio Carlos Magalhães,
principal via de acesso ao núcleo
tombado, e a praça Manuel Vitorino,
em frente à antiga estação de ferro,
de onde parte a ponte D. Pedro II,
que liga a cidade a São Félix.

Vista aérea de Cachoeira/BA, na região do Quarteirão Leite Alves, em ruínas. Ao fundo, o rio Paraguaçu e a
orla da cidade de São Félix/BA.
Planta baixa antiga Planta baixa atual
Vista da avenida Carlos Magalhães, com
o Campus da UFRB inserido no contexto
urbano do núcleo de Cachoeira/
BA. Ao lado, fachada nordeste e, abaixo,
fachada sudeste do edifício.
Vistas internas com
do Campus da
UFRB.
PONTENCIALIDADE S
PROBLEMAS E

ANÁLISE CRÍTICA
SOBRE A
INTERVENÇÃO NA
ARÉA DE ESTUDO

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Entrada permanente de

UNIVERSIDADES
recursos para os centros
históricos ;

DE RUÍNAS A
Entrada permanente de recursos

POTENCIALIDADES
significativos em relação aos
orçamentos locais;

Dinamização da vida cultural e


intelectual do município;

Divulgação das cidades e dos


seus bens culturais;

Fluxo de estudantes de outras


regiões;

Intensificação do turismo.
Riscos de incompatibilidade

UNIVERSIDADES
ao conforto ambiental

DE RUÍNAS A
Risco de descaracterização do

PROBLEMAS
patrimônio devido à demanda
imobiliária;

Risco de segregação
socioespacial;

Malha viária inadequada aos


novos usos;
CONTRIBUIÇÕES EM
ESCALA LOCAL

ANÁLISE E
ESTUDO DA
PRESERVAÇÃO EM
ARAPIRACA,
ALAGOAS.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Prefeitura de Arapiraca
promulgou a Lei no 2.372 de
29/12/2004;

Antiga Escola Técnica Agrícola;

Rodovia AL 115 – Km 6,5


bairro Bom Sucesso.

Campus criado pela resolução no


20 do CONSUNI, de 01 de
agosto de 2005;
REFORMADOS

UNIVERSIDADES
▪ Bloco A

DE RUÍNAS A
REFORMA E CONSTRUÇÃO
▪ Bloco da biblioteca
▪ Bloco do setor administrativo
▪ Bloco dos laboratórios
▪ Auditório

CONSTRUÍDOS

▪ Pátio coberto

▪ Cantina
▪ Guarita
Vista da Área de implantação em 2004

Á RE A DE I MP LA NTA ÇÃ O • 2 0 0 4

Fonte: Google Earth, 2019.


Vista da área de implantação em 2019

Á RE A DE I MP LA NTA ÇÃ O • 2 0 1 9

Fonte: Google Earth, 2019


Maquete eletrônica da proposta do projeto

MA Q UE T E E LE T RÔ NI CA

Fonte: Plano diretor Campus Arapiraca, 2012


Maquete eletrônica da proposta do projeto

MA Q UE T E E LE T RÔ NI CA

Fonte: Plano diretor Campus Arapiraca, 2012


REFERÊNCIAS
BONDUKI, N. INTERVENÇÕES URBANAS na Recuperação de Centros Históricos. Brasília, DF. Iphan/
Programa Monumenta, 2010.

Costa, Tatiana Carvalho. A arqueologia como instrumento de preservação do patrimônio arquitetônico:


a “Restauração do Quarteirão dos Trapiches” de Laranjeiras-SE. Orientadora: Maria de Betânia Uchôa
Cavalcanti Brendle. Laranjeiras, 2013. Disponível em: <https://ri.ufs.br/handle/riufs/3215>. Acesso em: 23
nov. 2019.

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