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um casal, conforme os moldes clássicos, um homem sério e uma mulher passiva,

vinculados antes ao amor, (que foi sendo machucado no mar de vidro do cotidiano)
posteriormente nos laços da comodidade. Ricardo começou aos poucos a se entregar a
bebida, de primeira vista era apenas aos fins de semanas, os quais ele aguardava e tinha
consciência do feito, depois um ritual qualquer, assim como um motorista pega prática em
passar marchas de maneira natural. Fernanda, que após o nascimento do filho único do
casal, não via mais possibilidades a não ser ao lado do homem, aceitou a situação, julgando
não ter poder de efetuar mudanças, e tendo receio de o enfrentar e por fim ficar sozinha.
o menino chamado Lucas, de seis anos, e poucos dias, era de comportamento afável,
taciturno, sonhador, de olhos sinceros que por vezes o traia, confidenciando mais do que o
devido, gastava a maior parte do seu tempo nas atividades da creche, e assistindo
desenhos mal nublados, que sua mãe julgava incentivos a violência. aperitivos da
monstruosidade do mundo, onde não os encontrar? pergunto a si mesma Paula, após se
cansar da vigilância contra o entretenimento da criança.

as nuvens pesadas, assolaram a residência humilde no Itapema,

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