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FAG - FACULDADE ASSIS GURGACZ

EDERSON ZANCHET

TRANSFORMADORES

CASCAVEL
2010
SUMARIO

1. TRANSFORMADORES ....................................................................................... 3

1.1. PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO ................................................................. 4

1.2. TRANSFORMADORES COM MAIS DE UM SECUNDÁRIO............................ 6

1.2.1. Associação de bobinas em transformadores.............................................. 6

1.3. RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO ................................................................. 8

1.4. TIPO DE TRANSFORMADOR QUANTO A RELAÇÃO DE

TRANSFORMAÇÃO ................................................................................................ 9

1.4.1. TRANSFORMADOR ELEVADOR .............................................................. 9

1.4.2. TRANSFORMADOR REBAIXADOR .......................................................... 9

1.4.3. TRANSFORMADOR ISOLADOR ............................................................. 10

1.5. RELAÇÃO DE POTENCIA EM TRANSFORMADORES ................................ 10

1.6. ESPECIFICAÇÃO DE TRANSFORMADORES .............................................. 10

1.7. RELAÇÃO DE FASE ENTRE AS TENSÕES PRIMARIO E SECUNDÁRIO... 11

1.8. TRANSFORMADOR COM DERIVAÇÃO CENTRAL SECUNDÁRIO ............. 12

1.9. AUTOTRANSFORMADORES ........................................................................ 12

1.10. SIMBOLOGIA DE TRANSFORMADORES .................................................. 14


1. TRANSFORMADORES

Os transformadores vêm sendo aplicados nos diversos ramos da eletro-

eletrônica, desde circuito de geração, transmissão, distribuição de energia e também

nos circuitos eletrônicos.

Um transformador é um dispositivo com a finalidade de transmitir energia

elétrica ou potência elétrica de um circuito a outro, convertendo tensões, correntes e

ou de modificar os valores da impedância elétrica de um circuito. Trata-se de um

dispositivo de corrente alternada que opera baseado nos princípios eletromagnéticos

da Lei de Faraday e da Lei de Lenz, podemos verificar um exemplo na Figura 1.

Figura 1. Transformador de baixa potência

Existem diversos modelos de transformadores, mas todos adotam o mesmo

princípio que é a utilização do campo magnético como forma de acoplamento.

As exigências técnicas e econômicas impõem à construção de grandes

usinas elétricas, de forma geral as localizadas fora dos grandes centros de

aproveitamento, pois devem utilizar a energia hidráulica dos lagos e rios das

montanhas. Surge assim a necessidade do transporte da energia elétrica pôr meio

de linhas de comprimento notável.


Devido a fatores econômicos e de construção, as seções dos condutores

destas linhas devem ser limitadas, o que torna necessária a limitação da intensidade

das correntes nas mesmas. Assim sendo, as linhas deverão ser construídas para

funcionar com uma tensão elevada, que em certos casos atinge a centenas de

milhares de volts.

Estas realizações são possíveis em virtude de a corrente alternada poder ser

transformada facilmente de baixa para alta tensão e vice-versa, por meio de uma

máquina estática, de construção simples e rendimento elevado, que é o

transformador.

1.1. PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO

Quando o indutor é conectado a um fonte de alimentação em corrente

alternada ocorre o surgimento de um campo magnético induzido. Quando um

segundo indutor é imerso sobre esse campo magnético, ocorre o processo de

indução, onde o campo magnético é convertido pelo indutor em forma de tensão

induzida.

No modelo básico de um transformador sua estrutura é formada pôr duas

bobinas isoladas eletricamente e enroladas em torno de um núcleo comum. Para se

transferir a energia elétrica de uma bobina para a outra se utiliza o artifício do

acoplamento magnético. A bobina que recebe a energia de uma fonte CA recebe a

denominação de primário. A bobina que fornece energia para uma carga CA é

designada como secundário. O núcleo dos transformadores usados em baixa

freqüência é feito geralmente de material magnético, comumente se usa aço

laminado. Os núcleos dos transformadores usados em altas freqüências são feitos


de pó de ferro e cerâmica ou de materiais não magnéticos. Algumas bobinas são

simplesmente enroladas em torno de fôrmas ocas não magnéticas como, por

exemplo, papelão ou plástico, de modo que o material que forma o núcleo na

verdade é o ar. Se considerarmos que um transformador funcione sobre condições

ideais, a transferência de energia de uma tensão para outra se faz sem nenhuma

perda.

Figura 2. Aspecto construtivo de um transformador

A tensão elétrica induzida no secundário de um transformador é proporcional

ao número de linhas magnéticas que transpassa a bobina do secundário, por esse

motivo as bobinas são montadas sobre um material ferro magnético, de forma a

diminuir a dispersão das linhas, concentrando o campo magnético sobre a bobina do

secundário.
Com a utilização de um núcleo magnético para a melhora do fluxo

magnético, contudo surge o problema de aquecimento, devido utilização de um

núcleo maciço, assim utiliza-se chapas de ferro silicoso para construção do núcleo.

Com o núcleo laminado ocorre a redução das correntes parasitas também

conhecidas como correntes de Focault.

1.2. TRANSFORMADORES COM MAIS DE UM SECUNDÁRIO

Este modelo de transformador tem grande aplicação na área da eletrônica,

transformadores com mais de um secundário permitem a disponibilização de vários

níveis de tensão elétrica em seu secundário, a mesma filosofia se aplica para o

circuito do primário.

Figura 3. Transformador com mais de um secundário

1.2.1. Associação de bobinas em transformadores

Em transformadores com mais de um secundário é possível realizar a

associação destes a fim de obtermos valores diferenciados de tensão na saída sem


necessidade de alteração do bobinado conforme pode ser observado nas figuras

seguintes.

Figura 4. Soma de Potenciais no secundário

Figura 5. Subtração de potenciais no secundário

Figura 6. Potenciais iguais com sinais invertidos


Figura 7. Potenciais iguais com igualdade de sinal

1.3. RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

Considerando, um transformador ideal, sendo o fluxo total,Φ, o mesmo em

ambas as bobinas, já que se desprezam os fluxos dispersos e o núcleo tem µ→ ∞,

as f.e.m. ’s, ε1 e ε2, induzidas nessas bobinas podemos escrever a expressão:


ν 1 = ε 1 = N1 . [V ]
dt


ν 2 = ε 2 = N2. [V ]
dt

Para obtenção da relação entre a tensão do primário e secundário:

ν1
= Rt
ν2

Sendo Rt denominado de relação de espiras ou relação de transformação.

ν 1 N1 ε 1
= =
ν 2 N2 ε 2
Esta é a primeira propriedade do transformador que é a de transferir ou

refletir as tensões de um lado para outro segundo uma constante Rt.

1.4. TIPO DE TRANSFORMADOR QUANTO A RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

No que refere-se a relação de transformação podemos classificar os

transformadores em três tipos:

a) Transformador elevador;

b) Transformador rebaixador;

c) Transformador isolador;

1.4.1. TRANSFORMADOR ELEVADOR

Este tipo de transformador tem como caracteriza a elevação de tensão no

secundário, ou seja, a relação de transformação é menor do que 1(Np<Ns).

1.4.2. TRANSFORMADOR REBAIXADOR

Nesta condição o transformador fornece no secundário um valor de tensão

inferior a do primário sendo a relação de transformação maior do que 1 (Np>Ns).


1.4.3. TRANSFORMADOR ISOLADOR

Os transformadores isoladores são muito utilizados em locais onde se

deseja isolar eletricamente duas redes, tem grande aplicação em laboratório de

eletrônica, como característica a relação de transformação é igual a 1(Np=Ns).

1.5. RELAÇÃO DE POTENCIA EM TRANSFORMADORES

A quantidade de energia absorvida da rede elétrica e denominada potência

elétrica do primário, se partimos do conceito que trata-se de um transformador ideal

não teremos perdas por aquecimento, perdas magnéticas e assim toda a energia

que foi absorvida da rede será convertida, ou seja a potência elétrica será idêntica

para primário e secundário.

PP = PS

A partir da relação de potência entre primário e secundário podemos obter

as correntes de cada malha, já que P=V.I.

1.6. ESPECIFICAÇÃO DE TRANSFORMADORES

A especificação de transformadores deve fornecer no mínimo as seguintes

informações:

a) Tensões do primário;

b) Tensões do Secundário;
c) Correntes do Secundário;

Para a especificação 120/220V 12V-2A 24V-1A apresenta um

transformador com as características:

a) Primário:

Entrada 120V ou 220V;

b) Secundário:

Uma saída com 12V-2A;

Uma saída com 24V-1A;

1.7. RELAÇÃO DE FASE ENTRE AS TENSÕES PRIMARIO E SECUNDÁRIO

A tensão induzida no secundário do transformador é gerada quanto o fluxo

magnético Φ corta as espiras do secundário gerando um fem. Induzida, como a

tensão induzida é sempre oposta à tensão indutora, podemos afirmar que a tensão

no secundário tem sentido inverso a forma de onda do primário, ou seja, estão

defasadas em 180º com relação à tensão no primário.

Com base na inversão de ciclos entre primário e secundário, nota-se que

ocorre a inversão de polaridade para cada semiciclo.


1.8. TRANSFORMADOR COM DERIVAÇÃO CENTRAL SECUNDÁRIO

Com grande aplicação na eletrônica os transformadores com tap central

fornecem para um mesmo secundário dois níveis de tensão. Normalmente o tap

central fica aterrado fornecendo uma referencia de terra, ou seja, nível de 0V.

Com a mesma característica do transformador referido anteriormente ocorre

a defasagem de 180º entre o primário e secundário com relação a tensão, porém

neste transformador temos dois canais de utilização

1.9. AUTOTRANSFORMADORES

Um autotransformador é um componente cujos enrolamentos primário e

secundário coincidem parcialmente. Conforme se ilustra na Figura 8, os acessos ao

primário e ao secundário são coincidentes ou com as extremidades ou com pontos

intermédios do enrolamento, sendo um dos terminais do primário sempre

coincidente com um dos do secundário. O autotransformador pode se comportar

como rebaixador ou como elevador dependendo da forma como foi retirado os

terminais de conexão.

Figura 8. Autotransformador diagrama de funcionamento


Em qualquer dos casos, a relação de transformação é dada pelo cociente

entre o número de espiras.

N2
Rt =
N1

Uma das conseqüências da coincidência parcial entre os enrolamentos do

primário e do secundário é a perda de isolamento galvânico entre as bobinas. Porém

o autotransformador apresenta um vasto conjunto de vantagens face aos

transformadores comuns, como no que concerne ao seu custo (um único

enrolamento e em certos casos, com condutores de menor secção), ao volume, à

queda de tensão e ao rendimento (menores perdas nos enrolamentos). Os

autotransformadores são vulgarmente utilizados na elevação e na redução da

tensão em redes de distribuição de energia elétrica, na sintonia e adaptação entre

antenas e pré-amplificadores em receptores de telecomunicações.


1.10. SIMBOLOGIA DE TRANSFORMADORES

Figura 9. Simbologia de transformadores

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